Quinta-feira, 18 de agosto de 2022 - 06h01
SÃO MAIS DE 600 RONDONIENSES DISPUTANDO APENAS 34 CADEIRAS,
DO GOVERNO À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Vai demorar ainda alguns dias para que a Justiça Eleitoral libere,
oficialmente, os nomes dos candidatos aptos a disputa da eleição desse. Até o
prazo final, a segunda–feira passada, dia 15, nada menos do que 604
rondonienses tinham pedido aval do TRE para concorrerem. Todos vão concorrer a
apenas 34 vagas. No pacote, há pelo menos uma mudança já oficializada. Foram
registados oito candidatos ao Senado; oito primeiros suplentes e oito segundos.
Só que, já quase no final do prazo, a irmão do ex-governador e senador Confúcio
Moura, Cláudia Moura, cancelou seu registro como concorrente ao Senado, optando
por disputar uma cadeira à Assembleia Legislativa. Obviamente seus dois
suplentes também não entraram na corrida, fazendo com que o número definitivo
de candidatos ficasse em 604. São sete candidatos ao Governo e seus sete vices;
mais sete ao Senado, com seus 14 suplentes; 160 se aventuram nas concorridas
oito cadeiras da Câmara Federal, ou seja, 20 candidatos por vaga e outros 409 que
querem uma das 24 cadeiras da Assembleia, com 17 postulantes para cada uma
delas. Na principal disputa local, a do governo do Estado, a única dúvida até
agora gira em torno do nome do ex-governador Ivo Cassol, que está na campanha,
com o aparato legal de ter, a seu favor, uma liminar do STF, permitindo que ele
participe do pleito. Até que haja decisão posterior, Cassol está
candidatíssimo. A princípio, não haverá dificuldades (até agora não há qualquer
informação em contrário) de que os demais postulantes corram algum risco de
ficar fora da disputa, por questões legais.
Tão previsivelmente disputada voto a voto quanto a corrida pelo Governo,
a disputa ao Senado deve ser, também, uma das mais emocionantes, desde que
Rondônia passou a eleger seus representantes. Dos três senadores atuais, um
está fora da disputa, por decisão do STF e outro concorre ao Governo (Marcos
Rogério). Ele e Confúcio Moura ainda têm mais quatro anos de mandato, a partir
de 2023. Alguns dos nomes mais poderosos da nossa política querem a única vaga
ao Palácio Rio Madeira/CPA. Outros, da mesma estirpe, querem a unção das urnas
para nos representar no Senado. Está começando, enfim, uma das eleições mais
incríveis que o rondoniense já participou. Dos 160 nomes que querem chegar à Câmara,
fazendo parte da nossa bancada federal, três dos atuais deputados não concorrem
à reeleição. Jaqueline Cassol e Mariana Carvalho vão ao Senado; Léo Moraes ao
Governo. Dos outros cinco (Lúcio Mosquini, Coronel Chrisóstomo, Silvia
Cristina, Mauro Nazif e Expedito Netto), quantos retornarão? E no Parlamento
estadual, quantos manterão seus mandatos e quantos novos surgirão das urnas? Tomara que o eleitor escolha os melhores,
porque nosso Estado não pode correr o risco de andar para trás, depois das
últimas décadas de avanços e progresso.
LIMINAR DE CASSOL ENTRA NA PAUTA NO STF NO DIA 26, POR DECISÃO
DE ALEXANDRE DE MORAES
A notícia mais quente da quarta-feira, nos meios da Justiça Eleitoral e
da disputa em Rondônia, pelo peso e relevância do candidato, foi a decisão do
ministro Alexandre de Moraes de agendar para o próximo dia 26, uma sexta-feira,
em uma semana, portanto, o reinício da votação, pelo pleno do STF, do caso Ivo
Cassol. Recorde-se que Cassol está concorrendo graças a uma liminar concedida
pelo ministro Nunes Marques, há alguns dias. Pouco depois, houve a decisão de
trazer o assunto para discussão no Pleno. Logo em seguida, o ministro Alexandre
de Moraes, que nesta terça assumiu também a presidência do TSE e é quem vai
comandar o pleito nacional, pediu vistas do processo, tirando-o da pauta. A
partir daí, não havia qualquer previsão para que o caso fosse analisado
novamente. No meio da tarde desta quarta, contudo, Moraes bateu o martelo e
colocou novamente a discussão sobre a liminar de Cassol na pauta. O tema está
agendado para entrar em discussão no dia 26 e terá sete dias para ser votado.
