Domingo, 30 de junho de 2019 - 10h05
O DESEMPREGO ATINGE MILHARES
DE JOVENS EM RONDÔNIA. SITUAÇÃO É AINDA PIOR EM PORTO VELHO
Ele destrói sonhos, separa famílias, nega uma vida digna. O desemprego é
hoje um câncer, quase metástase, que está corroendo o organismo do Brasil. Os
números oficiais estão longe da realidade das ruas. Eles falam em 13 milhões de
desempregados, mas pode ser o dobro de gente, sem um trabalho digno. Em
Rondônia, os números gerais não são tão negativos. Mas o são – e assustadores –
quando se coloca no papel os percentuais de jovens desempregados, aqueles na
faixa dos 16 aos 28 anos. É aí que se precisa, com urgência, começar a
agir. O assunto ganhou corpo, novamente,
quando o deputado Laerte Gomes, presidente da Assembleia Legislativa, se
pronunciou, lembrando que há dados apontando
que Porto Velho, por exemplo, é um das capitais brasileiras onde há mais
desempregados nessa faixa etária. E que precisamos, todos os setores da
sociedade, nos preocupar com isso. “Sem políticas de Estado, que fixem os
jovens no campo, dando-lhes condições de sobrevivência digna, com apoio de
formação e opções de trabalho, o problema não se resolve. Nossa produção primária
já é boa, mas, com programas corretos e direcionados pelo Estado, poderíamos
quadruplicar essa produção, porque temos condições de chegar a essa meta.
Imagine-se o que só isso representaria em termos de trabalho e renda”, opina
Laerte. O presidente da Fiero, Marcelo Thomé, diz que um dos caminhos já são
trilhados pelo Sistema Indústria, via Sesi e Senai. “Mais de 70 por cento dos
jovens que fazem qualquer curso do Senai, já saem direto para empregos na indústria.
A formação que lhes é dada é a garantia, ao empresário, da qualidade da mão de
obra que vai contratar”. Só no ano passado, o Senai de Rondônia teve 10.180
matrículas, a grande maioria de jovens das classes C, D e E, que através dos
cursos, conseguem entrar no mercado. Ou seja, já há mais este caminho, mas só
ele não resolve a situação, porque em
Rondônia, segundo números do Centro de Integração Empresa Escola, o CIEE, nada
menos do que 19 por cento de pessoas entre 18 e 24 anos, talvez a maior faixa
etária dos jovens, estão sem emprego. Se formos analisar apenas Porto Velho,
esse percentual é bem mais alto.
A verdade é que boa parte de uma
geração inteira está alijada do mercado de trabalho. Sem formação correta, sem
educação básica, sem apoio de programas oficiais, as perspectivas são
pessimistas. Some-se a isso uma legislação trabalhista arcaica e absurda, mesmo
depois de remendada no Congresso; uma Justiça Trabalhista voltada para
criminalizar as empresas e dificultar o acesso ao mercado do emprego e se
observará que o futuro é incerto e com poucas chances de reverter o quadro
atual. Talvez um grande salto na economia e uma visão moderna nas relações
trabalhistas, somadas a investimentos pesados dos governos na formação técnica
e no apoio a mais produção no campo, sejam as melhores opções. Mas mesmo com
tudo isso, só se conseguirá melhores resultados a longo prazo. A maioria dos
nossos jovens, até lá, ficará na rua da amargura. Lamentável!
A ATUAÇÃO DO CIEE PARA OS JOVENS
O Centro de Integração
Empresa Escola – CIEE – trabalha duro para abrir mercado para a mão de obra
jovem, principalmente na questão do primeiro emprego. Ele começa a busca de
colocação dos jovens no mercado, a partir dos 14 anos, idade em que eles podem
ser contratados como aprendizes. A partir dos 16 anos, eles podem entrar nas
empresas como estagiários. Mas a situação nacional é ruim, assim como a de
Rondônia. No ano passado, foram registrados no Estado todo, nesse sistema de
apoio aos adolescentes que querem trabalhar, um total de 2.834 contratados. O
potencial era de 5.251, ou seja, 2.417 não conseguiram vaga. Vinculados ao
sistema CIEE, Rondônia tem hoje 900 aprendizes e 550 estagiários. Há diferentes
cursos a disposição para diferentes áreas e o sistema é uma das forma dos mais
novos terem chances de chegarem ao emprego. O Sistema Indústria (SESI/SENAI), o
CIEE, entre outros organismos já
existentes, fazem o que podem, mas estão longe de atender toda a geração de jovens
brasileiros fora do mercado de trabalho. Hoje temos no país aproximadamente 20
milhões de jovens entre 18 e 24 anos. Só nesta faixa, mais de 7 milhões e 400
mil estariam desempregados.
