Domingo, 6 de outubro de 2019 - 09h53
INFELIZMENTE, O BRASIL NÃO VAI MUDAR. ESTAMOS PERDENDO DE GOLEADA PARA
OS QUE QUEREM MANTER O ATRASO
Chega perto do impossível as mudanças. A tendência é de que esse país
nunca mais mude, na essência. Vamos viver de discursos, propostas,
sonhos, mas na Hora H, o que vai valer mesmo é a força de quem advoga o oposto;
das grandes e poderosas forças internacionais; das ONGs que nos comandam; das
instituições aparelhadas. Há grande chance de que isso ocorra também em relação
ao aproveitamento das nossas riquezas minerais. Os mesmos que aprovam que o
Brasil tenha mais de 700 estatais, que deram emprego durante longo tempo à
“cumpanheirada”; que aceitam que o contrabando e os grandes conglomerados
tenham acesso às nossas riquezas, mas não nós, brasileiros. Não só aparelharam
as aldeias indígenas, também com apoio de parte da Igreja Católica, como ainda
convenceram muitas lideranças (a maioria, na verdade), que os “bandidos” querem
invadir suas terras, destruí-las e destruir as tribos, apenas pela ganância de
retirarem as imensas riquezas minerais que temos. Impõem uma ideologia que
ainda domina corações e mentes; envolvem estudantes, alguns pressionados por
seus professores e só aceitam um país que seja gerido sob seus auspícios. Um
resumo do que se está falando, o que aconteceu na sexta-feira, no Ifro, durante
uma audiência pública que tratava de uma nova legislação sobre aproveitamento
das nossas riquezas minerais e que deveria ser compartilhada, para melhorar o
país e a vida de todos.
Algumas reações foram incríveis. Do Ministério Público Federal, do alto
dos seus poderes, que se negou a participar do evento, porque as lideranças
indígenas não foram convidadas ao desespero de alguns professores em
tirar seus alunos da audiência, levando-os para outra sala, onde índios
discursavam, transmitindo pavor e pânico, dizendo que suas terras seriam
tomadas e as aldeias destruídas, o que se viu foi um pacote de certezas de que
não será fácil termos um novo Brasil, com tantas forças contrárias a isso. O
governo brasileiro até que tenta, mas o que se está vendo é que apenas uma
parte da Nação quer mesmo transformações. A outra prefere que tudo fique como
está, que sejamos eternamente uma Republiqueta, aceitando que o que é nosso vá
enriquecer gente que não fala Português, mas que tem a linguagem comum da
estatização, da miséria compartilhada, da falta de tudo. A força deles é bem
maior que a nossa, que exigimos um novo país. Corremos sério risco de perdermos
também a guerra dos minérios, que poderiam nos transformar numa superpotência.
Tivemos muitas outras perdas, algumas que nada têm a ver apenas com ideologia,
mas com rabo preso, desrespeito ao futuro, temor de ser pego com a mão na
massa. Fomos derrotados na Reforma da Previdência, que vai acabar
resultando em pouco mais da metade, em economia, do que poderia ser. Já
fomos derrotados no Projeto anticrime de Sérgio Moro, transformado num
Frankenstein no Congresso. Perdemos também com a Lei de Abuso de Autoridade, ao
tentar colocar o Judiciário de joelhos. Eles estão ganhando. Nós estamos
perdendo feio!.
BAGATTOLI FORA DO PSL
A sexta-feira confirmou o que a coluna já havia antecipado há alguns dias. O empresário Jaime Bagattoli, de Vilhena, que saiu do anonimato no Estado para uma votação de 212 mil votos para o Senado, quase desbancando o duas vezes governador Confúcio Moura, não é mais membro do PSL. Ele foi o primeiro empresário a acreditar na candidatura do agora governador Marcos Rocha e os dois ficaram muito próximos. Até que Rocha tivesse ganho o governo e começado a preparar sua equipe. As divergências teriam começado ali. Com poucos meses no Poder, o dois tiveram um encontro em Vilhena, quando apareceram abraçados e com as pazes restabelecidas. Durou pouco. Semanas depois, novo rompimento e, dai, definitivo. Bagattoli e alguns dos seus seguidores (entre os quais o Coronel Chrisóstomo, eleito o único deputado federal do Partido), se afastaram ou foram afastados completamente da administração estadual. Bagatolli esteve com o presidente Bolsonaro, numa conversa de mais de uma hora, quando anunciou sua decisão de deixar o partido. Bolsonaro, aliás, também estaria com um pé fora do PSL. Bagattoli entregou seu pedido de exclusão ao PSL e ficará, por enquanto, sem partido. Pode esperar e ver para que lado irá Bolsonaro. Poderá segui-lo, então. Ele é pré-candidato á Prefeitura de Vilhena.
