Quarta-feira, 11 de agosto de 2021 - 12h14
A Pesquisa Industrial Anual
(PIA) 2019, divulgada no dia 21 de julho pelo IBGE, mostra que, em 2019, o
setor mais produtivo da indústria foi o de petróleo e gás, e o segundo setor
foi o de produtos derivados de petróleo. Isto possibilita a geração dos
empregos que pagam alguns dos melhores salários da indústria. Não foi por acaso
que a principal motivação econômica do golpe de 2016 foi o petróleo. Na medida
em que os poços vão sendo vendidos para fundos de investimentos, estes liquidam
salários e benefícios, aumentando suas margens de lucratividade.
O que é essa tal PIA?
O governo federal, por meio do
IBGE, investiga anualmente (em 2020 não foi realizada e/ou divulgada, ainda) informações
sobre as características estruturais básicas do segmento empresarial da
atividade industrial no País, tendo como unidade de investigação a empresa
industrial formalmente constituída, isto é, aquela registrada no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, da Secretaria da Receita Federal, e cuja
principal fonte de receita seja a atividade industrial.
Com base na elevada
produtividade, o setor pode gerar grandes investimentos, como ocorreu em no início
da década passada, quando, por exemplo a Petrobrás investiu sozinha o
equivalente a R$ 150 bilhões em valores atuais.
A participação do Brasil na
produção industrial mundial caiu de 1,24%, em 2018, para 1,19%, em 2019.
Apesar das perdas, o Brasil tinha
conseguido se manter entre os 10 maiores produtores no ranking mundial até
2014. Em 2019 recuou para a 16ª posição. Com a recessão econômica brasileira, visível
nos anos de 2014-2016 o ritmo de perda de musculatura da indústria do país se
intensificou.
Em 2014, o Brasil era o 10º
maior produtor industrial do mundo, mas perdeu posições a cada ano e em 2019,
foi superado pela Espanha, caindo para a 16ª posição.
A crise da indústria nacional,
que já vinha ocorrendo de forma estrutural, desde a década de 1980, foi
colocada em um patamar mais profundo há sete anos.
Setores de Estado
aparentemente, ou displicentemente, querem que o Brasil se torne um mero
vendedor de matérias-primas agrícolas e minerais para o mundo rico. Sendo isso
uma verdade, o temor para os empresários da indústria é que em breve seja
realmente um dilema estar no segmento que, naturalmente é o que mais gera
emprego e trabalho.
O desempenho das exportações
da indústria de transformação brasileira no mundo também revela a perda de
competitividade do Brasil. A participação do Brasil nas exportações mundiais da
indústria de transformação chegou, em 2019, à cerca de 0,82%, igualando o menor
percentual da série histórica, registrado em 1999.
A perda de relevância do
Brasil nas exportações mundiais da indústria de transformação ocorreu mesmo
diante da depreciação do real nos últimos anos, que deveria estimular
exportações.
Estudos da CNI – confederação
Nacional das Indústrias, aponta que o país perdeu quase 30 mil indústrias no
período entre 2013 a 2019.
Na revista Industria
Brasileira edição nº 056 de junho desse ano, nota-se que existe uma agenda da
indústria brasileira para uma retomada de seu perfil de fato e de direito como
player continental (América) e mundial, mas que muito é preciso ser feito em
relação a legislação e ao apoio devido pelo Estado.
Questões legais relacionadas
com licenciamento ambiental, desoneração, clareza fiscal e redução efetiva da
burocracia são fundamentais para esta nova década.
Modernizar o licenciamento
ambiental, por exemplo, ponto importante dessa agenda industrial para o Brasil,
é imprescindível, segundo o presidente da CNI, empresário Robson Braga.
E o que dizer das regiões
centro-oeste e Amazônia que ainda não tem efetiva regularidade e normas claras
e simplificadas para a regularização fundiária que promova o desenvolvimento
sustentável com segurança...(?)
O setor rural do agronegócio,
como atividade primária, e, lógico com suas cadeias produtivas que agregam
agroindústrias, seguem “salvando” o PIB, a custos altos para o mercado interno,
diga-se de passagem, mas até quando commodities vão assegurar desempenho menos
ruim...(?)
É preciso, entre outras
coisas, o pais retomar projetos e planos claros de incentivo ao segmento industrial,
com possibilidades de o retrocesso já em pauta, se tornar crônico em poucos
anos.
Graça e Paz.
PS.: anotem aí, por favor:
O Brasil perdeu quase 30 mil indústrias de 2013 a 2019.
Brasil vive momentos de extremos desde 2014
Meus caros amigos e amigas, leitores dessa minha coluna desde 2015. Convido-os (as) a mais uma reflexão sobre nossa condição nacional, em termos pol
NOVEMBRO O MUNDO DISCUTE CLIMA NA COP-29
A reunião chamada de 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, ou como queira chamar de COP-29 será nos dias 11 a 22 de novemb
Falando sobre o Voto Distrital Puro
Há na Câmara Federal há quase oito (08) anos um debate que anda esquecido desde o ano de 2020 (Pandemia mundial de COVID 19); tramitou naquela época
Saudações econômicas a todos os meus amigos e amigas, colegas profissionais liberais, aos leitores da minha coluna no GENTE DE OPINIÃO que me acompa