Ou seja, no prazo máximo de 2 de setembro, exatamente um mês antes do pleito do
primeiro turno, se saberá, em definitivo, se Cassol poderá manter ou não sua
candidatura. Seus aliados e eleitores têm certeza de que ele conseguirá. Os
adversários, em peso, querem, de forma uníssona, que o STF negue o registro. A
eleição em Rondônia é uma com Ivo Cassol
e outra, totalmente diferente, sem ele!
MAIORIA DOS CANDIDATOS A VICE É DESCONHECIDA ENTRE OS
ELEITORES RONDONIENSES
Entre os candidatos a vice-governador, neste pleito de Rondônia, há mais
gente desconhecida do grande público do que figuras já carimbadas da nossa
política. O personagem que tem mais estrada na vida pública é o três vezes
deputado federal Anselmo de Jesus, parceiro de chapa de Daniel Pereira,
candidato da chamada Frente Popular, dos partidos de esquerda de Rondônia.
Também conhecido, mas fora do noticiário e da política local há longo tempo, o
ex-secretário de Finanças do Estado, José Genaro, é o parceiro de Ivo Cassol,
seu amigo pessoal há anos e de quem foi secretário e é aliado há longos anos. O
terceiro personagem não tem ainda um nome estadual, mas é bastante conhecido em
sua região, o Cone Sul do Estado. O Coronel Rildo, vice de Léo Moraes, já foi
candidato à Prefeitura de Vilhena, sua cidade, com boa votação. Os outros
quatro, senão desconhecidos, são figuras públicas que só agora aparecem com
algum destaque, perante o grande público. A começar pelo vice do governador
Marcos Rocha, Sérgio Gonçalves, um técnico, mas nunca antes um político. A
médica Flávia Lenzi, vice de Marcos Rogério, já era conhecida na política
sindical, como líder dos médicos rondonienses. Aparece agora como companheira
de chapa do senador que quer ser governador. Os dois nanicos também apresentam
nomes desconhecidos, sempre em relação ao grande eleitorado. São duas mulheres:
Michele Tolentino, vice de Pimenta de Rondônia e a Sargento Milene Barreto,
vice do Comendador Queiroz.
UMA CORRIDA COM CINCO NOMES COM POTENCIAL PARA GANHAR O
SENADO E DOIS FRANCO-ATIRADORES
Fechou também a relação ao Senado. Serão pelo menos cinco nomes, muito
fortes, com chances reais e outros dois, representando pequenos partidos,
atuando na relação como franco-atiradores, com pouquíssimas chances de sucesso.
A deputada federal Mariana Carvalho chega à disputa muito poderosa, com dois
mandatos muito produtivos na Câmara Federal e está entre as opções mais
quentes, para outubro. Vem com seu pai, o médico e empresário Aparício Carvalho
como primeiro suplente e o megaempresário do ramo dos supermercados, João
Gonçalves, como segundo. É a do grupo que quer levar Marcos Rocha a mais um
mandato. Já Jaime Bagattoli teve que batalhar para ser o Senado do PL de Marcos
Rogério. Conseguiu, depois de muito esforço. Ou seja, internamente, no seu
partido, já teve a primeira vitória. O pastor Sebastião Valadares será seu
primeiro suplente e o empresário Deep Rover, como segundo. Jaqueline percorre o
Estado com otimismo, afirmando que será mais um Cassol no Senado. Lá já
estiveram seu irmão, Ivo Cassol, por dois mandatos e seu pai, Reditário Cassol,
por alguns meses, como suplente de Ivo. Os suplentes de Jaqueline são o
empresário Chico Raposo da Novalar e João Durval. Ele estava candidato,
desistiu, desistiu de desistir e agora está na disputa. Expedito Júnior, do
PSD, está entre os nomes mais citados na corrida ao Senado. Tem chances reais.
