Quarta-feira, 23 de junho de 2021 - 06h00
A SUCESSÃO ESTADUAL FERVILHA NOS BASTIDORES,
COM CONVERSAS, ACORDOS E MUITOS NOMES VIÁVEIS
Enquanto a sucessão presidencial já está nas
ruas, com apenas dois nomes em condições de irem ao segundo turno, caso a
disputa fosse hoje, em Rondônia as alternativas ainda estão na fase da costura,
com nomes certos e nomes possíveis na corrida pela sucessão estadual. Dois deles
já estão certos no cenário político para 2022: Marcos Rocha, que vai à
reeleição e Marcos Rogério, o senador do DEM que está se destacando em nível
nacional. Enquanto o Governador rondoniense ataca os 52 municípios com obras e
parcerias, além de mudar a estrutura das rodovias, o senador cresce na CPI do
Circo, apelidada de CPI da Pandemia, que também é CPI da Cloroquina e, por
último, virou CPI da Copa América. Ambos têm apoio do presidente Jair
Bolsonaro. Rocha anda conversando com pesos pesados da política rondoniense,
sem alarde, mas caminhando para formalizar uma grande aliança em torno do seu
nome. Já tem acordos fechados e outros em andamento. Pouco se sabe sobre o
andamento dessas conversas, na medida em que elas ainda estão na fase de “quanto
menos se falar publicamente, melhor!”. Já Marcos Rogério espera contar com o
apoio do grupo tucano, a começar pelo prefeito Hildon Chaves, ampliando-se para
outra liderança incontestável em Rondônia, o ex-senador Expedito Júnior. No
mesmo grupo, devem estar a deputada federal Mariana Carvalho. Uma das maiores
lideranças políticas do Estado anda conversando muito com Marcos Rocha e, lá na
frente, não será surpresa se ambos caminharem juntos. Vários prefeitos também
já estariam “fechados” com o governador. Publicamente, contudo, o único que já
se posicionou foi o jovem João Gonçalves Júnior, de Jaru. Na nominata tucana, o
que se fala é que Hildon abriria mão de concorrer ao governo, para apoiar
Marcos Rogério e poderia disputar o Senado. Mas aí há um obstáculo: seu
companheiro de partido, Expedito Júnior, também quer a vaga. Ou seja: as
articulações ainda vão longe. Há ainda uma incógnita: Ivo Cassol poderá ser
candidato? Se puder, pode mudar todo o quadro!
Poucos nomes a mais, ao menos até o momento,
aparecem num rol de pré-candidatos com chances reais em 2022. Confúcio Moura,
que antes dizia não querer mais postular o Governo, já anda pensando diferente,
segundo algumas fontes próximas a ele. Seria o nome do MDB na corrida. Neste
momento, com a esquerda ainda fragilizada, Fátima Cleide seria a opção mais
forte do PT. O PDT pode oficializar o nome do empresário e senador Acir
Gurgacz, que faria sua segunda tentativa de comandar o Estado. Daniel Pereira
tem repetido que não quer ouvir falar em candidatura ao Governo, mas sabe-se
que na política nada é definitivo. Da Assembleia, nomes como os de Alex Redano
e Laerte Gomes são fortes, mas ambos também não falam que a disputa ao Palácio
Rio Madeira/CPA esteja em seus planos. Tudo ainda está muito nebuloso na
sucessão estadual. Mais para o final do ano é que as coisas vão clarear um
pouco mais. Mas é bom destacar: o assunto fervilha nos bastidores da política.
HEURO
SERÁ CONSTRUIDO ENTRE O CEMETRON E O TREVO DO ROQUE, PERTO DA BR 364
Finalmente foi decidido! O novo hospital de
pronto socorro de Porto Velho, será construído próximo à BR 364, num terreno
que ficará entre o acesso ao Cemetron e o Trevo do Roque. Ali, vários terrenos
disponíveis estão sendo analisados, embora a compra definitiva ainda não tenha
sido escolhida, porque ela o será pela empresa que vencer a concorrência para
construir o prédio, no sistema Built To Suit. A aquisição da área e a
construção do novo prédio, que levará em torno de dois anos, serão de
responsabilidade da empresa, sem qualquer investimento de dinheiro público. Será
entregue para uso, com pagamentos mensais e depois de 30 anos se tornará
propriedade do Estado, sem qualquer custo adicional. O Heuro será erguido num
local de fácil acesso, pela proximidade com a BR, principal ligação da Capital
com o restante do Estado, já que várias cidades enviam pacientes para cá. O
dinheiro que seria destinado às obras, como a doação do Tribunal de Contas, de
50 milhões de reais, será destinado à compra de equipamentos. A intenção do
governo é que as obras comecem em novembro.
VIERAM
MAIS 80 MIL DOSES. RONDÔNIA RECEBEU 804 MIL VACINAS DESDE JANEIRO
As coisas começaram a melhorar, no contexto da
chegada de vacinas. Somente neste final de semana, Rondônia recebeu nada menos
do que 80.400 doses, totalizando, até agora, 804.428 doses enviadas pelo
Ministério da Saúde. Na sexta, foram 16 mil e 400 Astrazeneca e 11 mil
Coronavac. No Domingo, mais 53 mil Astrazeneca. Até a terça, contudo, haviam
sido registradas oficialmente, pelos números da Sesau, 404.853 na primeira dose
e 145.520 na segunda, totalizando 550.373 aplicações. Como no final de semana
(sábado e domingo), houve mutirões de imunização, por exemplo, de parte da
Prefeitura da Capital, mas também do governo do Estado, imagina-se que esse
número dará um salto, quando todos eles forem comunicados e incluídos nos dados
oficiais da vacinação. No caso da Prefeitura, o prefeito Hildon Chaves
anunciava que, somando-se as doses previstas para a segunda-feira, mais de três
mil professores e servidores da Educação seriam vacinados. Já no drive-thru do
Estado, no Palácio Rio Madeira/CPA, mais de 800 trabalhadores da área da
Educação também foram beneficiados. Com isso, apressa-se o andamento das
medidas tomadas para que se permita, o mais rápido possível, a volta das aulas
presenciais, tanto nas escolas públicas municipais quanto estaduais.
DOIS
DECRETOS OPOSTOS. VALE O MUNICIPAL, SEGUNDO O STF
Se concordam e trabalham juntos pela vacinação,
Estado e Prefeitura da Capital não falam a mesma linguagem em relação à
liberação ou não de eventos, festas, shows e funcionamento de bares e
restaurantes. Enquanto o decreto estadual liberava quase tudo (o governo voltou
atrás na questão de shows e festas com até 999 pessoas e outras medidas),
embora com todos os cuidados de prevenção, a Prefeitura emitiu decreto no sentido
contrário. O Estado, por exemplo, liberava shows com até 999 pessoas, desde que
todos estejam testados e sejam negativados para a Covid, antes da coletiva em
que anunciou que estava revogando tais medidas. Já na manhã da segunda, o
prefeito Hildon Chaves decretou que shows e festas apenas com, no máximo, 100
pessoas e funcionamento de vários tipos de comércio com a
limitação de ocupação de pessoas de 30 por cento para Fase Vermelha; 50 por
cento para Fase Laranja e 70 para a Fase Amarela. Qual dos dois decretos
valem? O prefeito Hildon Chaves disse que, pela decisão do STF, para as cidades
vale o decreto municipal. Nas demais cidades, que não tiveram decretos
próprios, vale a decisão estadual. As correções do novo decreto do Estado já
estão sendo feitas.
ACUSADO
DE SER MAIOR DESMATADOR E LÍDER DE GRUPO DE EXTORSÃO PEGA 100 ANOS
A Justiça de Rondônia condenou um grupo criminoso
que, fortemente armado e utilizando táticas de terror e ameaças contra
posseiros de terras, agiu durante longos anos na região de Cujubim e outras
áreas do Estado. O líder do grupo, o madeireiro Chaules Pozzebon, considerado o
maior desmatador do Brasil, recebeu penas que somam mais de 100 anos de prisão.
Dezenas de membros da organização, foram condenados por cobrar pedágio de
posseiros, para entrarem nas suas próprias terras e casas, com valores que
variavam entre 3 mil e 5 mil reais, agiu durante longo tempo, sem ser
importunada. Pozzebon, dono de mais de 120 madeireiras, era acusado de comandar
tudo, numa estrutura dividida em grupos, como os que cuidavam do dinheiro, os
que dirigiam os projetos de extorsão e terror; os que faziam parte da equipe
policial, inclusive com a participação de membros da própria polícia. Era uma
máquina de fazer dinheiro, baseada na ameaça e no terror das armas. Quem não
pagava o “pedágio” era impedido de trabalhar na sua terra e até de entrar em
suas próprias casas. Pelo menos duas dezenas de membros da gangue poderosa
receberam penas entre 84 anos e 87 anos de prisão. A condenação é em primeira
instância e os criminosos condenados podem recorrer, mas não em liberdade.
Permanecerão presos. O fim deste assustador grupo criminoso, certamente causou
um alivio a pobres camponeses, que estavam sob o tacão dele.
CHEGOU
A FORÇA NACIONAL PARA COMBATER O TERROR DAS INVASÕES
Por falar em conflitos agrários, numa solenidade
realizada em frente ao Palácio do Governo, nesta segunda, foi oficialmente
registrada a presença da Força Nacional de Segurança em Rondônia. O presidente
Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, atenderam pedido do
governador Marcos Rocha, para que as forças federais viessem para cá,
principalmente para combater a guerrilha rural imposta pela Liga dos Camponeses
Pobres (LCP) e outros falsos grupos de sem terra, alguns fortemente armados,
atacando e destruindo propriedades tanto no Cone Sul quanto na região de Porto
Velho. A violência com que esses grupos atacam; a marca da destruição que
ddeixam.; o uso de táticass muito bem organizadas de guerrilha e até a
suaspeita de envolvimento no assassinato de policiais, são motivos mais que
suficientes para as futuras ações da Força Nacional. Ainda dentro do mesmo
assunto e só par não esquecer: vamos entrar no novo mês dos assassinatos de
dois PMs, um sargento e um oficial reformado, além da tentativa de morte de um
terceiro, tenente da ativa, que escapou por milagre. Ninguém foi preso até
agora.
GRITOS
E SUSSURROS: O QUE ESTÁ ACONTECENDO NOS BASTIDORES DA CÂMARA?
Há um clima de preocupação na Câmara de Porto Velho.
Vereadores descontentes estariam dispostos a um confronto, por estarem sendo
deixados de lado em acordos com a Mesa Diretora. Por enquanto, só se ouve aqui
e ali algumas frases soltas e algumas ameaças veladas. Mas o que começou com
pequenas arestas que precisavam ser aparadas, foi se ampliando para protestos
um pouco mais fortes. Não há nada concreto ainda, afora as ameaças entre muros.
Mas, é bom que o presidente Edwilson Negreiros e seus companheiros de mesa
comecem a ouvir com mais atenção os gritos e sussurros que têm surgido, antes
que a coisa fique mais complicada. Claro que não há qualquer indício e
obviamente nenhuma prova, mas já se ouviu pelos corredores até uma denúncia de
“rachadinha”. A Câmara da Capital já não é nenhuma Brastemp. Aliás, no geral,
sua qualidade é bastante questionável, salvo as exceções se sempre. Portanto, o
que menos se espera dela é ainda algum rolo. Se houver algo errado, que se
corrija correndo.
NAS REDES SOCIAIS, ROCHA ENUMERA PACOTE DE BOAS NOTÍCIAS
Quatro eventos, considerados como
boas notícias do domingo, foram registrados pelo governador Marcos Rocha nas
redes sociais. Ele escreveu nas redes sociais: “chegaram mais 53.760 doses da Astrazeneca.
O Governo já entregou mais de 750.678 doses de imunizantes contra a Covid 19
para os municípios”. O segundo: “todos os pacientes que estavam nos corredores
do João Paulo II já foram totalmente realocados em novos leitos, para um
tratamento com dignidade!”. A terceira:
“Leilão marcado para Julho, definirá a empresa que vai começar as obras as
obras do novo Hospital de Pronto Socorro, o HEURO, de Rondônia, em Porto Velho.
A derradeira boa notícia destacada pelo Governador: “SOS Vacinação da Educação
acontecendo, agora, graças a intervenção estadual. A aplicação, seguindo o PNI,
é responsabilidade municipal. Porém, o Governo de Rondônia está indo além, inclusive
nos finais de semana, a fim de acelerar a imunização”. Das medidas comentadas
por Marcos Rocha, sem dúvida a ação imediata de tirar dezenas de pacientes do
chão, no João Paulo II, enviando-as a hospitais privados, por conta do Estado,
realmente foi uma medida que merece todos os elogios.
UM AVANÇO: QUEM ESTÁ FORA DAS PRIORIDADES, JÁ ESTÁ SENDO
VACINADO
Neste espaço, tem se reclamado
muito da vacinação para tantos grupos prioritários, enquanto pessoas que estão
fora deles e sem comorbidades. Praticamente todas as doses eram encaminhadas a
grupos – alguns estranhamente prioritários – enquanto pessoas abaixo dos 60
anos iam ficando pelo caminho, sem acesso à imunização. Pois isso mjudou
bastante nas últimas semanas, ao menos em Porto Velho e algumas cidades
rondonienses. Na Capital, por exemplo, depois de vacinar pessoas entre 55 e 59
anos e 50 a 55 anos, a Prefeitura já começou a vacinar aquelas que, fora dos
grupos de risco e de comorbidades, têm mais de 45 anos. É avanço real. Em
breve, provavelmente na próxima semana, é possível que os grupos entre 40 e 45
anos também sejam beneficiados. É o mais lógico e justo. Destina-se a maior
parte das doses para atender os que fazem parte do mais eclético grupo de risco
já registrado na história do país e da turma da comorbidade, mas é importante
que se deixe um percentual para quem não faz parte dos prioritários. É o que
está acontecendo agora e o que merece elogios.
PERGUNTINHA
Você concorda ou não com a
decisão da ministra Rosa Weber, do STF, de impedir que os governadores sejam
ouvidos pela CPI do Circo, apelidada de CPI da Pandemia, incluindo os que são
suspeitos de desvios de milhões do dinheiro destinado no combate à Covid 19?
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