Segunda-feira, 30 de novembro de 2020 - 16h24
Esta
década de 20 está no seu fim, ano de desafios sociais, econômicos e da saúde
pública com o surgimento da pandemia e seus desdobramentos para os anos
vindouros.
No
aspecto da produção agropecuária e das vendas externas desses ativos da
segurança alimentar das nações do mundo, o Brasil tem obtido destaque, e
gostaria de apresentar uma visão sobre o desempenho de Rondônia como player na
comparação com seus concorrentes regionais.
Aqui
nessa porção sul da Amazônia brasileira, Rondônia tem fronteira interessantes
com o sul do estado do Amazonas, o Acre e o Mato Grosso, por conseguinte,
podemos considerar o MS e o estado do Goiás também como agentes concorrentes
nessa produção e comercialização de produtos do setor rural.
Ora,
importante levar em consideração os últimos 50 anos em que a ocupação
humana nesses estado ocorreu de maneira diversificada e com a atuação forte dos
interesses do centro de poder nacional e seus dirigentes.
Outro
fator limitante foi que para cada unidade da federação - dessas
acima relacionados, que abriu fronteiras de progresso nas décadas de 60,
70 e 80 foram sendo adaptados à realidade e cultura do povo que foi assentado,
e esses brasileiros vieram do sul e do nordeste.
Incentivos
como os dados pelos bancos oficiais e os planos locais de desenvolvimento deram
o tom para que MT e RO, por exemplo alcançasse nessas três décadas próximas os
resultados na produção primária que vemos hoje.
O
produto interno bruto (PIB) de Rondônia no ano de 2019 somou R$ 43 Bilhões e
506 milhões de reais enquanto que o estado do MT registrou um PIB de 126
Bilhões e 805 milhões de Reais.
Ora,
além das áreas geográficas ( rondônia tem 1/3 das áreas do mato grosso) e
dos seus conteúdos históricos próprios, o desempenho desses dois players
regionais merecem nosso destaque e sinalizam para os projetos da próxima década
que precisam envolver planos de governo (Estado) e investimentos privados
(empresas) para a sustentação desse desempenho.
Considerando
que essa faixa do sul da amazônia compreende áreas do Acre, Amazonas, Rondônia
e Mato Grosso, gostaria de frisar aqui que é preciso um bom esforço dos
prefeitos de capitais e do interior dessas regiões e dos senhores governadores
de estado para os próximos anos num ritmo de alianças para o desenvolvimento
sustentável com modelos de produção agropecuária que possam estar em
concordância com a lei, mas também com as necessidades de produção e
abastecimento do sagrado alimento a todas as famílias nacionais e estrangeiras.
Um
modelo que poderá ser amplamente debatido em 2021 para a próxima década é
o PLANO AMACRO onde alguns desses players regionais possam
somar esforços e recursos públicos e privados para a prosperidade.
O
plano AmAcRo (Amazonas, Acre e Rondônia) poderá e deverá consistir em um
roteiro técnico, econômico, social e ambiental com base em produção
agroflorestal sustentável como modelo de exploração consciente e por meio de
agroindústrias verdes que possam poluir minimamente e inaugurar novas
formas de resíduo zero.
Não
se consegue preparar um plano assim se não houver união de esforços com a
correta visão de futuro, dentro dos conceitos tecnológicos e de um arcabouço
legal e moral que apresente ao mundo o valor de soberania e responsabilidade
com esse valioso bioma.
Para
além do indicador econômico que conhecemos como o PIB, para além das relações
comerciais e de exportação dos incríveis excedentes, o plano AMACRO e seus
desdobramentos para o horizonte das próximas décadas requer homens e mulheres
preparados hoje e compromissados com aqueles que estão vivos e que ainda vão
nascer.
Quando
somamos os indicadores do PIB desses estados localizados nessa região
delimitada como sul da amazônia brasileira temos o montante de quase R$ 280
bilhões de reais, valores que em dez anos podem simplesmente dobrar, dado ao
bom planejamento, boas condutas de parcerias estratégicas e visão ética para o
futuro.
Os
conceitos por exemplo de cidades sustentáveis sonhados por um cem
número de brasileiros e membros de outras nacionalidades, pode ser um tema
basilar para os prefeitos que tomam posse em janeiro do ano que vem.
No
traçado da região aqui delimitada, como sul da amazônia, projetos de cidades
com práticas sustentáveis no meio rural e nos centros de vida urbanizada
certamente serão pontos estratégicos e de caráter inclusive de mudança cultural
para os habitantes, o que, requer mais uma vez união de esforços técnicos,
políticos e econômicos com a captação dos recursos financeiros necessários
junto aos orçamentos públicos e aos investidores privados.
Portanto,
vamos à obra, com mãos, mentes e consciências ampliadas; sintonia e o bom
sentimento de cidadania e compromisso com o futuro.
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