Terça-feira, 4 de outubro de 2022 - 06h10
LULA NA FRENTE, MARCOS ROCHA E MARCOS ROGÉRIO EMPATADOS.
FOI ASSIM UM DOMINGO PARA NÃO SE ESQUECER!
Tem como resumir, num texto curto, tudo o que aconteceu neste domingo?
Como entender que Lula teve seis milhões de votos a mais que Bolsonaro? Há quem
resuma que isso se deve à maioria silenciosa, a que não vai para as ruas; a que
não grita e não se enrola na bandeira; a que está pouco preocupada com seu
país, mas apenas quer sobreviver, imaginando que Lula, mesmo com tudo o que já
fez de errado, seja a solução. A equação é simples: o dono da padaria e seu
gerente são Bolsonaro, mas todos os seus funcionários são Lula. E em Rondônia?
Enquanto as pesquisas davam grande vantagem ao governador Marcos Rocha, seu
adversário somava votos que os pesquisadores não contabilizaram, por várias
regiões do interior. A diferença em percentual, que os institutos davam em até
15 por cento, foi de apenas 1,73 por cento. Em números absolutos, 15.621 votos.
Mas, o pior cenário para as pesquisas, que a partir de agora deveriam ter
vergonha na cara e sumirem do processo eleitoral, foi o que aconteceu na
disputa pelo Senado. Na quinta-feira, o Ipec (ex-Ibope) o que por si só já diz
tudo, apontava a vitória fácil da deputada Mariana Carvalho. Atrás dela
estariam Expedito Júnior e Jaqueline Cassol. Incrível, mas verdadeiro: Jaime
Bagattoli aparecia com apenas 8 por cento. Na noite do sábado, o empresário e
homem público que fez história no Estado, com seu grande trabalho, Neodi
Oliveira, ex-presidente da Assembleia Legislativa, vaticinava a este Blog:
“esta pesquisa é uma vergonha. O Bagattoli vai ganhar a eleição”! Quando as
urnas se abriram, não deu outra. O candidato de quem o Ipec fez escárnio, saiu vitorioso
com mais de 293 mil votos.
E agora? Bolsonaro conseguirá tirar os seis milhões de votos de diferença
pró Lula? Ele conseguiu eleger mais de 100 parlamentares de uma bancada de
apoio; 20 dos 27 novos senadores, mas, no final, ficou atrás. E por pouco Lula
não leva no primeiro turno. O atual Presidente conseguirá conquistar os cerca
de 2,7 por cento do eleitorado que foi às urnas (pouco mais de 123 milhões de
brasileiros), de que é ele e não Lula, (o pai dos pobres), a grande solução
para a vida deles. Em Rondônia, o grupo do governador Marcos Rocha terá que
trabalhar redobrado, para conseguir conter a ascensão de Marcos Rogério. As
conversas já começaram tão logo os votos foram contados. De ambos os lados, é
claro! Tanto Rocha quanto Rogério iniciaram a batalha por alianças qie possam
reforçá-los no turno decisivo. Com uma diferença tão pequena de votos, qualquer
prognóstico agora seria irresponsável. Mas, no final das contas, teremos, em 30
de outubro, muito mais emoção, batimentos cardíacos acelerados, lágrimas de
felicidade e de tristeza. Este final de ano será um teste para os cardíacos e
decidirá qual o Brasil que queremos. É muita emoção para tão pouco tempo!
IGNORADO PELAS PESQUISAS, O SENADOR BAGATTOLI DÁ UM SHOW DE
VOTOS NAS URNAS
Na sua região, ele é “o” cara. De caminhoneiro, de homem da roça a uma
das grandes fortunas de Rondônia. Um dos grandes nomes do agronegócio
rondoniense, só na Capital ele fez 70 mil votos só na Capital, 30 por cento dos
votos válidos. Foi a partir daí que ele começou a ganhar o Senado, porque no
interior já tinha se consolidado como um nome
muito viável. Teve um caminhão de votos no Cine Sul, de onde já tinha
saído, quase como um desconhecido na política, para mais de 212 mil votos em
2018, na onda bolsonarista. Na atual campanha, Jaime Bagattoli começou um
trabalho de formiguinha, de porta em porta, andando pelo território que ele
domina, sua região, a partir de Vilhena, para conquistar praticamente todo o
Estado. Ele teve uma dificuldade a mais: as pesquisas dos grandes institutos
(BigData/Real Time e Ipec), assim como as pesquisas internas dos outros
partidos, sempre o colocaram no máximo em quarto lugar, muito abaixo dos demais
concorrentes. Quando Acir Gurgacz entrou na disputa, Bagattoli foi mandado para
baixo: ficou em quinto. Foi, portanto, uma vitória contra tudo isso. Um pouco
mais ele bateria nos 300 mil votos. E ganhou de ninguém menos do que Mariana
Carvalho, uma das personagens mais respeitadas e queridas da política
rondoniense. Bagattoli, portanto, merece todos os louros da vitória.
MÁXIMO É O CAMPEÃO DE VOTOS PARA A CÂMARA, QUE SÓ REELEGEU
TRÊS DOS ATUAIS DEPUTADOS
Ele tem predicados incontestáveis. É um trabalhador inigualável. Dorme muito
pouco e trabalha praticamente de madrugada a madrugada. É reconhecido com um
excelente médico. Foi secretário de saúde do Estado durante o terror da
pandemia. Por isso, não foi de graça que Fernando Máximo foi o deputado federal
mais votado de Rondônia, com 85 mil votos, ficando atrás apenas, na história,
de Marinha Raupp, quando ela superou os 110 mil votos numa eleição. A bancada
federal foi muito renovada. Três atuais deputados (Mariana Carvalho, Jaqueline
Cassol e Léo Moraes), não concorrem à reeleição. Mauro Nazif e Expedito Netto
não se reelegeram. Mas, além de Máximo, outros nomes quentes da nossa política
chegaram lá. A segunda mais votado (sem surpresa alguma), foi Silvia Cristina,
de Ji-Paraná, com mais de 65 mil votos. A reeleição de Lúcio Mosquini (mais de
48 mil votos), também não foi surpresa. Logo depois dele, o jovem Maurício
Carvalho, com mais de 32 mil votos também
é destaque. Entre os reeleitos, destaca-se, sem dúvida o Coronel Chrisóstomo,
que com pouca estrutura, fez mais de 24 mil votos e está novamente no
Congresso. Entre as “caras novas”, não se pode negar o valor do ex-prefeito de
Ariquemes, Thiago Flores (23.700 votos); da jornalista e radialista Cristiane
Lopes (22 mil votos) e, mesmo com uma votação menor, o cinco vezes deputado
estadual Lebrão. Espera-se de todos eles uma representação digna, à altura do
Estado que os elegeu.
LAERTE O CAMPEÃO ENTRE OS ATUAIS E IEDA O GRANDE DESTAQUE
ENTRE OS NOVATOS DA ASSEMBLEIA
A Assembleia Legislativa teve renovação de mais de 50 por cento, embora
dois dos seus atuais membros (Anderson Pereira e Lebrão) não tenham concorrido
à reeleição. Dos atuais, destaque para Laerte Gomes, o campeão de votos (mais
de 25 mil votos); Ismael Crispin (23 mil); Cirone Deiró (22 mil); Ezequiel
Neiva (20 mil); o atual presidente Alex Redano (19.500) e Marcelo Cruz
(18.700). Reelegeram-se ainda: Jean Oliveira (17 mil); Luizinho Goebel (14
mil); Jean Mendonça (13 mil); Rosângela Donadon (12 mil) e Alan Queiroz (10 mil). Foram estes onze os
que conseguiram manter suas cadeiras. O grande destaque entre os novos
deputados foi, sem dúvida, a primeira dama rondoniense, Ieda Chaves. Ela teve
mais de 24.600 votos. Uma das grandes votações foi do eleito Dr. Luis do
Hospital, com apoio de Lúcio Mosquini e do poderoso prefeito de Jaru, Joãozinho
Gonçalves. Também Cássio Gois, vice prefeito de Cacoal; o delegado Lucas Torres
(11 mil). Afonso Cândido (13.600), Gislaine Lebrinha (12.600), Delegado Rodrigo
Camargo (11.800), Ribeiro do Sinpol
(9.751), Cláudia de Jesus, filha do ex-deputado Anselmo de Jesus ( 8.845),
Edevaldo Neves (vereador em Porto Velho), Dra. Taíssa Souza 7.600) e Nim
Barroso (7.600 votos).
AS URNAS DISSERAM NÃO A ALGUNS DOS NOMES MAIS QUENTES DA
NOSSA POLÍTICA
Alguns personagens muito importantes da política rondoniense não tiveram
a aprovação das urnas, embora, na maioria dos casos, tenham competência e uma
longa história de dedicação às causas do Estado. Sem dúvida a maior de todas as
surpresas foi a não eleição de Mariana Carvalho, superada, pelos votos do
interior, pelo megaempresário do agronegócio Jaime Bagattoli. Mas não foi só
ela. Jaqueline Cassol, representante da poderosa família do ex-governador e
ex-senador Ivo Cassol e de outro empresário de peso na vida rondoniense, César
Cassol, fez uma campanha de qualidade, mas não conseguiu a vaga ao Senado. O
mesmo se pode dizer de Expedito Júnior, com um longo histórico de serviços
prestados a Rondônia, que teve uma votação muito abaixo do esperado. Dois
personagens importantes da nossa política também ficaram de fora da Câmara
Federal: o ex-prefeito de Porto Velho e várias vezes membro dos parlamentos
estadual e federal, Mauro Nazif e o jovem Expedito Netto, presidente regional
do PSD, que ficaram pelo caminho. Para a Assembleia Legislativa, vários nomes
considerados muito bons de voto, como vários dos parlamentares que não se
reelegeram, também tiveram votações muito menores do que esperavam. Só um exemplo entre os que tinham expectativa
e ficaram pelo caminho: a ex-prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues, que
sempre teve grande votação na sua cidade e na região, não passou dos 4. 485
votos.
