Quarta-feira, 7 de abril de 2021 - 06h00
INÉDITO: ÔNIBUS EM
PORTO VELHO SERÁ DE GRAÇA EM ABRIL E CUSTARÁ APENAS 1 REAL NOS TRÊS MESES
SEGUINTES
Vai haver uma
revolução no sistema de transporte público em Porto Velho. Um projeto polêmico, que certamente significará uma mudança
radical em todo o sistema de transportes de passageiros em Porto Velho, oriundo
do Executivo, já foi aprovado pela Câmara de Vereadores. A proposta pode salvar
a empresa de ônibus responsável pelo transporte coletivo, mas pode acabar com
todos os demais tipos de meios de condução de passageiros. Carros de
aplicativos, táxis normais, táxis lotação, mototáxis: pelo menos alguns deles
estão correndo risco de desaparecer, caso seja mesmo mantida a decisão. A
primeira parte dela é até justa, na medida em que a Prefeitura foi autorizada
pela Câmara a dar um subsídio de 6 milhões de reais à empresa que tem o direito
do transporte na cidade, atualmente. O outro ponto que certamente causará
enorme polêmica: no mesmo projeto, foi decidido que a tarifa será zerada neste
mês de abril (você não leu errado: é de graça mesmo!); custará 1 real em maio,
junho e julho; 2 reais em agosto, setembro e outubro e 3 reais em novembro e
dezembro, quando acaba o subsídio. O projeto, relatado pelo vereador Everaldo
Fogaça, já foi aprovado pela Câmara e deve ser sancionado ainda nesta quarta,
pelo prefeito Hildon Chaves. Basicamente, a alegação dada no projeto é que, com
a pandemia, o número de usuários do sistema de transporte caiu drasticamente e
a empresa está na iminência de tornar-se inviável economicamente, o que
causaria graves prejuízos à população. A decisão de apoiar a empresa é
louvável, até porque, sem qualquer apoio ou subsídio, é ela que tem que bancar
até 60 por cento de gratuidades, irresponsavelmente autorizadas, no decorrer
dos anos. Como, desde que iniciaram a rodar na cidade, os ônibus da nova
empresa faziam as linhas muitas vezes com nenhum passageiro, o problema já vem
desde aquela época, ainda anterior à pandemia. Também houve situações em que
meia dúzia de pessoas estavam num coletivo, mas nenhuma delas pagava passagem
porque tinha o direito de andar de graça. Até aí, compreende-se o subsídio.
Mas... o problema é o efeito colateral!
O outro lado da
moeda é que os mais prejudicados, certamente, serão os carros de aplicativos.
Ainda mais agora, que eles pediram que a corrida mínima custe 8 reais. Parece
mentira, mas não é. Porto Velho tem hoje quase 30 mil pessoas trabalhando neste
sistema. Os táxis lotação, ilegais, tendem também a extinção, caso a decisão seja mantida como
está. Mototáxis terão que rever seus preços. Os táxis comuns, contudo, devem
sobreviver, até porque está em estudo um subsídio para esses profissionais, no
mesmo período em que durar o apoio financeiro à empresa de ônibus. Em função da
pandemia, os coletivos, com a tarifa zero em abril e preços irrisórios até
dezembro, só poderão rodar com 50 por cento da sua capacidade. É uma revolução.
Será que dará certo?
“TEMOS QUE SALVAR NOSSO TRANSPORTE COLETIVO”, DIZ
HILDON
Sobre o assunto, o
prefeito Hildon Chaves gravou um vídeo explicando sua decisão sobre o
transporte coletivo. Explicou que além da pandemia, sua maior preocupação é com
as pessoas mais carentes, os mais pobres, os idosos, os deficientes, que têm
gratuidade e que, sem o transporte coletivo, não terão mais como se deslocarem.
O Prefeito sublinhou que o subsídio é temporário e que a população passe também
a conhecer o sistema, para passar a utilizá-lo. Destacou que em anos
anteriores, o número de passageiros transportados por ônibus na cidade chegava
a cerca de 58 mil pessoas, diariamente. Esse número caiu para menos de 8 mil.
