Quarta-feira, 7 de outubro de 2020 - 06h00
NÃO É O VELHO OESTE DO SÉCULO 19. OS ATAQUES
VIOLENTOS E CRIMINOSOS DA LCP SÃO DE AGORA, EM RONDÔNIA
Em pleno século 21, as cenas podem parecer como se fossem
de um filme daqueles do Velho Oeste, onde o poder das armas e a violência
dominavam quase tudo. Um bando, fortemente armado, cerca e ataca uma
propriedade, uma fazenda em Monte Negro, no interior de Rondônia, próximo a
Ariquemes. Todas as árvores são cortadas, cercas e currais destruídos com
motosserras, os proprietários ameaçados de morte. E isso não aconteceu na
conquista do oeste americano, em meados dos anos 1800. Nada disso. A ocorrência
foi registrada em fevereiro de 2018, ou seja, há pouco mais de dois anos.
Tempos depois, uma família é colocada sob a mira de armas pesadas. Um dos
membros é surrado, torturado, ferido, tratado como se não fosse um ser humano.
O crime dele? Ter lutado uma vida inteira para ter sua propriedade. Alguém foi
preso? Nada disso. A lei se arrasta, para beneficiar bandidos. Sebastião Conti, um proprietário rural, que
passou mais de 20 anos da sua vida se dedicando à sua fazenda, plantando
árvores nobres para mantê-las na floresta, por exemplo, teve suas terras
invadidas uma dezena de vezes. Cada vez que pedia reintegração de posse, havia
uma enorme demora da Justiça em decidir o assunto. Quando havia a decisão
favorável a Conti, ele tinha que providenciar transporte para que a polícia
fosse executar o mandado. Antes de chegar na fazenda, os invasores saíam
correndo, como se nunca tivessem estado lá, embora tenham deixado muita
destruição, praticada durante anos. Dois dias depois da reintegração, os
bandidos voltavam. Conti tinha então que recomeçar todo um processo, longo e
caríssimo, para ter de volta o que é seu. Morreu de desgosto, pela injustiça
que sempre foi vítima. Os criminosos, que destruíram tudo, inclusive as árvores
nobres, como mogno (eles não são acusados de destruidores da floresta!), só
agora, mais de duas décadas e meia depois, foram condenados a indenizar a
família do falecido líder rural.
Essas são apenas algumas histórias de crimes que membros da
Liga dos Camponeses Pobres (LCP), cometeram em Rondônia. E os vem cometendo há
anos e anos, sem ser considerada uma organização terrorista e, como se seus
membros fossem apenas coitados brasileiros, que precisam de terra para plantar
e sobreviver. Então, quando se ouve discursos em defesa dos sem terra, é sempre
bom saber separar o joio do trigo. Há sim, aqueles que precisam e têm direito,
dentro da lei, de serem beneficiados por terras para viverem e produzirem. Mas
há um imenso grupo de criminosos que continua agindo em seus acampamentos e
invasões, como se nossa lei não existisse para eles. Até quando essa absurda,
inacreditável e nojenta injustiça continuará sendo cometida, impunemente,
contra os brasileiros de bem?
MORTE DOS PMS: TEREMOS ALGUM DIA A VERDADEIRA
JUSTIÇA?
Todos os trâmites legais serão cumpridos, passo a passo.
Cada entidade, instituição, grupo, terá espaço para ser ouvido, para dar sua
opinião, para fazer seu discurso. Tudo certinho. Para quem não é vítima, a
fórmula merece todos os aplausos. O que está se questionando é quando, na
verdade, haverá ação para combater e prender os assassinos dos Policiais
Militares, que certamente terão todo o tempo do mundo para desaparecerem para
sempre, porque quando se começarem as buscas, eles poderão estar a mais ou
menos uns cinco mil quilômetros da fazenda, local onde eles cometeram os
terríveis assassinatos. Quem acha que a decisão tomada, de se buscar a justiça
passo a passo, com toda a calma do mundo, como se os facínoras ficassem
esperando pela polícia, certamente não faz parte da tropa da PM; das famílias
das vítimas e de grande parte das população, que quer ver os criminosos pegos.
Infelizmente, continuamos sob leis que protegem bandidos, assassinos frios,
canalhas covardes. Desse jeito, teremos, algum dia, a verdadeira Justiça?
