Domingo, 7 de agosto de 2022 - 06h05
MUDANÇAS PROFUNDAS, GRANDES SURPRESAS: A SUCESSÃO ESTADUAL
EM RONDÔNIA MUDA COMO MUDAM AS NUVENS
Nunca a frase “política é como nuvem, muda a todo o momento”, teve tanto
a ver com a realidade quanto neste período pré-eleitoral em Rondônia. Foram
tantas as trocas, mudanças, transformações, surpresas, que o quadro de junho
não teve nada a ver com o de julho e de agosto. Tudo começou a se movimentar de
forma quase inesperada, nas últimas semanas. O governista União Brasil, por
exemplo, anunciou um técnico pouco conhecido do público, o secretário Sérgio
Gonçalves, como vice na chapa de Marcos Rocha, causando grande surpresa nos
meios da política. Depois Vinicius Miguel, nome escolhido pela Frente Popular, para
ser o candidato das esquerdas ao Governo, não é mais. Agora disputará cadeira
na Câmara Federal. Daí, duas mudanças em uma: Daniel Pereira, que era candidato
ao Senado, entrou no lugar de Vinicius e se tornou o nome do esquerdismo rondoniense
para o Governo. Ainda: Expedito Júnior, nome de ponta na corrida pelo Senado,
desistiu de concorrer, depois de se dizer desanimado com o momento atual da
política. Na última quinta, a transformação veio verdadeiramente quase como um
tsunami, no contexto da campanha. Uma decisão do STF colocou o empresário e
atual senador Acir Gurgacz na briga pelo Senado e, pouco depois, outra decisão
autorizou Ivo Cassol para ser candidato ao Governo, o que muda tudo nesta
campanha cheia de surpresas e metamorfoses. No Podemos, o partido tinha fechado
com Jaqueline Cassol para o Senado, mas tudo mudou. Jaqueline agora fica ao
lado do irmão, Ivo Cassol, que disputa o governo pelo PP. Outra mudança: o PSD
perdeu dois nomes fortes para a Câmara Federal, a ex-prefeita de Vilhena,
Rosani Donadon e o médico de Ji-Paraná, Edson Aleoti. Os dois deixaram a
convenção do partido, porque não aceitaram o acordo com Léo Moraes. Ambos
apoiam Marcos Rogério.
Mesmo depois de tudo isso
que aconteceu, alguém aí tem coragem de dizer que não surgirão mais surpresas?
Claro que não. Tanto do lado da situação, ou seja, do governo, como dos
opositores, muitas peças podem ainda serem mexidas neste complexo tabuleiro de
uma disputa política que tende a ser histórica. E ainda há perguntas sem
resposta, mesmo depois das convenções. Quem será o candidato a vice de Ivo
Cassol, por exemplo, é uma delas. Na ata da convenção, o nome colocado foi do
seu ex-secretário de Finanças, José Genaro. Mas o que se ouve é que Cassol
poderá vir com grande surpresa, em breve. Quem será o senador apoiado por Léo
Moraes é outra. Como o ingresso de Cassol influirá na disputa? Quando todos os
nomes forem encaminhados à Justiça Eleitoral, que tem até dia 15 para liberar
ou não, quantos serão os que não receberão sinal verde para a disputa? As
decisões que permitiram que Cassol e Acir Gurgacz concorram serão mantidas?
Vários outros questionamentos ainda podem ser feitos. Algumas das respostas só
se terá quando as urnas forem fechadas e os votos contados. Até lá, podem vir
mais nuvens mudando de lugar...
TRÊS DOS CINCO CANDIDATOS AO GOVERNO SÃO ALIADOS DE
PRIMEIRA HORA DE BOLSONARO. A QUEM ELE VAI ESCOLHER?