Hildon também criticou os piratas do transporte coletivo, que pegam passageiros
em paradas de ônibus. Se não tivermos transporte, diz, a população mais carente
será a mais prejudicada. E reforçou:
subsídio é passageiro. “Temos que salvar nosso transporte coletivo”,
reforçou.
ONDE ESTÃO AS QUASE 110 MIL VACINAS ATÉ AGORA NÃO
APLICADAS?
Os números não
fecham. Alguma coisa não está correta. Rondônia já recebeu, em 10 lotes, nada
menos do que 265.008 doses de vacinas, a maior parte delas da Coronavac
chinesa. Segundo números oficiais da Secretaria da Saúde, em seu Boletim 382,
desta terça, dia 06 de abril, até agora foram aplicadas, em Rondônia, 119.938
em primeira dose e outras 35.187 na segunda dose. Soma simples e o total dá 155.125
doses. Outra continha simples: 265.008 menos 155.125 é igual a 109.883. Ou
seja, do total das vacinas recebidas, 41,4 por cento não foram aplicadas.
Chega-se, finalmente, a uma pergunta que não quer calar: onde estão essas quase
110 mil doses de vacinas, que até agora não foram aplicadas? Num Estado onde o
número de mortes se aproxima de 4.500 e onde há ainda mais de 16 mil casos
ativos, com milhares de vidas em risco, de quem é a responsabilidade por se
deixar, sem uso, tantas milhares de doses que poderiam amenizar em muito a
gravíssima situação que estamos vivendo? Não está na hora do Ministério
Público, por exemplo, entrar de sola no assunto? Ou há coisas mais importantes,
como comprar de toner de impressoras, para se investigar?
BANCADA FEDERAL COBRA 403 MIL DOSES DE VACINAS
PARA O ESTADO
Rondônia exige,
urgente, pelo menos, mais 403 mil doses
de vacinas, apenas para atender o público-alvo das prioridades no Estado,
porque temos 617 mil pessoas dentro desses grupos de risco (ou seja, 35 por
cento de toda a sua população) e recebemos apenas 213.800 doses para essas
pessoas, até 30 de março. O recado foi dado pelo deputado Lúcio Mosquini,
coordenador da bancada federal de Rondônia, em nome de todos os pito deputados
e os três senadores, numa dura conversa com o novo ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga. Mosquini comparou a situação dos rondonienses com a de outros
Estados, que foram muito melhor atendidos do que nós. Citou, por exemplo, o
caso do Amapá, que tem 117 mil pessoas em grupos de risco e recebeu mais de 102
mil doses. Os parlamentares da bancada federal exigiram respostas imediatas do
Ministério da Saúde. Queiroga prometeu fazer um levantamento completo da
situação e dar uma resposta aos nossos representantes no Congresso até esta
quarta-feira. “Não podemos aceitar o que está acontecendo. Rondônia está sendo
preterida e isso é inaceitável", disse o coordenador da bancada.
DIA D: PONTE DO MADEIRA EM ABUNÃ SERÁ CONCLUÍDA
DIA 15
Um dia histórico! Na
próxima quinta-feira, dia 15, será dada como totalmente concluída a ponte de
1.517 metros sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, construída depois de terem
sido implantados na área, mais de 3 mil metros de aterro, segundo o
superintendente do Dnit para Rondônia e Acre, André Lima. No dia 29, o
presidente Jair Bolsonaro, o ministro Tarcísio de Freitas e o governador Marcos
Rocha, entre outras autoridades, vão inaugurar oficialmente a obra, que
representa um investimento que se aproxima dos 200 milhões de reais e se
tornará uma das maiores pontes do país. A primeira é, claro, a Rio/Niterói, com
mais de 13 quilômetros e a segunda, a Rodoferroviária sobre o rio Paraná, com
3.700 metros. A obra é de grande importância para todo o Brasil, porque pela
primeira vez na história, haverá ligação por terra entre todo o território
nacional e, ao mesmo tempo, encurtará os caminhos para o Oceano Pacífico. A
partir do dia 16, se não houver nada de surpreendente, a ponte já poderá ser
aberta ao tráfego. Cerca de duas semanas depois, será oficialmente inaugurada
pelo Presidente da República, cuja agenda oficial já está confirmada.
