Terça-feira, 18 de janeiro de 2022 - 06h00
ROCHA, ROGÉRIO, CASSOL,
CONFÚCIO E HILDON COM JESUALDO: QUADRO DA SUCESSÃO ESTADUAL TEM AINDA MUITAS
ALTERNATIVAS
Começa a clarear, ainda
não totalmente, mas ao menos parcialmente, a questão da sucessão pelo governo
de Rondônia. Novidades em andamento é o que não faltam. Se algumas delas, todas
ou nenhuma irão se confirmar, já é outra questão. Comecemos pelo único
candidato já definido, o atual governador Marcos Rocha. Ele se mantém como
líder do União Brasil, que por aqui é bolsonarista de raiz, já teria apoio
formal de pelo menos 19 prefeitos, vem com a estrutura de poder e, mais
importante que tudo, com os cofres recheados, pela administração cuidadosa e
ainda sem qualquer escândalo. Mesmo que ainda não se saiba quem serão seus
adversários, há gente muito experiente na política e na história das eleições
do nosso Estado que acham que ele tem tudo para estar num eventual segundo
turno. Obviamente que isso é apenas ilação e elucubração política, já que, na
hora das urnas, a história pode ser outra. Marcos Rogério? Uma hora é candidato
ao governo, outra não é. Pode alçar voos mais altos dentro do governo Bolsonaro
e, lá na frente, optar por manter-se no cenário nacional, embora seus eleitores
e seguidores acreditem que ele tem chances reais de chegar ao comando do
Palácio Rio Madeira/CPA. Ivo Cassol pode ser o fiel da balança, nesta disputa.
Ele tem problemas ainda na Justiça, mas os tem derrubado um a um. A mais
importante decisão deve ser exarada a partir de 3 de fevereiro, daqui a duas
semanas, pelo STF, liberando-o para a disputa. Há grande otimismo do próprio
Cassol e de seus advogados, de que isso ocorra. Em seguida, ele se lançará na
disputa. E Confúcio Moura? Neste momento, muito dificilmente optará por ser
candidato. Mas tem muito mais vindo por aí.
No dia 11 de fevereiro,
daqui a 25 dias, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, virá a Porto
Velho. Sua missão será oficializar o ingresso do bom de voto Expedito Júnior no
partido que, por aqui, tem o comando regional do filho do ex-senador, o atual
deputado federal Expedito Netto. Mas Kassab terá ainda uma missão tão
importante quanto esta. Vai abonar a ficha de filiação de ninguém, menos que
Hildon Chaves, o prefeito reeleito da Capital. Mais que isso, Kassab vai lançar
o nome de Hildon como candidato ao Governo do Estado. As conversas estão
adiantadas e, embora não confirmado oficialmente, porque o assunto ainda é
tratado a sete chaves, o ex-deputado estadual e duas vezes prefeito de
Ji-Paraná, Jesualdo Pires, seria convidado para companheiro de chapa de Hildon.
Pergunte-se a qualquer dos personagens aqui citados se tudo isso é real e se
ouvirá apenas que, por enquanto, é muito cedo para se concretizar qualquer
acordo. Eles só serão definitivamente fechados a partir do final de março,
quando deve ocorrer o maior troca-troca de partidos da recente história da
nossa política. Tudo o que foi publicado aqui, contudo, está acontecendo. O que
não se sabe é se tudo será tornado realidade ou se parte dos acordos ficará
pelo caminho. Agora, é só esperar março para se saber...
GRUPO POLÍTICO ESPERA
POR DECISÃO DE SENADOR PARA DEFINIR SEUS PASSOS A PARTIR DE AGORA
Nos bastidores da
política, já se tem como absolutamente certa, prego batido, ponta virada, o
ingresso do prefeito Hildon Chaves no PSD. O assunto ainda não foi tratado
publicamente apenas por questões que envolvem decisões como, por exemplo, a
parceria de Expedito e Hildon com o senador Marcos Rogério. Tanto Hildon quanto Expedito teriam formado
compromisso palavreado de apoio a Marcos Rogério, caso ele decidisse concorrer
ao Governo. É por essa complexidade das conversações e negociações políticas
que não há ainda uma definição se Hildon irá mesmo ao Governo ou se disputará outro
cargo ou, ainda, se permanecerá no comando da Prefeitura. Há, ainda, outras
alternativas do mesmo grupo. Caso o senador de Ji-Paraná decida mesmo concorrer
ao Palácio Rio Madeira/CPA, Hildon poderia abrir mão e, então, sua esposa, a
primeira dama Ieda Chaves, nome hoje disputado por vários partidos, poderia ser
candidata à vice-governadora, na chapa liderada por Rogério. Expedito tem
acordo firmado com Rogério, mas, todos sabem, ele é muito ligado ao prefeito de
Porto Velho e, nesse caso, está aguardando as decisões dos seus parceiros, para
então se definir. O que se sabe é que o grupo está fechado e que Hildon sai do
PSDB e ingressará no PSD, junto com Expedito. Já Marcos Rogério vai ingressar
no PL de Bolsonaro.
VINICIUS MIGUEL PODE
TAMBÉM ENTRAR NA RELAÇÃO DOS QUE POSTULAM O GOVERNO
Ainda no mesmo pacote
de nomes que podem ainda fazerem parte da nominata de candidatos ao Governo, há
mais um que surge com possibilidade real, embora, ao menos até o momento, nada
tenha sido decidido. Trata-se do jovem político Vinicius Miguel, que surgiu
como uma surpresa na última eleição estadual e que, se dependesse apenas da
vontade dele, se lançaria novamente na batalha pela cadeira do atual governante
rondoniense. Embora não faça declarações públicas sobre o assunto, Vinicius tem
dito a amigos que, se dependesse do seu coração, ele seria sim um dos
concorrentes ao Palácio Rio Madeira/CPA. Votos ele tem, em todas as regiões do
Estado, mas, é claro, muito mais em Porto Velho. Na disputa pelo governo em
2018, quando foi uma surpresa positiva, Vinicius, mesmo sozinho e num partido
pequeno, o extinto Rede, liderado então por Marina Silva, no país, ele somou
quase 111 mil votos, 69 mil deles só na Capital. Como candidato a Prefeitura de
Porto velho, em 2020, Vinicius, já no Solidariedade, partido que ele mesmo
comanda no Estado, bateu quase nos 40 mil votos, por pouco não indo para o
segundo turno contra Hildon Chaves. Perdeu por pouco para a candidata do então
PP, Cristiane Lopes. Vinicius apoiou Hildon no turno decisivo da eleição e hoje
faz parte do secretariado da Prefeitura, comandando a Secretaria de Agricultura
do município, uma das mais importantes. Sua decisão sobre seus rumos na eleição
deste ano deve ser anunciada em meados de março.
NOVO HEURO: ÁREA
ADQUIRIDA SERÁ PRÓXIMO À AVENIDA MAMORÉ, ENTRE A UNIRON E O CEMETRON
A área para a
construção do novo Heuro e Rondônia, na Capital, já está comprada. Será próxima
a avenida Mamoré, entre a Faculdade Uniron e o hospital Cemetron. Não tem
acesso direto à BR 364, terá que sofrer aterramentos e outras medidas
relacionadas com a infraestrutura, mas, segundo dirigentes do consórcio Vigor
Turé, que construirá o hospital, é o local ideal para sediá-lo. A assinatura do
contrato para que o Heuro comece a se tornar realidade, aliás, ocorreu na manhã
da segunda-feira. Foi dia de festa no Palácio Rio Madeira/CPA. O governador
Marcos Rocha e seu time principal, deixaram claro a alegria que sentiam em
assinar o contrato para a construção do hospital de urgência e emergência da Capital,
uma obra esperada pela população, há bem mais que duas décadas e meia. Além de
diretores do consórcio vencedor da licitação, feita na Bolsa de Valores de São
Paulo, com cunho nacional e internacional, estiveram presentes também os
secretários Fernando Máximo, da Saúde; Júnior Gonçalves, da Casa Civil e Luiz
Fernando, da Sefin, entre outros. A Assembleia foi representada pelos deputados
Jair Montes e Dr. Neidson. A partir da assinatura do contrato, mote de
comemorações e discursos efusivos, agora se começará a detalhar a obra, que
deve ser iniciada em maio, segundo confirmou o secretário da Sesau. Será uma
obra histórica, sem dúvida alguma e um marco dos mais importantes do atual
governo rondoniense.
MANTER OU NÃO O
CONGELAMENTO DO ICMS PARA OS COMBUSTÍVEIS: DECISÃO EM RONDÔNIA AINDA NÃO FOI
TOMADA
Como agirá o governo de
Rondônia, na questão do ICMS para os combustíveis. Um grupo de governadores,
todos de oposição ao governo Bolsonaro, já anunciaram que irão recuar em
relação ao congelamento do tributo sobre a gasolina, diesel e o gás de cozinha.
Caso isso se concretize, o preço para o consumidor final poderá dar um salto já
em fevereiro, podendo superar os 10 reais o litro da gasolina, que já está na
faixa entre 6,80 e 7,10 na maioria dos postos do país. Nesta segunda pela
manhã, questionado sobre o assunto, o secretário Luiz Fernando, da Sefin, disse
que ainda não há uma definição sobre o assunto e que o ideal seria haver um
consenso entre os Estados. Num ano político, onde governadores de oposição não
querem abrir mão de nenhum centavo e muitos querem que o problema caia no colo
de Bolsonaro, adversário nas urnas na reta final deste ano, dificilmente haverá
qualquer acordo. Para romper a decisão dos oposicionistas em acabarem com o
congelamento do ICMS, o que tem mantido o combustível a preços ainda não
totalmente proibitivos, o governador Marcos Rocha, em breve, terá que tomar a
decisão em relação a Rondônia. Caso decida manter o ICMS congelado, o que pode
acontecer é que outros Estados entrem na Justiça contra a decisão rondoniense,
se ela se confirmar ou, se mantida, poderemos ter o menos caro preço final ao
consumidor do que a maioria dos brasileiros.
BOLSONARO VIRÁ A
RONDÔNIA EM BREVE. ASSUNTO É TRATADO EM SIGILO E AGENDA ESTÁ SENDO PREPARADA
Estão em andamento
conversações para uma possível vinda do presidente Jair Bolsonaro a Porto
Velho, nas próximas semanas. O assunto ainda é tratado como reservado, no
palácio Rio Madeira/CPA, mas a agenda está sendo preparada. Já haveria até o
local onde o Presidente da República seria recepcionado: o auditório de uma
importante faculdade da Capital rondoniense. Bolsonaro viria acompanhar obras
em andamento, anunciar projetos de proteção à Amazônia e, ainda, anunciar novos
investimentos na Capital e cidades rondonienses. Não há maiores informações
sobre o tema nem de parte do governo rondoniense e nem do Palácio do Planalto.
Também não há detalhes sobre se Bolsonaro viria apenas à Capital, visitaria
alguma cidade do interior e, ainda, se terá alguma agenda no vizinho Acre. A
última vez que esteve em Rondônia, o Presidente inaugurou oficialmente a ponte
sobre o rio Madeira, na região da Ponta do Abunã, a cerca de 300 quilômetros de
Porto Velho e de 100 quilômetros da fronteira com o Acre.
ATÉ PREFEITA NO ROL DAS
VÍTIMAS, NUM FIM DE SEMANA VIOLENTO CONTRA AS MULHERES
Violência, mortes,
agressões, surras, maldades. O fim de semana, mais uma vez, colocou Rondônia no
rol dos Estados brasileiros com registros sem fim de ocorrências policiais, em
finais de semana. Dois assassinatos na pequena Nova Brasilândia, até agora uma
cidade pacata, mostra como os confrontos envolvendo tráfico de drogas chegaram
às comunidades menores do país. Lá, a polícia fala no tradicional “acerto de
contas” entre bandidos, para explicar as mortes. Mas, o que maia chama a
atenção, em todo o Estado, é o recrudescimento dos casos de violência contra as
mulheres. Até a prefeita de Guajará Mirim, Raíssa Paes, entrou no rol das
vítimas. Uma ocorrência de agressão contra o marido dela, Antonio Bento, foi
registrada pela polícia da cidade. Mas houve muitos outros casos, inclusive um
assassinato. Mais uma mulher foi morta pelo companheiro. O crime covarde
aconteceu num loteamento popular do bairro Areia Branca, na Capital. Num outro
registro, marido agrediu a mulher violentamente com um cabo de vassoura,
causando vários ferimentos. Essa covardia inominável continua ocorrendo
praticamente todos os dias, enquanto, mesmo com a dureza de algumas leis, os
maridos, namorados, companheiros e amantes continuam praticando todos os tipos
de agressões contra suas mulheres. Um lenitivo surgiu, agora, com lei
sancionada que impede agressor de mulher possa ocupar cargo público. É mais um
passo, mas ainda muito longe de resolver. O que tem que haver é cadeia dura, sem
qualquer benefício, para este tipo de criminoso. Anos e anos atrás das grades.
Afora isso, pouca coisa vai melhorar.
MENOS LETAL, OMICRON É
ALTAMENTE CONTAGIOSO E PÕE EM QUARENTENA
GRANDE NÚMERO DE RONDONIENSES
Ao menos até agora,
entre os mais de 70 casos registrados da cepa Omicron, do Coronavírus, não há
nenhum caso gravíssimo e muito menos registro de nenhuma morte em Rondônia. No
país inteiro, também até a segunda-feira, havia apenas um óbito creditado á
nova cepa, que está assustando o mundo inteiro, mas com baixíssima letalidade.
A cepa mais agressiva do vírus, contudo, continua matando. Já batemos em 100
mortes nos últimos 30 anos, somando-se a registrada no último domingo. O total
de leitos ocupados caiu para 130, mas é ainda preocupante. É bom lembrar que em
meados de outubro passado, chegamos a ter apenas 47 internados. Na segunda pela
manhã, o secretário Fernando Máximo comentava que havia sim, grande preocupação
da Sesau com a nova onda do Omicron, mas, ao mesmo tempo destacava que o importante
é que a nova cepa tem se mostrado muito menos agressiva, embora altamente
contagiosa. Só como exemplo: na Unimed, na semana passada, de 35 testes feitos,
30 deram positivo. Num dos postos de saúde da Capital, metade dos exames também
demonstraram a presença do vírus. Numa empresa local, pelo menos 20
funcionários estão em quarentena, num universo de pouco mais de 150, embora
também nenhum caso grave. A Sesau continua orientando a todos para que se
vacinem, usem máscara, álcool gel, pratiquem o distanciamento e todos os
cuidados. O vírus é menos letal, mas continua sendo perigoso.
PERGUNTINHA
Se você pudesse falar
com o Presidente da República numa próxima visita a Rondônia e tivesse direito
a fazer apenas um pedido a ele, o que pediria?
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