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Carlos Sperança

A base governista formada pelos expoentes Marcos Rocha e Hildon Chaves é poderosa


A base governista formada pelos expoentes Marcos Rocha e Hildon Chaves é poderosa - Gente de Opinião

Brasil indivisível

A grande solidariedade verificada em todo o país atestou de vez a irracionalidade do separatismo antipatriótico, origem da pretensão arrogante de líderes do Sul que pretendiam isolar aquela região do Brasil na chamada “República do Pampa”, que nortistas de mau humor ironizaram como “República da Lagoa dos Patos”.

Entre as inúmeras possibilidades para apoiar o sofrido povo do Sul, uma das ações recomendadas nas demais regiões é preferir produtos gaúchos em paridade de qualidade preço com produtos importados. A ideia é boa, inclusive para sugerir às populações solidárias dos estados das regiões Sudeste e Sul que façam o mesmo com os produtos amazônicos.

No fim do ano passado, a japonesa Ajinomoto celebrou parceria com a paraense Manioca para promover produtos amazônicos no próprio Brasil. Pelo seu volumoso mercado, as duas regiões poderiam encomendar, para sua vantagem, produtos emanados da floresta, como os tucupis amarelo ou preto, que poderiam dar um sabor fantástico ao seu trivial arroz e temperar carnes e saladas.

Ou a farinha de tapioca, o feijão-manteiguinha e cumaru, a baunilha da Amazônia, só para citar itens de interesse da empresa japonesa. Enfim, pretender separar uma região do país para evitar ajudar as áreas que sofrem, além de irracional, é antibrasileiro e desumano. A bioeconomia amazônica, é importante lembrar, beneficiará todo o Brasil e não somente a região Norte.

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Interesses díspares

Com interesses dispares para as eleições de 2026, as lideranças do União Brasil quebram a cabeça para se definir. Um naco acompanha o governador Marcos Rocha, já comprometido com a candidatura da ex-deputada federal Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho em outubro. Outro pedaço soma forças para o lançamento de Leo Moraes (Podemos), com suas paliçadas reforçadas com o alinhamento do grupo político do vice-governador Sergio Gonçalves que está rachando o União Brasil. Um clima de desconfiança sobre punhais da traição já reina nas hostes do partido governista.

A cizânia formada

O que estaria causando tanta cizânia na coalizão chapa branca?  Seriam projeções diferentes das lideranças da base aliada para as eleições de 2026. O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil já está de asas crescidas para disputar a reeleição ao assumir o cargo do atual governador Marcos Rocha que vai disputar uma das duas cadeiras ao Senado. Com Sérgio Gonçalves nas paradas que já tem apoio de vários deputados estaduais e dirigentes do União Brasil para a peleja, surgiram situações conflitantes com o projeto do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) que se prepara para conquistar o CPA em 2026.

Base rachada

Unida, a base governista formada pelos expoentes Marcos Rocha e Hildon Chaves é poderosa, mas rachada é histórico e recorrente o caminho do despenhadeiro – temos exemplos históricos destes divisionismos -  para a candidatura da até agora favorita Mariana Carvalho. Os desentendimentos da base aliada (agora desalinhada...) situacionsta anima o surgimento da candidatura do ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos). Também estimula a formação de uma Frente Ampla de Esquerda e Centro Esquerda, que se acertar o candidato terá tudo para entrar na briga por uma vaga num previsível segundo turno destas eleições. Vencer em turno único está cada vez mais distante para Mariana.

A transferência

Na eleição de outubro será possível aferir o poder de transferência de votos do prefeito Hilton Chaves (PSDB) que vai apoiar a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil). Poucos políticos têm esta condição e Mariana é muito dependente do prestigio do alcaide na capital para se dar bem na peleja contra os candidatos oposicionistas. Políticos como Teixeirão, Ivo Cassol, Confúcio Moura e Chiquilito sempre tiveram dificuldades em eleger parentes. Hildão, ao contrário, emplacou sua esposa Ieda Chaves como uma das deputadas estaduais mais votadas no estado em 2022.

Que mistério?

O ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) mantém o mistério sobre sua desincompatibilização dia 5 para disputar a prefeitura de Porto Velho. Um mistério que já foi desvendado até pelos tambaquis de cativeiro. Leo, que acredito ser a bola da vez, deixa o DETRAN para travar combate com mais meia dúzia de candidatos pelo Prédio do Relógio, sede o Executivo de Porto Velho. E candidato de ponteira, pois vem com o apoio do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) e do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (PRTB), além de descontentes do União Brasil e do MDB. Se fosse num confronto direto com Hildão, Leo sairia com o rabo entre as pernas, mas com Mariana, em segundo turno, tem tudo para levar a melhor.

Via Direta 

*** Enquanto em Porto Velho a nova rodoviária já está em fase de conclusão, em Ariquemes a prefeita Carla Redano se enrolou com a empreiteira contratada que não fez nada e acabou substituída pela municipalidade em nova licitação *** Com isso, tudo voltou à estaca zero e tudo começando novamente. Estima-se que a nova construtora licitada seja menos enrolada na atividade *** A população de Guajará Mirim está empolgada com o projeto da construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, na divisa com a Bolívia. Mas a coisa vai tempo. Será uma demora angustiante, pois economia do município fronteiriço está em baixa há muito tempo.     

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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