MAIS UMA ATUAÇÃO VERGONHOSA DOS INSTITUTOS DE PESQUISA, QUE,
OUTRA VEZ, LEVARAM UMA SURRA DAS URNAS
Os institutos de pesquisa, também em nível nacional, erraram feio. Pura
incompetência ou coisa pior? O DataFolha, por exemplo, teve números absurdos
para a Presidência, colocando Lula eleito no primeiro turno, com 10 pontos
sobre Bolsonaro. O resultado da urnas foi o que se viu. Em São Paulo, pior
ainda: os institutos sempre com números suspeitos (como o próprio DataFolha, o
Ipec/Ibope e outros) colocavam Fernando Haddad sempre à frente, com o atual
governador Rodrigo ora em segundo, ora disputando pau a pau com Tarcísio de
Freitas. O astronauta Marcos Pontes nunca saía da terceira posição. Tarcísio
foi o mais votado, com Haddad atrás e, ainda, Pontes foi o senador eleito. Em
Minas, só na reta final da disputa, as pesquisas começaram a dar o governador
Zema bem à frente de Kalil. Zema se elegeu no primeiro turno. No Rio Grande do
Sul, não houve um só instituto que colocasse o bolsonarista Ônix Lorenzoni à
frente. No final, deu ele, fácil, em primeiro lugar, com Eduardo Leite, que
todos os institutos apontavam como o grande líder da votação, bem atrás. Lá em
segundo turno. O que dirão as pesquisas?
LAMENTÁVEL: PERTO DE 370 MIL ELEITORES NÃO COMPARECERAM ÀS
URNAS EM RONDÔNIA, NESTA ELEIÇÃO
Quase um quarto dos eleitores aptos a votarem em Rondônia, exatos 24,66
por cento, não compareceram à votação do domingo. Traduzindo para um número
ainda mais simples: um em cada rondoniense apto para escolher seus candidatos,
preferiu não aparecer na sua seção eleitoral. O número dos que deixaram de
votar é maior do que o percentual da última eleição e, ainda, é bem acima da
média nacional, que ficou abaixo dos 21 por cento. Como no Estado havia mais de
1 milhão e 370 mil eleitores registrados, algo em torno de 370 mil pessoas não
cumpriram com seu dever cívico, no dia de uma das mais importantes eleições do
Brasil, nos últimos anos. Infelizmente, a tendência do segundo turno é que o
número de abstenções cresça ainda. Cabe aos candidatos e seus apoiadores,
tentarem mobilizar ao menos parte deste eleitorado quem, caso uma pequena
percentagem dele decida votar em 30 de novembro, isso poderia decidir a eleição
ao Governo, para um ou para outro lado. Neste pacote, tem um número ainda pior:
perto de 5 por cento dos que votaram, anularam seu voto. Lamentável!
CÂMARA ELEGE QUASE 200 DEPUTADOS FEDERAIS ALIADOS DO
PRESIDENTE BOLSONARO
Os candidatos de partidos que apoiam o atual presidente Jair Bolsonaro
deram um vareio nas urnas, na disputa pelas 513 cadeiras da Câmara Federal. Só
o PL, partido do Presidente, elegeu 98 deputados. Ganhou 21 cadeiras em relação
ao que tem atualmente. Outras siglas da base também elegeram muitos parlamentares,
embora uma ou outra bancada tenha perdido algumas cadeiras. Outros partidos
aliados ao atual governo, que tendem a ser oposição, caso Lula seja eleito:
União Brasil (57);o PP (47); Republicanos (39); Avante (7); PSC (6); PTB(1). Ou
seja, no parlamento, sem contar com outras possibilidades de adesões, como as
do Podemos e outras, Bolsonaro começaria a nova legislatura, caso vença as
eleições, com praticamente 200 parlamentares, a maior base aliada em décadas.
Entre os partidos de oposição ao atual governo, o PT também cresceu, aumentando
de 56 para 68 cadeiras e PSOL também, ampliando de oito para 12 o número de
deputados eleitos. Entre as grandes bancadas, a maior perda foi do PSDB.
Atualmente são 23 tucanos na Câmara e, em 2023, eles serão somente 13.
PERGUNTINHA
Depois da eleição do domingo, você ainda acha que há alguma
suspeita de que as urnas eletrônicas não são totalmente seguras?
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