Terça-feira, 5 de maio de 2020 - 06h28
VERBA EMERGENCIAL DA CRISE DO CORONA: ESTADO TERÁ MAIS DE MEIO
BILHÃO E SERÃO 84 MILHÕES PARA A CAPITAL
Mesmo em tempos de crise, o Estado receberá um bom apoio financeiro,
neste e nos próximos meses. Inicialmente, estão programados para receber dos
cofres da União, através de recursos emergenciais liberados através de lei
aprovado pelo Senado (o projeto volta à Câmara para nova votação, algo em torno
de 426 milhões de reais. Pelos números oficiais, temos 1 milhão e 770 mil
habitantes e a cada um estão reservados 246 reais e 71 centavos. Portanto, só
nessa liberação que beneficiará todos os estados brasileiros e Distrito
Federal, Rondônia receberá um total de 438 milhões 450 mil reais. Nos próximos
seis meses, como estará livre de pagar a dívida mensal do Beron (17 milhões de
reais/mês), ainda permanecerão nos cofres do Estado aproximadamente mais 102
milhões de reais. Ou seja, durante a crise da pandemia e daqui até outubro, os
cofres estaduais, emagrecidos pela diminuição da arrecadação, serão engordados
com pelo menos 540 milhões de reais, que não estavam computados nas previsões
orçamentárias. Por enquanto, as perdas em impostos e tributos, em função da
paralisação da economia, já superaram os 12 por cento. Podem duplicar, caso o
isolamento permaneça por longo tempo. Será, portanto, muito bem vindo o mais de
meio bilhão de reais que Rondônia receberá emergencialmente, na crise do
corona vírus.
Da mesma forma, todas as 52 prefeituras rondonienses receberão recursos
federais do fundo emergencial de mais de 125 bilhões, autorizados neste sábado,
em votação virtual no Congresso. Porto Velho será a cidade melhor aquinhoada,
recebendo praticamente 30 por cento de toda a verba liberada nessa primeira
fase. No total, o prefeito Hildon Chaves terá a disposição nada menos do que 84
milhões 546 mil reais. A segunda maior cota será para Ji-Paraná, com 20 milhões
e 590 mil. Depois vem Ariquemes, com 17 milhões e 221 mil e na quinta
posição está Vilhena, com 15 milhões e 842 mil e depois Cacoal, com 13
milhões e 628 mil. A cidade rondoniense que receberá o menor valor será
Pimenteiras, com 346 mil e 300 reais. Os recursos serão distribuídos de acordo
com a população e boa parte deles deverão ser utilizados para programas de
combate ao corona vírus. O dinheiro servirá para recompor perdas com a
arrecadação das cidades, onde o trabalho praticamente parou e o isolamento social
causa, como maior efeito colateral, o risco da quebradeira geral das empresas.
Aliás, em Porto Velho a situação não é diferente da grande maioria das capitais
brasileiras, que estão perdendo muita arrecadação, por causa do isolamento
social e os males que ele causa à economia, como um todo. A distribuição da
verba depende ainda de aprovação na Câmara Federal.
DIA D PARA PROJETO DE DESCONTOS À ENERGISA
A terça-feira, caso não haja alguma mudança de última hora na pauta,
será decisiva para o projeto do Executivo que dá descontos de multas e juros de
dívidas de grandes empresas de Rondônia, destacando-se a Energisa. A empresa,
ao comprar a Ceron, assumiu uma dívida de mais ou menos 2 bilhões de reais.
Grande parte desses valores está judicializado. A Energisa propôs pagar tudo
numa vez só, mas com até 85 por cento de descontos nas multas e juros.
Entregaria ao Estado, de uma só vez, 750 milhões de reais, 25 por cento dos
quais iria para os municípios. Na Assembleia, num levantamento não oficial,
ficou claro que a maioria dos parlamentares não concorda com a proposta, ainda
mais nesse momento. O deputado Adelino Follador, presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, convocou uma reunião para a manhã desta terça, quando o
assunto será votado. Á tarde, o projeto deve entrar na pauta da sessão
ordinária. No final do dia, já se saberá qual a conclusão para esse complexo
tema.
AINDA PRECISA TER ELEIÇÕES?
Agora sim, virou o samba do crioulo doido ou, para falar politicamente
correto, o samba do afrodescendente que sofre das faculdades mentais! Parece
que há uma sucessão de brincadeiras com a população e com os empresários, ainda
mais nesse momento de pânico que todos vivemos.
Numa dia, a
Justiça decide que todas as empresas devem fechar, menos os serviços
essenciais. No outro dia, quando não horas depois, outra instância dá parece
completamente oposto. Governadores e prefeitos não apitam nada. Foram eleitos
democraticamente apenas como objetos de decoração. São alguns membros do
Ministério Público, da Defensoria Pública e do Judiciário quem estão no comando
dos Municípios, do Estado e do País. Há uns dias o decreto de calamidade
pública assinado pelo governador Marcos Rocha valia. Horas depois, numa
madrugada, não valia mais. Na tarde do outro dia passava a valer de novo.
Agora, nova decisão na Justiça Federal diz que o que estava autorizado não está
mais. É esse o país que queremos? E essa a democracia que queremos? O correto,
se as respostas forem sim, é se acabar com tanta eleição, com a gastança que
ela representa para fingirmos democracia e indicar magistrados e membros do MP
para comandarem o Brasil. Daí ,está tudo resolvido. Pelo menos a população
não fica de joguete em torno dessas decisões.
SEAS TEM PROJETOS SOCIAIS PARA MAIS POBRES
A secretária da SEAS, Luana Rocha, está aguardando a votação de projeto
importante que tramita na Assembleia, para a implantação de programas
emergenciais na área da assistência social, durante a pandemia do corona vírus.
Um dos projetos é o de Transferência de Renda Temporária, para utilização em
casos de emergência ou calamidade pública, como agora. Também fazem parte do
pacote o Programa Renda Básica da Cidadania e o Programa Aluguel Social. Da
mesma forma, estão no projeto Programas de benefícios eventuais, no âmbito do
SEAS, decorrentes ou agravados por nascimentos, mortes, vulnerabilidades
temporárias e calamidade pública ou emergência. Todo o pacote está tramitando
desde meados de abril nas comissões da Assembleia e já chegou à Comissão de
Constituição e Justiça. O governador Marcos Rocha diz que aguarda ansioso a
aprovação das medidas, para poder começar a implementá-las de imediato. Segundo
ele, a ideia central é beneficiar o maior número de rondonienses mais
necessitados, que estão vivendo dias ainda mais difíceis durante essa crise da
Covid 19.
HOSPITAIS: NEGOCIAÇÕES CONTINUAM
Segundo informação vinda da Sesau, é difícil de que o contrato do
Estado com o Prontocordis seja assinado de imediato.. As conversações
prosseguem, mas há ainda dificuldades, principalmente por causa de cláusulas do
contrato que não estão bem claras, segundo da direção do hospital. Numa
reunião do último sábado, as dúvidas foram postas na mesa e agora depende da
Secretaria a resposta, para que o acordo possa se adequar, respondendo as
questões levantadas pelo comando de um dos mais respeitados hospitais de
Rondônia. Nessa semana, o assunto deve ser definido. A Sesau ainda considera
que essa seria a melhor e mais rápida solução para o momento de
emergência que estamos vivendo, já que hospital tem toda a estrutura pronta
para atender infectados, inclusive equipes médicas. De outro lado, cresce
ainda, com uma chance de 70 a 80 por cento de dar certo, a compra da
Maternidade Regina Pacis pelo governo do Estado, num negócio de 12 milhões de
reais. O hospital atenderia, durante a pandemia, apenas casos de Covid 19.
Depois, quando tudo voltasse ao normal, seria a Maternidade Estadual, liberando
toda a ala que existe hoje no Hospital de Base. Nas próximas horas podem surgir
novidades..
NOTA DIZ QUE NEGOCIAÇÃO PROSSEGUE
Durante a tarde desta segunda, a direção do Hospital Prontocordis emitiu
uma nota oficial sobre o assunto, em que nega que tenha qualquer preocupação
com eventuais atuações de órgãos fiscalizadores, como confirma que as
negociações ainda não foram encerradas. “Em relação à nota vinculada na
imprensa, em que o Hospital Prontocordis está temeroso no aluguel de parte
deste prédio para o Estado de Rondônia, informamos o seguinte: - Este hospital
não tem medo de assinar o contrato com o Estado de Rondônia, porem não
concordou com algumas cláusulas, apenas se resguardando juridicamente, uma vez
que o contrato faz lei entre as partes; o Hospital realizou alguns apontamentos
que já foram apresentados ao Estado de Rondônia e mantemos a negociação da
forma mais transparente possível, pois uma vez o contrato assinado, o
cumpriremos na íntegra; vale ressaltar, ainda, que o Hospital Prontocordis
presta serviço há 40 anos na cidade de Porto Velho e zela pela qualidade. A
Direção”.
PAI E FILHO MORREM PELA COVID 19
No dia 2 de abril passado, Rondônia registrava apenas nove casos de
contaminados pelo corona vírus e nenhum óbito. A partir dali, o número foi
crescendo, ao ponto de, nessa segunda, o dia encerrar com 756 pessoas com a
doença e nada menos do que 25 óbitos, num percentual de 3,3 por cento de
falecimentos. Pelo menos 82 doentes estão internados. Os infectados e que se
curaram chegam a 154 pessoas ou 20,3 por cento do total de todos os que foram
afetados pela doença. Entre os casos fatais, dois deles enlutaram Guajará
Mirim. Almir Candury, empresário e político, que dedicou praticamente toda a
sua vida à cidade, morreu na semana passada. Nessa segunda, seu filho, Flávio,
também pereceu com a Covid 19. A grande maioria dos que morreram era de pessoas
com mais de 60 anos. Há ainda, pelas ruas, muitos idosos andando, vários deles
sequer sem a proteção de máscaras.
ROLANDO NA PF DE RONDÔNIA
O novo superintendente da Polícia Federal de Rondônia, delegado Rolando
Alexandre de Souza, tem uma importante ligação profissional com Rondônia.
Quando atuou aqui, na Superintendência da PF, Rolando era o responsável pelo
Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos. Chefiou ainda a divisão de
combate a crimes financeiros. O novo comandante geral da PF foi nomeado pelo
presidente Jair Bolsonaro depois que o delegado Alexandre Ramagem, que seria o
preferido do Planalto, foi proibido de assumir por decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do STF. A alegação foi a ligação muito próxima de Ramagem
com o Presidente e sua família. Ao invés de recorrer, Bolsonaro nomeou Rolando
de Souza, uma espécie de braço direito de Ramagen, que permaneceu no comando da
Abin. O novo chefe da PF já começou a trabalhar imediatamente.
PERGUNTINHA
O que mais está incomodando você: a crise sem fim do corona vírus ou a
crise sem fim da política brasileira?
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