Terça-feira, 1 de novembro de 2022 - 06h00
O SUOR FRIO AINDA PERCORRE NOSSA ESPINHA! VOLTAMOS AO PASSADO, MAS TEMOS
QUE RESPEITAR AS URNAS
Em primeiro lugar,
que se respeite o resultado democrático das urnas, mesmo que um suor frio
percorra nossa espinha e nossa fronte. Lula ganhou a eleição. Ganhou apertado.
O resultado manteve o Brasil rachado ao meio, mas ele ganhou. Esta questão,
portanto, não pode ser posta em dúvida. Mas e o Brasil, ganhou ou perdeu?
Depende de quem analisa. No caso deste blogueiro, há convicção de que o país
perdeu feio. Perdeu não só para os próximos quatro anos, mas talvez para toda
uma geração. Vamos retornar ao populismo, à economia de Estado, à educação
aparelhada; à internacionalização da Amazônia; ao fim do sonho do asfaltamento
da BR 319 que liga Porto Velho a Manaus; às invasões de propriedades. Por 2
milhões e 100 mil votos a mais, entramos no túnel do tempo, para retornar a um
projeto de governo que, decididamente, não deu certo. Vamos reviver a República
Sindicalista, as retrógradas leis trabalhistas, aos confrontos entre capital e
trabalho; ao medo dos investidores de manterem seus capitais num país socialista
e ao sonho de que a esquerda se renovou, quando, na verdade, ela jamais se
renova. É sempre a mesma. Há uma insegurança generalizada com relação à nossa
economia e o que será dela, mas, principalmente, em relação ao emprego, onde
estávamos crescendo a uma média mensal de 250 mil novos postos todo o mês e
que, com a insegurança gerada pela eleição de Lula, pode sucumbir em poucas
semanas, já que o empresariado teme investir e contratar mais.
Deve-se contestar a
vitória de Lula? De jeito nenhum. Ela foi normal, dentro de um sistema
democrático onde a troca de governantes é absolutamente algo dentro das regras
do jogo. Mas então, pode-se lamentar? Ah, isso sim. Sem violência, sem
descumprir nossa Constituição (como o fizeram alguns ministros do STF e do TSE)
mas sim, pode-se lamentar, cobrar, exigir que o Brasil não volte aos trilhos do
subdesenvolvimento e da politicagem barata. Mas não mais que isso. Fechar
rodovias, como fizeram caminhoneiros em várias regiões do país, não é ser
democrático. A metade do Brasil que perdeu a eleição para Presidente, não se
pode esquecer, elegeu as maiores bancadas conservadoras, tanto na Câmara
Federal quanto no Senado. O que se tem que fazer é cobrar desses eleitos que
cumpram seu papel, fiscalizando e não permitindo que o novo governo transforme
nosso país no terror do que é a Venezuela e do que estão se tornando alguns dos
nossos vizinhos. O Brasil que tinha chance de ir em frente ficou pelo caminho.
Mas o atraso é apenas um percalço na longa história de desafios para os brasileiros.
Vamos em frente. Daqui a quatro anos, podemos mudar tudo de novo, se Lula não
for (de novo) um bom Presidente.
ROCHA: COM SIMPLICIDADE, TRABALHO E APOIOS QUENTES, MERECEU A REELEIÇÃO
Não se pode ignorar
a grande vitória, merecida vitória, do governador Marcos Rocha, reeleito para
mais um mandato de quatro anos. Mesmo enfrentando um adversário poderoso, que
está na política há muito mais tempo, o senador Marcos Rogério, Rocha ganhou
muito bem a disputa, mostrando o que fez, destacando suas realizações e os
avanços do nosso Estado sob seu comando, além, é claro, de fazê-lo com respeito
e humildade. Foi uma lição de como se ganha uma eleição aos poucos, comendo a
sopa quente pelas beiradas, sem afrontar, sem exagerar. A vitória se deveu muito,
claro, à postura serena do Governador, sempre evitando confrontos, ataques,
tons acima do permitido. Mas deveu-se muito também à sua capacidade de
aglutinar tantas lideranças em torno do seu nome. Rocha ganhou a eleição
principalmente em Porto Velho, onde seus maiores parceiros, o prefeito Hildon
Chaves e a primeira dama, a deputada estadual eleita Ieda Chaves entraram, com
seus grupos políticos, de corpo e alma na campanha. Registre-se ainda o apoio
fundamental do presidente da Assembleia, Alex Redano e de sua esposa, a
prefeita de Ariquemes, Carla Redano; dos deputados federais eleitos e reeleitos
Lúcio Mosquini, Thiago Flores, Maurício Carvalho, Cristiane Lopes e Jaqueline
Cassol, entre outros. Mas deve ainda um agradecimento muito especial à deputada
federal Mariana Carvalho, um nome quentíssimo, que certamente ajudou muito na
reeleição.
