Domingo, 31 de maio de 2020 - 10h44
UM PAÍS INACREDITÁVEL E DIFÍCIL DE ENTENDER: O TÚNEL DE TRÊS ANOS, A
PONTE QUE NÃO SAI, O FUNDO DO POÇO...
O Domingo é dia de reflexões e de misturar assuntos. Por exemplo: o
Brasil é mesmo um país atípico, que, estudado profundamente, torna-se cada vez
mais complexo e muito difícil de se entender. Aqui, misturam-se os poderes, um
querendo mandar mais que o outro; um querendo mais mídia que o outro. A
separação e o respeito constitucionais são, cada vez mais, apenas, retóricas
para discursos. Obras públicas caríssimas, levam anos a fio para ficarem
prontas (não é o caso da ponte sobre na Ponta do Abunã, sem utilidade alguma,
mesmo tendo custado mais de 180 milhões de reais?). Neste país inacreditável,
traficantes e bandidos perigosos, incluindo cruéis assassinos, têm seus
direitos protegidos, mas o cidadão comum, que se atreve a atacar ou ofender
autoridades, pode receber a visita da Polícia Federal ao amanhecer, nos seus
sagrados lares. Outro fato surreal? Um túnel enorme, feito por presos, para
fugir de um grande presídio, vai completar seu terceiro aniversário, ainda do
mesmo jeito de quando foi descoberto, no RS, porque tem que se licitar a
“obra”! O governo o fez quatro vezes, mas nenhuma empresa apareceu para fechar
o tal túnel. Perto de mil bandidos estão lá, com a via aberta, embaixo do
presídio superlotado, prontos para escapar, por causa da nossa
burocracia surda, doentia, uma praga que assola vários setores de governo, dos
órgãos de fiscalização, do Ministério Público e do Judiciário. Três anos!
É o Brasil, onde há responsáveis pela fiscalização que não detectam superfaturamento na compra de equipamentos de combate ao corona vírus, até que os escândalos explodam. Mas onde não permite a contratação de leitos hospitalares, nessa emergência, por detalhes técnicos e questiúnculas, baseadas em decisões, como se especialistas em saúde fossem. É o país onde alguns governantes, gestores e empreiteiros combinam preços abusivos. Tudo isso enquanto a burocracia infernal e as opiniões (nada importa, desde que sua opinião prevaleça!), atrasam ações reais em relação a medidas emergenciais e práticas para abrigar o número cada vez maior de doentes da peste dos anos 20, que nos assola a todos. Estamos vivendo num país maluco, onde as reais necessidades da população são secundárias, já que o essencial é manter o protocolo que cada órgão (cada um deles pagos por nós, pobres e assaltados contribuintes). E o certo é quem aparece mais na mídia; o certo são a burocracia e os protocolos; o “deixa assim para ver como é que fica”, e, se sobrar um tempinho, há gente, parece mentira, que se preocupa com a população. Estamos piorando como povo, como pais, como estrutura de Nação. Mas há alguns que estão vivendo cada vez melhor, no seu quadrado, no seu cantinho cheiroso, limpinho, embalado no ar condicionado e pisando em tapetes caros. É dali que cada um governa, muitos sem olhar pela janela. Lá fora, o país que parece não ser o deles, caminha para um poço sem fundo. Ah, mas desde que a burocracia e os protocolos sejam cumpridos, o resto é apenas detalhe...
A CRISE DO LEITE: PRODUTORES PEDEM SOCORRO!
A caso da cartelização do leite em Rondônia está causando graves danos,
principalmente aos pequenos produtores. Eles estão pagando para produzir,
Gastam perto de 1 real por litro tirado do gado leiteiro e recebem, no máximo,
80 centavos. Essa cruel realidade já quebrou vários pequenos produtores
em diversas cidades rondonienses. O presidente da Assembleia Legislativa,
Laerte Gomes, denunciou novamente o cartel, exigindo medidas de proteção
aos produtores, de parte do governo do Estado, até porque a Italac (ele
deu o nome da empresa que está causando tantos danos ao setor leiteiro
rondoniense), recebe até 95 por cento de isenção de ICMS. “É um absurdo o que
os laticínios estão fazendo com os produtores. Nos supermercados, os
preços do leite e seus derivados estão cada vez mais caros, para o
consumidor, enquanto o produtor corre o risco de morrer de fome”,
protestou. No final de semana, houve vários protestos no Estado, inclusive com
fechando de estradas, impedindo o acesso dos caminhões dos laticínios aos
locais de retirada do produto. Representantes dos produtores, que estão pagando
para trabalhar, pedem socorro à Assembleia Legislativa. Tanto através de Laerte
Gomes como de vários outros parlamentares, o pedido já foi ouvido. Agora, vai
começar a reação contra o cartel...
REGULARIZAÇÃO: 17 MIL FAMÍLIAS BENEFICIADAS
Mesmo sem a votação da MP 910, da regularização fundiária, pelo
Congresso, os pequenos produtores rurais de Rondônia não estão abandonados.
Pelo contrário. O esforço do deputado federal Lúcio Mosquini vai possibilitar a
regularização de documentos de pelo menos 60 assentamentos, em Buritis e
Machadinho do Oeste. Numa live com o presidente nacional do Incra, Geraldo
Mello Filho, nessa semana, Mosquini foi informado de que a regularização nesses
dois municípios, onde houve mais conflitos agrários nos últimos anos,
atenderão, no final, quase 17 mil famílias, a grande maioria de pequenos
proprietários. Geraldo Mello Filho agradeceu o apoio de Mosquini ao esforço que
será realizado nas duas cidades rondonienses, graças a uma liberação de emenda
no valor de 3 milhões de reais, necessárias para que todos os estudos sejam
feitos e as etapas legais sejam cumpridas. O georeferenciamento das áreas
começará em breve e, depois de cumpridos todos os caminhos legais, é possível
que todas as famílias recebam seus títulos de propriedade definitiva ainda este
ano. Um cálculo mais otimista, dá quatro meses de prazo. O presidente do Incra,
na live da quinta passada, disse que gostaria que “cada Estado brasileiro
tivesse um Lúcio Mosquini”, pela batalha do parlamentar rondoniense pela
regularização das terras.
AS DUAS FACES DO MESMO MINISTRO
"Quem não quer ser criticado, que não quer ser satirizado, que
fique em casa. Não seja candidato, não se ofereça ao público, não se ofereça
pra exercer cargos políticos. Essa é uma regra que existe desde que o mundo é
mundo. E querer evitar isso por meio de uma ilegítima intervenção estatal na
liberdade de expressão é totalmente inconstitucional". Quem disse isso foi
o mesmo ministro do STF que determinou, pouco mais de um ano depois, que a
Polícia Federal invadisse residências de pessoas suspeitas de terem produzido
ataques e Fake News contra o Supremo e seus ministros. Alexandre de Moraes não
acatou questões da lei eleitoral, que restringia a liberdade de expressão e de
imprensa, durante o período da última campanha presidencial. A regra, que
proibia sátiras humorísticas feitas para ridicularizar políticos, foi
considerada inconstitucional por representar uma forma de censura. E por quem
foi considerada inconstitucional? Pelo mesmo ministro do STF que agora vai
contra a legalidade e, sem denúncia do Ministério Público, determina ações da
Polícia Federal contra quem o criticou, esculhambou e satirizou. Para ver o
vídeo, acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=bMpr1cmN5YA.
Na ocasião, todos os demais ministros concordaram com ele. Nada como um
dia depois do outro, para se saber com quem se está lidando...
CORONA: PERTO DE FICARMOS SEM LEITOS
Rondônia começa o domingo com novas más notícias sobre a crise do corona
vírus. O número de mortes na sexta era de 145 e agora subiu para 151, seis a
mais do que na sexta. O percentual de mortos continha na faixa dos 3,2 por
cento sobre o total de contaminados. Tínhamos, na sexta, 4.502 positivados e,
em apenas um dia, esse número saltou para 4.743 casos, ou seja, um aumento de
247 novos registros num só dia. A continuar nesse crescimento, nesta
próxima quinta-feira, dia 4 de junho que está chegando, não teremos mais leitos
para internação de doentes e muito menos de UTI. A noite do sábado registrou
que já tínhamos 319 pessoas internadas, já muito próximo de lotar toda a
estrutura hospitalar disponível. Um dos poucos dados positivos é o número
de recuperados: 2.146 sobre os 4.743 positivados, num percentual acima de
45 por cento de pessoas que já superaram o vírus. O outro: em cinco cidades do
Estado, 100 por cento dos contaminados estão curados: Primavera de
Rondônia, Alto Alegre dos Parecis, Machadinho D’Oeste, Santa Luzia D’Oeste e
São Felipe D’Oeste. As autoridades da saúde pública continuam orientando para o isolamento
social e os cuidados que todos já sabem: uso contínuo de máscaras e
higienização das mãos, com álcool gel ou sabão.