E agora, Bolsonaro? O
presidente da República tem três dos cinco principais nomes na disputa pelo
governo rondoniense como seus aliados. O primeiro deles é o governador Marcos
Rocha, que entrou na disputa, em 2018, apenas para atender pedido do então
candidato presidencial. Quando Bolsonaro estava fragilizado na CPI da C ovid,
também conhecida como CPI do Circo, surgiu outro personagem que se tornou um
dos ´políticos preferidos do Presidente: o senador Marcos Rogério, seu maior
defensor na ocasião e que se tornou personagem nacional por sua fidelidade ao
governo e à defesa que fez, lutando praticamente sozinho contra poderosos
políticos da oposição ferrenha. Antes dos dois, Bolsonaro já conhecia Ivo
Cassol. Ambos se conheceram quando o atual Presidente ainda era deputado e Ivo
o governador de Rondônia. No Senado, Cassol sempre foi parceiro do governo, até
perder o mandato. Mas a amizade e a proximidade do ideário político se
mantiveram. Quando veio inaugurar a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do
Abunã, em maio do ano passado, Bolsonaro chamou Cassol para seu lado e ambos
tiveram uma longa conversa. Na volta para Brasília, a deputada federal Jaqueline
Cassol foi convidada para retornar no avião presidencial. Num vídeo gravado,
Bolsonaro mandou recado a Cassol: “não esqueça do que combinamos!”, embora a
combinação nunca tenha sido trazida a público. E agora? Como o Presidente vai
se portar, ante uma eleição com tantos amigos e aliados? Por enquanto, ele diz
que só se pronunciará num segundo turno. E se forem os finalistas, dois dos
seus parceiros mais próximos?
CASSOL ENTRA NO JOGO, MEXE COM A DISPUTA AO GOVERNO E PODE
TRAZER GRANDE SURPRESA À CAMPANHA
A grande surpresa até
aqui, na corrida pelo Governo de Rondônia, se confirmou na manhã da
sexta-feira, quando a convenção do Progressistas (PP) confirmou oficialmente a
candidatura de Ivo Cassol. Amparado numa liminar concedida pelo ministro Nunes
Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), Cassol entra na batalha pelo
Palácio Rio Madeira/CPA mexendo com toda a estrutura da disputa que já estava
em curso, aparecendo com um nome fortíssimo, com chances reais de chegar lá. A
primeira mudança importante já foi confirmada. Um dos nomes mais importantes na
corrida pelo Senado, a deputada federal Jaqueline Cassol deixa a parceria que
havia firmado com o Podemos de Léo Moraes e se torna a candidata de Ivo.
Jaqueline, aliás, sempre deixou claro que, caso o irmão ex-governador e
ex-senador entrasse na disputa, ela ficaria, claro, ao lado dele e sairia do
projeto com o Podemos. Foi o que aconteceu. Ivo Cassol, desde que o STF deu
aval provisório à sua candidatura, passou a conversar com outros partidos. Por
isso não anunciou, ao menos até o final de semana, quem será seu vice. Nos
bastidores, ouve-se que o nome que Ivo Cassol está confirmando, caso se
concretize, vai mexer com a estrutura da política regional. A partir desta
semana, certamente seus adversários vão à luta para tentar derrubar a liminar
que garantiu sua candidatura. Vai haver, sem dúvida, uma batalha judicial, mas
tanto Cassol quanto seus seguidores e, principalmente seus advogados, estão
muito otimistas. Um deles disse à coluna: “Cassol entra na campanha, vai ganhar
e governar!”. Esperemos para ver...
MARCOS ROGÉRIO CONFIRMA CANDIDATURA COMO OPOSITOR AO
GOVERNO E ANUNCIA FLÁVIA LENZI COMO SUA VICE
O candidato ao Governo,
Marcos Rogério, fez uma convenção daquelas para entrar na história. O Bingool
Clube, no centro de Porto Velho, ficou superlotado na noite da sexta-feira, para
receber o senador e lançá-lo oficialmente na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA.
Rogério apresentou também sua candidata a vice, a médica e presidente licenciada
do Conselho Regional de Medicina, Flávia Lenzi. O anúncio foi surpresa para
todos os que não leram este blog da sexta-feira, que anunciava que Flávia era
um dos nomes mais cotados para ser a parceira de chapa do senador. Também foi
avalizada pela convenção, a candidatura ao Senado do megaempresário do
agronegócio, Jaime Bagattoli. Ao mesmo tempo, o PL apresentou nominatas para a
disputa à Câmara Federal e ao Senado. Três outros partidos se uniram ao PL: PTB,
DC e o Brasil-35. Marcos Rogério disse que o PL está formando uma aliança pelo
bem de Rondônia. “Estamos formando uma aliança com partidos políticos que têm
identidade com o projeto de Rondônia e com o projeto nacional”. Apresentando-se
como grande aliado do presidente Bolsonaro, Rogério discursou como opositor ao
atual governo rondoniense. Um outro aspecto merece destaque: tanto quanto no
grupo do União Brasil, do governador Marcos Rocha, o ingresso de Ivo Cassol na
disputa pelo Governo preocupou também os partidários de Marcos Rogério.
Logicamente o assunto não foi tratado de forma oficial por nenhum dos demais
candidatos, mas nos bastidores, era clara a preocupação sobre a chegada do nome
forte de Cassol para entrar na briga.
LÉO FAZ CONVENÇÃO COM BOM PÚBLICO, MAS AINDA NÃO ANUNCIOU O
VICE E O CANDIDATO AO SENADO APOIADO PELO PODEMOS
Público não faltou na
convenção do Podemos, do deputado federal Léo Moraes, que foi oficializado como
mais um postulante ao governo rondoniense. O evento, na casa de shows Talismã,
teve um discurso emocionado do candidato, dança, festa e aplausos. Só não teve
ainda a confirmação do nome do vice na chapa e nem o de quem o Podemos vai
apoiar ao Senado. Nestes próximos dias, tais decisões deverão ser anunciadas.
No dia anterior, o PSD de Expedito Netto confirmou parceria com o Podemos,
inclusive para indicação do vice, mas isso ainda não ocorreu. O que se sabe é
que o agora candidato Ivo Cassol teria procurado Léo Moraes para oferecer uma
dobradinha, com Léo como vice, mas o jovem deputado federal não teria aceito,
alegando que sua candidatura ao governo é irreversível. Claro que ninguém
confirma oficialmente o assunto, mas sabe-se que a ex-vereadora e ex-presidente
da Câmara de Porto Velho, Sandra Moraes, mãe de Léo, chegou a ser consultada e
também não teria concordado com a proposta. Também houve tentativa do grupo de
Léo, com ajuda de Sandra, para tentarem convencer Expedito Júnior a desistir da
desistência de concorrer ao Senado e se aliar ao Podemos, com fez o filho de
Expedito. As conversas entre candidatos e partidos continuaram neste final de
semana. Pode ser que ainda nesta semana que se inicia, apareçam novidades em
relação a tudo isso. Aguardemos, pois!
PDT LANÇA ACIR AO SENADO E ENTRA NA FRENTE POPULAR,
APOIANDO DANIEL PEREIRA AO GOVERNO
Daniel Pereira, do
Solidariedade para o Governo. Anselmo de Jesus do PT, para vice. Acir Gurgacz
como candidato ao Senado. O professor Benedito Alves como primeiro suplente.
