Domingo, 12 de julho de 2020 - 06h00
O
RECOMEÇO É NA TERÇA. SHOPPING ABRE NA QUARTA. CAPITAL TENTA RETORNO À VIDA
NORMAL NO MEIO DA PANDEMIA
Tentando voltar ao normal, Porto Velho reabre a maioria das portas das
suas empresas, a partir desta terça, se não houver uma grande e nova surpresa. O
empresariado está otimista. Nessa segunda, terminam os 14 dias a mais de
isolamento restritivo em Porto Velho (porque já o fim da Fase 1 foi antecipada
em várias cidades do interior). Mesmo ser ter tido qualquer resultado prático,
já que continuou crescendo o numero de contaminados e de mortes, a manutenção
de mais duas semanas de restrições, só trouxe mesmo danos graves à economia.
Mais empresas quebraram; mais empresas demitiram; maior se tornou o desemprego,
atingindo em cheio um grande número de famílias. A pandemia ainda vai longe,
principalmente se continuar a ser tratada como mote político, como meio de
palanques eleitorais e, ainda, sem que haja um comando central para combatê-la,
já que hoje o governo federal diz uma coisa; Estados dizem outra; municípios
falam uma terceira linguagem. E quem dá a palavra final mesmo, quem decide
mesmo, é o Judiciário, que está acima de todos. Mesmo quando tomam decisões que
consideram corretas para suas populações, as autoridades têm que se curvar ante
decisões judiciais, muitas delas com clara conotação contrária aos anseios das
comunidades. Ou seja, a pobre população
fica no meio desse fogo cruzado, sem entender direito a quem seguir.
Enfim, mesmo com os números da pandemia ainda assustando, fica claro que
apenas trancar a economia a sete chaves, nada resolve. Aliás, na grande maioria
das empresas, o controle sanitário é tão grande que, nelas, dificilmente sairá
alguém contaminado. O problema não é da porta para dentro do comércio em geral.
O problema é da porta para fora. E na verdadeira desobediência civil de parte
da população, que não está nem aí para a pandemia e o vírus. Como alguém sempre
tem que ser bode expiatório, quando ninguém sabe exatamente o que fazer,
escolheu-se as empresas como vilãs. Logo elas que sustentam o país e que fazem
girar as rodas do desenvolvimento. Mas, enfim, a notícia de reabertura é
positiva, claro que apenas para os CNPJs que sobreviveram, já que centenas
deles estão sepultados e os empregos que garantiam, definitivamente perdidos. O
Porto Velho Shopping reabre na quarta, depois de 102 dias fechadas (abriu uma
semana, nesse meio tempo) e a sua volta é simbólica. Sintetiza, de certa forma,
a volta ao bom senso e a realidade: o vírus vai continuar se espalhando, com ou
sem as portas da economia escancaradas, mas nós precisamos continuar
trabalhando e sobrevivendo, até que a crise suma de vez.
O DEDO INCLEMENTE DA HISTÓRIA
Daqui a alguns anos, talvez uma década, talvez mais, quando a pandemia
virar história e a colocarmos no baú das tristes recordações, só então se
poderá avaliar, corretamente, sobre erros e acertos cometidos durante a
passagem dela pelo Planeta. No Brasil, não se espera uma recuperação da
economia, pelo menos, antes de 2025. No mundo, alguns países poderão levar mais
tempo para voltarem à normalidade. Na soma futura, teremos tido mais erros ou
acertos? Sem querer ter bola de cristal, a resposta não é difícil. Claro que
erramos muito mais que acertamos. Até porque enfrentamos, nos anos 20, um
evento catastrófico que jamais ninguém poderia esperar. Não havia parâmetro
para combatê-lo. Então, toda a crise, somada à loucura das redes sociais, que
deu voz aos idiotas, como dizia o escrito Humberto Eco, além de politiqueiros
de plantão; loucos ideológicos e autoridades covardes de todos os calibres, nos
fizeram prisioneiros em nossas casas, enquanto o vírus destruía vidas, empregos
e a economia como um todo. Tudo isso será esclarecido no futuro, quando formos
estudar o que passamos nesse momento de pandemia. Tomara que a História aponte
seu dedo inclemente na direção daqueles que poderiam ter feito muito mais do
que fizeram, mas optaram por olhar só os próprios umbigos, interesses e ideologias, enquanto milhares de
vidas se esvaíam.
