Quinta-feira, 9 de setembro de 2021 - 06h05
O SCRIPT JÁ ESTAVA
ESCRITO, COM UM FINAL INFELIZ: A GRANDE MAIORIA DO POVO BRASILEIRO É A PERDEDORA
Dois dias depois do que aconteceu no Brasil, tudo ficou como antes, na
terra de Abrantes? Parece. Até porque a maioria da população, representada nas
ruas por milhões de brasileiros, não decidiu nada. O que continua valendo é a
“democracia”, imposta de cima para baixo, a portas fechadas, de uma minoria que
domina o poder no país, tanto no Congresso como no Supremo Tribunal Federal, unidos
a também minorias que dominam instituições aparelhadas e os perdedores nas
urnas, em 2018, que querem retomar o poder na marra. E, para piorar, o
presidente Bolsonaro ainda colocou mais gasolina na fogueira, insinuando o uso de
vias antidemocráticas, o que pode colocar seu governo sob grande risco. A
oposição ignora a força da mobilização de milhões de pessoas, mas seria injusto
não dizer que o próprio Presidente está colocando a democracia pedida pelo povo
e todo o nosso país, sob risco de uma cisão sem volta. Mas a verdade é que o script
da história, decidida pela minoria, já estava escrito mesmo antes do 7 de
setembro. A crise que envolve o governo brasileiro, o Legislativo e o STF, ao
invés de ser amenizada pela poderosa força das ruas, deixa claro que, os que
nos dominam e não nos ouvem, não abrirão mão de suas metas. Ficou óbvio também
que o nosso Presidente prefere a guerra à paz. Corremos o risco de voltarmos ao
passado, com o poder nas mãos de gente que, realmente, fez o que fez contra nosso
país. E, ainda pior, podemos caminhar em direção ao risco da venezualização do
Brasil.
Não importa o quanto a Constituição seja ameaçada, não importa o quanto
grande parte da população não aceite esse cabresto imposto por minorias e até
por um único homem, como um dos ministros do Supremo, com tudo o que ele está
praticando: apenas a voz da oposição ao atual governo está tendo valor. Para a grande
mídia, que, totalmente parcial, mudou o conceito de verdadeiro jornalismo que
tivemos durante décadas da nossa História e para a principal Corte do nosso
Judiciário, apenas como dois exemplos, as mobilizações foram feitas apenas por
fanáticos bolsonaristas, que não devem ser levados a sério. Isso é um grave
erro de avaliação, porque não só pode ignorar que esses brasileiros querem o
melhor para nossa Pátria, tanto quanto, democraticamente, precisamos respeitar os
que querem ir às ruas defender o contrário. O que ocorre, contudo, é o
confronto que se avizinha. Pelos erros do Presidente Bolsonaro, como os que
cometeu nas concentrações, falando às multidões, como o lava mãos do Congresso
e o ativismo político do STF. Os que saíram do conforto das suas casas,
sonhando em ajudar o nosso país a mudar, lamentavelmente perderam seu tempo. O
enredo final desta novela, já estava escrito há muito tempo. Nele, a ampla
maioria do povo brasileiro já perdeu. Nosso futuro, portanto, é cada vez mais
incerto. Pobre do nosso país!
NA CAPITAL E VÁRIAS OUTRAS CIDADES RONDONIENSES, O POVO
TAMBÉM FOI ÀS RUAS
Rondônia teve seu
domingo de festa pela liberdade, assim como o tiveram praticamente todos os
Estados e as maiores e menores cidades do país. A maior concentração aconteceu
na Capital, onde centenas de veículos (caminhões, camionetes, carros, tratores
e grande número de motos), levaram milhares de pessoas da entrada na cidade, na
BR 364, até o Espaço Alternativo. A manifestação foi tão grande que, enquanto
os primeiros carros chegavam ao Espaço Alternativo, os últimos ainda estavam
entrando na avenida Jorge Teixeira, na altura dos viadutos sobre a BR 364.
Palavras de ordem, discursos, pedidos de liberdade, protestos contra decisões
do STF e apoio ao presidente Bolsonaro sintetizaram o encontro, que teve música
e orações e prosseguiu tarde a dentro. Ariquemes, Ji-Paraná, Jaru, Rolim de
Moura, Cacoal, Vilhena e pelo menos mais duas dezenas de comunidades do Estado
também se mobilizaram, com muitas bandeiras do Brasil, palavras de ordem e
exigência de liberdade. No resumo, foi dia de algumas das maiores mobilizações
que já se viu nestas terras de Rondon.