LAERTE COMEÇA COM O PÉ DIREITO
Quem começou o final de semana comemorando, foi o presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes. Uma pesquisa feita pelo
Instituto Haverroth, de Vilhena, o coloca bem à frente dos demais nomes hoje
citados como pré candidatos à prefeitura de Ji-Paraná. Pela pesquisa,
Laerte Gomes (PSDB), aparece na frente com 28,6%; o deputado Jhony Paixão
(Republicanos) marcou 14,2%; o Dr. João Durval (PP) garantiu a terceira
colocação praticamente empada com o deputado Paixão com 14%; o ex-vereador Isaú
Fonseca (MDB) vem em quarto com 13,6%; e o prefeito Marcito chegou em quinto
com 11,5%. Não souberam responder: 18,1%. Lógico que é muito cedo ainda e que
muitos nomes que poderão estar na disputa, não apareceram na pesquisa,
feita longos meses antes da corrida pela Prefeitura. Mas é claro que Laerte,
que se movimenta em todo o Estado, comanda a Assembleia e ainda faz um mandato
com muitas ações que atendem as necessidades de Ji-Paraná, começa com o pé
direito. Mas é sempre bom lembrar: não há campanha ainda e muita água vai rolar
embaixo da ponte.
MUITOS CANDIDATOS PARA POUCO POVO
Começou a CPI da Energisa. Nesta segunda, já seriam ouvidos o secretário
de segurança pública, coronel José Hélio Pachá e o delegado geral da
Polícia Civil, Samir Fouad Abboud. Os questionamento, basicamente se relacionam
sobre a participação de policiais no acompanhamento a serviço da empresa,
quando são feitas vistorias e cortes de energia e, obviamente, onde pode haver
reações. A partir de agora, estão sendo confirmados os calendários de
depoimentos, de audiências públicas e reuniões, até que o relatório final,
assinado pelo deputado Jair Montes, seja emitido. O prazo para que isso ocorra
é de 90 dias a partir da instalação da CPI, mas Montes quer concluir tudo até
10 de dezembro. O que se tem que ter muito cuidado – e tomara que o presidente
Alex Redano e os demais membros da Comissão o tenham – é o de não torná-la
palanque para os candidatos de 2020. Na última quinta-feira, foi convocado
um protesto em frente à empresa, no centro da Capital. Quase nada de
público, mas tantos candidatos a candidato que tiraram, sem dúvida, qualquer
ação que pudesse ser considerada espontânea, vinda da própria comunidade. Afora
isso, a CPI tem tudo para prestar um relevante serviço à população e ao Estado
(certamente também à própria Energisa, ajudando-a a corrigir rumos),
principalmente se conseguir algum avanço, via Aneel e Ministério das Minas e Energia,
para que baixe o preço abusivo das tarifas que estão sendo cobradas em
Rondônia.
O PROTESTO DO GOVERNADOR
Aliás, sobre o preço da energia, vale registrar um desabafo escrito,
nessa semana, pelo governador Marcos Rocha. Ele, que tem falado menos com a
imprensa e cada vez mais pelas redes sociais, considerou também exagerado os
valores que chegam nas contas que o rondoniense tem que pagar. Rocha tratou
desse assunto, nesta sexta passada, numa longa conversa com o ministro das
Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, que esteve por aqui. Num dos
trechos publicados em suas páginas no Facebook, o Governador escreveu: “ Uma energia
barata, com tarifas módicas e a prestação de serviços dignos é o único caminho
para um Estado que almeja tornar-se grande e atender com dignidade e qualidade
a população. Estamos trabalhando desde Janeiro, reorganizando Rondônia de
acordo com o que defendemos na campanha. Entretanto existem heranças que não
serão vencidas sem um trabalho inteligente, feito com união. Desde o início do
ano estamos enfrentando o exorbitante valor da energia elétrica. Um absurdo que
atenta contra nossa dignidade. Nos últimos meses apuramos a complexidade do
tema e como tomarmos atitudes certeiras, sem demagogia, a fim de solucionarmos
esse problema. O mais importante é mudarmos essa situação a curto e a
longo prazo, pois um Estado que produz energia para todo o país, não pode
continuar refém de situações como essa”.
