Domingo, 2 de dezembro de 2018 - 09h34
Não é
fácil se escrever ou falar o que se pensa. Os riscos são enormes. O perigo de
interpretação errada é grande. A possibilidade de ataques furiosos, críticas
duras, acusações fakes e opiniões degeneradas, é imensa. Nesses tempos em que a
canalhice humana se mostra com toda a sua fúria nas redes sociais, onde os
idiotas tomaram conta, não é fácil ter opinião e, mais que isso, dá-la com toda
a clareza. Mas para que se escolhe a profissão de jornalista se não é para
correr muitos riscos, inclusive esse? Quem tem medo de falar, de criticar, de
dizer o que pensa, de defender suas ideias, que escolha outra profissão! O
jornalismo mal pago, muito mal interpretado (embora, claro, como em todas as
profissões, existam jornalistas que não prestam e nem deveriam ser chamados de
profissionais da imprensa, tal seu caráter que envergonha a categoria toda),
tem valor exatamente porque permite que se fale a verdade. Ou ao menos a
verdade daquele que está escrevendo e que tem a coragem de dizer, com
sinceridade, o que está pensando. Todo esse introito é importante para que o
colunista possa, finalmente, dizer o que pensa sobre a administração municipal
de Porto Velho. Ela, é claro, não é a melhor que tivemos. Não é nenhuma
Brastemp. Tem graves problemas, que parecem insolúveis, como as questões da
saúde pública, ainda com enorme deficiência e o transporte escolar, um
verdadeiro câncer na educação. Mas, convenhamos, Hildon Chaves, mesmo criticado
– muitas vezes injustamente, mas há que se compreender que todos têm seu
direito a opinar e criticar - está fazendo uma administração, no geral, muito
melhor do que fez Mauro Nazif. Não há termos de comparação. Com exceção dessas
duas áreas nevrálgicas e desses problemas que a atual administração ainda não
teve a competência de resolver, em todos os demais quesitos o atual governo
municipal ganha fácil, com um pé nas costas, daquele que a antecedeu.
Nazif
fez um governo pífio, voltado da porta para dentro, refém dos sindicatos de
servidores, que tomaram conta da Prefeitura e nela mandavam e desmandavam, ao
ponto da vereadora Elis Regina, sindicalista, ser chamada de “Prefeita”, num
arremedo ao governo municipal. A saúde não avançou. A educação também não.
Nenhuma obra de porte foi inaugurada e entregue no governo de quatro anos. A
cidade estagnou, a não ser nas questões que envolviam os bolsos e os interesses
dos servidores. Já vou avisando: não recebo e nem quero receber um só centavo
da Prefeitura de Porto Velho. Portanto, que não venham com tal acusação. Podem
até discordar (e isso é democrático), mas há verdades que precisam ser ditas.
Hildon Chaves não está fazendo tudo o que quer, mas o que está fazendo, o faz
bem, embora tenha-se sempre que destacar os erros e as exceções das coisas
negativas. Hildon vai deixar um legado, sim!. Mauro Nazif, sempre foi um
excelente parlamentar, mas, como Executivo foi um desastre. Não deixou legado
algum. Pronto, Falei!
PRIORIDADES: ENXUGAMENTO E ANTICORRUPÇÃO
Enxugar,
fechar as torneiras. Economizar. Gasto perto do zero. Deu pra entender ou tem
que desenhar? Pois os cintos apertados serão a tônica do governo de Marcos
Rocha, a partir do primeiro dia em que assumir o poder. Essa é a ordem geral,
tão importante para ele quanto o combate à corrupção, também do momento em que
sentar na cadeira de Governador em diante. Mesmo em férias (volta apenas no dia
12 ao turbilhão da política rondoniense e da sucessão estadual), o Coronel
Governador continua conversando com membros da sua futura equipe e batendo
nessas teclas: menos gastos e combate feroz a qualquer tipo de corrupção. Nas
redes sociais, membros da sua equipe e simpatizantes continuam publicando
afirmações de Marcos Rocha, principalmente sobre a contenção das despesas. Uma
delas: “o alto custo do funcionamento do Estado é um problema. Iremos enxugar
em tudo. A máquina administrativa não pode existir apenas para sua própria
manutenção. O povo precisa de saúde, educação, obras, saneamento. Com pouco
dinheiro, temos que economizar em tudo o que pudermos, para atender nossa
prioridade: o povo rondoniense!” O discurso está afinado. Espera-se agora que
nosso Governador possa realizar mesmo tudo o que está pretendendo fazer...
