Sexta-feira, 31 de março de 2023 - 11h00
A
Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população
brasileira, embora nos últimos anos ela tem aparentemente diminuído. Podemos
dizer essa “criança-problema” nasceu e convive com o país e seu povo, desde que
Dom João VI desceu na Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro, deixou seu filho e
depois seu neto, o Dom Pedro II, mais adiante com os militares da primeira e
segunda republica e que ainda está no meio de nós após a maravilhosa CF de
1.988.
É na
verdade não mais uma criança problema, mas um adulto problemático que as
autoridades politicas e o segmentos empresarial nacional pouco compreende e
auxilia. Seguramente porque a divisão da pirâmide social no Brasil está
erroneamente montada desde 1.500. São ideais de escravidão, competição, disputas
regionais, negligência permanente com valores morais, patrimonialismo,
elitização do Estado e corrupção endêmica; onde qualquer que seja o nível de
prosperidade e arrecadação, a divisão efetiva dos resultados continua (desde
sempre) concentrada nas mãos e também nos bolsos de apenas 3.00 % (três
porcento) das famílias.
As
regiões mais afetadas pelos problemas sociais são o Norte e o Nordeste
do país, os quais apresentam os piores IDH's (Índice de Desenvolvimento Humano)
do Brasil.
Resultados
comparativos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em dois momentos da história recente nos
períodos de 2011 – 2014 e também de 2020 a 2022 apontam a diminuição da pobreza
e, consequentemente, da desigualdade social. Mas em níveis sensíveis, dado
também ao crescimento populacional registrado nessas duas décadas.
Por exemplo, a BBC divulgou em junho do ano passado (2022) que A
desigualdade de renda do trabalho entre ricos e pobres no Brasil diminuiu no
primeiro trimestre de 2022, em relação ao trimestre imediatamente anterior e
também a igual período de 2021, dados informados (10/6/22) pelo Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada).
Mas o que à primeira vista parece uma boa notícia é resultado na verdade de um cenário bastante negativo: tanto os ricos quanto os pobres viram sua renda do trabalho diminuir no período, em relação ao primeiro trimestre de 2021.
Registros
nas mídias no começo do ano de 2.019 diziam que o desemprego havia dado uma
trégua no Brasil e que fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três
anos.
Em
2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual
em relação à de 2017 (12,7%). Essa queda, no entanto, não ocorreu porque foram
criadas mais vagas com carteira assinada, mas porque um número recorde de
pessoas recorreu ao trabalho informal.
Ainda no
campo comparativo, o início desse exercício de 2.023 os registros nos meios de
comunicação nacional dão a seguinte matéria (R7):Taxa de desemprego abre
2023 em 8,4%, o menor nível em oito anos Com a estabilidade, 9 milhões ainda
buscavam por uma colocação no mercado de trabalho em janeiro, mostra IBGE.
Ainda no
campo da simples de levar informação: A atual taxa de desemprego no mundo é de
5,42%, valor semelhante aos de 2018 e 2019. Os dados foram atualizados pelo
Banco Mundial em junho de 2020.
Embora o
Brasil esteja entre os dez países com o PIB mais alto, é o oitavo país com o
maior índice de desigualdade social e econômica do mundo.
Segundo
relatório da ONU (2010) e também de (2020) as principais causas da
desigualdade social continuam a ser: Falta de acesso à educação de qualidade;
política fiscal injusta; Baixos salários; Dificuldade de acesso aos serviços
básicos: saúde, transporte público e saneamento básico.
Finalizando,
podemos dizer ou compreender que nessas duas ultimas décadas, apesar de o
Brasil ter bom desempenho econômico, registrar recordes de produção
agropecuária, manter posição sempre entre a sétima até a decima posição entre
os países mais “ricos”, sua distribuição de renda, o valor da sua moeda
nacional, os seus índices de inflação, sua divisão social, seus índices
nacionais de saúde, segurança, saneamento, qualidade de vida, habitação e
equidade entre suas diversas regiões geográficas é assombrosamente surreal.
Por mais
que as disputas ideológicas e políticas pelo poder centralizador de recursos em
Brasília DF, poder de Estado; e as disputas econômicas e também de poder
político nas principais unidades da federação como por exemplo São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais, (...) o chamado poder econômico, enquanto a sociedade
civil organizada, o terceiro setor não acordar para sua responsabilidade em
mover conceitos éticos, morais e certamente conservadores e progressistas com
mais solidariedade e justiça real entrar nas agendas ditas democráticas e
representativas, continuaremos a conviver com a estranheza de termos 63 milhões
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza.
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