SOS JOÃO PAULO CHEGA ÀS RUAS
Uma campanha importante está nas ruas. Elaborada e produzida pela
competente Minha Agência, responsável pela Publicidade do Governo, ela
conclama a população “por amor à vida”, a ter “prudência no trânsito”. A
iniciativa faz parte do projeto SOS Joao Paulo II, criado pelo secretário de
saúde do Estado, dr. Fernando Máximo e sua equipe, que têm lutado desde o
primeiro dia da atual administração para diminuir a superlotação do nosso único
e deficiente Pronto Socorro. O João Paulo está sempre com muito mais pacientes
do que suporta, principalmente pelo número absurdo de acidentes de trânsito. Em
cerca de 70 por cento dos casos em que há feridos graves, alguns que ficarão
com sequelas para o resto de suas vidas (além de muitos mortos), as vítimas são
motociclistas ou caronas, gente de todas as idades. Seria positivo, aliás, se o
Detran, órgão milionário e que há anos não faz campanhas publicitárias para
diminuir os acidentes, entrasse também nesse pacote, apoiando o SOS João Paulo
II, com pelo menos parte dos vultosos recursos que recolhe. Mas daí já é outra
história...
MAIS GENTE PARA O TRÂNSITO
Por falar em trânsito e no Detran, o Sindicato dos Servidores do órgão realiza uma audiência pública nesta segunda-feira a partir das três da tarde, na Assembleia Legislativa, para pedir mais trabalho. Isso mesmo! Convocada pelo deputado Anderson Pereira, a audiência quer propor a regulamentação da função de Agente Da Segurança Viária. Hoje, essas equipes trabalham apenas nas blitz da Lei Seca. Eles propõem uma ação mais ampla, indo para as ruas orientar e proteger os motoristas, principalmente nos horários onde se registram mais acidentes nas ruas de Porto Velho (8h da manhã; 12 horas e 18 horas). A questão será debatida no encontro desta segunda e os resultados encaminhados ao Detran e ao Governo do Estado. A princípio, o assunto deve ter atenção especial, porque quanto mais gente cuidando do trânsito caótico de Porto Velho, melhor para quem trafega pelas ruas da Capital.
COMEÇA O SÍNODO DA AMAZÔNIA
Está longe de haver unanimidade e consenso entre bispos católicos que
vão participar do Sínodo sobre a Amazônia, proposto pelo Papa Francisco, que
começa neste domingo e vai até o dia 26 próximo. A chamada ala progressista da
Igreja, cujo representante maior é o Santo Padre, quer discutir questões que
envolvem terras indígenas e até autorizações especiais para que índios possam
ser ordenados como padres, em regiões remotas. Há também, é claro, uma clara
intenção de ingerência política na região, que embora pertença ao Brasil,
sempre é alvo da cobiça internacional. Já a ala mais conservadora da Igreja vai
espernear contra decisões que possam representar mudanças profundas nos
conceitos católicos. O Sínodo, ao final, pretende divulgar um texto sobre os
temas debatidos, se posicionando, como pretendem os “progressistas”, como
baluartes dos povos indígenas e seus territórios. É bom saber que pode sobrar
para o governo Bolsonaro. Vamos aguardar para saber se isso será real ou não.
PERGUNTINHA
O que você achou da descoberta de que toda a história de que o ex
Procurador Rodrigo Janot, que teria ido ao STF para matar o ministro Gilmar
Mendes, foi tudo invenção, já que ele sequer estava em Brasília no dia do
pretenso crime?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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