Domingo, 2 de maio de 2021 - 10h51
DONA DO MONOPÓLIO,
PETROBRAS ANUNCIA PREÇO ABUSIVO DO ASFALTO E PODE PARALISAR MILHARES DE OBRAS
Nos últimos seis meses, a Petrobras aumentou em 30 por cento o preço do
asfalto. E neste 1º de maio, “presenteou” o país com novo reajuste: mais 25 por
cento. Ora, num momento em que a União tenta concluir pelo menos 20 mil obras paralisadas
– milhares delas dependentes totalmente de asfalto – e quando Estados e
Municípios incrementam obras, a estatal, dona do mercado, sem qualquer base (já
que não houve aumento do petróleo, nem do óleo diesel e nem da gasolina, nem
perto desses percentuais abusivos), anuncia essa medida que pode causar imensos
danos ao país. Todas as obras públicas são realizadas através de licitações,
quando as empresas apresentam suas propostas, incluindo todos os custos dos
insumos. Quando as obras são de asfaltamento e pavimentação, obviamente que o
custo e o tipo de produto que será utilizado, baseiam-se no preço de mercado
para aquele momento da concorrência. A vencedora começa a obra e, dias depois,
recebe um tiro numa das pernas: a Petrobras anuncia, intempestivamente, um
enorme aumento no custo da matéria prima. Poucos meses depois, outro tiro
certeiro, na outra perna, com novo e abusivo aumento. Não há como a empresa vencedora
da concorrência continuar a trabalhar com uma política de preços como essa. As
obras são paralisadas e começam então as tratativas para os famosos “aditivos”,
aquelas renegociações que, no passado, davam margem à grande corrupção, mas
que, parece, isso não mais acontece, ao menos nos mesmos níveis, nos dias
atuais.
O que o aumento surpreende são os níveis estratosféricos do reajuste imposto
pela Petrobras, que domina o mercado nacional de derivados dos combustíveis,
mantendo um monopólio que, muitas vezes, ignora as necessidades da população.
Ou seja, quem vai pagar o pato, de novo? Claro que é a população. Centenas de obras
vão começar a parar nesta semana que começa e outras milhares nos daqui para os
próximos meses. Em Porto Velho, apenas para citar um exemplo da uma grande cidade,
as obras da Prefeitura, que estão em andamento em 12 bairros, incluindo uma com
investimentos superiores a 20 milhões de reais podem parar, até que aja uma
renegociação dos custos, pelo desatino com que a Petrobras está tratando a
questão, impondo ao mercado preços proibitivos também para o asfalto, essencial
para melhorar a vida de milhões de brasileiros. Como a União, Estados e
Municípios são os consumidores de perto de 99 por cento de todo o asfalto
vendido no mercado, toda a estrutura de governo, de cima para baixo, será
atingida pela medida, já que os projetos em andamento terão que, todos, serem
renegociados. Qual o setor que aguenta um reajuste de preços de um insumo tão
importante de mais de 55 por cento em pouco mais de seis meses? Até quando
teremos que suportar a ditadura dos preços do monopólio da Petrobras?
PONTE COMEÇOU COM DILMA, PAROU E FOI
CONCLUÍDA POR BOLSONARO
Por pura sorte, porque ficou pronta antes da nova alta dos preços do
asfalto, a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã. Já poderia ter sido
aberta ao tráfego, não fosse a decisão do governo federal, já orientada ao
Dnit, para que ela comece a receber veículos somente depois de inaugurada
oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta próxima sexta-feira, 7 de
maio. É uma obra sonhada há pelo menos meio século, mas que só começou a se
tornar realidade já no século 21, quando foi iniciada, ainda no quarto ano do
primeiro mandato de Dilma Rousseff, a petista que foi defenestrada antes de
completar seu segundo mandato. No período em que Michel Temer assumiu o comando
do país (cinco meses, entre agosto e dezembro de 2016), as obras, que já
andavam muito lentamente, praticamente pararam. O estado do Acre, que sonhava
em ter sua ligação por terra com o resto do Brasil há décadas, esperava
ansiosamente que o projeto não se tornasse uma das mais de 20 mil obras do país
paradas, desde os últimos governos, mas principalmente nos 15 anos de comando
petista. Quando Bolsonaro assumiu e tanto ele quanto seu ministro da
Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciaram que a ponte seria concluída em
dois anos, poucos acreditaram. Levou um pouco mais que isso, mas, finalmente,
uma das mais importantes obras públicas de toda a região norte está pronta, com
um trabalho perfeito de engenharia, ligando todo o nosso país, por terra, desde
o extremo sul, na fronteira com o Uruguai, passando pelo Acre e avançando até o
Oceano Pacífico, no Peru. É a ponte que fará história.
MIGUEL DE SOUZA ANTEVIU O FUTURO
SOBRE A LIGAÇÃO COM O PACÍFICO
Há um personagem que merece, por justiça, ser lembrado, por sua visão de
futuro, quando era tratado quase como um louco, quando defendia a construção de
uma ponte sobre o Madeirão, em Abunã e uma rodovia que atravessaria Rondônia e
Acre e nos levaria, por asfalto de qualidade, até os portos do Pacífico,
encurtando em milhares de quilômetros os caminhos para a exportação dos nossos
produtos, principalmente para a Ásia. Quando foi vice- governador do Estado, na
administração de José Bianco (1999/2003) o então líder empresarial Miguel de
Souza enxergou o futuro e começou a defender a integração que nos levasse ao
Pacífico. Promoveu inclusive viagens precursoras, com caravanas de empresários
e jornalistas, que saiam de Porto Velho e aportavam nas margens do Pacífico.
Foi motivo de brincadeiras, gozação, piadas. Antes da entrada do século 21,
contudo, Miguel de Souza tinha um olhar futurístico, que apenas agora, quase 20
anos depois, começa a se tornar realidade. Morando hoje em Brasília, Miguel
mereceria ser um convidado especial para a solenidade de inauguração da ponte,
até porque a via, em seus sonhos de rondoniense de visão, a gigantesca obra que
nos leva até as bordas do grande oceano que banha o litoral peruano e que pode
levar nossas riquezas, com custo muito mais baixo e em muito menos tempo, até
os ricos países da Ásia.
GUERRILHA: CRIMES NO CAMPO SÃO
LEVADOS AO PRESIDENTE BOLSONARO
Os ataques criminosos, com uso de armamento pesado e táticas de
guerrilha, incluindo até sofisticado sistema de comunicação por rádio, contra
propriedades rurais, em Rondônia, chegaram ao conhecimento do presidente Jair
Bolsonaro, após reunião sobre o mesmo tema no Ministério da Justiça. Sobre o
assunto, o governador Marcos Rocha escreveu, nas redes sociais: “em mais uma
reunião sobre o tema, levei o problema das invasões e crimes bárbaros cometidos
em Rondônia, ao presidente Jair Bolsonaro. Mostrei as imagens dos nossos
policiais assassinados, de jovens executados, torturas, fazendas produtivas e
legais destruídas, casos de estupros, destruição da floresta, roubos e estoque
de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, refino de cocaína e outras
drogas (a lista é grande). Mostrei os relatórios da nossa inteligência e vídeos
do modus operandis, incluindo táticas de guerrilhas e o tribunal paralelo, além
do armamento pesado que essas organizações criminosas possuem”. Segundo Rocha, “o
Presidente está do lado das famílias de bem, que estão sofrendo com a barbárie
causada por esses grupos armados”.
SEGURANÇA NO CAMPO E SOLUÇÃO DE
QUESTÕES LEGAIS ENTRE AS METAS
Num outro trecho, Marcos Rocha sublinhou que três medidas prioritárias
serão tomadas. A primeira: aumento e preservação de efetivo no campo para
garantir a segurança e o apoio da Força Nacional e da Polícia Federal,
solicitado ao governo federal; busca de soluções para a questão jurídica.
“várias reintegrações estão travadas por questões legais. Ano passado tínhamos
feito muitas, mas agora estamos tendo que enfrentar questões legais que acabam
protegendo os criminosos”, assinalou o Governador. Ele disse que, “a longo
prazo, a meta é dar um fim a essas ações criminosas, que não podem sair
impunes”. E concluiu: “É questão de
Segurança Nacional. Não caia em falsas narrativas pois o objetivo desses grupos
é consolidarem um poder paralelo. Nós não deixaremos. O país que queremos
deixar para nossos filhos, protege o que é justo e correto e fica do lado da
população”. O assunto vai ter absoluta prioridade da segurança pública no
Estado. Ainda não foi definida a presença de forças federais no combate aos
guerrilheiros travestidos de sem terra, mas é bem possível que isso ocorra o
mais breve possível.
VACINA, TESTES E TRATAMENTO PRECOCE
DIMINUEM MORTES NO ESTADO
Claro que os números ainda estão muito altos, tanto em termos de novos
contaminados quanto de mortes. Mas é óbvio que, a continuar no ritmo dos
últimos dez dias (da quinta-feira, dia 22 até este sábado, dia 1ª de maio), há
uma tendência de queda em relação às vítimas da Covid 19, tanto no Estado todo,
como na Capital. Há vários motivos para isso. Não há dúvida de que a vacinação,
em que já foram aplicadas mais de 275 mil doses (195 mil em primeira dose e
acima de 80 mil de segunda dose), foram de grande importância, a tal ponto que
houve uma enorme queda de óbitos na faixa etária dos idosos acima de 80 anos e
do pessoal da saúde, os primeiros a serem imunizados. Outro avanço importante
foi a realização de mais de mais de quase 570 mil testes, incluindo 16 Drive
Thru realizados pelo Estado e inúmeros outros em parceria com Prefeituras. A
descoberta de muitos casos de pessoas que não tinham sintomas, mas continuavam
convivendo socialmente, permitiu que elas fossem levadas à quarentena, tratadas
e impediu que espalhassem o vírus. Também não se pode esquecer a medicação
preventiva, no início da doença, mesmo com a ojeriza de uma minoria de médicos,
mas aplicadas em pacientes pela grande maioria deles. Essa medida também ajudou
a recuperar muitos doentes e impedir muitas mortes, mesmo que os que se
posicionam ideologicamente sobre esse tipo de ação, continuem dizendo que não
há comprovação científica para utilização de vários medicamentos que, usados
pela população, estão sim diminuindo a carga viral nas pessoas. Mesmo assim,
infelizmente no sábado batemos nas 5.181 mortes desde o início da pandemia.
CASSOL PODE SER A SURPRESA EM 2022.
MAS DEPENDE DO MESMO STF QUE O CONDENOU
Há sim uma poderosa força política, concentrada principalmente no
interior do Estado, que pode influenciar muito a disputa pelo governo no ano
que vem. Trata-se do ex-governador Ivo Cassol, que comandou o Estado por sete
anos e meio e que teve seu mandato de senador interrompido, por uma condenação
sobre erros de licitação quando era prefeito de Rolim de Moura. Mesmo com todas
as contestações da sua defensa, o STF ignorou tudo e ainda condenou Cassol a
quatro anos e meio de prisão. Como em muitos outros casos, dois pesos e duas
medidas, já que o mesmo tribunal mudou a Constituição para, por exemplo, manter
os direitos políticos de Dilma Rousseff, mesmo cassada e ressuscitou do plano
das almas perdidas o ex-presidente Lula, condenado por pelo menos dois crimes e
respondendo a vários outros. Mas Cassol não é do PT e muito menos de esquerda,
assim como não o são muitos dos condenados por delitos menores. A esperança do
ex-governador e ex-senador, agora, é que o mesmo tribunal que o condenou, possa
considerar sua pena cumprida e restabelecer seus direitos políticos, porque
então ele será candidatíssimo em 2022. Os adversários, é claro, torcem para que
ele continue sendo impedido. Porque se concorrer, vem com tudo e com uma força
eleitoral significativa, principalmente no interior rondoniense.
QUANDO CHEGARÁ A CORONAC PARA SEGUNDA
DOSE JÁ ATRASADA?
Estão chegando mais vacinas, principalmente da Oxford/Astrazeneca e da Pfizer, essa última, começando a ser distribuída no país nesta semana que inicia. No meio da semana, num novo lote, vieram apenas 800 doses da Coronavac, a vacina que mais precisamos agora. No sábado, veio mais um pacote, com mais de 36 mil Astrazeneca e apenas 3.200 Coronavac. Só que essas poucas doses (pouco mais de 4 mil em três dias), não serão suficientes para atender a todos os rondonienses que esperam pela dose final, alguns desde a última terça-feira, dia 27, quando começou a faltar a vacina chinesa. Das Coronavac que chegaram nesta semana, todas serão usadas para a segunda dose para servidores da saúde e do pessoal da área de segurança. Ou seja, para o grande público, entre todos os que já receberam a primeira aplicação da vacina, não havia previsão, ao menos até a noite do sábado, da chegada das cerca de 15 mil doses que ainda estão faltando, Teoricamente, o atraso da segunda dose, sem consequências, pode ser de até um mês a mais da data prevista. Quando virão as vacinas da segunda dose? Os mais otimistas acreditam que elas chegarão apenas no final do próximo final de semana, tanto para a Capital quanto para o interior.
PERGUNTINHA
Se a eleição para o governo fosse
hoje e fossem esses os candidatos (Marcos Rocha, Hildon Chaves, Marcos Rogério,
Ivo Cassol, Léo Moraes, Confúcio Moura, Acir Gurgacz e Daniel Pereira), em quem
você votaria?
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