Domingo, 6 de novembro de 2022 - 07h06
OU TRATEMOS DA PAZ OU O QUE VEM POR AÍ PODE SER MUITO PIOR DO QUE TODOS NÓS PODERÍAMOS IMAGINAR
Dias de tensão no país, em que a corda está sendo esticada ao máximo e,
caso arrebente, pode significar algo muito grave no contexto da ainda
incipiente democracia brasileira. A situação chegou neste ponto muito por culpa
dos que, durante os quatro anos do governo Bolsonaro, não aceitaram a derrota
nas urnas e transformaram a administração dele num verdadeiro inferno. Todos
sabemos o que e quem o fez. O drama chegou neste nível também por culpa do
ativismo judicial, por culpa da maioria dos membros do STF e, especialmente, do
ministro Alexandre de Moraes, que extrapolou suas funções inúmeras vezes, quase
sempre apoiado por praticamente todos os seus companheiros, culminando com essa
desnecessária suspeita de que as eleições possam ter sido fraudadas, palavra
que, aliás, os ignorantes e preguiçosos, que não gostam de aprender, escrevem
“fraldadas”. Não se pode esquecer também a culpa da grande mídia, que destruiu
o verdadeiro jornalismo no país, tornando-o partidário e ideológico e, pior que
tudo, resultando na descrença total de muito mais das metade dos brasileiros,
sobre o que se lê, se ouve e se assiste. As multidões nas ruas exigem
intervenção militar, algo absolutamente desnecessário e inconstitucional, mas
seus protestos até podem ser compreendidos, embora mereçam críticas, porque
essa parte importante da população teme a chegada de um sistema de governo
parente da Venezuela, por exemplo, que, em poucos anos, pode destruir nosso
país. Aqui e ali ainda existem algumas posições de bom senso, mas, na maioria
dos casos e, nos dois lados, o que se escuta é que o confronto está piorando e
pode chegar a explodir, de tal forma que se torne incontrolável.
Nesse momento, ajudaria muito se os ministros do STF se calassem e
voltassem a respeitar a Constituição, só tratando do que lhes diz respeito
dentro do que manda nossa Lei Maior. Ajudaria muito se o presidente Bolsonaro
voltasse às mídias, para pedir calma e paz. Ajudaria demais se o presidente
Lula, recém eleito, se pronunciasse, garantindo que fará um governo para todos
e que a venezuelização do nosso Brasil jamais fará parte dos seus planos.
Ajudaria muito se o Ministério Público Federal aplacasse sua ânsia de exigir punições,
multas e prisões, até porque ameaçar que vai punir, que vai investigar, que vai
mandar prender os que protestam, não vai ajudar em nada a acalmar os ânimos,
até porque não há cadeia para tanta gente. A menos que todos esses entes
queiram mesmo que se quebre o sentimento pacifista do brasileiro; a menos que
prefiram o confronto com consequências que ninguém pode imaginar quão terríveis
poderão ser; a menos que haja bom senso e um pouco de equilíbrio de todos os
lados, é bom que nos preparemos para o que vem por aí. E o que vem pode ser
muito pior do que todos imaginamos!
O POVO SE MOBILIZA: POR AQUI, PASSEANTA NO SÁBADO E
PARALISAÇÃO GERAL NA SEGUNDA-FEIRA
Fechar rodovias não é legal. É inconstitucional e é um método parecido ao
usado pela esquerda em todas as suas manifestações. Embora pacíficas, ao
contrário dos protestos dos seus adversários, as manifestações que tiram o
sagrado direito de ir e vir têm que acabar. Mas todo o mais é correto. As ruas,
as praças, a frente dos quartéis, tudo é do povo e pertence a ele. Por isso, só
se pode aplaudir o que estão fazendo milhares e milhares de brasileiros, senão
milhões, que estão nas ruas, protestando, exigindo explicações do STF e TSE
sobre as eleições e contra a eleição de Lula. Apesar do exagero de se pedir
intervenção militar, desnecessária, até porque o próprio povo pode mudar seu
país, com a sua força e resistência nas ruas, todo o restante é válido. Em Porto
Velho, por exemplo, neste sábado, houve uma carreata gigantesca, passando por
várias ruas da cidade. Nesta segunda-feira, haverá uma paralisação geral, igual
ao que vai acontecer em todo o Brasil. Tudo em paz, sem exageros, sem destruir,
mas apenas mostrando a força da família e dos direitos do cidadão. O
rondoniense e o brasileiro estão dando seu recado. Tomara que ele seja ouvido,
antes que as coisas desandem.
PREFEITURAS: MARIANA, LÉO, VINICIUS E FÁTIMA NA CAPITAL;
LINDOMAR GARÇON EM CANDEIAS DO JAMARI
Fecham-se as urnas numa eleição e começa a outra, mesmo que daqui a dois
anos. Em algumas cidades, o tema já está na pauta, embora, claro, muito
embrionário. Em Porto Velho, por exemplo, já há nomes sendo postos, claro que
só em conversas informais e nos bastidores, até porque os próprios citados
repetem o refrão de que “é muito cedo ainda!”. A primeira candidatura foi
comentada publicamente pelo atual prefeito, Hildon Chaves. Trata-se da deputada
federal Mariana Carvalho, que concorreu ao Senado, fez mais de 265 mil votos,
mas não se elegeu. Mas não se pode esquecer, desde já, que há pelo menos dois
outros políticos com grande potencial de votos na maior cidade do Estado: Léo
Moraes, que concorreu ao Governo e o professor e advogado Vinicius Miguel, que
tentou uma cadeira na Câmara Federal. Fátima Cleide não pode ser esquecida
neste pacote, na medida em que tem grande proximidade com o presidente Lula,
que assume o poder no país em janeiro. Já em Candeias, o ex-prefeito da cidade
e ex-deputado federal Lindomar Garçon é, até agora, o nome mais quente colocado
como uma candidatura certa para voltar ao poder na cidade que o lançou para a
vida pública.
ROCHA COMEÇA A PENSAR NA SUA EQUIPE PARA O NOVO MANDATO,
COM MUITOS NOMES PERMANECENDO ONDE ESTÃO
Outro tema que começa a
fazer parte das análises políticas é a montagem da nova equipe de governo de
Marcos Rocha. Haverá mudanças sim, mas vários nomes permanecerão onde estão ou,
caso troquem de função, serão mantidos no primeiro escalão. O que se tem ouvido
(e o próprio Governador tem dado claros indícios sobre o tema) é que Júnior
Gonçalves será mantido no comando da Casa Civil. Sua contribuição ao governo e
à reeleição não podem ser esquecidas. O trabalho de construção política também
não. Claro que a primeira dama Luana Rocha continuará comandando a ação social,
até porque planeja, além dos vários programas já criados, ampliar o que está
funcionando e buscar novos apoios aos que mais necessitam do apoio do Estado.
Para a Educação, há grande possibilidade do retorno do professor Suamy
Vivecananda, que fez grande sucesso durante o comando da Seduc, mas, até agora,
essa hipótese não foi confirmada oficialmente pelo governador reeleito.
SAÚDE E CONSTRUÇÃO DO NOVO HOSPITAL DE PORTO VELHO ESTÃO
ENTRE AS PRIORIDADES
Há ainda, claro, muito mais dúvidas do que certeza, neste pacote de
assessores de primeiro escalão, num governo que tem a obrigação de ser melhor
do que no primeiro mandato, até porque agora não há mais a pandemia para atrasar
todos os projetos e investimentos. Mas há sim, algumas perspectivas perto do
concreto. Na área da segurança pública, ao menos por enquanto, deve continuar o
coronel Vidal, que, pouco tempo depois de empossado, deu respostas altamente
positivas. E na saúde? Uma das áreas mais sensíveis da administração, ainda não
tem nome preferido. Há quem diga, nos bastidores, que o sonho de Rocha seria
Mariana Carvalho, mas não se sabe se há alguma verdade nisso. A saúde tem sido
o calcanhar de Aquiles do governo e Rocha pretende dar a ela atenção especial.
Além disso, é neste setor que está a menina dos olhos do Governador ele quer
ver concluído, nos próximos dois anos e meio, toda a obra do Hospital de
Urgência e Emergência de Porto Velho. Para o DER, deve ser mantido Elias
Rezende, que concorreu a deputado federal, mas não se elegeu. É certo que
Evandro Padovani não retorna à Agricultura. Não se ouviu, até agora, quem
poderia ser o substituto.
COMANDO DA ASSEMBLEIA JÁ ESTÁ NA PAUTA. REDANO É UM DOS
NOMES MAIS CITADOS
Quem vai presidir a Assembleia Legislativa a partir de fevereiro do ano
que vem, quando terminar a gestão vencedora do reeleito presidente Alex Redano?
O que se ouve nos bastidores é que é o próprio Redano, o principal nome para
continuar no comando do Parlamento, ao menos por mais dois anos. Um dos
parlamentares que mais atuaram na busca da reeleição de Marcos Rocha e parceiro
de primeira hora do Governador, ele é um dos que mais têm sido apontados como
líder de um terceiro mandato de dois anos, entre 2023 e 2025. As conversas já
começaram. Outro nome importante no pacote de possíveis pretendentes à função é
o da deputada de primeiro mandato Ieda Chaves, uma das mais quentes
candidaturas ao posto. Pode acontecer que ambos entrem em acordo, ficando dois
anos da Presidência para cada um, como ocorreu na atual legislatura, com a
primeira parte do comando nas mãos do também reeleito Laerte Gomes (o campeão
de votos no Estado, para a ALE) e o próprio Redano. Claro que as pedras ainda
estão se ajustando, até porque a eleição recém terminou, mas as conversas já
estão andando...
DEMOLIÇÃO DEVE COMEÇAR EM BREVE, PARA CONSTRUÇÃO DA NOVA
RODOVIÁRIA DA CAPITAL
O prefeito Hildon Chaves há havia falado sobre o assunto, numa recente
participação no programa Papo de Redação, dos Dinossauros do Rádio (Parecis FM,
segunda a sábado, 12 às 14 horas): a nova Rodoviária de Porto Velho vai começar
a sair do papel em breve. O primeiro passo concreto para isso já está
acontecendo. A Prefeitura abriu uma licitação para demolir o antigo, deficiente
e horroroso prédio que hoje serve como terminal de ônibus da Capital,
certamente o mais horroroso entre todas as Rodoviárias das capitais
brasileiras. O processo já está em andamento. Faltam ainda, claro, detalhes
importantes. Não há data, ainda, para o início da demolição e nem de sua
conclusão, até porque é necessário o tempo exigido pela concorrência, para que
tudo seja feito. Ainda: onde funcionará a rodoviária provisória, até que a nova
seja concluída? A deputada federal Mariana Carvalho destinou 20 milhões de
reais para que a nova Rodoviária seja concluída. O governo do Estado cedeu à
Prefeitura os direitos para a obra. Ou seja, tudo está legalmente pronto. Falta
agora demolir o prédio atual e construir um novo. Talvez mais dois anos. Mas,
antes tarde do que nunca!
EM PORTO VELHO, AMEAÇAS COVARDES A JORNALISTAS DESLUSTRA O
MOVIMENTO PACÍFICO
Em Rondônia, até a sexta-feira, o movimento continuava forte, mas ao
menos era pacífico. Contudo, as ameaças de agressão a uma equipe de jornalismo
da TV Rondônia/Rede Globo mudou o quadro, pelo exagero, desrespeito e maldade
cometidas contra profissionais que estão trabalhando. Uma das vítimas foi o
conhecido repórter André Felipe, figura querida e respeitada nos meios do
jornalismo rondoniense. O ataque ocorreu na Estrada do Belmont, fechada
novamente por manifestantes e que, horas depois, com a intervenção da PM,
reabriu, cancelando o perigo de desabastecimento de combustível não só em Porto
Velho, como em todo o interior e também no Acre. A triste cena envolvendo os jornalistas
foi praticada por três descerebrados, expulsos do movimento pelos demais
participantes, que não aceitaram as ameaças. Contudo, o clima de beligerância
está cada vez mais intenso. O movimento na Capital continua cada vez mais
forte, mesmo com todas as ordens vindas do Judiciário e do próprio STF, no
sentido de que todos os bloqueios sejam desmobilizados. A violência chegou a
outras regiões, como o caso ocorrido em Mirassol, onde um motorista tocou seu
carro em cima da multidão que bloqueava uma rodovia, ferindo várias 11.760 outras
pessoas, inclusive crianças. É isso que queremos?
SIMPI TORCE PELA NOVA LEI DOS MICROS E PEQUENOS, QUE PODEM
TRAZER MAIS TRÊS MILHÕES DE EMPREGOS
Milhões de micro e pequenos empreendedores do país (os MEIs), têm uma
semana decisiva, a partir desta terça-feira. É que entra na reta final a
votação que vai ajudar a isentar grande parte deles de ampliação de tributos e
mantê-los, mesmo aumentando o faturamento, sem ter que pagar mais nada. Desde
2006, os valores dos MEI não são corrigidos. O faturamento máximo permitido,
por ano, é de apenas 81 mil reais (só 6.750 reais/mês), ou seja, um valor
praticamente irrisório, mesmo para quem vive no mundo do empreendedorismo de
pequenas iniciativas. Pelo novo projeto, que pode entrar em votação na Câmara
Federal já nesta semana, o valor do faturamento anual subirá para mais de 141
mil reais, ou seja, 11.750 reais/mês. Mas haverá também outra alteração
importante, lembra Leonardo Sobral, presidente do Sindicato das Micro e
Pequenas Empresas de Rondônia, o SIMPI: cada empreendedor, hoje individual,
poderá contratar até dois funcionários, em regime especial, o que poderá
representar um aumento de mais de três milhões de postos de trabalho no país,
rapidamente. Sobral acrescenta que Rondônia tem mais de 88 mil micro
empreendedores.
PERGUNTINHA
Você acredita que os questionamentos e as denúncias feitas por
especialistas argentinos de que há suspeitas sobre o resultado da eleição no
Brasil tem algum fundamento ou não muda nada em relação à vitória do presidente
Lula?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno