Quarta-feira, 2 de junho de 2021 - 06h00
PATRIOTA É UM
NANICO QUE PODE SE TORNAR GRANDE COM BOLSONARO E, EM RONDÔNIA, COM MARCOS ROCHA
Como tudo o
que envolve o presidente Jair Bolsonaro termina em algum tipo de confusão, não
está sendo diferente o ingresso dele no Patriota, mais uma das siglas nanicas que
abundam a política brasileira (tal qual era o PSL, por onde Bolsonaro se
elegeu) e que, com a chegada do Presidente, pode dar um salto em termos de
representatividade. A briga já começou internamente, porque, com a chegada do
Presidente da República, será dele o comando de todos os diretórios e dos rumos
políticos do partido, alijando boa parte dos que atualmente têm algum tipo de
poder dentro da sigla. O presidente Adilson Barroso já atraiu o senador Flávio
Bolsonaro, que ingressa no partido com a missão de abrir o caminho para o pai.
Dentro do diretório nacional, contudo, há até ameaças de recursos à Justiça,
para que a mudança não se concretize, embora o presidente do partido já a tenha
acertado e autorizado. Aqui em Rondônia, a tendência natural é que o governador
Marcos Rocha, tão logo seu guru ingresse no Patriota, faça o mesmo. O caminho
já está aberto, até porque a primeira dama, dona Luana, já é a vice-presidente
regional da sigla. O presidente é o deputado estadual Marcelo Cruz, que está
cruzando os dedos para que as negociações políticas nacionais se definam, para
que ele possa, enfim, abrir o tapete para Rocha (claro que não um tapete
vermelho, mas verde, amarelo e azul, as cores do partido!) pisar e assinar sua
ficha.
Fundado em 9
de agosto de 2011 e registrado oficialmente na Justiça Eleitoral no ano
seguinte, o Patriota conta apenas com cinco deputados federais (dois de Minas,
um de Pernambuco, um de Goiás e um do Maranhão) e não tinha nenhum senador, até
o ingresso, agora, de Flávio Bolsonaro. Para a Assembleia legislativa de
Rondônia, não elegeu nenhum deputado. Marcelo Cruz, que era do PTB, migrou para
o Patriota e assumiu o controle do partido no Estado. Uma aliança envolvendo o Patriota,
o Avante, de Jair Montes; o Partido Verde, de Luizinho Goebel: o Republicanos
de Alex Redano, entre outras siglas (todos os acordos ainda não foram
fechados), estaria sendo encaminhada para apoiar a reeleição de Rocha. Caso Ivo
Cassol não seja candidato ao Governo, já que ainda não se sabe como ficará sua
situação perante a Justiça Eleitoral, há quem diga que o PP se uniria a esta
frente de apoio a Rocha. O próprio governador, contudo, evita falar sobre
reeleição e, quando perguntado, tem dito que não está, ainda, preocupado com o
assunto. Faltam ainda 17 meses para a disputa de 2022.
BOLETIM OFICIAL: SÓ 312 VACINAS APLICADAS NUM
DIA, EM TODO O ESTADO
No Boletim da
segunda-feira, da Sesau, estavam registradas as aplicações de 230.214 das
primeiras doses das vacinas e 130.023 da segunda dose.No dia seguinte, ou seja,
números postados durante o dia da segunda, 230.250 da primeira dose (ou seja,
apenas 26 vacinas registradas durante todo o dia) e 130.309 da dosagem final,
representando 286 aplicações. Ou seja, compreende-se por aí a grande distância
entre o que está acontecendo nos postos de imunização, com os dados que são
enviados aos quadros de estatística tanto da Secretaria Estadual de Saúde, a
Sesau, quanto do Ministério da Saúde. Ora, como um Estado com 52 municípios
aplicou, durante um dia inteiro, apenas 312 doses de vacinas? Até o início da
semana, não se sabia nada sobre onde estavam pelo menos 172 mil doses, até
então não registradas como utilizadas, nos quadros de números oficiais dos
órgãos da saúde pública. A dedução lógica é de que as Prefeituras, além da
lentidão com que estão vacinando, são piores ainda no encaminhamento dos dados
oficiais de imunização para serem somados e retratarem a realidade do que está
acontecendo neste contexto, em Rondônia. Informar corretamente o andamento da
vacinação é tão importante quanto vacinar. Mas, pelo jeito, há inúmeras
Prefeituras que não estão fazendo nem uma coisa e nem outra.