A NOVELA DA MÁQUINA – CAPÍTULO 2
Agora foi a vez do DER dar o troco! Primeiro, a Prefeitura
registrou ocorrência, informando que uma máquina cedida pelo Estado, para
asfalto de ruas da Capital tinha sido roubada. Depois, a explicação: foi o
próprio DER quem a recolheu, para uso em obras estaduais. A Prefeitura
protestou, alegando que o contrato não havia sido cumprido. O DER desmentiu a
Prefeitura, dizendo que o acordo encerrou em julho e desde lá tem pedido seu
equipamento de volta, sem sucesso. Como não era atendido, recolheu o que era
seu. A Prefeitura nega. A situação, então, está desse jeito. A Prefeitura
reclama, mas o DER conta com o vencimento do contrato, há mais de 60 dias, já
encerrado. Claro que o pano de fundo é a eleição. O prefeito Hildon Chaves quer
apontar a decisão do DER como política, já que o Governo apoia outro candidato
(Breno Mendes) na disputa municipal, onde o próprio Hildon busca a reeleição. O
governo nega, porque tem a questão legal ao seu lado. No meio disso tudo,
adivinhem quem sai perdendo? Todos sabemos a resposta!
PARTIDOS CONTESTAM, MAS NÚMEROS SÃO VERDADEIROS
Deu o que falar a relação de candidatos por partido,
publicados nesse espaço, para as eleições municipais de Rondônia. Os números
divulgados são do próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE), portanto, não há
como contestá-los. O que ocorreu foi uma má interpretação do texto. Nele não se
falava quais partidos mais cresceram (Lindomar Garçon, do Republicanos, diz que
foi o seu; o deputado Marcelo Cruz, do Patriotas, diz que, proporcionalmente,
foi o seu!), mas apenas nos números absolutos, que colocam o MDB como a sigla
com maior número de pretendentes, somando-se as cadeiras de Prefeito, Vice
Prefeito e Vereadores. O ex senador Expedito Júnior, por exemplo, falou sobre
outra questão nessa disputa municipal. Afirmou que, juntos, PSDB, seu partido,
mais o DEM de Marcos Rogério e o PSD de Expedito Netto, juntos, terão o maior
número de candidatos a Prefeito e Vice no Estado. Segundo o tucano, as três
siglas já confirmaram que terão candidaturas, juntas, em 39 das 52 cidades
rondonienses. Há possibilidade de um 40º nome, caso o DEM indique seu candidato
à Prefeitura de Cacoal, o que ainda não esta definido. Portanto, a coluna não
errou. Os números divulgados sobre o total de candidatos estão corretos.
PRESIDENTE DA ALE FECHA PARCERIAS COM
CANDIDATOS
Todos buscam apoios na disputa de novembro. Um dos
personagens mais procurados, pela liderança em várias regiões do Estado – não
foi candidato porque não quis – o presidente da Assembleia Legislativa, Laerte
Gomes, é um dos personagens mais procurados, para somar seu nome a candidatos
em várias cidades. O parlamentar participa das eleições em várias cidades,
apoiando candidatos. Laerte ainda não se definiu em sua cidade, Ji-Paraná,
depois que houve o escândalo que envolveu o prefeito Marcito Pinto e só se
pronunciará mais á frente, quando o quadro estiver mais claro. Já em Cacoal,
ele apoia o deputado Adailton Fúria. Em Porto Velho, o candidato apoiado por
Laerte é seu companheiro de tucanato, Hildon Chaves. Em Ariquemes, a parceria
será com o candidato Lucas Follador e em Ouro Preto, com o ex prefeito e ex
deputado Alex Testoni. Em Nova Brasilândia, o nome avalizado por Laerte é o do
ex prefeito Silas Borges. Em São Francisco do Guaporé, a parceria será com o
também deputado Ismael Crispim. Em vários outros municípios, Laerte fechou com
vários candidatos, todos eles com ligações com os tucanos.
CASO LEBRÃO: TRÂMITES LEGAIS COMEÇAM A SER
CUMPRIDOS
Por falar em Assembleia, o caso do deputado José Lebrão, flagrado em vídeo em operação policial que expôs a ele, Lebrão, além de cinco prefeitos, e um ex deputado num escândalo que se tornou notícia nacional e envergonhou novamente o Estado, começa a andar dentro do parlamento. O assunto tem sido alvo de intensos comentários nas redes sociais, principalmente e ainda não caiu no esquecimento da população, que cobra providências. A partir de pedido de cassação do mandato do parlamentar, encaminhado por iniciativa popular, o presidente Laerte Gomes deu andamento ao assunto, dentro das prerrogativas que lhe cabe. Ele encaminhou o assunto para a Procuradoria Jurídica e depois o tema irá para as respectivas comissões, assim como para a Corregedoria. Agora, tudo seguirá um rito que é o mesmo da Câmara Federal, em casos semelhantes. O parlamentar acusado terá amplo direito de defesa e só depois de seguidos todos os trâmites legais, o assunto poderá ser encaminhado para a decisão do plenário.
