Quarta-feira, 25 de março de 2020 - 10h24
NOSSO VIZINHO ACRE CONFIRMA 21 CASOS DE CORONAVÍRUS. É UM RISCO PARA
RONDÔNIA E TODA A REGIÃO
A terça-feira marcou mais dois casos do coronavírus em Rondônia. São
cinco no total, até agora. Não foram divulgados mais detalhes pela Sesau. Não
se sabe a gravidade deles. Já nos primeiros três casos, os contaminados não
foram atingidos com aquela força praticamente mortal, quando ela toma conta de
organismos de idosos. As medidas tomadas, tanto pelo governo federal quanto
pelo Estado, em Porto Velho unidos à estrutura organizada pela Prefeitura, ao
menos até agora demonstram que a doença não chegou entre nós com a
agressividade com que avança em outras regiões. Inclui-se aí, entre os locais
onde o número de contaminados aumentou muito, nosso vizinho Acre. Aí mora o
perigo, porque nossa ligação com os vizinhos que já registraram bem mais de
duas dezenas de casos, continua normal, como se nada estivesse acontecendo. No
meio da terça-feira, a Secretaria de Saúde do Acre anunciou 21 casos
confirmados de corona vírus. Três já tiveram positivo por contraprova, enquanto
os outros 18, positivos no primeiro exame, aguardam nova avaliação no Instituto
Evandro Chagas. Entre os últimos quatro confirmados, há um servidor público de
70 anos e um dirigente de cooperativa, de 81 anos, que correm enorme
risco. Enquanto isso, estamos atuando na fronteira com o Mato Grosso, em
Vilhena e na fronteira com a Bolívia, em Guajará Mirim, embora nessa área as
ações sejam mais de vigilância federal. Não há ou ao menos não havia informação
da Sesau rondoniense, se estamos bloqueando nossa região fronteiriça com o
Acre, em função do grande número de casos lá registrados.
Rondônia precisa continuar com todos os cuidados, como nossas
autoridades têm feito até agora. Todos estão envolvidos profundamente na
batalha para impedir que o vírus chegue aqui com números assustadores. O
governador Marcos Rocha, por exemplo, chegou a ficar 28 horas seguidas sem
dormir, no período entre a preparação e a assinatura do decreto de calamidade
pública. O secretário Fernando Máximo não tem dormindo mais que três horas por
noite. Em todos os níveis – incluindo-se aí a bancada federal, que confirmou
ontem a liberação de 22 milhões de reais em emendas, tudo para combate ao corona vírus – estamos
lutando contra esse mal terrível, que pegou toda a Humanidade no contrapé. Os
decretos de calamidade pública, tanto o do Governo quanto o da Prefeitura da
Capital, são medidas drásticas, mas necessárias, para proteção da nossa
população. Há um sacrifício generalizado, para que sejamos poupados da expansão
da doença. Por isso, fiquemos de olho no Acre. Não podemos permitir que
fronteiras sem a devida fiscalização, possam trazer a doença dos nossos
vizinhos.
DEPUTADOS E A NOTA DE REPÚDIO
Desde 2007, os deputados de Rondônia não recebem jeton por participação
em sessões extraordinárias. Em 2015, a decisão, que já funcionava na prática,
foi incluída na Constituição do Estado. Portanto, convocados durante as férias
parlamentares ou em qualquer outra ocasião – como o foram pelo Executivo, para
discussão e votação dos projetos que culminaram com a decretação de calamidade
pública, por parte do Governo – os deputados não recebem absolutamente nada a
mais do que seus vencimentos normais. Por isso a revolta do presidente Laerte
Gomes e todos os seus pares, por notícias e comentários falsos, afirmando que
cada deputado tinha ganho mais ou menos 50 mil reais por cinco sessões extras
que realizaram na semana passada. A resposta foi dura! A Assembleia divulgou
nesta terça, Nota de Repúdio contra o advogado e radialista Caetano Neto, que
teria criado a Fake News. No texto, em nome de todos os parlamentares, a ALE
avisa que “que tomará medidas judiciais na área criminal e cível cabíveis para
responsabilizar o radialista e comentaristas, o programa e a emissora pela
criminosa veiculação de Fake News.”
REFAZ MANTERÁ MILHARES DE EMPREGOS
Por falar em Assembleia, tanto o Parlamento quanto o governo rondoniense
mereceram elogios, em nota oficial, assinada por representantes de mais de 15
entidades empresariais, pelo apoio à proposta de ampliar o período de
negociações e facilitar as condições para o Refaz, beneficiando empresas de
todos os tamanhos A decisão é de extrema importância não só para as empresas,
mas igualmente para a manutenção de milhares de empregos, destaca o documento.
Parte do texto afirma: “Todos juntos, vimos a público, agradecer ao Governador
Coronel Marcos Rocha e seus secretários; ao Presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Laerte Gomes e aos demais deputados estaduais, por terem
atendido uma das demandas por nós solicitada: a prorrogação do Refaz por
mais 90 dias, reduzindo o valor da entrada de 20 por cento, para 5 por
cento para empresas que já tiveram parcelamento anterior, e por falta de
condições financeiras foram excluídas, facilitando assim aos pequenos e
microempresários, que nesse momento de angústia e dificuldade financeiros
possam aderir.”
CONTRA BOATOS E INFORMAÇÕES FALSAS
Podem participar do sistema de parcelamento qualquer empresa, seja
micro, pequena, media ou grande, até o limite de 200 milhões. Isso, segundo as
entidades de empresários que assinam o documento, “resguarda a atividade
produtiva de todos os setores, promovendo a manutenção de milhares de
empregos”. Na nota, ainda, um esclarecimento: “Nossa manifestação visa
esclarecer a sociedade em geral, contra notícias que estão sendo divulgadas nas
redes sociais e alguns sites de notícias, de maneira tendenciosa, como se a
medida fosse direcionada apenas aos grandes empresários de Rondônia”. Lembram,
os líderes empresariais, que empresas de rodos os tamanhos serão beneficiadas
com a renegociação. O texto acrescenta que “as organizações do setor
empresarial, signatárias desta Carta Aberta, também concordam com esta
união em torno do Plano de Ação Emergencial em andamento. Afirma que “vamos
todos, unidos e comprometidos, vencer essa batalha contra os efeitos nocivos no
novo Convid-19”.
FORAM 28 HORAS SEM DORMIR
Foram 28 horas seguidas sem dormir. Direto. Até que a exaustão chegou,
com um sono rápido de três horas. Depois, tudo de novo! Foi mais ou menos
essa a rotina do governador Marcos Rocha, embora as 28 horas sem parar, tenham
sido um recorde, durante a crise do corona vírus. Vários dos seus secretários
estão também no mesmo ritmo, como o da saúde, Fernando Máximo, que tem dormido
uma média diária de três a quatro horas e do chefe da Casa Civil, Júnior
Gonçalves. Mas, claro, não só são eles. Há grande número de secretários e
servidores; médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem que estão
trabalhando muito mais do que o normal, tentando ao menos amenizar a
inacreditável crise do corona vírus, que atingiu a todo o Planeta,
praticamente. São horas e horas seguidas de reuniões, planejamentos, debates,
discussões, remanejamento, rumos e troca de rumos, numa situação em que jamais
de imaginaram que enfrentaríamos. Ficar em casa e se cuidar é uma forma de
homenagear todos os que estão trabalhando para nós. Quando mais cuidados
tivermos, mais valerá a pena a dedicação e os esforços que todas essas pessoas
têm feito, para tentar nos proteger. .
MAIS 102 MILHÕES NA LUTA CONTRA O VÍRUS
No meio de tantas más notícias, por causa do corona vírus, surge algo
positivo. O presidente Jair Bolsonaro acatou pedido do Governo de Rondônia,
autorizando que nos próximos seis meses, Rondônia não pague os 17 milhões/mês
da dívida do Beron. Isso significa que ficarão nos cofres do Estado, nada menos
do que 102 milhões de reais, para serem aplicados na luta contra o vírus
assassino. A dívida do Beron já foi paga pelo menos duas vezes, mas mesmo assim
continua sendo cobrado com juros pornográficos, cobrados pela União. O Supremo
havia prometido votar ação rondoniense pedindo o fim da dívida, mas até hoje o
caso não entrou na pauta. O presidente do STF, ministro Dias Tóffoli, havia
prometido colocar na pauta a votação do Beron no início do ano. Não o fez. Mas,
nos próximos 180 dias, a dívida ficará suspensa. É pouco, mas já é um começo.
MARIANA RECOMENDA SOLIDARIEDADE
“Comércios essenciais como os supermercados permanecerão abertos. Da
mesma forma, a distribuição de mercadorias para abastecê-los. Portanto, como já
foi esclarecido pelo Ministério da Agricultura, o Brasil não corre o risco de
desabastecimento. Não há motivos para lotarmos os mercados, formando
aglomerações e contrariando as orientações de prevenção contra o corona vírus.
Pior que isso é fazer estoque de produtos sem necessidade, o que, além de tudo,
pode gerar muito desperdício. Sejamos conscientes e solidários. Só vá ao
supermercado se for sozinho e em real necessidade”. A orientação, de grande bom
senso, foi publicada nas redes sociais, é da médica e deputada federal
Mariana Carvalho, a todos os rondonienses e brasileiros. É sempre bom
lembrar o número crescente de casos e de mortes em todo o país. Em apenas 24
horas, subiu de 34 para 46 o número de mortos. Já são mais de 2.200 casos
confirmados. Portanto, é sempre bom a gente dar crédito a conselhos como esses.
SEM CORTE DE ENERGIA POR 90 DIAS
Até que enfim a Aneel decidiu ser uma agência reguladora que também
pensa no consumidor. Alvíssaras! Sempre ao lado das empresas, dessa vez, em
função da crise do corona vírus, a Aneel anunciou a proibição do corte de
fornecimento de energia elétrica de consumidores inadimplentes pelo prazo de 90
dias. Decidiu ainda que a distribuidora – em Rondônia é a Energisa – “deverá priorizar os atendimentos de urgência e emergência, com o
restabelecimento do serviço em caso de interrupção ou de suspensão por
inadimplência, assim como os pedidos de ligação ou aumento de carga para
locais de tratamento da população e os que não necessitem de obras para
efetivação”. Várias outras medidas foram tomadas, inclusive a que autoriza as
empresas a não realizarem atendimentos presenciais e que possam enviar as
contas de consumo mensais através da internet, ao e-mail do consumidor. O
recibo deve ter código de barras, para facilitar a vida do consumidor na hora
de pagar. Enfim, nesses tempos de corona vírus, até milagres como esses, em que
a Aneel defende o consumidor, estão acontecendo.
PERGUNTINHA
Afinal
de contas, você já se acostumou a ficar trancado dentro de casa ou ainda está
sofrendo por não poder sair para a rua e continuar sua vida normal?
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