Essas decisões foram tomadas na convenção do PDT, na manhã desta sexta-feira,
em Ji-Paraná. No dia anterior, depois de uma longa espera e de uma batalha
judicial que parecia sem fim, o STF acatou liminar do senador que preside o
partido em Rondônia, autorizando sua participação na eleição deste ano. Como
havia um acordo prévio sobre isso, ou seja, o PDT lançou Benedito Alves ao
Senado, mas ele abriria mão para Acir, caso o atual senador fosse liberado para
concorrer, o trato foi mantido. Empresário, um dos grandes líderes políticos do
Estado, estava impedido de tentar a reeleição, por ter sofrido condenação num
caso em que, desde que decidido, cheirou a uma grande injustiça. Agora, Acir
assume a candidatura, na chamada Frente Popular, com Benedito como primeiro
suplente, surgindo como um nome bastante forte. A corrida agora, com Acir, mas sem
Expedito, será, sem dúvida, das disputas mais acirradas dos últimos anos. Estão
no páreo também Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol, Jaime Bagattoli, Léo Fachin
e Cláudia Moura, entre outros nomes com chances menores.
AVANTE E PATRIOTAS REÚNEM GRANDE PÚBLICO E CONFIRMAM
ALIANÇA PELA REELEIÇÃO DE MARCOS ROCHA
Foi só um susto, nada
mais! Avante e Patriotas, dirigidos por dois deputados estaduais que sempre
foram da base aliada do Governo (Jair Montes e Marcelo Cruz, respectivamente),
chegaram a ensaiar uma cara feia para os lados do projeto de reeleição de
Marcos Rocha, mas não passou disso. Na convenção conjunta dos dois partidos,
realizada no auditório da Unopar, que não só superlotou o local, mas teve
também muita gente que ficou do lado de fora, no estacionamento, a paz foi
definitivamente selada. Com a presença do próprio Rocha, muito aplaudido no
evento, foi oficializado o apoio das duas siglas a ele, na sua busca de mais um
mandato. O Avante também oficializou a candidatura do ex-juiz e empresário do
agronegócio Léo Fachin como candidato ao Senado. Os dois partidos lançaram
também nominatas para a Câmara Federal (em destaque, o nome do advogado Breno
Mendes) e para a Assembleia Legislativa, com Montes e Marcelo como os
postulantes mais quentes. A tendência é que o PSC reafirme também o que já
havia decidido em sua convenção e igualmente se mantenha no projeto de
reeleição do atual Governador. Com isso, a parceria de Rocha, presidente
regional do União Brasil, já tem o apoio oficializado do Republicanos, do PSC,
do Avante e do Patriotas. Outras siglas ainda poderão ser incluídas neste rol
de parceiros de Rocha.
APENAS UMA PERIGOSA BRINCADEIRA? VÍDEO MOSTRA ESTUDANTES
CHEIRANDO PÓ BRANCO NA SAÍDA DA ESCOLA
Infelizmente, não é
Fake News. Não é montagem. Não houve qualquer detalhe que estivesse fora da
realidade. Pode ser apenas uma brincadeira, mas mesmo assim de muito mau gosto
e extremamente perigosa, pelo mau exemplo, no mínimo. Estudantes, na saída das
aulas da Escola Flora Calheiros, no bairro Esperança da Comunidade, fizeram um
vídeo que bombou nas redes sociais, cheirando um pó branco, que, obviamente, se
imaginaria ser cocaína. Provavelmente não é. Trata-se, ao que parece, de um
produto chamado de “pó de corretivo”, que os jovens inventaram para fazer de
conta que estivessem cheirando a droga. Não só o vídeo é digno de todas as
críticas, como a posição da direção da escola, que disse nada poder fazer
porque o vídeo foi feito fora da escola. Ninguém sabe qual a verdade sobre o produto
ingerido, mas os personagens envolvidos são facilmente identificados. Seus
rostos aparecem claramente nas imagens. A Flora Calheiros, com seus mais de
2.550 alunos, é uma das melhores escolas da Capital. Portanto, que ninguém lave
as mãos e diga que nada tem a ver com o assunto. Tem sim. E tem que agir para
acabar com essas brincadeiras (se é que foram), de apologia ao uso de drogas.
PERGUNTINHA
Algum dia o Brasil terá de novo artistas
geniais como Chico Anísio e Jô Soares, que se foram e não deixaram sucessores
nem perto do que eles representaram?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno