Domingo, 9 de abril de 2023 - 07h05
Até meados dos anos 80, duas instituições
brasileiras tinham quase unanimidade, como das mais respeitadas pela população
brasileira. Empatadas. Uma delas, o Corpo de Bombeiros. A outra, os Correios.
Hoje, só os bombeiros se mantiveram no mesmo patamar. Os Correios,
infelizmente, se tornaram uma das piores, no conceito dos brasileiros. Criado
em 1663, ou seja, há 360 anos, o sistema de entrega de correspondência
brasileiro se tornou vital durante todos estes séculos, até para a integração
nacional. Foi a partir da existência da República Sindicalista, implantada no
país, que transformou completamente, perante a visão dos brasileiros, todo o
enorme respeito que os Correios tinham conquistado em sua longa história. Durante
vários anos, os serviços dos Correios foram decaindo, até que a instituição se
tornasse uma das menos apoiadas por ampla maioria da população. A situação foi
piorando, com, ano a ano, a empresa, que era um Departamento e passou a ser
Estatal, em 1969, acabasse somando uma série de reveses, com prejuízos sobre
prejuízos. Em 2019, por exemplo, o passivo dos Correios chegou ao seu maior
patamar: um negativo de 2 bilhões e 400 milhões de reais. Uma série de medidas,
tomadas em seguida, inclusive preparando a empresa para a privatização, mudou
completamente essa situação negativa. Prova disso foi o lucro atingido em 2021:
nada menos do que 3 bilhões e 700 milhões. Ou seja, em pouco tempo, os Correios
renasceram. Hoje são 106 mil funcionários, 57 mil deles carteiros. Em Rondônia,
temos 83 agências, espalhadas pelos 52 municípios.
1. A privatização começou a ser tratada no governo passado. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso projeto de lei que permitia a transformação dos Correios em empresa privada. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a ideia parou no Senado, onde não andou. Agora, tudo mudou. O presidente Lula assinou decreto, já publicado no Diário Oficial, retirando os Correios e outras estatais de qualquer programa que possa privatizá-las. Lula está cumprindo o que anunciou na sua campanha. Depois de eleito, o novo governo confirmou a mesma posição, apoiada pelo grupo de transição. Foi a partir deste grupo que o recém empossado Presidente teve corroborada sua decisão de impedir a expansão do projeto, de tornar empresas públicas como de propriedade privada. Também entram no rol das proibições para a privatização outras estatais. Entre as mais conhecidas, estão a Empresa Brasil de Comunicação, EBC; a Dataprev e o Serviço de Processamento de Dados, Serpro. Qual o caminho correto? Estatização ou privatização? Logicamente que quanto maior a presença estatal, menos eficiência se pode exigir. Mas os defensores do comando do Estado sobre empresas, acham que se pode encontrar nuances positivas. O problema no Brasil é que vem um governo e defende uma questão e vem outro, defendendo algo radicalmente diferente. Certamente por isso estamos empacados e continuamos subdesenvolvidos, em muitas questões.
ÍNDIOS PASSAM FOME E SEDE NA
REGIÃO DE GUAJARÁ. CRIANÇAS ESTÃO DOENTES PELO CONSUMO DE ÁGUA CONTAMINADA
Poucos dias antes das comemorações do Dia do Índio, a deputada dra. Taíssa
Sousa, representante da região de Guajará Mirim na Assembleia Legislativa, fez
um vigoroso discurso, denunciando que pelo menos 2.500 indígenas que vivem na
sua região, estão passando fome e, mais ainda, não têm água potável para beber.
As cheias deste ano cobriram os poços amazônicos utilizados pelas aldeias e já
há muitos casos de crianças famintas e, ainda, com quadro de febre, por estarem
consumindo água contaminada. As doenças, a fome e a sede cercam as aldeias.
Taíssa já comunicou o problema às chamadas “autoridades competentes”, mas pediu
também o apoio dos demais parlamentares para que se envolvam em busca de
soluções. Foi além: exortou as ONGs que atuam naquela região a agirem, em
defesa dos indígenas, neste momento dramático que assola as aldeias. As ONGs,
aliás, vivem discursando em defesa dos índios, mas nestas horas de desespero,
não se sabe o que elas estão fazendo e onde estão. O comentário, é claro, não
foi feito pela deputada, mas o questionamento deste blog é válido, na medida em
que, daqui a alguns dias, nas comemorações do Dia do Índio, os efusivos
discursos sairão das mesmas bocas que, na vida real, ignoram a verdadeira situação
das tribos e etnias, mas muitas vezes as usam em defesa de suas teorias
ideológicas. Apenas com seu discurso de alerta, da tribuna da Assembleia, a
deputada dra. Taíssa já fez mais em defesa dos índios da sua região, do que os
que deveriam estar dando apoios reais e concretos, mas só lembram deles, mesmo,
na hora das homenagens vazias do 19 de abril.
SOMOS O SEGUNDO ESTADO DA REGIÃO
NORTE NA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA. SÓ A POLÍTICA CONTRA O AGRONEGÓCIO PODE NOS
PREJUDICAR
O setor produtivo do nosso Estado – e
principalmente a produção agropecuária – continuam em expansão, faturando alto
e colocando Rondônia como o segundo maior produtor de toda a região norte. O
agronegócio e tudo o que o envolve, movimentou mais de 20 bilhões de reais no
ano passado, caminhando para os 22 bilhões e nos colocando, nesta área, na 11ª
posição em resultados positivos do país. Nossas exportações, principalmente de
carne (sexto maior exportador de carne bovina para a China) e o crescimento do
rebanho, batendo já nas 17 milhões de cabeças, além da expansão da agricultura,
principalmente com o plantio de soja, nos dão uma perspectiva das mais
positivas, em termos de crescimento da economia. Não poderiam ser melhores as
expectativas, comemoradas com ênfase pelo governo Marcos Rocha, pelo grande
crescimento atingido nos últimos quatro anos. O perigo vem dos problemas que
podem começar a ocorrer não só aqui, como também em todo o país: o combate à
produção primária; à criação de gado e ao agronegócio como um todo,
determinados pela política ambiental do novo governo brasileiro, cujo projeto
econômico parece excluir este setor vital. Por enquanto é só um temor. Mas que,
tomara, ele não se concretize, porque pode causar danos irrecuperáveis a um
setor que vai muito bem.
TUCANO NÃO É FÊNIX, MAS PODE
RESSURGIR DAS CINZAS. O PSDB RONDONIENSE SE ARTICULA PARA VOLTAR À POLÍTICA
REGIONAL
Não é Fênix, o pássaro mitológico, mas parece que
é! É um tucano que começa a ressurgir das cinzas. Isso mesmo! Depois de estar
praticamente extinto, depois de perder muitas das suas principais lideranças
(Hildon Chaves, Mariana Carvalho, Maurício Carvalho, Expedito Júnior e muitos
outros nomes poderosos da política regional) o PSDB começa a voltar, com
chances de retomar seu espaço tanto na Capital como em todo o Estado. O assunto
ainda está sendo tratado internamente, mas o que se ouve nos bastidores é que
está sendo formado um novo diretório regional e municipal, com nomes
importantes, tucanos históricos e novas lideranças, para fazer ressurgir o
tucanato rondoniense. Sabe-se também que a nova conformação do partido tem o
dedo do prefeito Hildon Chaves, com um dos seus grupos de aliados, embora ele
mesmo deva permanecer no União Brasil. Hildon é nome quentíssimo para a disputa
do Governo do Estado, em 2026 e certamente, quem tem planos para o futuro, na
política, começa a se arregimentar desde agora. Nos próximos dias as
informações que está se dando neste espaço, começarão a se tornar realidade.
Questão de tempo, apenas!
INTERIORIZAÇÃO DOS PODERES:
GOVERNO E ASSEMBLEIA SE VOLTAM PARA AÇÕES PRESENCIAIS NOS MUNICÍPIOS
RONDONIENSES
A interiorização do Governo é projeto que está não
só em andamento, como também ampliado. O governador Marcos Rocha já começou a
concretizar o plano de levar a estrutura da administração estadual para o
interior. Começou com Rolim de Moura e região e agora, o próximo passo será
transferir tudo para Ji-Paraná, durante a realização da Rondônia Rural Show,
que se realiza de 22 a 27 deste mês. Mas há mais. O próprio Rocha tem
percorrido vários municípios, fazendo questão de priorizar uma agenda que dê
atenção especial à sua presença nas comunidades de todo o Estado. Ao mesmo
tempo, seu chefe da Casa Civil e braço direito, Júnior Gonçalves, tem sido presença
constante em várias comunidades, reunindo-se com lideranças, ouvindo
reivindicações, resolvendo o que for possível e trazendo as demandas maiores
para a busca de soluções na estrutura de Governo. Neste pacote de ações de viés
estritamente interiorano, destaque-se também o papel do deputado Laerte Gomes,
líder do governo na Assembleia, que tem batalhado também para que a
interiorização seja concretizada com ações práticas. O espírito da
municipalização, aliás, também está presente no parlamento rondoniense. O
presidente Marcelo Cruz já autorizou a transferência da Assembleia para
Ji-Paraná, no período da nossa maior feira do agronegócio, quando serão
realizadas sessões itinerantes, abertas ao público. Enfim, depois da longa e
tenebrosa pandemia, os olhos do poder se voltam, com toda a força, para as
comunidades do interior do Estado. “Somos um governo municipalista”, informa,
com todas as letras, o governador rondoniense.
NOSSA NOVA RODOVIÁRIA DE 44
MILHÕES: SE TUDO DER CERTO, ESTARÁ PRONTA EM DEZEMBRO DE 2024
O assunto é recorrente, porque o merece! Porto
Velho passa vergonha há décadas, por causa da sua horrorosa Rodoviária, um
prédio de quinta categoria, dentro de um matagal, mesmo localizada na área
central da cidade. Portanto, cada passo concreto para que nos livremos desta
praga, precisa ser informado. E boas notícias não faltam. A primeira: a
Prefeitura já tem os 44 milhões de reais necessários para a obra. Deste valor,
24 milhões virão dos cofres municipais; outros 20 milhões já estão liberados, através
de emendas da ex-deputada Mariana Carvalho, que, em seus mandatos, foi a campeã
de recursos destinados à Capital. Outra: no próximo dia 17, os ônibus serão
transferidos para o Terminal provisório, ao lado da Feira do Produtor, no
bairro Cai N´Água, bem no centro da cidade. Dois ou três dias depois, a próxima
boa nova. Começa a demolição daquele arremedo de prédio que abrigou, durante
décadas, a pior rodoviária de uma Capital em todo o país. Se tudo der certo,
conforme o planejado, teremos então uma das melhores notícias até agora. No
final de maio ou em junho, a empresa rondoniense Madecon Engenharia, vencedora
da concorrência, num consórcio, começa a construção do novo e moderno prédio,
com dois andares e uma estrutura invejável, podendo ser comparado com alguns
dos mais modernos do país, destinados à chegada e saída de passageiros. O novo
terminal – e essa será, sem dúvida, a melhor de todas as notícias – terá que
ser entregue num prazo máximo de um ano e meio. Ou seja, se começasse mesmo em
junho deste ano, teria que estar concluída em dezembro do ano que vem, 2024.
Enfim, a vergonha e o pesadelo começam, realmente, a serem sepultados.
PARTIDOS SE MOBILIZAM PARA
COMEÇAR ARRECADAÇÃO DE FUNDOS PARA A ELEIÇÃO MUNICIPAL DO ANO QUE VEM
A campanha eleitoral para as disputas das
Prefeituras no ano que vem já começou. Não só com o surgimento de nomes em
todas as cidades, mesmo com toda essa antecedência, mas, também, para a
arrecadação de fundos para a campanha. “Isso mesmo”, afirma o advogado Nelson
Canedo, especialista na legislação eleitoral. Ele lembra que “os partidos
políticos já podem arrecadar recursos para serem utilizados na campanha
eleitoral de 2024” e destaca que há dois modos de arrecadação da grana para uso
na eleição. “São dois modos, que já estão valendo. O primeiro trata do dízimo
partidário, ou seja, das doações mensais que são feitas pelos filiados. Já o
segundo modo cuida de evento promovido pelas agremiações, como jantares,
apresentações artísticas, dentre outros, visando arrecadar recurso para o
partido”. Canedo sublinha que “os valores derivados de ambos os modos de
arrecadação devem ser depositados em conta específica do partido e podem ser
usados para financiar a campanha eleitoral dos seus filiados”. No link https://www.instagram.com/reel/CqvHrgSAIAN/?igshid=YmMyMTA2M2Y= tem mais informações. É sempre bom lembrar que o
grande volume de dinheiro mesmo vem do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. Na
eleição passada, só o Fundo Eleitoral de 2020, na última eleição
municipal, o valor foi de 2 bilhões de reais. Já para a eleição geral do ano
passado, este valor beirou os 5 bilhões de reais.
PRATO FÁCIL, UM PROGRAMA QUE SE
AMPLIA E QUE PODE SERVIR ATÉ 1 MILHÃO E 350 MIL REFEIÇÕES NO ANO
A primeira dama de Rondônia, Luana Rocha, tem
criado uma série de programas sociais importantes, para beneficiar aqueles que
mais precisam. Embora cada um deles tenha sua importância para milhares de
pessoas, não se pode ignorar o que o “Prato Fácil” tem feito, em termos de
combate à fome, à desnutrição e à pobreza. Hoje com 28 restaurantes
credenciados apenas em Porto Velho, há a tendência de que este número continue
crescendo. Os restaurantes que atendem ao programa são da Capital e mais cinco
municípios do interior. Em todo o Estado, já são feitos 4.500 atendimentos ao
dia. Ou seja, pelo menos 135 mil refeições/mês, em 26 dias úteis, menos em
Vilhena, que não atende o projeto nos sábados. Algo em torno de 1 milhão e 350
mil pratos serão servidos no ano. Cada refeição custa 2 reais (o preço
médio de um cafezinho), porque os outros 12 é o governo quem paga. Famílias em
situação de vulnerabilidade, inscritas no Cadastro Único, podem participar do
programa. Luana Rocha não consegue conter a emoção quando fala sobre o pacote
de ações sociais, que está sendo desenvolvido e o grande número de pessoas,
entre as mais fragilizadas no contexto da sociedade rondoniense, que estão
sendo atendidas. O governador Marcos Rocha, comemora os números: “estamos
conseguindo atender a uma das maiores necessidades do ser humano, que é
alimentar-se bem. Outro fator importante é que este alimento é adquirido a um
preço acessível e a pessoa ainda pode escolher se come no estabelecimento ou
leva para casa”. Há quem diga, no Estado, que o trabalho da primeira
dama e secretária da SEAS, têm colocado a ação social rondoniense em outro
patamar, bem acima do que era até há pouco.
PREFEITURA RECLAMA QUE ONDE
RECÉM ASFALTOU, CAERD ABRE BURACOS. ESTATAL DIZ QUE OBRAS DANIFICAM A
CANALIZAÇÃO
A Prefeitura reclama, com veemência. A Caerd diz
que não é culpa dela. Mais uma vez, o município e a empresa responsável
pela distribuição de água da cidade não falam a mesma linguagem. O prefeito
Hildon Chaves reclama que há 25 buracos abertos na cidade, exatamente em locais
onde a Prefeitura, via Secretaria de Obras, recém asfaltou. A Caerd diz que é
obrigada a fazer os buracos porque, onde foi feita uma obra municipal, o peso
das máquinas e equipamentos utilizados pelo município, afetou a canalização,
quebrando os canos e interrompendo o abastecimento. E que não há como resolver
o problema sem abrir buracos. O Prefeito retruca, afirmando que o problema real
é a canalização antiga, com canos frágeis, porque em alguns dos locais, há
décadas não é feita manutenção e substituição por produtos mais modernos. Outra
reclamação é que a Caerd demora para fechar as crateras que abriu e, ainda, que
a qualidade da recomposição do asfalto deixa a desejar. Enfim, enquanto cada um
puxa a sardinha para seu assado, os moradores assistem, pasmos, a obras recém
entregues pela Prefeitura, sendo esburacadas pela Caerd. Como sempre, não
importa quem tenha razão, é o povão quem sai perdendo.
PERGUNTINHA
Você teme a volta da inflação e do desemprego ou
acha que as previsões pessimistas são apenas lamentos de brasileiros
inconformados por terem perdido a eleição presidencial?
Não é exato como um bom relógio, mas numa conta simples, faltam pouco mais de 144 horas para que Porto Velho tenha um novo Prefeito. Léo M
Há milhares (milhões até) de mensagens de Natal e Ano Novo. Praticamente todas falam em paz. Em reencontros. Em amor verdadeiro. Mas há al
Que se engane quem quiser, mas nosso Brasil anda célere para trás, com tantos recordes lamentáveis
Claro que o Brasil vai de bom a muito melhor, na visão distorcida dos fanáticos; dos cegos pela ideologia, que fazem de conta que não enxe
A podridão toma conta de parte do mundo político e chega à instituições que deveriam nos proteger. A associação com o crime, com as facçõe