Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021 - 06h00
RONDÔNIA FICA COM
MIGALHAS: NOVO LOTE CHEGA COM 5.400 NOVAS DOSES DE VACINAS. O ACRE RECEBE 22
MIL
Apenas 5.400
vacinas. Isso mesmo. Rondônia, com toda a crise que vive na pandemia, com tantos
novos casos, com tantas mortes (só nesta quarta, foram 42 vidas perdidas), com
UTIs superlotadas, vivendo perto de um colapso total na saúde, recebeu apenas
5.400 doses, num universo de 3 milhões e 200, em fase de distribuição no país
inteiro. São 4 mil doses da Oxford e 1.400 da Coronavac. Para se ter ideia como
estamos sendo tratados, nesta situação, pelo Ministério da Saúde, o vizinho
Acre, que tem metade da nossa população, vai receber 22 mil doses, 13 mil e
pouca da Oxford e o restante da Coronavac. O Amazonas, por exemplo, que tem o dobro da
população do nosso Estado, vai receber nada menos do que 120 mil doses. Na
região norte, só receberemos um lote maior do que o Amapá (menos da metade da
nossa população) e Roraima (menos de 500 mil habitantes). Qual o critério para
que tenhamos esse tratamento? A verdade é que estamos silentes demais ante essa
posição do governo federal, que toma uma decisão como essa e não se ouve uma
gritaria geral, tanto nos lados do governo do Estado quanto da nossa bancada
federal. Espera-se que haja protestos veementes não só nessas áreas, como
também na Assembleia Legislativa, em função da dramática situação que estamos
vivendo. Apenas como exemplo, Rondônia é o segundo Estado do país em mortes,
proporcionalmente à sua população adulta. Na hora da distribuição de um lote de
vacinas (pequeno, para a enorme necessidade do país), teríamos obrigatoriamente
que receber, nesse momento, pelo menos o triplo do que a nós está sendo
destinado pelo Ministério da Saúde.
Está na hora de
uma sacudida geral nesse esquema de distribuição de vacinas. Temos oito
deputados federais e três senadores que têm que se mexer. Não basta tratar de
recursos para o Estado e os municípios. Não basta tratar de questões
político-partidárias. Todos precisam se unir, agora, nessa enorme crise. E pressionar
o governo federal para que tenhamos um tratamento à altura das nossas
necessidades. O governador Marcos Rocha, que passou a quarta-feira em Brasília,
foi tratar vários assuntos, mas, certamente, deveria mudar todo o foco para a
questão prioritária da pandemia, o combate a ela e a liberação de vacinas, mas
não em quantidade tão pequena como essa, anunciada nesse novo lote. Nossos
Prefeitos precisam entrar nessa guerra. Ela é de todos. Não dá para ficar
esperando, de braços cruzados, que continuemos recebendo migalhas. As 5.400
vacinas serão utilizadas em dose única, ou seja, com a perspectiva de que em
breve chegue um próximo lote que complemente a imunização, com a segunda dose. Mesmo
assim, é um lote muito pequeno. Não é algo contra o que devemos todos nos
insurgir?
GARIMPO: LEI NÃO, MAS IDEOLOGIA E CONTRABANDO
PODEM!
O caso da
liberação do garimpo no rio Madeira, através de lei estadual, continua sendo um
tema muito polêmico. Essa questão, aliás, tem muitas forças contrárias,
principalmente dos que acham que nossas riquezas não podem ser retiradas de
forma controlada pelo Estado, como um ente arrecadador, mas não protestam e nem
fazem passeatas contra a exploração ilegal, que leva tudo o que é nosso, mas só
nos deixa a destruição ambiental. Temos ainda, em nosso Estado, ouro suficiente
para se tornar uma enorme fonte de arrecadação, que serviria para melhorar a
vida de todos os rondonienses. Já está havendo um movimento, contra a lei, como
ocorreu em Roraima, quando um partido político quase em extinção, a Rede de
Sustentabilidade, liderado pela rainha das ONGs internacionais, Marina Silva,
conseguiu aval do ministro Alexandre de Moraes (olha ele aí!!!), para revogar
lei assinada pelo governador Antônio Denarium. A diferença, lá, é que houve
autorização do uso do mercúrio, enquanto nossa legislação exige um controle
ambiental rigoroso, antes da autorização para exploração do garimpo em toda a Rondônia.
O problema é que a questão tem também grande cunho ideológico, porque a
esquerda quer tudo intocada. Os brasileiros que vêm suas riquezas sendo
levadas, pelo contrabando e pela ilegalidade, que vão se queixar ao bispo. Ou ao
PSTF, o grande partido político que hoje domina o país.
UM PASSADO DE RIQUEZA, VIOLÊNCIA E MERCÚRIO EM
DEMASIA
Nas redes sociais,
se encontram informações do passado recente, quando Porto Velho vivia a
situação de um novo Eldorado do país, com o ouro abundante do rio Madeira.
Claro que na época não houve qualquer cuidado com o meio ambiente. Não havia
controle, a violência dominava, corpos boiando pelo rio eram comuns, todos os
dias. Quando se encontrava um local com mais ouro, ali se criava uma
aglomeração de balsas e algumas dragas e o local passava a ser chamado de
“fofoca”. Muitas fortunas foram feitas do dia para a noite; muitas fortunas
foram perdidas em pouco tempo. Havia uma verdadeira batalha diária pelo ouro, incontrolável
e atraindo não só quem sonhava com a riqueza, mas também muitos criminosos. A
lei não valia na maioria dos garimpos. Além disso, o uso do mercúrio não tinha
qualquer cuidado. Toneladas do metal foram jogadas, in natura, dentro do
Madeira, mas também em todos os rios do Estado e região, onde se encontrava
ouro. Claro que isso foi terrível. A partir do fim do garimpo, a atividade foi
tornada criminosa, deixando-a apenas na ilegalidade. Está na hora dessa
situação ser modificada, com a exploração sendo feita dentro de rígidos métodos
ambientais, mas beneficiando toda a sociedade, já que a riqueza é de todos.