MINISTRO TARCÍSIO REPUDIA PUBLICAÇÃO DE FOTO
Mais um rolo envolvendo o nome do Coronel Chrisóstomo e uma
figura de destaque do governo, que ele sempre destacou que é “o único
verdadeiro representante” em Rondônia. Nessa semana, Chrisóstomo já levou um
chega pra lá do secretário nacional de assuntos fundiários, Luiz Nahban Garcia,
que o desautorizou a falar sobre a regularização fundiária em Rondônia. Agora,
o caso envolve o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que esteve no
último final de semana na cidade. Nesta terça, o blog recebeu mensagem da
assessoria do Ministro, falando em nome dele, obviamente, para dedurar uma Fake
News que circula no Estado. É uma foto em que aparecem à direita o candidato a
Prefeito de Ariquemes, Tiziu Jidalias, no centro o ministro Tarcísio e à
esquerda da foto o deputado Chrisóstomo. A legenda diz “Tarcísio Freitas,
ministro da Infraestrutura. Fechado com Tiziu!”. Segundo nota enviada à coluna,
em nome do comandante da Infraestrutura, “essa propaganda é FAKE. O ministro
Tarcísio Gomes de Freitas não apoia nenhum candidato e precisamos alertar a
população que isso é uma mentira!”. A nota acrescenta que “o Senhor Ministro
repudia esta publicação.” Portanto, mais um problema para o deputado do PSL
resolver, com seus amigos de Brasília.
MORO: DO AMOR NACIONAL À DESISTÊNCIA DA
POLÍTICA
Em poucos meses, tudo mudou, como muitas vezes a vida se
transforma, inesperadamente. Foi o que aconteceu com o ex juiz e ex ministro
Sérgio Moro. Até há meses atrás, era uma espécie de ídolo, amado no país
inteiro e, sem dúvida, ao lado de Bolsonaro, o mais importante nome para
disputar a Presidência da República, se não em 2022, ao menos em 2026. Jovem ainda, Moro se notabilizou
como magistrado, com suas sentenças históricas, mas, como político, não
conseguiu praticamente nada. Saiu do governo atirando, denunciando o Presidente
da República, coisas que, hoje, segundo pessoas próximas a ele, o ex ministro
se arrepende. Ele, a essas alturas do campeonato, estaria abandonando as
pretensões políticas. A tal ponto que sua família o está pressionando para
mudar-se para o exterior, onde daria aulas em algumas das mais importantes
faculdades e desligar-se completamente da vida brasileira, ao menos por algum
tempo. Moro saiu como uma espécie de traidor, que cuspiu no prato de quem o
colocou no poder e, ao que parece, está muito arrependido. Teria chegado à
conclusão de que a política não é para ele. Uma pena que o Judiciário perdeu um
dos seus mais respeitados membros.
NADA A COMEMORAR: MORTES VOLTARAM A CRESCER
Foi um domingo de zero mortes, a segunda com apenas quatro,
mas a terça-feira mostrou, de novo, a cara destrutiva do coronavírus: nove
rondonienses perderam a vida em 24 horas. Em três dias, foram 13 vidas que se
foram. Quando se imagina que a situação está amenizando e que a doença assassina
amainou, chegam números que não são alentadores. Claro que o total de mortes é
menor do que a média das semanas anteriores e em comparação ao pico da doença,
quando chegamos a ter até mais de 20 óbitos num só dia. Mas mesmo assim, mais
nove pessoas que faleceram, obriga a todos a nos preocuparmos ainda com os graves riscos da
Covid 19. A verdade é que já tivemos nada menos do que 1.384 vidas que se
foram, na triste relação registrada pelo Boletim 202, desta terça. Ou seja, há
202 dias estamos (ou 55,5 por cento do
total de dias deste ano bissexto), estamos envolvidos nessa sina que parece não
ter fim. O total de rondonienses atingidos pela doença bateu nos 67.014. Numa
população de aproximadamente 1 milhão e 600 mil habitantes, quase meio por cento
de cada habitante desta Rondônia foi afetado pelo vírus. Sorte tiveram os
59.416 que se recuperaram, representando quase 89 por cento de todos os casos.
Porto Velho teve, até agora, 732 óbitos (quatro apenas em 24 horas, entre
segunda e terça). O total de óbitos na Capital, representa quase 53 por cento
dos 1.384 já registrados.
PERGUNTINHA
Se o os três fossem candidatos a Presidente em 2022, você
votaria em Sérgio Moro, em Jair Bolsonaro ou e Lula?
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São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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