Seu primeiro suplente é o conhecido advogado Andrey Cavalcante e o segundo,
Paulo Moraes Júnior, irmão do candidato a Governador Léo Moraes. Também forte
neste pacote de nomes do primeiro escalão da disputa, Benedito Alves seria
suplente de Acir Gurgacz. Como o senador está impedido de entrar na disputa,
Benedito passa a ser o titular e a esposa de Acir, Ana Maria, será sua primeira
suplente. Ainda disputam a vaga o Pastor Josinélio, pelo PMB e a advogada
Rosângela Lázaro, pelo Agir.
FINALMENTE ASSEMBLEIA CASSA GERALDO E EMPOSSA BOABAID COMO
NOVO DEPUTADO
Demorou. E demorou muito. Mas, finalmente, até pela firme intervenção
direta do presidente Alex Redano, que não queria a imagem do poder que ele
comanda manchado, por descumprir decisão judicial, o mandato do agora
ex-deputado Geraldo da Rondônia foi cassado. O caso se arrastou por longo
tempo, mesmo depois de cumpridas todas as decisões da Justiça, em todas as
instâncias, determinando a perda dos direitos políticos e, portanto, da cadeira
na ALE, do controvertido parlamentar de Ariquemes. Foi um longo trabalho em
busca da correção da anomalia, até porque há quase um ano, os representantes
legais do agora novo deputado, Jesuíno Boabaid (do escritório liderado pelo
experiente e competente advogado Juacy Loura Júnior), batalhavam para que fosse
concretizado o afastamento de Geraldo e, como ocorreu agora, assumisse seu
cliente. Como Geraldo fora, o grupo político liderado por ele, na região de
Ariquemes, está lançando o filho do ex-parlamentar, Mateus da Rondônia, como
candidato à Assembleia, na eleição de outubro. Jesuíno Boabaid era o suplente
da vaga e agora concluirá o período da atual legislatura, que se encerra em 31
de janeiro do ano que vem. O também controvertido político, liderança da PM
rondoniense, também concorrerá à reeleição.
O RITUAL DAS PROMESSAS DA CAMPANHA COMEÇA COM ENCONTRO DOS
CANDIDATOS NA OAB RONDONIENSE
Há muitos anos, a campanha eleitoral não começa de verdade antes que os
candidatos ao Governo cumpram um ritual quase sagrado: o de participar de um
evento promovido pela seccional de Rondônia da OAB, onde, todos bem comportados
e seguindo um rígido ritual, juram por todos os santos que farão uma campanha
limpa, de propostas e de alto nível. Outras promessas são feitas e cumpridas,
mas esta, obviamente, raramente se mantém quando o calor da campanha passa para
a efervescência. Neste ano, a OAB acrescentou também o que chamou de “Pacto em
Defesa da Democracia e Combate à Desinformação nas Eleições”, com os candidatos
garantindo que respeitarão os preceitos democráticos (há algum risco de que
eles não o façam?) e que não comunguem com as Fake News, que é uma tradução
óbvia da “desinformação”. Todos os sete que disputam o Governo prometeram
cumprir à risca tudo o que foi proposto e ainda, um por um, tiveram alguns
minutos para falar dos seus planos de governo. Presentes, autoridades da
Justiça Eleitoral e do Ministério Público, numa solenidade importante,
comandada pelo presidente da OAB, Márcio Nogueira. Seria uma maravilha se tudo
o que foi combinado lá na OAB se transformasse em prática...
DEBATES DECISIVOS: SIC TV/ RECORD AGENDA CONFRONTOS DE
CANDIDATOS PARA SETEMBRO E OUTUBRO
Entrevistas na rádio e na TV, sabatinas dos candidatos e os debates, que
nos últimos pleitos, têm ajudado a decidir eleições em Porto Velho e em
Rondônia, quando vão ao ar pelo Grupo SIC/Record. E isso vai se repetir
novamente, com uma série de participações dos postulantes ao Palácio Rio
Madeira/CPA nas emissoras do grupo, tanto na Capital como no interior, atingindo
mais de 90 por cento de toda a população rondoniense. O primeiro grande debate
na SICTV, ocorrerá a seis dias da eleição do turno inicial da disputa, em 23 de
setembro, uma sexta-feira, a partir das cinco da tarde. Já para o segundo
turno, o que se prevê que acontecerá, pela ferrenha batalha eleitoral que se
prevê, o debate da SIC e da Record ocorrerá a partir das nove e 15 da noite, um
domingo, a duas semanas da votação decisiva. Como já ocorreu nos últimos
debates da emissora, eles serão comandados pela competente jornalista Meiry
Santos. Os embates entre os candidatos serão transmitidos, ao mesmo tempo, pela
rede de emissoras de rádio da Parecis FM. Os candidatos também vão participar de debates
e entrevistas tanto na programação televisiva quanto da Rádio Parecis.
DESEMBARGADOR DÁ CALA BOCA A ELEITOR QUE FLAGRAR ERRO GRAVE
EM URNA ELETRÔNICA. É O BRASIL DESTES TEMPOS COMPLEXOS...
Censura. Cala a boca. Sem direito a opinião. Quando o exemplo vem de
cima, vale tudo neste país onde setores importantes das instituições decidiram
impor suas vontades, mesmo que e à revelia dos mais básicos pilares da
Constituição do nosso país. Dependendo da vontade e da interpretação do
magistrado, o brasileiro pode ou não dar sua opinião, criticar, xingar ou o que
quer que seja, perdendo sua plena cidadania. Para alguns ministros do STF, por
exemplo, é criminoso quem põe sob suspeita o sistema atual das urnas
eletrônicas. Ora, se eles disseram que as urnas são ótimas e que é proibido
colocá-las sob qualquer tipo de suspeito, porque desembargadores e juízes de
primeira instância não fariam a mesma coisa? Ora bolas, se um ministro pode por
que que eles não podem? Foi o que fez, por exemplo, o desembargador Elton Leme,
presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, segundo o site R7,
da Record. Sua Excelência ameaça mandar prender em flagrante o eleitor que
“eventualmente causar tumulto, por alegar que digitou um número na urna, mas
outro apareceu. Ou seja, mesma que constate um erro da urna, o eleitor está
proibido de fazer a denúncia? O R7 questiona: “caso, de fato, ocorra um
imprevisto desses, mesmo que hipoteticamente, o eleitor deve se calar, temendo
por sua liberdade”? É isso que estamos vivendo no Brasil de hoje, embora ainda
com tais arroubos ditatoriais vindos de apenas uma pequena parcela do
Judiciário. Mas, e se a moda pega?
PERGUNTINHA
O que você imagina que dois dos mais importantes nomes da
política rondoniense, que são fortes adversários na disputa pelo Governo,
cochichavam, no encontro da OAB, nesta semana?
Não é exato como um bom relógio, mas numa conta simples, faltam pouco mais de 144 horas para que Porto Velho tenha um novo Prefeito. Léo M
Há milhares (milhões até) de mensagens de Natal e Ano Novo. Praticamente todas falam em paz. Em reencontros. Em amor verdadeiro. Mas há al
Que se engane quem quiser, mas nosso Brasil anda célere para trás, com tantos recordes lamentáveis
Claro que o Brasil vai de bom a muito melhor, na visão distorcida dos fanáticos; dos cegos pela ideologia, que fazem de conta que não enxe
A podridão toma conta de parte do mundo político e chega à instituições que deveriam nos proteger. A associação com o crime, com as facçõe