A VELOCIDADE DO RIO E AS 3 MILHÕES DE TORAS TODO
O ANO
A ponte do Abunã é
a terceira maior construída pelo Dnit no país. Há outras maiores (pelo menos outras
oito), mas que foram executadas por empreiteiras. O trabalho do Dnit não foi
fácil. O Madeira é um rio muito difícil para execução deste tipo de obra, pela
velocidade das suas águas (até 27 quilômetros por hora ou sete metros por
segundo na velocidade) que é a segunda maior do mundo neste quesito. Além da
complexidade do trabalho, o Dnit ainda investe pesado na limpeza constante dos
pilares da ponte, porque o rio transporta, anualmente, mais de 3 milhões de
toras, muitas delas que podem atingir a base da ponte com grande força. Depois
de muitas décadas usando balsas, às vezes esperando horas, quando não dias, em
filas imensas, os veículos e caminhões, pagando preços cada vez mais altos, a
partir deste abril, terão uma nova forma de chegar ao Acre e aos países
vizinhos, sem custo algum e com toda a segurança. Habemos Ponte! Enfim,
receberemos uma obra grandiosa, imensa e vital para toda a nossa região norte e
para o Brasil!
O PROTESTO DA POLÍCIA CIVIL E MAIS UM DIA DE
MUITOS ÓBITOS
Afinal, por que os
policiais civis foram excluídos pelo Ministério da Saúde no grupo prioritário
de vacinação, enquanto PMs, policiais rodoviários, policiais federais, membros
das três Forças Armadas, todos foram incluídos? Até agora não há qualquer
explicação lógica para essa exclusão, que mereceu protestos da categoria e do
próprio secretário de segurança do Estado, Coronel Pachá, que em nota destacou
o trabalho dos profissionais civis e dos riscos que correm, em contato com o
público. O impasse continuava nesta terça, enquanto o assunto repercutia na
Assembleia Legislativa, onde o deputado Anderson Pereira pediu a inclusão de
agentes da polícia civil, polícia penal e agentes socioeducativos nos grupos de
risco. Enquanto tudo isso acontecia, o sistema policial do Estado chorava a
morte de mais dois de seus membros, atingidos pelo vírus assassino. A terça,
aliás, foi de mais tristeza para muitas famílias. Mais 41 rondonienses
morreram, 13 em Porto Velho. Já chegamos a 4.368 óbitos. A superlotação dos
hospitais e UTIs continua. Nas últimas 24 horas, 766 pessoas continuavam
internadas.
IBGE: SEM O CENSO, 1.600 RONDONIENSES SÃO
PREJUDICADOS
Estão na marca do
pênalti, prestes a irem para o espaço, as quase 182 mil vagas de recenseadores
e outas 22 mil para agentes municipais, que seriam contratados temporariamente,
Brasil afora, pelo IBGE. Com o corte de recursos do órgão, o censo programado
para este ano pode não ser realizado. O concurso para os muitos milhares de
inscritos, já foi cancelado, ao menos por enquanto. O corte no orçamento do
IBGE foi radical. Caiu de 2 bilhões de reais para menos de 71 milhões. Ou seja,
com esse valor, será impossível realizar tanto o concurso quanto o censo em si.
Com isso, aproximadamente 1.600 rondonienses que fariam parte das equipes de
recenseadores e agentes também serão prejudicados. Para que o censo nacional
pudesse ser realizado, as provas para os candidatos seriam neste mês de abril e
a contratação a partir de maio. Caso não haja uma injeção de dinheiro, muito
maior do que a que o IBGE recebeu no orçamento, adeus censo 2021. Nas próximas
semanas será anunciada a decisão definitiva.
PERGUNTINHA
O que você achou desta
frase de Lula: “Você não pode dizer que não existe democracia na Venezuela?”
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
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São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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