Sexta-feira, 13 de março de 2020 - 06h56
ÍNDIOS: MOURÃO E O GOVERNO
FALAM A LINGUAGEM QUE AS ONGS ESTRANGEIRAS E ALGUMAS ENTIDADES NACIONAIS
DETESTAM
“Em relação às questões
indígenas, há dois aspectos importantes. Tem o filosófico, onde existe uma
corrente que quer que o indígena seja preservado, tutelado e alimentado pelo
governo do Estado, mas há a outra corrente, onde acredito que haja uma preponderância entre os próprios
indígenas, em eles querem ter a capacidade de poder desenvolver as suas
potencialidades e não ser um grupo de pessoas que esteja fora do convívio com a
sociedade”. As afirmações são do General Mourão, vice presidente da República,
sintetizando a complexa questão dos índios brasileiros, sob o prisma do atual
governo. Durante sua visita ao Estado, quando veio debater as questões da
Comissão da Amazônia, que preside, Mourão lembrou aos jornalistas, que “já está
na pauta do Congresso, projeto proposto
pelo Governo, que permite a exploração
econômica em terras indígenas. E não é só a questão da mineração, até porque se
fala apenas em mineração. Existem exemplos muito positivos em outros
Estados, onde os indígenas passaram a
produzir em suas terras. A partir disso, eles têm condições de preservar a sua
cultura em melhores condições, porque
não vão depender de ninguém. Ao mesmo tempo, têm a dignidade de ter uma renda e
com isso, certamente, uma inserção maior dentro da nossa sociedade. Nós temos
hoje praticamente 14 por cento do território nacional destinado aos indígenas.
Compete ao Governo Federal fazer todos os esforços necessários para preservar e
proteger, mas ao mesmo tempo facilitar a busca de soluções para que os
diferentes grupos indígenas tenham dignidade de vida".
Mourão, é claro, desagradou às
ONGs – principalmente as estrangeiras – e a setores da Igreja Católica, que
sempre ditaram as regras sobre como devemos tratar a questão dos índios, como
se o tema fosse propriedade apenas deles. Há ainda uma parte importante do
Ministério Público Federal, aquela aparelhada por anos de doutrinação, que reza
a mesma cartilha (com o perdão do trocadilho!), que fazem questão de que os
indígenas continuem vivendo do jeito que sempre viveram, como se ainda
estivéssemos nos tempos do Descobrimento do Brasil. Os que querem a Amazônia sob sua tutela, o querem não para
proteger quem quer que seja, mas para ter acesso às nossas riquezas, como todo
o brasileiro com um pingo de informação e que não viva em função de sua
ideologia sabe muito bem. A tentativa do governo Bolsonaro, com aval de um dos
maiores conhecedores da Amazônia, Hamilton Mourão, de mudar a vida das tribos
para melhor e de permitir que eles também usufruam das riquezas que também são
deles, precisa ter apoio maciço da sociedade. Não podemos viver mais na
demagogia e no engodo e nem permitirmos
que as terras dos nossos índios sejam invadidas e tomadas por canalhas
desmatadores. O meio termo, como sempre, é o melhor caminho. Proteger e dar uma
vida melhor aos índios e preservar a natureza, esse é o rumo correto. E é muito
possível sim, mesmo com tantos discursos enfurecidos contra essa ideia simples.
TRANSPOSIÇÃO: SUMIRAM QUASE
1.400 PROCESSOS
Há um grande mistério,
daqueles de novelas com 258 capítulos, envolvendo a Transposição dos servidores
rondonienses, mas só que, nesse caso, os
eventos misteriosos são, infelizmente, da vida real. Além da absurda morosidade
com que o assunto tem sido tratado no governo Bolsonaro, ao ponto de, no ano
passado, apenas 150 processos terem sido concluídos, o sumiço de cerca de 1.400
calhamaços de documentos, autorizando a passagem para a folha da União deste
número de servidores com direito à transposição simplesmente sumiram.
Escafederam-se. Tomaram Doril. Ou seja, quase 1.400 funcionários do ex
Território, cujo direitos foram reconhecidos e seus processos concluídos, não
receberam um só tostão até agora, porque por algum desses mistérios que
envolvem o serviço público brasileiro, ninguém sabe e ninguém viu, dentro do
Ministério da Economia, onde eles foram parar. O dr Luciano Alves, maior
especialista rondoniense no assunto, comentou que até uma auditoria interna na
Comissão, que trata do assunto, foi instalada, para tentar descobrir o que
realmente aconteceu. A verdade é que, além desse absurdo, centenas e centenas
de processos que estão praticamente concluídos, dormem em gavetas de
burocratas, sem que andem. E fora os 1.400, já concluídos e autorizados, que
ninguém sabe onde estão. Com algum otimismo, há quem considere que, a partir deste
mês, as coisas vão andar menos vagarosamente. Mas é só esperança. Não se sabe
ainda quantos candidatos a transposição estarão vivos, quando ela, finalmente,
for concluída. Um absurdo!
IPERON: É HORA DA DOR DE UM
PARTO
O Governo de Rondônia terá que
enfrentar, mais dia, menos dia, um problemão, daqueles tamanho gigante. A
questão da Reforma da Previdência, que está custando caro aos dez Estados que
já a fizeram. Protestos, violência, bombas de gás lacrimogênio, confrontos nas
Assembleis Legislativas, quando os projetos foram votados, se tornaram comum.
Rondônia terá que passar por essa fratura exposta. E terá que fazê-lo o mais
breve possível, porque o Iperon em breve estará totalmente quebrado, sugando
todos os recursos possíveis e, por isso, não terá mais recursos para pagar
aposentados e pensionistas. Mesmo com 138 milhões que o Estado recém repassou
ao órgão, o rombo de 600 milhões de reais
previstos para 2021, só poderá ser corrigido apenas com duras ações preventivas.
Imediatas. Os governos do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espirito Santo,
Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piaui e Rio Grande do Sul já passaram
por essa dor, que é uma espécie de dor de parto, porque atinge milhares de
pessoas e pode afetar muitas vidas. Mas não
há outra saída. O próprio Tribunal de Contas do Estado já teria alertado
ao governador Marcos Rocha que o prazo para implantar a Reforma da Previdência
estaria se esgotando. Aos múltiplos
problemas que o Governo, já tem que enfrentar, nesses tempos difíceis, o do Iperon
é daqueles tipo de câncer de pele que só será eliminado com uma complexo e
dolorido tratamento. Quanto mais tarde for feita, maior a dor...
O CORONA VÍRUS CHEGA AO
PLANALTO
As notícias sobre o corona
vírus só pioram, em nível nacional e também no mundo todo. A Pandemia atinge
praticamente todas as regiões do Planeta e causa sérios danos não só à saúde
pública, como também na economia, com a queda vertiginosa das Bolsas e com
empresas paralisadas, temendo que o vírus atinja seus trabalhadores. No Brasil,
o número de casos aumenta consideravelmente e chegou, agora, no coração do
governo. Com a confirmação de que o secretário chefe da comunicação do governo,
Fábio Wanjgarten está com a doença, todos os que tiveram contato com ele, incluindo
o presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michele, estão sendo
monitorados. Wanjgarten também esteve com o presidente americano Donaldo Trump,
na recente visita aos Estados Unidos. Ou seja, o perigo é grande e o medo cada
vez maior. Em Rondônia, ao menos até agora, nenhum caso da doença foi
confirmado. Ufa!
DALTON DI FRANCO SAI DAS TELAS
A sexta-feira marca a
despedida do vídeo de um dos mais antigos apresentadores de programas policiais
de Rondônia. Com uma voz rouca, que ele criou (sua voz normal não é aquela que
o ouvinte do rádio e o telespectador se acostumaram a ouvir), Rômulo Araujo,
inventou o nome artístico de Dalton di Franco e o personagem que fez sucesso na
mídia local durante longos anos. No total, segundo ele mesmo, foram 48 anos à
frente de microfones e câmeras de TV. Ele também militou no jornalismo
impresso, nos tempos do Estadão do Norte, à época o maior e mais respeitado
veículo de comunicação de Rondônia, na sua área. Durante 16 anos, Dalton
apresentou o programa Plantão de Polícia, na RedeTV! Nesse período, também
enveredou pela política, onde foi vereador, deputado e vice prefeito de Mauro
Nazif. Advogado, Dalton avisou que agora vai descansar para curtir um pouco a
aposentadoria, antes de voltar ao trabalho na área do Direito. O programa Plantão
de Polícia passa a ser apresentado, a partir de segunda-feira, por John Silva,
da nova safra de apresentadores da TV local, já conhecido dos telespectadores
da emissora.
A POLÍTICA NUNCA É PARA
AMADORES
Os grupos políticos , em
Rondônia, começam a se formar e fortalecer, não só com olhos voltados para
outubro, mas, em muitos casos, principalmente para 2022. Alguns projetos
começam agora, mas no geral, desembocam daqui a três anos, quando acontecerá
eleição para a Assembleia, Governo e Congresso Nacional. Enquanto há alguns
neófitos na política lançando candidaturas, fazendo campanha de forma
amadorística, na outra ponta, vários pesos pesados, experientes em campanhas
políticas e nas urnas se reúnem fazendo projetos viáveis, debatendo o futuro e
organizando ações. Portanto, quando chegar a hora certa, saberemos quem está
com quem; quem está contra quem e as metas de cada um desses grupos. Aqui e
ali, enquanto os amadores ficam postando seus feitos e ideias pelas redes
sociais, os experientes se reúnem a portas fechadas, organizando o futuro que
passará pelas mãos deles. Definitivamente, a política não é para amadores. E
fenômenos como Bolsonaro, são imensas e raras exceções.
COMANDO DA PM APOIA REIVINDICAÇÕES
DA TROPA
Destacam-se, nas redes
sociais, o apoio do comandante da Polícia Militar, Mauro e do subcomandante,
Coronel Rildo, à reivindicação das entidades que representam a categoria e que
estão exigindo 30 por cento de reposição salarial. Em encontros com a
Associação das Mulheres dos PMs e outras entidades semelhantes, ambos os
responsáveis pelo comando da tropa teriam assinado embaixo das reivindicações.
Em mais de uma postagem, os dois receberam aplausos pela posição. Não se sabe
ainda como o Palácio Rio Madeira/CPA está recebendo essa posição de dois
oficiais escolhidos pelo Governador. Por enquanto o assunto ainda não está
sendo tratado como conflito. As conversas continuam, embora sem qualquer
definição até agora. O que o Governo tem dito é que, caso atenda as
reivindicações dos PMs, terá um custo de mais de 200 milhões de reais aos
cofres públicos, o que poderia desestruturar todo o sistema de controle das
finanças do Estado. Além disso, haveria o risco do efeito cascata, com as
demais categorias também exigindo reajustes nos mesmos moldes. A situação é
complexa e não há, até agora, uma luz no fim do túnel para a questão salarial
da PM. A pressão é grande e não se sabe ainda como o governador Marcos Rocha se
sairá, nessa verdadeira sinuca de bico.
PERGUNTINHA
A chegada do corona vírus com
muita força nas grandes cidades do
Brasil, chega a assustar a você, rondoniense ou você acha que a doença
não chegará até nós, neste distante norte brasileiro?
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