Quinta-feira, 23 de abril de 2020 - 06h02
MÍDIA DESPREZA MÉDICOS QUE NÃO CONCORDAM EM DAR SÓ MÁS NOTÍCIAS SOBRE O
CORONA VÍRUS
A quarta-feira terminou com uma boa notícia. O desembargador Oduvanil de
Maris, um dos nomes mais respeitados do Tribunal de Justiça, derrubou decisão
de primeira instância que, apenas 12 horas após assinado pelo prefeito Hildon
Chaves, considerou ilegal a abertura gradual do comércio em Porto Velho.
Decisão judicial se cumpre, mas não se é obrigado a concordar. E a tomada
pela Magistrado de primeira instância, atendendo liminar da Defensoria Pública,
é uma interferência no Poder Executivo, ainda mais depois que o STF decidira
como válidas , as decisões de prefeitos e governadores, em relação à pandemia
do corona vírus. Aliás, em vários Estados, tem sido comum que as decisões,
nesses tempos complexos, sejam tomadas pelo Judiciário, ignorando-se regra básica
da Constituição de separação dos Poderes. Mas daí, já é outra história. Afora
isso, há outras questões. Em alguns Estados, medidas à la Fidel Castro ou
Nícolas Maduro, tomada por governantes contra a população (como surrar mulheres
nas ruas, arrancá-las da praia ou agredir trabalhadores, como lavadores de
carro ou decretar que se pode desapropriar imóveis), não são contestadas. Nem
por qualquer entidade de defesa dos direitos humanos. Nem por quem politizou a
pandemia e quer usá-la para impor suas vontades contra o governo central. Não
há quem erga sua voz em defesa dos desesperados, mas há sim uma disputa
acirrada por quem dá as piores notícias e por quem deixa a população mais em
pânico, na grande mídia. Quando um médico conceituado tem raríssimos
espaços nas TVs, para defender ideias que não sejam de divulgar a tragédia, é
tratado como um sujeito meio doido, quando não é tirado no ar abruptamente,
como o caso de um especialista que contestava números fatídicos do corona
vírus, na CNN Brasil. O conceituado médico Walter Coelho, um dosprofissionais mais respeitados de Rondônia, concedeu (e ali teve espaço) longaentrevista à SICTV contestando, com veemência, o terror imposto à
população pelas informações acerca da Covid 19. O fez poucas horas antes do dia
em que estudo contratado pelo Cremero, o Conselho Regional de Medicina
rondoniense, avisava que, nessa data, teríamos 25 mil contaminados e perto de
7.500 internados. Onde estão?
Claro que numa situação inédita como o mundo está vivendo, não há
verdades absolutas. Nada indica que haja solução que não seja dolorida, que não
afete a sociedade, que não traga lágrimas e sofrimento. Mas será que só o
extremo absoluto, com isolamento total, com milhões de pessoas desempregadas e
famintas, é o único caminho? Ora, em todas as questões humanas, a História
ensinou que o correto é o equilíbrio, o meio termo, a busca de caminhos
alternativos. Combater a doença, proteger-se contra ela; manter os cuidados e o
distanciamento; preservar as pessoas que estão nos grupos de risco e, ao mesmo
tempo, permitir que, aos poucos, a vida retorna a um pouco de normalidade,
parece ser o meio correto. Pode não ser o melhor caminho, mas ao menos
parece ser...
NO REGIME DEMOCRÁTICO, CADA UM CUMPRE SEU PAPEL
Há uma divergência séria, mas natural, entre gastos do governo durante a
crise do corona vírus e o comando da Assembleia Legislativa. . De um lado, as
informações do governo. De outro, as cobranças do parlamento e, principalmente,
do seu presidente, Laerte Gomes. Um dos casos mais polêmicos refere-se ao
aluguel de ambulâncias para atendimento à saúde pública de Porto Velho e
de Cacoal. O secretário Fernando Máximo informa que tudo foi feito com
transparência e dentro de todos os trâmites legais. O governador Marcos Rocha
também tem reafirmado que nada há de incorreto. Laerte diz que os preços estão
muito altos. Onde está o erro? Não há erro, porque cada um está cumprindo seu
papel. O secretário da Sesau, como gestor público, abre todos os atos durante a
crise do corona ou fora dele, através dos sistemas de transparência do governo.
O Ministério Público e o Tribunal de Contas acompanham tudo. O presidente da
Assembleia não faz mais que sua obrigação: cobrar explicações quando considera
que há alguma dúvida, seja em que ação for do Governo. E fiscaliza os
atos. Ou seja, cada um está executando seu papel. Há que, eventualmente, dar-se
desconto nos discursos mais duros, mas a verdade é que, ao menos até agora, as
relações não ultrapassaram o que se espera de um governo sério e de um parlamento
atento.
MUITO CUIDADO E FIM DAS CORONAFEST
Agora que as coisas começam a afrouxar e que alguns setores da economia
voltam a funcionar, principalmente em Porto Velho, a participação de todos,
para que se envolvam em cuidados e luta contra aglomerações, será vital para
que não piorem os números de atingidos pela doença, que, ao menos por enquanto,
ainda não chegou a 200 pessoas na Capital. Usar máscaras sempre e lavar as mãos
ou usar álcool gel sempre que possível, evitar aglomerações, não ficar grudado
em filas, respeitar as orientações da saúde pública, são atos que podem não só
ajudar a controlar a Covid 19, como ainda permitir que os setores da economia e
o trabalho comecem a voltar à normalidade. Não é possível que se repitam os
mais de 550 casos denunciados à polícia, de porto velhenses que desrespeitaram
as regras de segurança. A maioria dos registros são aos finais de semana, onde
acontecem dezenas de festas por vários bairros da cidade. É sempre bom lembrar
que foram essas Coronafest que acabaram contaminando dezenas de servidores da
saúde.
TRIBUNAL DE CONTAS E MP ACOMPANHAM TUDO
Num vídeo postado nas redes sociais, ladeado pelo presidente do Tribunal
de Contas do Estado, conselheiro Paulo Cury Neto e procurador geral do
Ministério Público, Aluildo Oliveira Leite, o governador Marcos Rocha reafirmou que sua
administração tem compromisso total com a transparência e o combate à
corrupção. No vídeo, tanto o representante do TCE quanto do MP, garantiram que
estão acompanhando cada ato de governo, principalmente nesse período de guerra
ao corona vírus. O MP criou uma força tarefa, composta por vários promotores,
para acompanhar cada passo dos processos de licitação e compras. “Toda nossa
força de trabalho está voltada a essa tema”, disse o Procurador Geral. O
Tribunal de Contas, segundo Cury Neto, o TCE estabeleceu como foco
acompanhar todas as ações, tanto do Estado quando dos Municípios, durante a
crise do corona. Já foram emitidas cinco normas técnicas, cinco alertas, sete
relatórios técnicos, nove decisões dos conselheiros para tornar a situação
ainda mais clara. Os dois órgãos estão acompanhando par e passo todas as
compras do Estado e garantiram que têm recebido, do governo, as maiores
facilidades de acesso à todas as informações solicitadas.
QUATRO MESES SEM PAGAR OS CONSIGNADOS
Leis importantes criadas na Assembleia Legislativa, foram
sancionadas na noite desta quarta, durante live do governador Marcos Rocha nas
redes sociais. Pelo menos quatro projetos que vão melhorar a vida da população,
nesses tempos de grave crise, saíram do Parlamento e receberam o aval do chefe
do Executivo rondoniense. Um deles proíbe o corte de energia, água,
internet e gás, durante os próximos 90 dias. Dívidas eventuais que ficarem,
serão negociadas para pagamento em 36 vezes. O Governo dará sua participação,
reduzindo o ICMS das empresas. Outra lei importante assinada por Rocha, vinda
da Assembleia, é a que proíbe a cobrança do empréstimo consignado dos
servidores públicos por 120 dias. Por seu lado, o Governador pediu apoio
dos deputados para aprovação de vários projetos principalmente de transferência
de renda para os mais pobres, na área social, criados pela SEAS,
que estão sendo analisados no Parlamento rondoniense.
OS MASSACRES NO CANADÁ E NO BRASIL
Há massacres e há massacres, há países e há países. O governo do Canadá
e sua população ainda estão chocados e começando a tomar providências
sérias para impedir que se repita o maior crime em massa de toda a história do
país. Um total de 23 pessoas foram assassinadas num ataque a tiros, neste
final de semana. O atirador, um homem de 51 anos, usou um uniforme da
famosa Polícia Militar Canadense, para realizar o ataque numa área rural, no
leste do país. As medidas podem incluir diminuição na autorização para uso de
armas e outros cuidados. Cada povo, um tipo de reação. No Brasil, aqui mesmo em
Rondônia, em 2004, um massacre trucidou 27 pessoas, dentro da Reserva Indígena
Roosevelt, entre Pimenta Bueno e Espigão do Oeste. Passados 16 anos, mesmo com
um amplo relatório da Polícia Federal indicando os detalhes dos crimes
terríveis, não se tomou nenhuma atitude para que brutalidades como essa não se
repitam e, pior de tudo, os assassinos sequer foram denunciados à Justiça. Há
países e países...
A QUEDA DO TRANSPORTE AÉREO
De todos os setores da linha de frente da economia, certamente o da
aviação civil, que estava em expansão, foi um dos que mais sofreu com a crise
do corona vírus. A perda de mais de 2 milhões e 800 mil passageiros, apenas no
mês de março e apenas no mercado interno, colocou as grandes empresas do setor
numa situação extremamente complicada. O isolamento, o fechamento de
fronteiras, tanto em nível nacional quanto internacional, derrubaram o
movimento nos aeroportos e, em voos internacionais, a queda no número de
passageiros foi ainda maior: 44 por cento. Mesmo com toda essa situação
dramática, as empresas mantém voos em todos os 26 estados e mais o Distrito
Federal. Não há previsão de quando o setor começará a normalizar e voltar ao
transporte de cerca de 7 milhões e 800 mil passageiros por mês. Não há
informações sobre a situação das empresas regionais, mas, certamente, todas são
atingidas, de uma forma ou outra.
PERGUNTINHA
Qual será sua primeira compra, a partir da abertura do comércio em Porto Velho, depois de tanto tempo sem ter como entrar numa loja?
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