LUANA, JÚNIOR E FERNANDO MÁXIMO: TRIO DE PESO FUNDAMENTAL PARA A VITÓRIA
DE ROCHA
Há, por questão de
justiça, que se destacar ainda gente da equipe de Rocha que, com sua atuação, o
ajudou muito nesta batalha pela reeleição. Há vários personagens que mereceriam
citação, mas três nomes em especial. O primeiro deles é o da primeira dama e
secretária da SEAS, Luana Rocha. Ela apareceu no cenário da política em 2018,
como candidata a deputada federal, para ajudar o marido, que então concorria ao
governo na onda bolsonarista, surgido apenas da vontade do atual Presidente da
República em lançá-lo em Rondônia. No começo, todos diziam que as chances de
Rocha eram zero, até vê-lo tornar-se governador. Luana sempre esteve junto. Não
só no comando da família, mas ainda com atuação destacada na área social, onde
criou uma dezena de muito bem sucedidos programas sociais. Outro personagem,
também muito importante, foi o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves.
Aparentemente sem experiência política anterior, Júnior se mostrou um
articulador de primeira, conseguindo reunir no entorno do projeto de reeleição
de Rocha alguns dos mais importantes nomes da política rondoniense, incluindo
prefeitos, deputados estaduais e federais. O terceiro personagem é Fernando
Máximo, seu ex-secretário da saúde, eleito deputado federal com mais de 85 mil
votos. Com essa votação quase inacreditável, não é preciso dizer mais nada,
sobre a importância de Máximo no contexto da reeleição do seu ex-chefe.
COMEÇA O QUEBRA CABEÇA PARA APROVEITAR TANTOS NOMES QUENTES QUE APOIARAM
O PROJETO
Começa agora a
montagem do time de Marcos Rocha, para um segundo mandato. Tudo ainda é
embrionário, porque recém fecharam as urnas, mas as conversas já começaram. Não
se sabe ainda quem irá para onde, mas há nomes quentíssimos, claro, para os
próximos quatro anos. Além de Luana, Júnior e Sérgio Gonçalves, o
vice-governador eleito, que certamente estarão no primeiro escalão, Rocha precisará
acomodar seus novos aliados, como os deputados federais Léo Moraes e Jaqueline
Cassol. Ouve-se que Léo poderia ter espaço na área da segurança, enquanto a
Jaqueline se ouviu que poderia ocupar um posto no Detran (onde já foi diretora
no governo do seu irmão, Ivo Cassol). Outro personagem quentíssimo da política
rondoniense que, se quiser, terá espaço no novo mandato de Rocha será o
ex-deputado Carlos Magno, que também o apoiou na reta final do segundo turno.
Mariana Carvalho toparia assumir a Secretaria de Saúde, caso fosse convidada?
Essa especulação já se ouve pelos bastidores da política. Enfim, tudo isso é
exercício de futurologia. Mas que as conversas já começaram, isso sim, se pode
afirmar com segurança!
PARCEIROS DE PRIMEIRA HORA TIVERAM ATUAÇÃO DESTACADA NA BATALHA PELA
REELEIÇÃO
Teve muito mais
gente que deu duro, trabalhou ininterruptamente, utilizou seus talentos, seus
seguidores, seus amigos e parceiros, para ajudar de todas as formas possíveis na
batalha pela reeleição de Marcos Rocha. Parceiros de primeira hora, não há
dúvida de que o séquito de rondonienses que acreditaram num novo mandato para o
Governador foi muito grande. Um destes colaboradores chegou a brincar, dizendo
que seria preciso uma espécie daquelas listas telefônicas antigas, para se
colocar todos os nomes, tanto em Porto Velho quanto em todos os demais 51
municípios, que também fizeram a sua parte. Entre toda essa gente, houve alguns
destaques. Um deles, o líder empresarial Chico Holanda, que inclusive fez sua
estreia na política, disputando uma cadeira à Assembleia Legislativa. Chico,
aliás, destaca outros nomes importantes no pacote do grupo que, junto com ele,
não poupou esforços para que se atingisse o bom resultado das urnas, como o
agora vice-governador eleito, Sérgio Gonçalves. Também há que se citar o irmão
do Governador, Sandro Rocha, nesta parceria que deu importante contribuição
para que o objetivo fosse alcançado. Marcos Rocha, aliás, fez um agradecimento
especial tanto a esses apoiadores como a milhares deles, Rondônia afora.
DELEGADO DA PF DÁ SHOW NAS URNAS E GANHA FÁCIL A PREFEITURA DE VILHENA
Foi uma vitória
muito fácil nas urnas. Nunca uma eleição em Vilhena teve uma diferença tão
grande de votos. Na disputa pelos próximos dois anos de mandato da Prefeitura
de Vilhena, o delegado Flori Cordeiro de Miranda, do Podemos, foi eleito com
mais de 64 por cento dos votos. Somou 30.111, contra apenas 17.575 da sua única
adversária, a ex-prefeita Rosani Donadon. Até a sexta-feira, Flori iria
concorrer sub judice, mas o TRE rondoniense resolveu a questão, decidindo sobre
um pedido de impugnação da sua candidatura pela coligação liderada por Rosani,
Por sete votos a zero, foi decidido que o candidato estava apto a disputar o pleito.
Não deu outra. Quando os resultados das urnas começaram a apresentar os
resultados (lá, o senador Marcos Rogério foi o mais votado para o governo e
Jair Bolsonaro ficou bem à frente de Lula) começou a surpresa, com a votação
expressiva de Flori. O delegado da PF, cara nova na política de Vilhena,
enfrentava um dos nomes da poderosa família Donadon, acostumada a vencer várias
eleições na cidade. Ganhou fácil. Espera-se agora que conclua seu mandato,
coisa que seus recentes antecessores não o fizeram. Ou foram cassados por mal
feitos ou por irregularidades de documentação junto à Justiça Eleitoral.
INCOMPETÊNCIA PARA GANHAR A ELEIÇÃO CAUSA FECHAMENTO DAS RODOVIAS. É
DEMOCRÁTICO?
Não foi só em
Rondônia. Rodovias de todo o país foram fechadas, desde o início da noite do
domingo, quando se confirmou a vitória nas urnas do ex-presidente Lula, por
centenas de caminhoneiros. Eles fazem um protesto contra a vitória do
ex-Presidente que volta ao poder. Ué? Quer dizer então que a eleição só teria
validade se Bolsonaro vencesse? Onde estavam os caminhoneiros quando a campanha
andava e o candidato deles apareceria atrás em praticamente todas as pesquisas?
Não teria sido mais correto batalhar para eleger o nome que apoiavam do que,
depois do resultado negativo, sair pelo país, fazendo manifestações que não são
democráticas? Claro que a eleição de Lula foi ruim para metade do Brasil. Mas,
não esqueçamos, está sendo comemorada pela outra metade, que, aliás, conseguiu
2 milhões e 100 mil votos a mais. Se faltou competência para os apoiadores de
Bolsonaro, que fez um bom governo, em convencer mais gente para votar nele, que
culpa tem aqueles que querem ter o direito de ir e vir por nossas estradas
garantido? Aqui em Rondônia, as BR 364 e 421 foram fechadas em vários trechos,
numa demonstração de força desnecessária. Que os apoiadores do atual Presidente
ou de qualquer candidato que apoiem, na próxima eleição, tenham mais
competência. Daí ganham a eleição e não precisam atrapalhar a vida dos
outros.
SEQUESTRO QUE COMEÇOU EM PORTO VELHO HÁ 34 ANOS VAI VIRAR UMA
SUPERPRODUÇÃO PARA O CINEMA
Um evento que
começou em Porto Velho, mas acabou se tonando uma história nacional, vai virar
vai virar uma superprodução do cinema brasileiro. E certamente será um grande
sucesso. Vai retratar o sequestro do voo 375 da Vasp, hoje extinta, que saiu do
aeroporto internacional da Capital rondoniense para o Galeão, no Rio, mas foi
desviado primeiro para Brasília e depois para Goiânia, onde o sequestrador,
depois de matar o copiloto e ferir o piloto, foi baleado pela Polícia
Federal e morreu três dias depois. O caso aconteceu em 29 de setembro de 1988,
quando Raimundo Nonato Conceição entrou armado na cabine dos pilotos e mandou
que a aeronave, com mais de 100 passageiros, fosse desviada para Brasília. A
intenção do criminoso era jogar o avião contra o Palácio do Planalto, para
tentar matar também o então presidente José Sarney. Mesmo com o copiloto
assassinado, o piloto conseguiu ludibriar o sequestrador, avisar a polícia e
descer em Goiânia. Lá, Raimundo Nonato exigiu um avião de pequeno porte para
fugir, mas acabou baleado. O filme será dirigido por Marcus Baldini, que
dirigiu, entre outras produções, o filme Bruna Surfistinha, grande sucesso do
cinema nacional. As filmagens começam em breve.
CANCELADO DECRETO DE CONFÚCIO QUE CRIOU ÁREA DE PRESERVAÇÃO SOLDADO DA
BORRACHA
Dois dias antes da
eleição do segundo turno, o governador Marcos Rocha assinou um decreto que o
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alex Redano, chamou de
“histórico”. Rocha revogou decreto assinado em 2018, pelo então governador
Confúcio Moura, pouco antes de deixar o cargo, criando onze novas zonas de
proteção ambiental em Rondônia. O novo decreto assinado na sexta-feira, dia 28,
revoga o anterior, de Confúcio, mas apenas sobre a chamada Estação Ecológica
Soldado da Borracha. Para o cancelamento da decisão de Confúcio, o governador
Marcos Rocha alegou várias irregularidades no decreto original. A principal
delas: há, naquela área, mais de 700 propriedades, com toda a documentação,
que, para que o local seja liberado para fins de preservação, teriam que ser
indenizadas e nunca o foram. O atual governo rondoniense diz que não tem os 3
bilhões e 200 milhões de reais necessários para a indenização. Agora,
certamente, a questão será judicializada. Com a eleição de Lula, contudo, que
já avisou que quer a Amazônia intocada, não se sabe qual será o destino das
centenas de famílias que moram e vivem da terra na “Soldado da Borracha”. Mas,
enquanto valer o decreto de Rocha, a transformação em área de preservação está
suspensa.
PERGUNTINHA
Com a eleição de Lula, você acha que o Brasil vai caminhar para um
futuro de progresso e desenvolvimento ou corre o risco de venezuelização?
Não é exato como um bom relógio, mas numa conta simples, faltam pouco mais de 144 horas para que Porto Velho tenha um novo Prefeito. Léo M
Há milhares (milhões até) de mensagens de Natal e Ano Novo. Praticamente todas falam em paz. Em reencontros. Em amor verdadeiro. Mas há al
Que se engane quem quiser, mas nosso Brasil anda célere para trás, com tantos recordes lamentáveis
Claro que o Brasil vai de bom a muito melhor, na visão distorcida dos fanáticos; dos cegos pela ideologia, que fazem de conta que não enxe
A podridão toma conta de parte do mundo político e chega à instituições que deveriam nos proteger. A associação com o crime, com as facçõe