CASSOL DIZ QUE VAI SEGUIR O CAMINHO QUE DEUS
LHE APONTAR
Por falar em
Ivo Cassol, como anda a situação do ex-governador que, em muitas regiões do
Estado, é ainda considerado o que mais se destacou, depois de Teixeirão? Ele
estava bastante quieto, mas de uns tempos para cá começou a aparecer com
destaque na mídia, convidado para programas de rádio e TV, retornando aos
poucos ao cenário político. Para ser candidato no ano que vem, Cassol depende
de uma decisão do STF, que já tem precedentes em que, resumidamente, contaria o
tempo de perda do mandato, incluindo o período desde o início do processo.
Hoje, a lei diz que a perda do mandato se conta depois da decisão judicial
definitiva. O precedente foi aberto e há grande esperança, entre os seguidores
de Cassol (muitos são mais que isso, são seus fãs!), de que ele esteja apto a
concorrer daqui a menos de um ano e meio. Nas entrevistas, o ex-governador e
ex-senador tem falado com cuidado, coisa que não lhe é muito comum. Diz que vai
seguir os desígnios dos céus e está pronto para enfrentar o que Deus decidir
para sua vida. Avisa que pode concorrer, que pode apenas participar da política
ou, também, ficar longe dela e apenas cuidar dos netos. Em breve teremos
notícias sobre o que vai acontecer com Cassol.
HILDON, SUAS REALIZAÇÕES E SEUS DESAFIOS PARA
CHEGAR AO GOVERNO
Como está,
neste momento, a pré candidatura do prefeito Hildon Chaves, um dos nomes mais
fortes para a disputa ao Governo, no ano que vem? Ele ainda não fala
oficialmente como pretendente à cadeira de Marcos Rocha, mas no grupo tucano
não há a menor dúvida de que será mesmo o alcaide porto-velhense o nome quente
da sigla e dos aliados para concorrer ao Governo. Hildon chegou a ensaiar uma
aproximação com o senador Marcos Rogério, a quem apoiaria ao Governo, mas o
PSDB como um todo e pesquisas positivas sobre o governo dele, incentivaram a
uma eventual mudança de planos. A maior batalha e o grande desafio do Prefeito
da Capital serão, ao mesmo tempo em que tem que comandar uma cidade com
quase 600 mil habitantes, cheia de
deficiências, ter tempo para se dedicar a uma caminhada desafiadora como essa,
principalmente para que o interior do Estado, em regiões onde ele é menos
conhecido, saiba do seu trabalho e de suas ações políticas. Hildon se posta
como um realizador, que está transformando a Capital com grandes obras, que a
preparará para o futuro. Nome quentíssimo para 2022.
MARCOS ROGÉRIO E LÉO: NOMES NACIONAIS QUE
PODEM ESTAR NA DISPUTA
Marcos Rogério
e Léo Moraes são outros dois daqueles políticos que não se pode jamais deixar
de destacar, numa eventual relação de pré candidatos ao Governo. Neste momento,
o jovem senador de Ji-Paraná tem se destacado muito, em nível nacional, por sua
excelente performance na defesa do governo do presidente Bolsonaro, na CPI do
Circo, apelidada de CPI da Pandemia. Marcos Rogério tem sido um defensor
exemplar do Presidente e sua administração e tem irritado os opositores, que
são grande maioria na CPI, a tal ponto de ser alvo de ofensas até de baixo
calão dos adversários, alguns deles humilhados pelos argumentos do rondoniense.
Está por cima. Mas nunca se pode esquecer também de Léo Moraes. É nome
respeitado e que, numa eventual candidatura ao Governo, sairia com grande
votação na Capital, onde tem um eleitorado grande e cativo. Léo ainda não
definiu se vai ou não entrar na briga pelo Palácio Rio Madeira/CPA, mas é um
nome que não pode ser esquecido.
ALÉM DE FÁTIMA, CUJUÍ E ACIR, NÃO HÁ NOMES DA
ESQUERDA PARA 2022
Dos partidos
de esquerda, que estavam praticamente no limbo, começam a surgir possibilidades
para 2022, depois que o STF deu carta branca para que o ex-presidente Lula,
mesmo condenado em duas instâncias e em dois processos, possa disputar a
Presidência. Com a liderança de Lula, infelizmente uma espécie de Rei Momo na
esquerda (Primeiro e Único), podem surgir algumas candidaturas até viáveis,
país afora e também em Rondônia. O principal nome que ainda permanece no
partido e que poderia ser a tentativa petista para chegar ao poder no Estado, é
o da ex- senadora Fátima Cleide. Há uma outra opção: Ramon Cujuí, outro
personagem importante dentro do partido e da esquerda rondoniense. Não há, nos
demais partidos ditos mais à esquerda, qualquer outra grande liderança que, ao
menos sob análise desse momento, teria alguma chance eleitoral, numa disputa
pelas urnas. O PDT tem apenas um nome com chance: Acir Gurgacz. Daniel Pereira
e Jesualdo Pires merecem também a lembrança de que são nomes viáveis. Ambos,
contudo, não teriam pretensões neste contexto. Quem mais com possibilidades
reais?
GRITARIA
E ATÉ OFENSAS, PORQUE A COPA AMÉRICA VEM AÍ!
Gritaria
desesperada. Vociferação. Ofensas. Agressões verbais. Compreende-se o que está
acontecendo com parte da grande mídia, desesperada com a realização da Copa América
no Brasil. Há motivos para isso. O principal deles é que quem autorizou a
realização do evento no nosso país foi o presidente Bolsonaro e, como o sucesso
de um evento como esse, pode ajudar na imagem do governo, daí o desespero que
assusta, da mídia e da oposição. Deixar Bolsonaro marcar um golaço como esse?
De jeito nenhum! Outro motivo é que só tem uma emissora de TV com os direitos
de transmissão dos jogos da Copa América, pela TV aberta. E não é a poderosa
Globo. É o SBT. Imagine acontecer um evento deste porte, com a participação da
Seleção Brasileira, sem que os donos da mídia brasileira (ao menos até há dois
anos e meio atrás), não transmitam e percam milhões de reais em patrocínios? É
com tristeza que se acompanha um show de desinformação e informações
distorcidas, jamais utilizadas quando voltaram os jogos do Brasileirão, por
exemplo, que eles dominam. Triste, mas compreensível.
ATAQUES A
LAZINHO NAS REDES SOCIAIS ACABAM EM CONDENAÇÃO
Comentários desrespeitosos, ofensivos até,
contra o deputado Lazinho da Fetagro, que está com um pé e meio fora do PT,
acabaram chegando à Justiça e pelo menos três pessoas foram condenadas por
ofensas ao parlamentar. Lazinho é um deputado atuante, tem se destacado na
Assembleia, principalmente em defesa dos pequenos produtores e de causas
populares, que têm nele uma voz sempre presente. Mas alguns dos seus agora
quase ex-parceiros de partido, com a petulância e o desrespeito que tratam não
só adversários, como também companheiros que não rezam pela mesma cartilha,
publicaram agressões gratuitas contra Lazinho, pelas redes sociais. O deputado processou
três pessoas e elas foram condenadas pela juíza Maxulene Freitas, da Vara Cível
de Jaru. É uma condenação em primeira instância, mas já foi uma resposta aos
que, achando que podem tudo nas redes sociais, as utilizam para destilar ódio e
ofender adversários. O trio terá que desembolsar seis mil reais, como
indenização por danos morais contra um dos que sempre foram um dos principais
nomes do PT no Estado. Já os agressores não representam, certamente, a forma
como o partido trata seus parceiros.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, a ferocidade com
que jornalistas da mais poderosa emissora de TV do país tiveram contra a
realização da Copa América no Brasil tem algo a ver mesmo só com a pandemia ou
há algo de podre no ar?
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