Quarta-feira, 28 de outubro de 2020 - 10h42
Há quase trinta anos resido em Rondônia e por aqui,
e por outras bandas da nossa amada Amazônia, eu ouvi centenas de vezes muita
gente grande e as miúdas também, falando sobre a importância de uma estrada
ligando a capital de Rondônia à capital do Amazonas; mas apenas nesse governo
atual é que estamos realmente vendo algo ocorrer nesse sentido.
Quando você, caro amigo e caríssima amiga, leitores
desta coluna, puder olhar no mapa pelo facilitador Google o trajeto que liga
Porto Velho (RO) até Manaus (AM) poderá ver que são pouco mais de 900 km de
perímetro mata adentro e que certamente é um desafio conciliar o progresso humano
e uma moradia agradável e uma produção de alimentos com regras e de acordo com
as leis federais atualmente de proteção do bioma.
Digo isso porque, em meu novo livro PROPOSTAS PARA O BRASIL DA PRÓXIMA DÉCADA eu
falo, comento e procuro divulgar idéias, projetos e propostas para que o
Estado, as empresas e a sociedade civil possam unir esforços para a execução
nos próximos dez (10) anos de mudanças sociais e econômicas que tragam
melhorias para o maior número de famílias possível.
Uma dessas propostas é a construção de 07(sete)
cidades sustentáveis onde 40 mil famílias poderão ser assentadas em
Núcleos Urbanos integrados com lotes de até 150 hectares para a produção
agrícola e pecuária com modelos sustentáveis de exploração dessas áreas.
Ainda com um olhar de parcerias públicas e
privadas, os orçamentos para as edificações dessas unidades de moradia e de
produção devem ser custeadas pela União, pelos dois estados, no caso o Amazonas
e o estado de Rondônia e os excedentes dessa produção centrada em cooperativas
organizadas pelos moradores e produtores rurais assentados será comercializada
preferencialmente nas cidades do perímetro da BR 319 bem como nas duas
capitais, no caso Porto Velho e Manaus que juntos tem mercado de consumo da
ordem de mais de 3 milhões de pessoas, podendo em dez (10) anos alcançar mais
30% desse número atual.
O futuro impõe ao
sul da Amazônia estratégias pensadas agora, portanto essa proposta e outras
registradas no meu novo livro entre outras já conhecidas do público acadêmico,
técnico e empresarial, podemos promover o amplo debate para a devida
transformação em programas e projetos e ações finalísticos para o pleno
desenvolvimento social, econômico, ambiental e sustentável dessa porção do
Brasil.
Os valores financeiros e orçamentários para abraçar
um plano desse porte deverão alcançar aproximadamente
R$ 2 bilhões de Reais e trazer oportunidades de desenvolvimento sustentado
em práticas limpas de produção e ocupação do bioma da Amazônia com
benefícios diretos a mais de 20 mil famílias que façam sua livre
adesão ao projeto.
A organização deste projeto audacioso requer um
edital de seleção dessas famílias por vocação para a vida na floresta, a
produção agro-sustentável e de maneira que essas famílias deverão ser
orientadas a permanência, ao trabalho orientado e supervisionado como um
projeto social e econômico monitorado pela legalidade e pelo bem do
desenvolvimento regional.
Graça e Paz.
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