NA GUERRA CONTRA O VÍRUS, MÁXIMO ACABA NA UTI
Na sexta à tarde, quando foi encaminhado ao Hospital 9 de Julho e
internado num leito de UTI, o secretário de saúde Fernando Máximo se tornou
mais uma vítima do poderoso coronavírus, a necessitar desse tipo de
atendimento. No caso de Máximo há, ainda, agravantes. Desde o primeiro momento,
esteve na linha de frente na guerra contra a doença. Trabalhava, em média, 16 a
17 horas todos os dias. Comia mal. Eventualmente, almoçava alguma coisa por
volta das quatro e meia, cinco da tarde. Dormia tarde, acordava de madrugada e
ia novamente para a guerra. Seu organismo, portanto, estava enfraquecido para
enfrentar esse vírus que tem causado tanto pânico no Planeta inteiro. Na manhã
do sábado, seu quadro geral tinha melhorado. Ele realizou vários exames e não
havia necessidade de ser entubado. Agora, a torcida generalizada é para que o
jovem médico, hoje no comando geral da batalha contra a Covid 19 no Estado, se
recupere logo. E volte para continuar o trabalho que tem conduzido com tanta
dedicação. Saúde, secretário!
MAIS CASOS, MAIS MORTES E 95 MIL TESTES
O número de casos de pessoas atingidas pelo coronavírus, já chegou a 26.496
casos no sábado. Eram 26 mil, e número redondos, na sexta. Cresceu também o total
de mortos. Foram 11 a mais em todo o Estado, somando agora 617 vítimas fatais. Só
em Porto Velho, já se registraram 417 óbitos, sete a mais entre a sexta e o
sábado. Os números absolutos estão caindo, mas ainda preocupam. Entre as
informações positivas divulgadas pela Sesau, há que se registrar que 15.696 do
total de casos, ou seja, 59,2 por cento dos mais de 26 mil e 600, de
rondonienses que estão com o vírus, já estão recuperados e livres da doença. Há
também outro número importante: Rondônia já realizou, até o sábado, quase
95.500 testes para a Covid 19, tornando-se, essa semana, o Estado brasileiro em
que, proporcionalmente à população, maior número de testes foi realizado. Com a
volta da abertura do comércio, o que se espera é que os cuidados dos portovelhenses
sejam redobrados, para que, enfim, os números da doença diminuam entre nós.
MOSQUINI SE MANTÉM NA LIDERANÇA DA BANCADA
A atuação da bancada federal de Rondônia tem sido considerada bastante
positiva, não só em termos de milhões e milhões de reais liberados em emendas
parlamentares, mas também nesse momento da grande pandemia. Nesse contexto,
poderia se imaginar uma disputa pelo comando da bancada federal. Não foi o que
houve. O deputado Lúcio Mosquini foi reconduzido, por unanimidade, para mais um
mandato como líder da bancada federal. Houve um ensaio do deputado Coronel
Chrisóstomo de lançar seu nome, mas como não houve receptividade, ele se aliou
à unanimidade. Mosquini vem fazendo um trabalho considerado muito positivo,
unindo os diferentes interesses de políticos com posições pessoais e políticas
muito diferentes. Promoveu também, em Brasília, encontros com deputados
estaduais e participou de eventos na Assembleia, unindo os parlamentos, na
busca de soluções para os problemas do Estado. A reeleição, portanto, foi das
mais justas.
FABRÍCIO, O NOME DO DEM À PREFEITURA
Surge mais um indício de que o prefeito Hildon Chaves pode abrir mão da
reeleição. O sintoma é simples: o DEM, cujo líder maior no Estado, estava
fechando com o projeto de mais um mandato para do atual Prefeito, decidiu apoiar
uma pré candidatura própria à Prefeitura, em novembro. O senador Marcos
Rogério, que tem sido um parceiro muito próximo do prefeito tucano da Capital, está
apostando num novo nome: o do advogado Fabrício Jurado, presidente do partido
na Capital. A decisão teria sido tomada em encontro da municipal, dias atrás.
Jurado é uma cara nova na política. Fundador do Partido Novo, deixou a sigla
quando ela não conseguiu número suficiente de membros para lançar candidaturas.
Ele já avisou que o DEM apresentará, também, nominata de vereadores, com nomes
de peso em Porto Velho e a meta do partido é tomar ao menos duas cadeiras. Há
três legislaturas que o DEM não tem representantes na Câmara Municipal de Porto
Velho.
LADRÕES DE FIOS DEIXAM CIDADE SEM ÁGUA
Vários bairros da Capital estão tendo graves problemas de abastecimento
de água, nas últimas semanas. No bairro Aponiã, por exemplo, o sábado completou
seis dias com as torneiras vazias. Parece incrível, mas a culpa não é da Caerd.
Isso mesmo! A culpa é de grupos de ladrões, que arrancam fios de cobre para vender.