GOVERNADOR, SENADOR E EMPRESÁRIO SE DESTACAM AO LADO DO
PRESIDENTE
Três
rondonienses estiveram com o presidente Jair Bolsonaro, durante as
manifestações da terça-feira. O governador Marcos Rocha ficou no palanque com o
Chefe da Nação, na gigantesca manifestação do 7 de Setembro. Ele postou um
vídeo, exaltando o evento e bastante alegre com tudo o que estava assistindo na
Esplanada dos Ministérios. Já o senador Marcos Rogério também esteve sempre
perto de Bolsonaro, em vários momentos das manifestações, inclusive viajando ao
lado do Presidente no helicóptero que sobrevoou a multidão na Capital Federal.
O terceiro personagem, visivelmente emocionado, considerando que o
acontecimento foi um dos mais importantes da sua vida, foi o empresário do
agronegócio de Ji-Paraná, Bruno Scheid, que também estava no helicóptero, ao
lado de Bolsonaro. Lideranças da produção rural e pessoas de diversas cidades
rondonienses igualmente se deslocaram para Brasília, para participarem do
megaevento, que reuniu uma das maiores multidões já registradas naquela
Capital, desde sua fundação, em 1960.
GRITO DOS EXCLUÍDOS, DOS CATÓLICOS E DA
ESQUERDA, TEVE PEQUENA PARTICIPAÇÃO
Não se pode dizer que
não houve também movimento de protesto contra o governo Bolsonaro, neste Dia da
Pátria. Embora pequeno, como tem sido, aliás, as movimentações dos partidos de
esquerda em todo o país, a mobilização do 7 de Setembro, liderada pela Igreja
Católica e por partidos de esquerda, reuniu, em Porto Velho, com muita boa
vontade, algo em torno de 200 pessoas. Várias faixas com o tradicional “Fora
Bolsonaro!” e outras, com críticas ao alto custo de vida, resumiram a ação do
“Grito dos Excluídos”, que aconteceu pela 27ª vez em nosso Estado. O encontro
principal foi na frente do prédio do Governo do Estado. As maiores mobilizações
em anos passados, principalmente nos governos Lula e Dilma, chegaram a trazer
milhares de pessoas à Capital, graças à participação dos sindicatos, que
patrocinavam ônibus gratuito e alimentação para os grandes grupos que vinham do
interior. Nos últimos três anos, o movimento “murchou”, mesmo com o apoio do
arcebispo da Capital, Dom Roque Paloschi, que pediu a mobilização dos católicos
para que participassem do evento. Ao menos dessa vez, além de membros de
partidos de esquerda, poucas pessoas participaram. Contudo, uma grande
manifestação de opositores ao governo brasileiro, acontecerá mesmo no próximo
dia 12, neste próximo domingo, também aqui em Rondônia.
TAMBAQUI: 35 TONELADAS SERÃO VENDIDAS EM RONDÔNIA E TODAS
AS CAPITAIS BRASILEIRAS
Um dos melhores peixes
de água doce do país, uma espécie de símbolo de Rondônia, vai estar em milhares
de mesas no nosso Estado, mas também será degustado em 26 capitais brasileiras,
afora Porto Velho, claro. A única cidade que não é capital e que receberá o
festival, será Itajai, em Santa Catarina. O Festival do Tambaqui deste ano
começa dia 19 próximo, em pelo menos 30 cidades em Rondônia e se espalha pelo
país. O preço de uma banda do gostoso peixe, que custa, na maioria dos locais
que o vendem em tempos normais entre 40 e 50 reais, poderá ser adquirida por 20
reais. Tickets que darão direito ao tambaqui estão à venda na Emater, em várias
cidades do interior e, na Capital, no pátio do Palácio Rio Madeira, sede do
governo rondoniense. Apenas para Porto
Velho, serão destinadas nada menos do que quatro toneladas do peixe. Nas demais
cidades onde o Festival vai acontecer, a média será de 500 bandas por cada uma
delas. A expectativa é de que, durante o período do Festival, sejam
comercializadas nada menos do que 35 mil toneladas do nosso peixe. O Festival
do Tambaqui já foi realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no
início de agosto de 2019. O presidente Jair Bolsonaro foi um dos que provou a
iguaria.
PARCERIA GOVERNO E ASSEMBLEIA É DESTACADA PELO
PRESIDENTE ALEX REDANO
A aliança
política entre o governador Marcos Rocha e o presidente da Assembleia, deputado
Alex Redano, de Ariquemes, tem se fortalecido cada vez mais, nestes tempos de proximidade
com a eleição do ano que vem. Redano tem acompanhado Rocha em praticamente todas
as solenidades de lançamento de programas como Tchau Poeira! e vários outros,
em que o Estado fortalece sua presença e leva pesados investimentos a vários
municípios. Nesta semana, o presidente da ALE destacou os programas da
administração estadual em Ji-Paraná, Jaru e Alvorada do Oeste, ocorridos na
semana passada. Redano destacou que os investimentos, apenas nas três cidades,
representam 77 quilômetros de asfalto, com investimentos de mais de 30 milhões
de reais. Outros 6 milhões serão acrescentados para iluminação de 143
quilômetros de ruas e avenidas e ainda construção de uma praça. “É o maior
investimento que essas cidades recebem numa só vez”, comemorou o parlamentar. E
destacou que isso é resultado de um trabalho conjunto entre Governo e Assembleia
Legislativa, que aprovou um pacote de quase 1 bilhão de reais para atender a
todas as cidades rondonienses.
COVID 19: APENAS 77 LEITOS NA REDE DE SAÚDE
ESTAVAM OCUPADOS
A
terça-feira marcou um número altamente positivo na guerra contra a Covid 19 no
Estado. O Boletim 536, do Ministério da Saúde e Sesau, apontou que apenas 49
pessoas com o vírus ainda estavam internadas nos hospitais públicos e outras 28
na rede privada. Ou seja, desde pelo menos um ano, não tínhamos só 77 leitos
ocupados em todo o sistema estadual de saúde. Chegamos a ter mais de 800
internados, no pique da doença e mais 157 aguardando leitos de UTI. Agora,
certamente graças à vacinação (quase 1 milhão e 80 mil primeiras doses e outras
460 mil da segunda dose), os números de infectados e de pessoas que precisam de
internações, despencaram. Mesmo com a chegada de pelo menos sete casos da cepa
indiana (um na Capital, seis no interior), não houve, ao menos até a
quarta-feira, indícios de que mais pessoas foram atingidas pela nova cepa e que
ela se torne perigosa entre nós. Mesmo assim, além de se correr atrás das
vacinas para quem ainda não foi imunizado, o importante é manter os cuidados de
se usar máscara, não aglomerar e usar álcool gel, sempre que possível. Afinal,
já tivemos, até a quarta, nada menos do que 6.490 mortes e não podemos esquecer
da truculência deste vírus assassino. Mas que as notícias ainda são muito
positivas, ao menos nestes últimos 60 dias, sem dúvida o são.
CHEGAM MAIS DE 102 MIL DOSES DE VACINAS EM
APENAS UM DIA, PARA NOSSO ESTADO
Ainda sobre
vacinas: nesta quarta, chegaram mais 102.640 novas doses, enviadas pelo Ministério
da Saúde. É o maior volume já recebido pelo governo rondoniense, num só dia,
desde que começou o processo de imunização em nosso Estado. Com as que chegaram
nesta última leva, já contabilizamos, segundo a Secretaria de Saúde do Estado,
nada menos do que 1 milhão e 918 mil doses. Todo o volume que chegou, estará
entregue aos municípios em menos de 48 horas, segundo confirmou o secretário de
saúde, Fernando Máximo. Nas últimas semanas, nosso Estado tem sido aquinhoado
com milhares de doses dos imunizantes, depois de um início em que estivemos
relegados a um segundo plano do Ministério da Saúde, que nos mandava parcos
lotes dos imunizantes. A situação mudou radicalmente, desde a visita do
ministro Marcelo Queiroga esteve por aqui e ouviu muitas queixas das nossas
autoridades. Por fim, ainda não é oficial, mas poderão chegar pelo menos outras
60 mil doses ainda nos próximos dias.
HÁ UM ANO, MINISTRO MARCO AURÉLIO DENUNCIAVA USO POLÍTICO DO STF
O que está acontecendo hoje no país, em relação ao STF, foi mote de duras críticas do recém aposentado ministro Marco Aurélio de Mello, numa declaração polêmica, feita em 19 de agosto do ano passado, poucos meses dele se aposentar do cargo de ministro. Ele afirmou, há mais de um ano atrás, que “o Supremo Tribunal Federal está sendo usado por partidos de oposição, como uma maneira de fustigar o governo do presidente Jair Bolsonaro”. E foi mais longe: “como eu já disse em sessão, no caso Abin, o STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo e isso não é sadio. Não sei qual será o limite”, sublinhou. O que se vê é que as previsões de Marco Aurélio estavam corretas. Foi ele, aliás, que numa das sessões do STF contestou seu então colega Alexandre de Moraes, ironizando e o chamando de “xerife”, pela tentativa de impor suas vontades sobre o tribunal. Marco Aurélio se aposentou no final do primeiro semestre deste ano e até agora não foi substituído, já que o indicado pelo presidente Bolsonaro ainda não foi aprovado pelo Senado.
PERGUNTINHA
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