SILÊNCIO NO
PARLAMENTO EM HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DO VÍRUS
Um minuto de silêncio. Foi o que marcou a abertura oficial do ano
legislativo em Rondônia, na última terça-feira. A homenagem silenciosa foi de
todos os parlamentares, do governador Marcos Rocha e todas as autoridades
convidados para o evento (a maioria participando de forma remota), por todas as
vítimas do coronavírus. A sessão teve o comando presencial do primeiro vice, o
deputado Jean Oliveira. O presidente Alex Redano participou de forma virtual,
já que foi testado positivo para a Covid 19 e está em quarentena, em sua
residência, em Ariquemes. A mensagem do Governador do Estado foi de saudação e
de parceria com o Parlamento rondoniense. Rocha desejou melhoras não só ao
deputado Redano, como também ao néo parlamentar Alan Queiróz, ambos acometidos
da doença e em recuperação. Marcos Rocha deu boas-vindas aos deputados e
desejou um ano produtivo, com a visão, como sempre, voltada para os interesses
maiores da população. Ainda em seu discurso, o Governador destacou o trabalho
em conjunto de todos os Poderes, “que têm resultado em importantes conquistas
para o desenvolvimento de Rondônia”. Fez ainda um breve balanço dos
investimentos feitos por sua administração, nas áreas de saúde, educação,
social, infraestrutura e segurança pública, com destaque para os trabalhos de
combate à pandemia do Covid-19. Participaram ainda o presidente do Tribunal de
Justiça de Rondônia, desembargador Paulo Kiyochi Mori; o presidente do Tribunal
de Contas do Estado, conselheiro Paulo Curi Neto, entre outras autoridades.
OBRA TERÁ GALERIA DE MAIS DE 1 QUILÔMETRO E MEIO
Entusiasmado, o prefeito Hildon Chaves ocupa as
redes sociais para comemorar o andamento do que ele chama de “a maior obra de
infraestrutura” da Capital, ao menos nos últimos 20 anos. Nela, uma galeria
enorme, de pelo menos um quilômetro e meio de extensão, que vai ser fundamental
para que se acabe, de vez, com as terríveis alagações no bairro da Lagoa, uma
região sempre tomada pelas enchentes, no inverno amazônico. A galeria faz
parte do pacote de obras destinadas ao bairro e terá ainda 10 quilômetros de
ruas asfaltadas e 8 quilômetros e meio de drenagem já em construção. A enorme
galeria, subterrânea de
esgoto, que está sendo construída na rua Dourado, bairro Lagoa, zona Leste da
cidade. A construção percorrerá toda a extensão que vai da Rio
Madeira até as proximidades da rua Piratininga. A obra utiliza recursos do
governo federal e da Prefeitura de Porto Velho.
NOVA CHANCE PARA ASSISTIR ENTREVISTA DA DRA.
RAÍSSA
Vários amigos
leitores que acompanham esse blog tentaram acessar, nesta quarta, o link do
programa Papo de Redação, que foi ao ar no sábado, quando a médica Raíssa
Soares, secretária de saúde de Porto Seguro, na Bahia, entraram num programa
anterior, embora com o mesmo tema: o tratamento precoce contra o coronavírus.
Por um problema já sanado e para que não se frustre o desejo de muita gente em
ter acesso a esse programa, que teve recorde de audiência em todo o Estado,
pela qualidade da entrevistada e pela sua defesa a favor de tratamentos
especiais antes, durante e depois que a doença se pronuncie, estamos repetindo
o convite para quem quiser assistir. O link correto é https://youtube.com/watch?v=cadcSEgfOyo para assistir a entrevista inédita de uma
profissional,
que, hoje, tornou-se um nome respeitado em todo o país, pela forma como que tem
definido ações que diminuam o sofrimento dos doentes.
MAIS UMA
SAÍDA COVARDE DA CÂMARA, COM MEDO DO STF
Depois da vergonha
de ter aceito passivamente a intervenção do STF em prerrogativa que a
Constituição garante apenas ao Parlamento, no caso da prisão do deputado Daniel
Silveira e, depois dado o atestado de medo ao confirmar a excrescência jurídica
inventada pelo Supremo, agora a Câmara Federal quer tomar medidas que
representam muito bem o ditado popular: a emenda vai ficar pior que o soneto. A
votação de uma PEC que impede a prisão de um deputado, colocando o eventual
prisioneiro sob a custódia da Comissão de Constituição e Justiça e de Ética,
até que a própria Câmara decida sobre se permite ou não a detenção. Ora, é um
atestado de covardia e de desrespeito à legislação criada no próprio
Parlamento, via Constituição de 1988. Ao invés de mais um contorcionismo
jurídico, bastava o Poder Legislativo exigir o cumprimento literal da
Constituição, porque ela já impede essa prisão arbitrária, seja qual for o
pretenso crime de opinião cometido por um dos seus membros. Só que para fazer
isso, a Câmara teria que reconhecer que agiu com temor no caso Daniel Silveira.
O deputado deve ser punido, sem dúvida. Mas pela Câmara. A estratégia agora
tomada é mais uma vergonha do nosso lamentável Parlamento perante a Nação.
PERGUNTINHA
Nesse ritmo de
chegada de vacinas, quando você imagina que será vacinado, caso não faça parte
dos grupos de risco, que têm prioridade e quando muitos deles ainda sequer
começaram a ser atendidos?
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