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Carlos Sperança

A classe política rondoniense anda mesmo sem prestigio


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Cinco Brasis

Apesar de servir a interesses duvidosos, o antiglobalismo localista não deixa de ter razão quando entende que há diferentes realidades geográficas e não há como definir regras gerais para a imensa diversidade existente, mais visível à medida em que se ampliam as distâncias entre as regiões, salientando as diferenças.

A Amazônia é a comprovação perfeita desse entendimento, como se nota pela declaração do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ubiratan Cazetta, para quem “a Amazônia é composta por várias Amazônias com diversas peculiaridades por conta de regime de chuvas, de cobertura florestal, de um conjunto imenso de questões que precisam ser colocadas”. Estendendo a avaliação do jurista, com ampla vivência no Pará, compreende-se que há vários Brasis, e mais do que supunha o professor Darcy Ribeiro, que sugeriu cinco: os Brasis Crioulo, Caboclo, Sertanejo, Caipira e Sulista.

Quem conhece o mínimo da Amazônia sabe que é fácil encontrar os cinco Brasis em qualquer um dos estados amazônicos: caboclos, sertanejos e sulistas se encontram em cada esquina. As ideias de “Brasil Grande” e “uma pátria só” empalidecem diante dessa realidade múltipla. Enquanto há seca em uma parte do país, em outra há inundações. Não se pode considerar que o Brasil – e dentro dele a Amazônia – seja um tijolo compacto, uma realidade única e sem contradições.

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Na história

Poucos presidentes da Assembleia Legislativa de Rondônia tiveram sucesso na disputa pelo do governo de Rondônia e prefeitura de Porto Velho através dos tempos. O primeiro a entrar na peleja pelo então Palácio Presidente Vargas, foi o médico Oswaldo Piana Filho (com base em Porto Velho), que foi bem-sucedido, em 1990, sucedendo o então governador Jeronimo Santana. O segundo a se dar bem, foi José de Abreu Bianco (Ji-Paraná), em 1998, numa grande disputa com o então governador Valdir Raupp (Rolim de Moura). O terceiro não logrou êxito, foi o deputado Natanael Silva (Porto Velho), derrotado por Ivo Cassol (Rolim de Moura)

No Tancredo Neves

Na disputa pela prefeitura de Porto Velho, denominado Palácio Tancredo Neves, só um presidente da Assembleia Legislativa se encorajou até agora. Se de fato o atual presidente Marcelo Cruz (PRTB) confirmar sua postulação em 2024, será o segundo a encarar a difícil peleja. O primeiro foi Amizael Silva que era vice-prefeito de Chiquilito Erse e esperava contar com apoio do então prefeito para se eleger. Chiquilito não cumpriu o compromisso de apoio e Amizael se deu mal, sendo derrotado pelo deputado federal José Guedes. Naquele pleito Chiquilito apoiou Vitor Sadeck, indicado pelo então senador Odacir Soares.

Seriam favoritos

Ainda falando em termos de ex-presidentes do Poder Legislativo, dois deles seriam favoritos se entrassem na disputa as prefeituras municipais de seus municípios. Seriam Alex Redano (Republicanos) em Ariquemes que optou em apoiar sua esposa, a atual prefeita Carla Redano a reeleição e Laerte Gomes (PSD) em Ji-Paraná que não anunciou ainda qual será seu candidato na capital da BR. Ambos sempre foram bem articulados, estão em alta em suas regiões e desfrutam de prestigio perante as suas bases eleitorais, tanto é verdade que foram os mais votados nas eleições a ALE em 2022.

A grande seca

Os rondonienses, acompanhando as chuvas ainda neste final de maio certamente não acreditam nas previsões dos meteorologistas que apontam em 2024 a pior seca de todos os tempos no estado. Mas é o que está previsto diante de sondagens espaciais para os estados do Amazonas, Acre e Rondônia a partir do segundo semestre, portanto estamos pertinho de uma nova catástrofe climática. Destes estados pode se dizer que o Acre tem sido um dos mais prejudicados, já que de uma terrível estiagem em 2023, sofreu recentemente uma baita enchente e agora meses depois se vê diante da possibilidade de uma seca mais rigorosa. É coisa de louco!

Falta prestigio

A classe política rondoniense anda mesmo sem prestigio. Rondônia perdeu importantes voos para oura capitais brasileiras, o ex-presidente Jair Bolsonaro passa por cima de Rondônia para apoiar os candidatos as prefeituras do seu partido em Rio Branco e Manaus, evitando até escalas por aqui e o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Favaro inventa desculpas, para não comparecer a maior feira do agronegócio da Amazônia em Ji-Paraná. As lideranças da Vila Sapo que surgiram no diluvio no Três Maias, devem ter mais prestigio que os políticos de nosso estado.

Via Direta

*** Os cassolistas  dizem que Rondônia precisa de lideranças com pulso mais forte para enfrentar as adversidades da crise aérea, segurança e saúde e neste espaço é que o ex-governador Ivo Cassol começa a ganhar terreno desde já para as eleições 2026 ***Arrogante, autoritário, brigão, Ivo está de volta e se mantém com força no segmento da direita que aprecia este estilo típico do mito Bolsonaro *** Trocando de saco para mala: ex-deputados estaduais estão de volta  n disputa de cargos eletivos a vereança em Porto Velho no pleito deste ano ***. Fala-se de Hermínio Coelho, Borabaid, entre outros nomes de destaque na política de Porto Velho.    

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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