Sem energia elétrica, a água não pode ser captada e nem distribuída. Diretores
da Caerd têm feito apelos constantes à polícia e pedido apoio à população para
denunciar os ladrões de fios de energia. Os receptadores, ao menos até agora,
também não foram pegos. Enquanto os criminosos agem livremente, milhares de pessoas
são prejudicadas em suas próprias casas, em plena crise do coronavírus, sem
sequer uma gota d´água para suas necessidades essenciais. Enquanto os roubos
continuarem, o risco de partes da Capital abastecidas pela Caerd ficarem sem
água continuam. Não há previsão para que
tudo volte ao normal, já que a empresa recoloca os fios e eles são novamente
roubados.
ARRAIAL EM HOMENAGEM AO CORONAVÍRUS
A cidade de Jataí, no interior de Goiás, a mais de 400 quilômetros da
Capital, tem uma ligação importante com Rondônia. Foi ali que nasceu Jerônimo
Santana, o Bengala, que migrou para cá e acabou se tornando o primeiro
governador eleito do nosso Estado. Agora Jataí entra de novo, no noticiário nacional, por um lamentável
evento: uma grande festa de São João, em “homenagem” ao coronavírus, promovida
pelo vereador Thiago Maggioni, do PSDB. A festança bombou na internet e
repercutiu país afora, não só porque todos os presentes estavam sem máscara,
mas porque a festa não só ignorava a pandemia, como ainda a homenageava. Uma
vergonha para a cidade natal do nosso ex Governador, já falecido. Festas,
coronafestas, torneios de futebol, comemorações e aglomerações absurdas,
continuam acontecendo em todo o país. Aqui em Rondônia também. Na Capital, além
disso tudo, os “banhos” em rios e igarapés, estão tão lotados quanto antes da
pandemia. Desse jeito, não tem como controlar essa terrível doença, que causa
cada vez mais mortes.
MAIS UM MINISTRO PARA A MÍDIA MASSACRAR?
Que se prepare o pastor da Igreja Presbiteriana, Doutor em Educação e
mestre em Direito Constitucional Milton Ribeiro. A partir de agora, é ele o
novo alvo da mídia, por ter tido a petulância de aceitar convite do presidente
Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Educação. Toda a grande mídia já
está com seus farejadores nas ruas, procurando cada fio de cabelo que possa
colocar dúvidas no currículo, até agora intocável, do novo ministro. O advogado
e membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, Milton Ribeiro. aceitou o
convite para assumir o Ministério da Educação ao anoitecer da última sexta,
depois de duas longas conversas com o
presidente Bolsonaro. Milton Ribeiro é, entre outras coisas, Doutor em Educação
pela USP; mestre em Direito pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em Direito e Teologia. Desde
maio de 2019, ele é membro da Comissão de Ética da Presidência da
República. A nomeação já foi publicada numa
edição extra do Diário Oficial.
OUTRA CONFUSÃO: ELEIÇÃO DIRETA EM ROLIM DE MOURA
A confusa, exagerada e complexa legislação eleitoral, mantida por um
sistema de Justiça caríssimo, que poderia muito bem ser extinto, sem qualquer
prejuízo à democracia, caso tivéssemos eleições gerais de cinco em cinco anos,
cria excrescências como as que ocorrerão no próximo dia 23, uma quinta-feira,
em Rolim de Moura. Lá, depois de três anos e meio, o mandato do prefeito Luizão
do Trento foi cassado, por um crime eleitoral que ele teria cometido na sua
eleição. Três anos e meio...Dai, não fosse a pandemia, teríamos eleições para o
novo Prefeito para um mandato de apenas cinco meses. Gastança generalizada.
Salvos pelo gongo e pelo bom senso, a Justiça Eleitoral decidiu que esses
últimos meses de mandato serão cumpridos por alguém eleito por eleição indireta.
O vereador Doutor Lauro, do PRB, que assumiu interinamente depois da saída do
prefeito cassado, deve ser mantido até o final do ano. Ele, aliás, é candidato
nas eleições de novembro. É mais uma confusão, nesse caro sistema judicial
eleitoral do país. Incrível o que ocorrerá em Rolim de Moura, mas,
infelizmente, é verdade. Repete-se a mesma historia, seguidamente aliás, em
inúmeras cidades brasileiras. Lamentável!
PERGUNTINHA
O que você acha da decisão do
Hospital Albert Einstein, de São Paulo, de impedir a entrada da médica Nise
Yamaguchi, que lá trabalha há 35 anos, porque ela defende o uso de cloroquina
que o hospital não admite como medicamento contra o coronavírus?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno