Segunda-feira, 11 de setembro de 2023 - 14h32
Estamos em setembro de 2.023 e
o Brasil segue em crise no mundo industrial e tecnológico, desde mais de
07(sete) anos com pouco debate sobre isso, um tema tão importante para o
posicionamento estratégico no mundo da geopolítica, mas no campo do agro, ainda
estamos muito bem, graças a investimentos, trabalho, conceito forte de famílias
dedicadas a agricultura e a pecuária em mais de 2 milhões de propriedades
produtivas espalhadas pelo Brasil.
Qualquer pessoa com mais de 18
anos, que tenha o segundo grau, saiba ler e escrever, e também, muitos que não
tem letras formais, entretanto são de uma tremenda sabedoria, aprenderam a ter
visão de mundo, vivendo experiências; todos, enfim, entendem que o setor da
economia rural está salvando a balança comercial nacional desde 2.010 e que
quanto mais o governo puder proteger e ampliar benefícios relacionados com a
titulação e a regularização fundiária, bem como manter ou elevar incentivos
fiscais poderemos ter continuidade.
Governo também precisa balizar
mais suas diretrizes em relação a correta e ordeira fiscalização de excessos
que logico, acontecem em qualquer âmbito comercial.
O que se vê desde meados do
ano passado com o processo eleitoral e seus resultados promulgados em novembro
de 2.022 até ontem é que divisões ideológicas politicas e o enfrentamento
irresponsável de “lideres” estão criando semana a semana um ambiente hostil a
manutenção de resultados e lógico afastando investidores nacionais e
internacionais em projeto em curso e mesmo em novos projetos.
Tá passando da hora dos
verdadeiros lideres nacionais remontar a mesa do dialogo e da unidade nacional
em prol do desenvolvimento do Brasil, os palanques de 2014, 2026, 2028, 2020 e
2022 precisam ser desmontados ontem para que todos possam vislumbrar saídas e
resultados para resolver a crise que se instalou e que muitos teimam em não
ver, não aceitar e não trabalhar em cima de saídas.
Por exemplo, ficando no
contexto regional de MT, RO, AC e AM – sul da região amazônica, eu mesmo
escrevi em 2022 o livro PROPOSTAS PARA A REGIÃO DE FRONTEIRA onde
destaco o poder da economia rural no eixo da rodovia federal BR 364 que nasce
em Limeira (SP) e finda nos limites do estado do Acre com o Peru. Uma bela
saída para o comercio andino.
Os dados gerais de 1/3 da
economia do Mato Grosso passa pela BR 364, somando-se com 100% do PIB de
Rondônia e do Acre e uma parcela também da economia do sul geográfico do estado
imenso do Amazonas.
Estamos falando de um PIB
regional de aproximadamente R$ 136 bilhões de reais ao ano.
Chamo isso de economia de
fronteira onde você também pode ampliar para a Bolívia na medida em que a
capital porto velho (portos fluviais privados e publico interagem com o agro e
outros setores da economia há pelo menos 50 anos).
O corredor de produção e
prosperidade que promove o sustento de mais de 216 mil famílias nessa
região jamais deve ser desprezado pelas autoridades constituídas, nem pelos
seus representantes temporários (políticos) e nem pelos seus empreendedores e
investidores locais e nacionais.
Trata-se de sonhos de vidas
inteiras dos chamados pioneiros das décadas de 50, 60 e 70 que minimamente
merecem ser honrados em seus esforços e sua memória, bem como para nós que
estamos vivos, uma questão de honra e de valores trabalhar com seriedade a
manutenção e a garantia do futuro dos nossos filhos e netos para os próximos
anos.
É um momento muito importante
que empresários, lideres de verdade do mundo político, trabalhadores,
estudiosos, pesquisadores, comerciantes, produtores rurais possam observar o
passado recente, os dias atuais e agir positivamente para que essa economia
verde, essa economia da produção nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e
parte do Amazonas possamos encontrar juntos essas saídas.
É urgente que a classe dos
empresários, dos trabalhadores, de políticos e de outros interessados realmente
em melhoria de cenário colimem projetos e ajustem recursos físicos, humanos,
financeiros e legais para salvaguardar nosso estilo amazônico de viver.
As soluções estão conosco, no
meio de nós, nunca em outros países ou em outros corações que não conhecem
nossas matas, nossas estradas, nossas cidades nem nossos rios e nossa vida animal.
Gente trabalhadora e
produtora, gente da Amazônia, uni-vos para resguardar os dias que estão à nossa
frente, vamos ao diálogo e a urbanidade que uma economia consolidada e eficaz
precisa; afinal de contas, desde sempre, estamos no mesmo barco.
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