MÉDICA DIZ QUE CLOROQUINA CURA MILHARES
Pouca gente vai encontrar a informação da grande mídia, até pela
politização do tema. Quem é a favor do remédio é bolsonarista; quem não é, é
oposição. Uma coisa lamentável, mais um péssimo agravante, dentro do terror da
pandemia. Claro que o centro da discussão é o uso da cloroquina no combate ao
corona vírus. Dados oficiais do Ministério da Saúde, informam que mais de 177
mil brasileiros já se recuperaram do vírus da Covid 19, o que representa mais
ou menos 46 por cento dos infectados e que o volume de pessoas curadas deu um
salto, a partir do uso do medicamento, que agora até o STF quer proibir. A dra.
Nise Yamaguchi, médica oncologista e infectologista, cientista e
defensora do uso da Hidróxido de Cloroquina de forma precoce., continua sua
batalha em defesa do tratamento. Chegou a dizer que ministros do Supremo que
andam dando declarações contra a aplicação da cloroquina em doentes, estão
cometendo um “erro grosseiro”. Nise Yamaguchi declarou ao site “Agora Paraná”,
que “o STF corre o risco de cometer um crime contra a humanidade”, caso impeça
o uso do remédio. Parece inacreditável, mas infelizmente é a mais outra
verdade;
NA PANDEMIA, CASO ENERGISA VOLTA
O tema que envolve a renegociação de dívidas do Estado com empresas
devedoras (e são dezenas, não apenas a Energisa, que as herdou da antiga
Ceron), pode estar votando à pauta, ainda mais num momento em que a arrecadação
do Estado cai muito, por causa da crise do corona vírus. A proposta, que ainda
está sendo analisada na Assembleia Legislativa, dá descontos de juros e multas
à empresas que tenham débitos mais antigos com o Estado e mesmo alguns mais
recentes, dependendo do montante a ser pago. Claro que a questão da
Energisa é a que causa mais polêmica, mas é importante destacar que não só ela
seria atendida nos seus interesses, caso a proposta fosse aceita, com redução
de até 80 por cento de juros e multas. Poderia entrar nos cofres da
Sefin, numa só tacada, um grande volume de dinheiro, já que, com várias
questões judicializadas, não se sabe quanto tempo se poderia ter que esperar
para receber as quantias e nem se a Justiça decidiria a favor do Estado.
RENEGOCIAÇÃO PODE ALIVIAR COFRES DO ESTADO
No caso da nova empresa de distribuição da energia elétrica no Estado, a
proposta inclui um pagamento cash, ou seja, à vista, de 750 milhões de reais,
de uma dívida de 1 bilhão e 300 milhões, aproximadamente. Nela, estariam
incluídos ainda cerca de 350 milhões que a Caerd devia à Ceron. Ou seja, não
seria, ao menos aparentemente, um mau negócio. A questão é que a opinião
pública, com informações que nunca foram claras, se voltou contra a empresa e
contra a renegociação. Houve forte pressão para que o projeto não fosse
aprovado. Talvez o caso seja repensado, agora que há explicações mais concretas
e num momento em que os cofres estaduais estão sendo duramente atingidos com
queda de arrecadação, por causa da pandemia e da economia muito
prejudicada. Com 750 milhões nos cofres – afora os valores que receberiam
de dezenas de outras empresas – o Estado certamente teria uma situação
financeira menos complicada, no segundo semestre do ano. Vamos aguardar para
ver no que vai dar essa história!
PERGUNTINHA
Você, que andou escrevendo nas redes sociais duras críticas ao STF,
também está com medo de receber a visita da Polícia Federal ao amanhecer?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
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