Segunda-feira, 21 de outubro de 2024 - 18h05
A
reunião chamada de 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças
Climáticas, ou como queira chamar de COP-29 será nos dias 11 a 22 de novembro
na cidade de Baku, capital do Azerbaijão. Em meados de agosto já se via muita
movimentação para esse encontro que, naturalmente precede a COP-30 que será em
Belém (PA) aqui no Brasil daqui a 12 meses. Este ano, em meio as guerras,
acontecimentos climáticos em toda a parte, dando evidencias que esses eventos
de “petit comitê” acontecem desde 1992, e, novamente, terá como sede um
país onde a indústria petrolífera é relevante – veremos, possivelmente mais um
“fracasso” quando a ciência procura ser ouvida pela política e pelas empresas
multinacionais. Alguns, inclusive, se referem ao país como o “berço da
indústria moderna dos combustíveis fósseis”. Falando de Baku no Azerbaijão.
O
Azerbaijão é um país de maioria muçulmana, localizado entre o leste europeu e o
oeste asiático (na região do Cáucaso). Tem aproximadamente 10 milhões de
habitantes e uma economia baseada, principalmente, na exportação de petróleo e
gás natural.
A
indústria petrolífera representa quase a metade do PIB do Azerbaijão e
corresponde a mais de 90% das exportações, segundo a Folha de São Paulo.
Se
você ainda não tem alguns dados, vamos te passar agora. Em 2023, as emissões
globais de dióxido de carbono (CO2) relacionadas à produção de energia
atingiram um novo recorde de 37,4 bilhões de toneladas, um aumento de 1,1% em
relação a 2022. O aumento foi desacelerado em relação a 2.022, quando as
emissões de CO2 cresceram 490 milhões de toneladas.
Apenas
por ai você já deve imaginar o tamanho dos desafios dessas reuniões durante
esses 12 dias. Dentre inúmeros temas, a Conferência deve manter foco nas pautas
de cumprimento do Acordo de Paris, além da urgência de ações de contenção das
mudanças climáticas e das opções de financiamento para a crise climática
global. Talvez você, também imagina porque a escolha do Azerbaijão como sede da
COP-29 esse ano. Realmente essa escolha ainda em 2023 motivou indagações de
muitos ativistas climáticos e ambientalistas sobre o processo diplomático da Convenção-Quadro
da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para escolher as sedes dos eventos. Esta
é a terceira vez consecutiva que a COP acontecerá em um país supostamente
autoritário, com um histórico negativo relacionado aos direitos humanos. Por
outro lado, o Azerbaijão investe em energia limpa e aponta redução do uso de
combustíveis fósseis. Além disso, o Azerbaijão é também membro da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Com
eventos tão severos do lado climático e também do lado econômico recente, em
função dos embates entre vários países no planeta e, por assim dizer, uma
“guerra fria” entre extremistas de direita e de esquerda em vários países na
América e na Europa, desde no mínimo os últimos sessenta meses, assuntos de caráter
estratégico e de dimensões globais sempre ficam para depois. Dessa forma, o que
esperar da COP-29?
Segundo
os melhores analistas, em suas posições (entrevistas e webinario) e editoriais
e artigos (textos escritos) desde junho e julho desse ano, o financiamento
climático deve ser um dos assuntos mais importantes na pauta da CO-P29, a
exemplo do que aconteceu na COP-28, em Dubai no ano de 2022. Isto porque muitos
países dependem de iniciativas externas para o financiamento de suas ações de
mitigação das mudanças climáticas.
Quero
citar aqui, por exemplo a declaração de Maria Netto, diretora-executiva do
Instituto Clima e Sociedade (iCS), em entrevista ao Valor, declarou que alguns
avanços das discussões a respeito do financiamento climático que serão feitos
no G20 (bloco econômico presidido pelo Brasil neste ano) terão reflexo na
COP29. “Uma das principais expectativas para a COP29 é sair do encontro com um
acordo que possa dar bastante certeza ao mundo de que há uma ambição financeira
que permita aos países mudarem suas políticas e entrarem em uma trajetória de
baixo carbono”, apontou a especialista.
Na
verdade, o que vemos é que todos tem sistemas e ideias e metodologias para que
os outros países não industriais e do chamado terceiro mundo ou ainda de
“Países emergentes” não explorem seus recursos, mas os países do primeiro mundo
e os ditos ricos, detentores das matrizes de energia, ainda não conseguem
realizar os investimentos necessários, ou realizar os pagamentos por serviços ambientais
para a manutenção das florestas, como no caso da Amazonia. Esse tema se arrasta
há 16 anos.
Outro
tema extremamente estratégico que deve estar no topo das deliberações na COP29
é a coisa da tal de transição energética; especialistas no assunto apontam a
transição energética como a única opção viável para reduzir as emissões dos
gases de efeito estufa (GEE). De fato, a produção de petróleo é a principal
fonte de emissões de gases de efeito estufa e, portanto, é o primeiro problema
que a ONU se propõe a resolver. De mão do rastelo nesse árido sistema de freios
e contrapesos, o presidente da COP-29 declarou recentemente que, mesmo os novos
governantes (esse ano de 2.024 temos eleição presidencial em vários países)
deverão seguir os compromissos assumidos pelos antecessores. “Mesmo que
sejam formadas novas administrações, elas enfrentarão a mesma necessidade de
reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e de combater o aquecimento
global”, disse Babayev.
O
presidente desta COP-29 teve sua carreira profissional na Socar, uma estatal
petroleira do Azerbaijão, declarou no final do mês de agosto desse ano que os
planos para atingir a meta do Acordo de Paris devem ser o melhor foco em
novembro.
Bom,
eu não sou cientista com grandes conhecimentos físicos, matemáticos, biológicos
ou naturais, nem político ou mesmo um grande ou um mega empresário, mas as
ciências sociais (economia) e o fato de caminhar para meus 54 anos de idade, me
diz que nem na COP-30 teremos solução rápida para os problemas que se arrastam
no planeta desde 1.989. E são graves esses problemas climáticos.
Como
diz um pregador católico amigo meu, (...) “por mais que a gente pinta, perfuma,
empresta glamour e “vende” cenários de ilusão, o mundo repousa no maligno e,
realmente, não há nada de novo debaixo do céu – tudo é sempre a mesma repetição
por ignorância e pecado (...)”; mas eu também digo que com tanta aceleração
tecnológica desde o começo desse milênio, tanta revolta social, tanta
desinformação proposital e uma competição ignóbil, em breve não termos é nada
mesmo debaixo do céu. Aos bons entendedores, entendam.
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