FERNANDO MÁXIMO NO TIME
Na
equipe do futuro governo, muitas indicações apontam para o nome do médico de
Ji-Paraná, Caius Prieto, como futuro secretário de saúde. Mas pode surgir
ainda, no setor, outra opção, também das mais quentes. O governador eleito tem
dado ao médico e cirurgião de Porto Velho, Fernando Máximo, importantes missões
nesse setor. Embora não tenha decidido ainda se poderá aceitar o convite, caso
ele seja mesmo oficializado, Máximo é nome quentíssimo no time que vem aí. Ele
foi, por exemplo, designado por Marcos Rocha para se encontrar em Brasília, com
o ministro da saúde, Ricardo Barros. Viajou de manhã e voltou na madrugada, com
a missão cumprida. Nessa próxima semana, vai novamente debater com o ministro
questões relacionadas com o futuro do atendimento na área da saúde pública
rondoniense. Ou seja, nesse setor, com dois profissionais muito respeitados
envolvidos no projeto da saúde, a partir da equipe de transição, Rocha está
muito bem servido. Certamente sairá daí o nome do novo secretário e
provavelmente de importantes membros da sua futura equipe essa área vital em
qualquer governo, a da saúde.
ELE NÃO FALA, MAS SEU PESSOAL...
Por
falar no futuro Governador, ele está culpando parte da imprensa pela divulgação
de fatos que considera inverídicos e relações de futuros assessores que, pelo
entendimento dele, jornalistas publicam tentando barganhar com o novo governo.
Barganhar o que, exatamente, ele não diz. Também não dá os nomes nem dos
veículos e nem dos profissionais da mídia que, segundo ele, ainda continuam
trabalhando “nos antigos moldes”. Segundo Marcos Rocha, a intenção dessa parte
da imprensa seria atrair acessos ou “conseguir algum tipo de barganha”. Há
algumas coisas que precisam ficar claras. Uma delas é que o Coronel Governador
tem todo o direito de não falar com a imprensa, não dar informações e não falar
nada sobre sua futura equipe. Ele se protege, na verdade, não de jornalistas,
mas daqueles que gravitam no entorno do poder, tentando conseguir carguinhos e
vantagens. Quanto a isso, nada a
contestar. Agora, o outro lado da moeda também precisa ser respeitado. Como ele
não fala, tem gente no entorno dele que fala com jornalistas. E os repórteres,
comentaristas e gente de toda a mídia, têm obrigação de buscar informações,
mesmo que elas lhes sejam negadas pelas fontes consideradas oficiais. Aqui
nessa coluna, por exemplo, não foi publicada uma só informação que não tenha
sido checada e rechecada. Vai com calma, Governador!
RODOVIÁRIA: MAIS UM CAPÍTULO
Mais
um passo concreto está sendo dado, para que a nova rodoviária de Porto Velho um
dia possa se tornar realidade. Pelo menos em termos de burocracia, haverá um
importante avanço em breve. Antes de deixar o governo, Daniel Pereira vai
encaminhar à Assembleia Legislativa projeto autorizando que toda a estrutura da
rodoviária e a futura construção, com seus respectivos recursos, sejam a partir
de agora de responsabilidade da Prefeitura de Porto Velho. As negociações se arrastaram durante anos,
sem que houvesse uma decisão definitiva, com o Estado e o Município empurrando
responsabilidade um para o outro. Agora, Daniel Pereira e o prefeito Hildon
Chaves teriam chegado a um acordo definitivo, para que o assunto passe a ser
comandado pela administração municipal. Ainda faltam fechar pequenos detalhes
do projeto, mas o próprio Governador confirmou a essa coluna, no final de
semana, que a decisão está tomada e que a aprovação do projeto dependerá agora
apenas da Assembleia. A própria Prefeitura vai decidir se construirá a nova
rodoviária no local onde ela está hoje ou se vai buscar uma nova área para a
obra. Exagerando um pouco, esse é o centésimo quinquagésimo quinto projeto
sobre a rodoviária que o público toma conhecimento. Será o último?
PORTO VELHO/MIAMI: SONHO POSSÍVEL
Vamos
ser um pouco otimistas e fazer um rápido exercício de futurologia? Vale a pena
acompanhar o raciocínio. Um voo sai lotado de São Paulo, com destino a Porto
Velho. Metade dos seus passageiros permanece a bordo. Outra metade desce aqui.
Enquanto isso, na aduana do aeroporto Jorge Teixeira, dezenas de passageiros
fazem seu check in, ocupando as poltronas que ficaram vazias com a saída de
parte dos viajantes, que ficaram na Capital rondoniense. Lotadíssimo, depois
desta parada técnica para entrada e saída de passageiros e reabastecimento, o
voo sai direto daqui, de Porto Velho, para...Miami. Isso mesmo. É muito viável
a possibilidade de que, quem sabe em meados de 2019 ou início de 2020, já
tenhamos voos saindo de Porto Velho com destino aos Estados Unidos. O que
falta? Apenas transformar nosso aeroporto em internacional, com a implantação
da aduana e fiscalização da Polícia Federal. Promessa de que isso aconteça logo
é o que não falta. Aliás, falta sim é transformá-las em realidade.
AEROPORTO INUNDOU
Por
falar em aeroporto Jorge Teixeira, é necessário repor a verdade, porque as
informações sobre o incidente ocorrido ali, na última quinta-feira, divulgadas
pela Infraero, não tinham nada de real. Um cano explodiu dentro do aeroporto,
inundando vários locais e atingindo inclusive os balcões de atendimento das
empresas, incluindo-se ai a Azul e a Rima, empresa local. O volume de água do
cano que estourou entrou também na canalização de energia, fazendo com que todo
o sistema no terminal de passageiros fosse desligado por várias horas. Faltou
energia por volta das 14 horas e a situação só foi normalizada perto das 19
horas. Felizmente, o problema não afetou a pista de pouso e decolagem e nem a
torre de controle aéreo, que funcionaram normalmente durante todo o período.
Questionada sobre o problema, a Infraero informou que houve apenas “uma
manutenção normal”. Onde? Não seria mais simples falar a verdade? Está mesmo na
hora de se mudar tudo no aeroporto de Porto Velho. Do jeito que está, é
impossível se acreditar em alguma informação que venha lá de dentro...
PRÊMIO DE JORNALISMO À SICTV
O
jornalismo da SICTV/Record de Rondônia ganhou o grande prêmio de reportagem
Rita Furtado de Jornalismo, promovido pelo Grupo Rondovisão, através de um
trabalho de alta qualidade produzido pelo repórter Eduardo Kopanakis, diretor
de jornalismo da SICTV e o cinegrafista Fábio Costa. A reportagem foi exibida
nos telejornais da emissora e ganhou repercussão nacional, já que foi mostrada também
pela Record de São Paulo, para todo o país. Ela mostra um projeto que levou
literatura a oito cidades da Amazônia Brasileira, com o objetivo de estimular a
leitura e o hábito de acesso aos livros para jovens e adolescentes das redes
públicas de ensino. Foram 19 dias de expedição navegando mais de 1.300
quilômetros pelos rios da região. Além de premiar as melhores produções do
telejornalismo, o grupo Rondovisão prestou homenagem a personalidades que
contribuem para o desenvolvimento da região, como o governador Daniel Pereira e
a primeira dama da Capital, Ieda Chaves. Rita Furtado, que dá nome ao prêmio,
foi jornalista, radialista e deputada federal por Rondônia. Morreu em 2011, mas
deixou um legado de grandes serviços prestados à região, principalmente como
comunicadora.
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