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Gente de Opinião

Sergio Pires

Não há guerra, mas há miséria, fome, doenças: um em cada quatro venezuelanos está fugindo da ditadura


Não há guerra, mas há miséria, fome, doenças: um em cada quatro venezuelanos está fugindo da ditadura   - Gente de Opinião

NÃO HÁ GUERRA, MAS HÁ MISÉRIA, FOME, DOENÇAS: UM EM CADA QUATRO VENEZUELANOS ESTÁ FUGINDO DA DITADURA 

          A terrível guerra na Síria já tem 13 milhões de refugiados, fugindo, desesperadamente, de um dos mais sanguinários conflitos mundiais. A guerra da Rússia contra a Ucrânia registra nada menos do que 10 milhões de refugiados ucranianos. Os dois casos, juntos, somam uma das maiores fugas de populações de seus países, desde a Segunda Guerra Mundial. Na América do Sul não há guerra. Não há confrontos de Exércitos. Nenhuma ação militar. Nada disso! Mas os números apontam a maior fuga da população de um país sul-americano em toda a História. Nada menos do que sete milhões dos 29 milhões de venezuelanos (ou seja, quase 25 por cento do total de habitantes do país; um em cada quatro) deixaram tudo para trás e se refugiaram, a maioria na Colômbia, mas muitos no Peru, Chile, Equador, Argentina e Brasil, nesta ordem. Dos mais de 200 mil que passaram a fronteira para nosso país, algo em torno de 40 mil chegaram a Roraima (principalmente na Capital, Boa Vista), aumentando a população daquela cidade, em menos de três anos, em mais de 10 por cento. Desde a implantação da ditadura que começou com Chávez e se ampliou com Nícolas Maduro, a falta de emprego e de recursos básicos para a sobrevivência, resultou, para tanta gente, em uma situação de miséria, fome, agravamento de doenças e violência. Por causa disso, milhares de venezuelanos começaram a migrar para outras regiões à procura de melhores condições de vida e oportunidades de emprego.

          Há longo tempo, a Venezuela é um dos palcos principais de tensões políticas da América Latina. Desde que começou a construir sua “Revolução Bolivariana”, o país é alvo de ataques e sanções econômicas de países como Estados Unidos, Colômbia e Espanha. O Brasil rompeu relações com o governo bolivariano com Bolsonaro, mas as está reatando agora, quando assumiu no nosso país um governo com filosofia e ideologia semelhantes às de Maduro e seu governo.  Dos venezuelanos que ainda permanecem no seu país, números não reconhecidos pelo governo, é claro, apontam que mais de 6 milhões e 500 mil pessoas, com um alto percentual de bebês e crianças, passam fome atualmente. A economia do país, rico em petróleo, está em frangalhos. As prateleiras nos mercados estão vazias, inclusive de produtos básicos. A saúde está um caos. Famintos comendo carne de cachorro e buscando latas de lixo atrás de algum alimento que possa encontrar são cenas que, eventualmente, aparecem em alguns setores da mídia, já que tais imagens são proibidas de serem divulgadas internamente. A Venezuela começou sua transformação para o comunismo cooptando primeiro as Forças Armadas e depois o Judiciário. Seus líderes defendiam a “plena democracia”, como se a ditadura fosse mesmo a democracia que tentavam vender. Há, na América Latina, histórias semelhantes. O comunismo é bom, mas apenas para quem está no poder. Para os outros, miséria, fome, doenças e pobreza absoluta. Ou a fuga, como já o fizeram centenas de milhares de cubanos e milhões de venezuelanos.

 

ESTADO CRIA NOVAS SECRETARIAS E O INSTITUTO DE TERRAS, COM A IMPORTANTE MISSÃO DE TRATAR DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

          Muda a estrutura do governo rondoniense. Foram criadas novas secretarias e o Instituto de Terras de Rondônia, para tratar da regularização fundiária, que terá status de secretaria. As mudanças, aprovadas na Assembleia Legislativa nesta semana, já estão autorizadas a funcionar. A nova Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer vai absorver a atual Sejucel. Surge também a Secretaria da Cultura, assim como a Superintendência de Comunicação, comandada por Rosângela Silva, passa a ser Secretaria, oficialmente. Foram criadas ainda as secretarias de Patrimônio e Regularização Fundiária (Sepat) e a Secretaria Especial de Integração do Estado de Rondônia (Sibra). O Governo também criou a Coordenadoria de Soluções para Melhoria e Alcance de Resultados (Somar); a Superintendência Estadual dos Indígenas (SI) e o Instituto de Terras de Rondônia (Iteron) para agilizar a regularização fundiária no Estado. O governador Marcos Rocha retorna dos Estados Unidos, onde participa de uma feira internacional da pesca, para divulgar nossa produção de peixe (principalmente do Tambaqui) ainda esta semana e, a partir da sua chegada, serão divulgadas maiores informações sobre o assunto e anunciados os nomes de quem irá comandar as áreas das Secretarias e Superintendências recém-criadas.

GOVERNADOR JÁ TEM O NOME DO NOVO TITULAR DO INSTITUTO DE TERRAS, MAS DIZ QUE AINDA É CEDO PARA ANUNCIAR

          O nome do titular do Instituto de Terras é um dos que mais causa expectativas, pela importância do programa de governo de regularização fundiária no Estado. Com exclusividade para esta coluna, o governador Marcos Rocha, ainda nos Estados Unidos, comentou sobre o assunto e falou no nome que irá indicar: “O Iteron foi criado porque vejo que a regularização de terras é uns dos principais objetivos do nosso Governo. Apesar de ele já estar criado, ainda passará por questões importantes até que funcione. Tudo indica que colocarei lá um nome ainda desconhecido do grande público, mas em quem estou percebendo uma tremenda competência. Prefiro ainda não falar, pois nem a pessoa ainda sabe que receberá o convite. Uma coisa é bem interessante: fiz o mandado anterior com pessoas que até então desconhecidas, mas que deram certo. O mais importante é que a pessoa tenha capacidade de comando e que seja resolutiva”. Para Rocha, todos os membros do seu governo precisam ter competência, dedicação e amor ao Estado. É dentro deste contexto que ele anunciará não só o novo titular do Iteron, como também os nomes dos que ocuparão os demais cargos agora criados para seu segundo mandato.

 

TESTE DE PACIÊNCIA: OBRAS CAUSAM LONGOS ENGARRAFAMENTOS EM HORÁRIOS DE PICO ENTRE PORTO VELHO E CANDEIAS

          Quer fazer um teste de paciência, ver como está seu nível de stress e tudo isso sem pagar nada? A forma é simples. Saia de carro de Candeias do Jamari em direção a Porto Velho. Quando chegar perto do Posto Carga Pesada comece a se preparar. Um buraco ali existente, na pista da BR 364, está infernizando a vida dos motoristas há pelo menos duas semanas. Uma obra que poderia ter sido resolvida rapidamente, impede o fluxo do trânsito durante um longo trecho da rodovia federal. Quem consegue passar, depois de longa espera, entra em outro enorme engarrafamento. É a segunda obra do Dnit na BR, aquela em que rompeu um bueiro, teve que ser feito um desvio naquele ponto e o trânsito se transformou numa espécie de teste de paciência. Durante os horários de  pico, é extremamente complicado rodar pelos 25 quilômetros que ligam a Capital até Candeias. Imaginava-se que com o trecho duplicado entre as duas cidades, os problemas de trânsito parado estariam totalmente resolvidos. Não estão. O caso do buraco no Posto Carga Pesada é fácil de resolver e já deveria estar resolvido. Mas o caso do bueiro rompido ainda vai muito longe. Alguma coisa perto a seis meses. Com poucos recursos e enfrentando uma burocracia ainda infernal, o Dnit diz que faz o que pode. Tomara que possa fazer mais...

 

HISTÓRICO: SÓ MULHERES ADVOGADAS REPRESENTARAM RONDÔNIA NO ENCONTRO DA OAB NACIONAL

          A OAB rondoniense registrou, dias atrás, um fato inédito na sua história que caminha para as comemorações dos 50 anos, em 2024. Pela primeira vez, a entidade foi representada, junto ao Conselho Federal apenas por mulheres. O trio que representou Rondônia foram as advogadas Solange Aparecida Silva, Julinda da Silva e Maria Eugênia de Oliveira, que participaram da sessão realizada em Belo Horizonte. O presidente da OAB-RO, Márcio Nogueira, comemorou a forte presença feminina na advocacia e a das rondonienses no encontro de BH: “Estamos muito orgulhosos das nossas conselheiras e de todas as mulheres que fazem parte da nossa advocacia. A OAB Rondônia sempre foi comprometida com a igualdade de gênero e a representatividade feminina e essa conquista é mais um passo importante para a consolidação desses valores". O presidente da OAB Nacional, o amazonense Beto Simonetti, que tem todo o apoio da subseção de Rondônia, também destacou a atuação das mulheres e a necessidade de ampliação de seus direitos, na reunião do Conselho Pleno, realizado em Belo Horizonte. Ele lembrou, inclusive, que as mulheres já são, hoje, maioria na profissão, em todo o Brasil. Simonetti fez uma manifestação especial às quase 700 mil mulheres advogadas.

 

 

COM VOTAÇÃO DE MAIS DA METADE DO ELEITORADO DE BURITIS, DELEGADO LUCAS É NOME QUENTÍSSIMO PARA A DISPUTA MUNICIPAL DE 2024

          Numa cidade em que há cerca de 23 mil eleitores, onde 14 mil deles foram às urnas e mais de 8 mil votaram num único candidato, na disputa por vagas da Assembleia Legislativa, dá para se dizer que o escolhido tem prestígio junto à sua comunidade? Obviamente que sim! Os números se referem à cidade de Buritis e ao seu deputado eleito, o primeiro representante que assume, em nome dos buritisense, uma cadeira no parlamento estadual. O delegado Lucas Torres abre sua atuação na política com todo esse aval da cidade onde atua há 12 anos, para se tornar, desde agora, o principal nome para uma eventual disputa pela Prefeitura, na eleição do final do ano que vem. Aos 37 anos (completará em maio próximo), Lucas começa sua participação na Assembleia defendendo temas importantes e, ainda, presidindo a importante Comissão de Defesa do Consumidor. Lucas foi eleito com 14.298 votos, 8 mil votos apenas na sua cidade. Representante do PP, o néo deputado tem ouvido, desde agora, muitas opiniões de eleitores e amigos para que comece a pensar seriamente na Prefeitura da cidade onde teve expressiva votação, com mais da metade dos votos válidos. Lucas tem respondido que sua preocupação neste momento é apenas com seu mandato, mas que, seu futuro “a Deus pertence”! É bom que Rondônia fique de olho neste novo nome da política do nosso Estado.

 

CMPI CORRE RISCO PELA PRESSÃO DO GOVERNO E TENTATIVA DE COMPRAR VOTOS. ENTRAMOS NO TÚNEL DO TEMPO, MAS AGORA SEM A LAVA JATO

          A CPMI do 8 de Janeiro está correndo o risco de não sair, mesmo tendo conseguido 195 assinaturas na Câmara (24 a mais do que o mínimo necessário) e 33 no Senado (11 a mais do que o necessário). Para surpresa geral, o caso foi parar no STF, por iniciativa da senadora Simone Thronicke, que era bolsonarista e agora virou lulista de carteirinha. Se o presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco apenas cumprisse os preceitos constitucionais, a CPMI já estaria confirmada. Mas Pacheco também se bandeou para os lados do novo governo, trocando o apoio a Lula por mais um mandato no comando do Senado e está fazendo de tudo para que a Comissão não seja criada. Na grande imprensa, o único assunto é as joias que Bolsonaro supostamente teria surrupiado. Todas as acusações sem provas concretas e ignorando o contraditório, como ocorre há anos na mídia partidarizada. A exceção foi o Jornal da Record desta semana, que mostrou, com clareza, como o atual governo está tentando comprar parlamentares para que retirem suas assinaturas do pedido de CPMI, inclusive ameaçando os novatos de não liberar os 13 milhões a que cada um tem direito em emendas. No túnel do tempo em que entramos, voltou a corrupção e a compra de apoio no Congresso. Mas agora, sem a Lava Jato, sem Dallagnol e sem Sérgio Moro para nos salvar.

 

POLICIAIS RODOVIÁRIOS FLAGRAM MOTORISTA COM 1 MILHÃO E 500 MIL EM DINHEIRO VIVO. ELE QUERIA SONEGAR O IMPOSTO SOBRE A GRANA

          Os policiais rodoviários em Rondônia já não se surpreendem mais quanto apreendem grandes quantias de drogas, quando os traficantes tentam levar o produto daqui para outras regiões do país, de onde, geralmente, elas são encaminhadas para o exterior. Também já apreenderam animais silvestres, levados irregularmente e produtos proibidos de serem transportados por nossas rodovias. Mas nesta semana, na BRT 364, ao parar um veículo surpreso, os experientes policiais tiveram uma surpresa. O motorista, que obviamente não foi identificado, o que é lamentável, tentava sair do país com quase 1 milhão e 500 mil reais em dinheiro vivo. Tudo escondido dentro do veículo apreendido. A explicação do dono da grana não convenceu, mas é a única que ele deu: tentava levar todo o dinheiro para a Bolívia, apenas para sonegar e não pagar o Imposto de Renda sobre tudo. Se for verdade, ele poderia pagar até 27,5 por cento do valor, caso declarado, o que tiraria aproximadamente 412 mil reais do total, diminuindo o valor líquido para 1 milhão e 88 mil reais. Claro que o caso foi às autoridades competentes, para investigação. Foi uma das maiores quantias em dinheiro vivo já apreendido nas rodovias rondonienses em toda a história das ações da PRF.

 

 

FIERO TRATA DE “CAMINHOS VERDES” DURANTE ENCONTRO ECONÔMICO BRASIL-ALEMANHA REALIZADO EM BELO HORIZONTE

          A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) esteve representada por seu presidente Marcelo Thomé, em mais um evento internacional. Dessa vez, no Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), acontecimento tradicional, considerado de grande relevância para a agenda de relacionamento bilateral entre Brasil e Alemanha. Realizada em Belo Horizonte durante dois dias, o encontro contou com a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que destacou a importância da reforma tributária para a atração e manutenção de negócios no país. Presente, ainda, Robert Habeck, Ministro Federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, que afirmou o interesse pela concretização do acordo de livre-comércio euro-sul-americano (UE-Mercosul). Também estiveram reunidos especialistas, empresários, representantes de associações setoriais, investidores, e gestores governamentais para debater sobre o tema “Novas abordagens sobre energia, clima e digitalização”.  Os chamados “Caminhos Verdes” foram destaque na pauta. O presidente Marcelo Thomé afirmou que “algumas dessas agendas são prioritárias para nós, em especial pela matriz energética brasileira já ser bastante sustentável, e considerada a matriz mais limpa do mundo, o que nos traz grandes possibilidades, inclusive de atração de investimentos para as indústrias ou empresas que querem reduzir as emissões nos seus processos produtivos. Para Rondônia, são diversas oportunidades de cooperação e de parcerias para a realização de projetos específicos, a exemplo da geração do biogás e do hidrogênio sustentável, que a gente defende ser possível produzir em nosso Estado”.

 

 

PERGUNTINHA

       Você, que é produtor rural, dono de terras produtivas e que contribui para o crescimento do  agronegócio de Rondônia, está temeroso ou não tem preocupação com o aumento das invasões de terras pelo MST, em outras regiões do país?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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