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Francisco Aroldo

Economia de fronteira no eixo da BR 364


Economia de fronteira no eixo da BR 364 - Gente de Opinião

Quero saudar a todos os meus amigos e amigas, leitores da minha coluna onde tentamos colaborar desde 2016 com os temas sociais, políticos, econômicos e relevantes para o desenvolvimento da sociedade humana localizada nessa parte do Brasil que chamo de floresta.

Na verdade, eu nasci na década de setenta no Maranhão, numa cidade pé de serra, com boa produção na agricultura e na pecuária local; em seguida fui estudar e morar na praia, em Fortaleza para depois com 22 anos conhecer, apaixonar e morar e trabalhar por essas paragens.

Esse ano 2024 eu e minha família vamos completar 32 anos de Rondônia, e nesse período, eu, particularmente tenho aprendido muito sobre esses temas que replico com vocês, que, espero de coração, seja realmente uma boa contribuição.

Entre 2018 e 2023 consegui com a ajuda de vários amigos, familiares e empresários locais preparar e lançar quatro obras onde discorro sobre assuntos relacionados com o desenvolvimento econômico e social no Brasil, na região norte, e, lógico no estado de Rondônia, registrando momentos históricos, ciclos de desenvolvimento das riquezas aqui localizadas e ainda, prospectando as várias oportunidades que na verdade estão desenhadas no trajeto da nossa rodovia federal a BR 364.

Para quem ainda não tem a informação, anota aí por favor: a rodovia federal BR 364 foi criada, ou pensada (planejada) em 02 de fevereiro do ano de 1.960, em meio a uma reunião com os governadores dos estados da região do norte; o Presidente Juscelino Kubitschek decidiu construir a então BR-364 ligando Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco, abrindo o oeste brasileiro, trecho que só foi asfaltado nos idos do ano de 1.983.

A construção de uma estrada ligando Mato Grosso à Rondônia e o estado do Acre era necessária para o povoamento e colonização da área. Ainda que na época tínhamos a BR rodovia federal 319 que ligava Manaus e Porto Velho com a transamazônica, essa obra foi também motivo de orgulho para os planejadores e decisores do desenvolvimento nacional, era a vez dos sertões e da floresta virgem serem desbravados para a geração de riquezas e a exploração dos tesouros da região. É dessa época também a ideia geral de, com essa malha viária pronta, o Brasil alcançar acesso mais rápido aos portos do Pacífico.

Veja que o pensamento estratégico de integração nacional do centro do país com a região mais inóspita por assim dizer, e ainda, com os mercados andinos já tem mais de sete décadas. E na verdade ainda não está pronta de fato.

Nesse ponto quero convidar vocês que me leem e acompanham há mais de oito anos, para conhecer meu livro PROPOSTAS PARA A RGIÃO DE FRONTEIRA – Edição maio de 2023 da Rondoforms Editora e Gráfica aqui da nossa capital, onde abordo o tema do desenvolvimento regional, desenvolvimento sustentável do agronegócio e a chamada economia de fronteira. Minha exortação é para as lideranças púlbicas e privadas e também do chamado terceiro setor para que ocorra ao longo desses próximos anos dessa década um alinhamento entre os estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e o Amazonas para o fato que apenas um projeto de caráter regional, com efeito relacionados com uma cesta de ao menos vinte (20) produtos regionais que a boa terra da Amazônia propicia, possamos elevar mais ainda os ganhos do setor agropecuário, e, com o tempo e o devido processo de aprimoramento, possamos garantir a entrega dessa produção para toda a região e para o mercado andino.

O atual fluxo de mercadorias, bens e serviços ao longo de mais de 4 mil quilômetros dessa rodovia BR 364, permite PIB de valores significativos em sua série histórica desde o ano de 2002, onde o crescimento do comercio nesses estados citados é visível, mas que requer garantias de manutenção e ampliação para essa geração e outras que virão.

Quando apenas os estados do MT, RO e do AC observamos que em 2022 a movimentação de cargas nos portos fluviais e a circulação de caminhões supera os milhões de toneladas de ativos agropecuários e que o consumo de diesel e os valores de serviços de manutenção dessa logística toda alcançam a casa dos 8 bilhões de reais, e, ainda que os resultados gerais da comercialização interna e externa desse produtos primários e outros já estão na casa dos 278 Bilhões de reais, percebemos a nossa responsabilidade de realmente garantir esse fluxo econômico nessas fronteiras nacionais e internacionais no sul da Amazônia.

Para seu registro ainda quero deixar esses números do resultado do PIB estadual nos três estados objeto de analise comparativa de desempenho no meu novo livro (2023).

Mato Grosso – PIB (2022)

R$ 248,6186 bilhões de reais

Rondônia – PIB (2022)

R$ 62,1320 bilhões de reais

Acre – PIB (2022)

R$ 22,3510 bilhões de reais

A sugestão que defendo desde meados do ano passado (2.023) é que possamos, ao longo desse ano e dos próximos, somar os devidos esforços técnicos, políticos e do melhor capital empreendedor nesses estados, para promover um ou dois programas de desenvolvimento regional; trazer para uma realidade promissora, diversas oportunidades para as milhares de micro, pequenas e medias empresas da nossa região.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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