SÓ O CONTRACHEQUE SALVA
Ainda sobre o mesmo tema:
o problema é a magnitude do problema. Pegando-se apenas números da Capital, da
população em uma cidade que já passou do meio milhão de habitantes, há cálculos que apontam que poderíamos
ter algo em torno de 85 mil jovens na faixa dos 18 aos 24 anos. Há quem diga
que pelo menos 30 por cento dessa população, desesperada por trabalho, não o
encontram. Isso representaria nada menos do que perto de 26 mil pessoas, apenas
nessa única faixa, estariam fora do mercado de trabalho. Como não há dados atualizados sobre as pesquisas
feitas pelo IBGE, detalhando a situação do desemprego, há apenas indícios e dados
não conclusivos sobre o tema. O que é real é que a falta de emprego é notória
entre os jovens e principalmente na Capital do Estado. Por enquanto, Porto
Velho continua sendo extremamente dependente do contracheque do funcionalismo.
Quem trabalha para os órgãos públicos,
está tranquilo. Do lado de fora das portas das organizações governamentais de
todos os níveis, é que o drama se amplia. O desemprego campeia e deixa cada vez
mais jovens alijados da economia e da produção. Até quando essa situação vai
persistir?
IMAGEM RARA DA GRETCHEN
Dezenas de mensagens,
comentários, elogios e até algumas ressalvas, poucas, aliás, abordaram o historinha
contada nessa coluna, na ultima sexta, sobre a onça Gretchen, que viveu aqui em
Porto Velho durante pelo menos quatro anos, com suas três patas e acabou sendo
atacada e morta por uma onça macho, numa
tentativa de acasalamento. Gretchen tinha sido transferida para um centro de
proteção de animais de Goiás. Durante todo o tempo que permaneceu aqui, foi bem
cuidada no CETAS da Unir, mantido com recursos da Santo Antônio Energia. O
animal foi entregue à proteção da Santo Antônio e teve todos os cuidados
possíveis. Pessoas que sempre estiveram perto do animal, ficaram tristes e
surpresas com o final infeliz do caso, já que se imaginava que Gretchen poderia
acasalar e ter filhotes em sua nova casa. Como muitos leitores pediram, uma
ampla pesquisa pela internet acabou trazendo à luz uma das raras fotos do
animal. Aí está, então, para quem queria ver como era a onça que nasceu na
mata, perto de Porto Velho e foi morta pelo futuro companheiro, em Goiás. O mistério continua: quem deu o famoso nome à
oncinha rondoniense? Isso ainda não se descobriu...
A TURBA CONTRA A POLÍCIA
Um marginal estava
mostrando uma arma para várias pessoas, numa rua do bairro Esperança da
Comunidade. A PM foi avisada e foi ao local. O sujeito fugiu, se escondeu numa
casa e ainda vociferou e ameaçou os policiais. Teve que ser detido à força. A
arma localizada era falsa. O meliante foi detido. Pra que! Várias pessoas da
vizinhança, essas mesmo que chamam a PM quando estão em perigo, ao invés de
aplaudir os policiais, começaram não só a hostilizá-los como a jogar pedras e
ameaçá-los fisicamente. Ficaram ao lado do marginal. Acuados, os PMs tiveram
que usar gás de pimenta, para conter a turba, que aumentava cada vez mais. Nem
isso adiantou. Até armamento pesado, com munição não letal, teve que ser
utilizado. No final, os PMs tiveram que fugir da fúria ensandecida do grupo que
os ameaçava. Em que país estamos, em que a polícia, ao defender a sociedade
diante de um crime, seja qual for, pode ser hostilizada por populares, ao invés
de reverenciada? A mídia esquerdista, que criminalizou a polícia e vive na
defesa dos direitos humanos dos criminosos, tem muita culpa nessa inversão de
valores. Mas é também importante que os participantes desse tipo de ação
sejam identificados, processados e presos, se condenados. Não é possível
assistirmos a esses atos em defesa de marginais, como se eles fossem as
vítimas. Uma vergonha!
