Segunda-feira, 18 de outubro de 2021 - 12h19
Outra
vez estamos retomando a questão de planejamento do desenvolvimento regional da
região geográfica do sul da Amazônia Brasileira, cujos desafios são evidentes
em torno de um modelo sustentável que produza, respeite o meio ambiente e
comercialize com o mundo seus produtos, gerando riqueza e renda para as
milhares de famílias presentes nesse pedaço de Brasil.
Muitos
eventos estão sendo realizados desde a ultima década e mesmo agora desde 2019,
mas ainda não há uma proposta alinhada, matizada, de consenso para uma eficaz
implantação.
Apenas
o projeto AMACRO - Zona de desenvolvimento sustentável para os estados do AM,
AC e RO tem sido desde 2018/2019 aquele que mais se aproxima de uma realidade
factível.
Isso
porque organismos de pesquisa e ciência estão interessadas no debate e na
confrontação de temas e teorias de sustentabilidade que promovam os produtos
agropecuários e agroflorestais de vocação já definida para uma região definida
de fronteira entre os três estados: Amazonas, Acre e Rondônia.
Até
julho passado, artigos, informações e divulgação, ainda pouco visitadas, dão
conta de que serão inicialmente 38 municípios aqueles que haverão de colocar em
implantação um sistema de promoção do desenvolvimento sustentável que gere as
condições de produção efetiva com sustentabilidade econômica, social e
ambiental para o setor rural e suas cadeias produtivas.
Órgãos
do governo federal como a EMBRAPA, SUDAM, SUFRAMA, BANCO DO BRASIL, CAIXA E o
BASA devem alinhar com os ministérios e o FUNDO AMAZÔNIA os detalhes
relacionados com essa implementação que passa por orçamentação, programação,
equipe técnica e reuniões de apresentação, mobilização e adesão desses
municípios, tendo em vista que desenvolvimento ocorre de maneira real no local,
com os diversos atores sociais e econômicos, dentro de uma organização, um
cronograma e uma gestão consolidada.
Recursos
públicos e também recursos privados devem ser associados de maneira que o tripé
do desenvolvimento possa ser edificado desde já em bases sólidas.
O
projeto AMACRO - Zona de desenvolvimento sustentável dos estados do AM, AC e
RO já é uma realidade que prescinde de mobilização e ajustes finos em 2021
para que possa já no exercício vindouro ter seu inicio efetivo, afinal de
contas, colocar em movimento a vocação iminente da produção agroflorestal
sustentável da Amazônia é uma premissa de futuro que se constrói hoje.
Apenas
para registro, convido o leitor desse artigo a se deter na fotografia acima
onde está delimitada a tão famosa, mas esquecida, do ponto de vista da produção
ordeira e sustentável, Amazônia; veja ali os seus mercados produtores e
consumidores - são mais de 120 milhões de habitantes.
O
já conhecido mercado andino, está ali, ainda intocado, é para esse mercado que
estamos até agora de costas ou com as grosseiras vendas da miopia e da
desconfiança.
Desatemos
logo essas vendas obscuras e tomemos em nossas mãos e sob as nossas
responsabilidades um formato novo e científico de produção responsável e
sustentável para alimentar o mundo com os nossos produtos e trazer renda e
receitas às famílias amazônidas.
Graça e Paz, com trabalho, ciência e desenvolvimento sustentável.
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