Terça-feira, 18 de junho de 2024 - 17h50
Artigo
do jornal The New York Times que reporta a chegada da internet a aldeias
indígenas amazônicas pelas antenas do polêmico bilionário sul-africano Elon
Musk a certa altura observa que elas também levam “pornografia” e deixaram os
jovens índios preguiçosos. Eles adotaram os costumes dos brancos, grudados em
telefones, participando de grupos de fofocas inúteis em redes sociais viciantes,
sujeitos a golpes, caindo nas armadilhas plantadas em jogos online e muita
desinformação.
Mesmo
se fosse possível voltar no tempo, já antes das antenas de Musk os índios
podiam dispor de celulares e sofrer os mesmos impactos que os demais povos. O
objetivo é conectar mais pessoas e democratizar o acesso à rede mundial. Dá-se
com o sinal da internet veloz o mesmo que ocorre com a faca peixeira bem
afiada: ela pode ser usada para limpar peixes, sua finalidade explícita, mas
também para cortar coisas, inclusive furar e matar desafetos. O uso que cada um
faz das coisas é que faz a diferença.
Elon
Musk suscita desconfiança na esquerda por apoiar líderes emergentes de extrema-direita,
mas já despertou ódio na própria extrema-direita ao defender a renda básica
universal – ajuda de custo que garante a sobrevivência do ser humano, origem do
Bolsa Família. As pessoas não devem ser avaliadas por estar ou não em bolhas “ideológicas”,
mas pelo que fazem. Trazer a Internet de alta velocidade aos remotos grotões do
Brasil faz bem a todos.
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A terceira via
Vai
se confirmando o potencial de crescimento da pré-candidata do MDB em Porto Velho
Euma Tourinho já se tornando uma terceira via na polarização de largada entre a
ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) e o ex-deputado federal Leo
Moraes (Podemos) na peleja pelo Prédio do Relógio, sede do Poder Executivo da
capital rondoniense. O MDB tem forte estrutura e o partido é bem aquinhoado
pelo fundão eleitoral. A tendência é ela se tornar mais adiante um páreo duro
para os outros dois nomes de ponteira, ainda mais se escolher um bom vice e
celebrar alianças convincentes.
Grande expectativa
Ainda
sobre as eleições municipais em Porto Velho, é enorme a expectativa nos meios
da esquerda na conjunção de esforços da Federação Brasil Esperança, que junta o
PT, PC do B e Partido Verde, liderada pela-ex-senadora Fatima Cleide, com o PSB
de Vinicius Miguel, com o PDT de Célio Lopes. Dando tudo certo, a coalizão terá
uma candidatura única no enfrentamento com os bolsonaristas de plantão e com chances
de seguir em frente. O nome escolhido seria o ungido de Lula nestas bandas. A
questão agora é acertar o cabeça de chapa para encaminhar a situação para as
convenções partidárias.
As convenções
Com
poucos movimentos ainda nesta pré-campanha a maioria dos candidatos à prefeitura
de Porto Velho aguarda as convenções de julho para ver como ficarão as coisas e
finalmente se posicionar. Alguns ambicionam se tornar vices dos nomes da
ponteira, outros podem desistir frente as adversidades de uma jornada difícil e
dispendiosa principalmente para as siglas nanicas que não tem grande estrutura
para enfrentar os postulantes mais bem armados. No tabuleiro político, Mariana
tem mexido os peões com adesões importantes, como a deputada federal Cristiane
Lopes, terrivelmente evangélica e bolsonarista.
Adesão importante
A
adesão de Cristiane é importante para Mariana num segmento que ela tem certa
rejeição, que são os evangélicos. Reduzindo esta situação ela caminha no primeiro
turno como franca favorita, mas numa eleição previsivelmente em dois turnos,
com tantos postulantes para seguir na segunda etapa, possivelmente com Leo Moraes
(Podemos), liderança que conta com grande respaldo do eleitorado portovelhense.
O interessante é que tanto Mariana, como Leo Moraes são candidatos “minhocas” da
terra. Cresceram, estudaram e foram vereadores e deputados federais em nossa aldeia.
As trajetórias
As
trajetórias políticas de Mariana e de Moraes têm algumas curiosidades. Mariana,
desde garotinha se destacava nos meios políticos, seguindo o DNA do seu pai, o
médico Aparício Carvalho, que foi vereador, deputado federal, vice-governador. Ainda
adolescente participava dos encontros nacionais do PSDB com Franco Montoro,
Mario Covas, José Richa, entre outros. Já, Leo Moraes, que estudou em Curitiba,
se tornou ainda universitário numa grande liderança estudantil do Paraná e com
boas chances de prosperar politicamente por lá, mas preferiu voltar para Porto Velho,
onde iniciou – como Mariana – sua carreira como vereador.
Via Direta
*** O PSD, liderado no estado pelo
ex-senador Expedito Junior está fechado na aliança que apoia a ex-deputada federal
Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho *** O partido integra a base de sustentação
do prefeito Hildon Chaves e terá uma forte chapa de candidatos à Câmara de Vereadores
*** O ex-deputado federal Leo Moraes, pré
–candidato a prefeito pelo Podemos está
correndo atrás de recursos pra sua campanha *** Por falar em recursos partidários, postulantes
como Samuel Costa (Rede) e Ricardo Frota (Novo) vão ter que se espichar nas
suas andanças, já que seus partidos não são foram bem aquinhoados pelo fundão
eleitoral.
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