A PONTE E A ALEGRIA DE CAMELI
A primeira comemoração
foi de um acriano. Hoje, o mais ilustre deles. O governador Gladson Cameli
postou nas redes sociais texto demonstrando toda a sua alegria com a conclusão
das obras da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã. “Agora falta muito
pouco para a concretização de um grande sonho. Resta apenas a construção das
cabeceiras, para a ligação definitiva do Acre, por terra, com o restante do
Brasil”, escreveu. O último trecho da
ponte sobre o Madeira, na divisa com nossos vizinhos, foi concluída nesse final
de semana. Da obra em si, faltam apenas pequenos detalhes, que estarão todos
finalizados nestes próximos dias. O que ainda vai faltar para que seja
totalmente pronto o complexo da ponte, são as cabeceiras, que agora terão que
seguir novo projeto, já que com a subida autorizada das águas do Madeirão, elas
terão que ser construídas com novo traçado e nova altura. Os recursos para esse
último trabalho relacionado com a ponte deverão ser liberados em breve. A
perspectiva é que, se não faltar dinheiro, tudo estará pronto para ser aberto
ao tráfego entre o final de agosto e o início de setembro, nesse segundo
semestre. A inauguração oficial contará
com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que já garantiu que virá a
Rondônia para entregar uma das mais importantes obras da região norte.
Finalmente, o Acre se ligará ao resto do Brasil. Por isso Cameli está fazendo
tanta festa!
A “ENTOURAGE” DO CHEFÃO
Quando se divulgou aqui
mesmo, há alguns anos, que quando os grandes criminosos e chefões do tráfico
vêm para o presídio federal de Porto velho, sua “entourage” toda vem atrás,
houve desmentidos, inclusive oficiais, de autoridades da segurança pública. Só
ingenuidade ou falta de informação pode contestar a verdade: a quadrilha, ou ao
menos parte dela, vem atrás do chefão, sempre ajudando a aumentar a violência
já quase insuportável a que estamos submetidos.
O grupo quer fica perto, para receber orientações e manter toda a
estrutura do crime do lado de fora da cadeia, enquanto o comandante manda, lá
de dentro da cadeia. Neste final de semana, mais uma prova concreta disso
ocorreu num condomínio de luxo da Capital, na avenida Vieira Cahúla: a Polícia
Federal fez uma operação atrás de provas de lavagem de dinheiro e armas
escondidas na casa de um familiar de poderoso chefe ,internado no nosso
presídio da BR 364, a mais ou menos 50 quilômetros do centro da Capital. Há
suspeitas de que dois casarões do local tenham sido alugados pelos amigos do chefão,
para ficar perto dele e ajudar a manter uma espécie de guerra pelo tráfico de
drogas e armas, entre grupos criminosos, que está ocorrendo agora no Paraguai.
E é só a ponta do tapete. Tem muito mais coisa por aí que a gente não fica
sabendo...
VILHENA MOSTRA SUA GRANDEZA
Vilhena vai viver cinco
dias de grande festa, com uma demonstração de toda a força do seu agronegócio,
com a realização da Rondônia Rural Sul, uma espécie de Rondônia Rural Show só
para o sul do Estado apresentar todas as suas potencialidades. O evento em
Vilhena será entre os dias 3 e 7 deste julho que está chegando, ou seja, começa
nessa quarta, prossegue na quinta, sexta e sábado e encerra no domingo. Quatro
grandes shows nacionais estão programadas, entre eles Marília Mendonça, hoje a
rainha da música sertaneja brega do Brasil, que sempre leva multidões para suas
apresentações. A exposição terá também um disputado rodeio, com vários prêmios.
A feira festiva, mas também de muitos negócios, terá também várias palestras
técnicas, na busca do aprimoramento da produção do agronegócio da região, hoje
um dos mais fortes do Estado e da região norte. A cidade rondoniense com mais
cara do sul do país, onde até o clima é semelhante em alguns momentos, com suas
temperaturas baixas em determinadas épocas do ano, tem a maior colônia de
representantes do Rio Grande do Sul e Paraná de toda a Rondônia. Lá a produção
salta todos os anos, tornando Vilhena uma das mais progressistas comunidades do
Estado. A Rondônia Rural Sul vai sintetizar tudo isso.
PERGUNTINHAS
Haverá solução para os 13
milhões de brasileiros oficialmente desempregados, num total de 12 por cento da
população apta a produzir e o dobro da média mundial dos que não conseguem
trabalho? O que pode ser feito para mudar esse quadro trágico para tantos brasileiros?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno