Quarta-feira, 15 de maio de 2024 - 07h55
É
um país só, mas imenso. Ao Norte e ao Sul invertem-se as situações de seca e
inundações: quando o Norte seca, o Sul se afoga; quando o Sul torra, o Norte se
inunda. Não serve de consolo que entre os dois haja festanças como quase 2
milhões de pessoas assistindo a shows como o de Madonna. A alegria de alguns
não compensa a desgraça continuada de muitos.
A Amazônia teve em 2023 uma das piores secas da
história. Meses antes, no Sul, meteorologistas avisavam que a região foi assolada
pela pior seca em 70 anos. Agora, o RS é assolado por inundações que atingiram
metade do Estado. Meses antes, climatologistas amazônicos advertiram que em 40
anos a extensão das inundações na floresta aumentou 26%, com sérios prejuízos à
flora e à fauna da região, pondo em risco as populações locais.
Sem
planejamento nem governos eficazes, novos desastres virão, piorados pelo
tamanho da imprevidência. Não serve de consolo constatar a total derrota dos
negacionistas, que fizeram pouco das advertências referentes às consequências
perversas da destruição ambiental e do descuido com o manejo do clima.
Hoje
eles são inundados no Sul e sofrem com rios secando ao Norte, mas sofrem todos:
eles, que negaram, as massas que se mantiveram alheias ao debate sobre o
planejamento e o futuro, e quem ao lado da ciência sempre soube que o castigo
para o descaso, o descuido e a incompetência é a ruína geral.
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Sem acordo
Em Porto
Velho na falta de acordo entre os partidos de esquerda e centro-esquerda para
uma aliança ainda no primeiro turno, nas eleições municipais de outubro, todos
resolveram lançar candidaturas próprias. Dois motivos teriam motivado o desacerto
do segmento: 1- a necessidade das candidaturas próprias para os partidos contarem
com recursos do fundão eleitoral e isto afetaria também os candidatos a
vereança 2- Ninguém quer celebrar alianças com o PT, considerado desgastado
eleitoralmente. Então, ficou decidido que se algum candidato da esquerda galgar
um eventual segundo turno, teria apoio dos demais postulantes de esquerda.
Segundo turno
Com
o bolsonarismo do governador Marcos Rocha (União Brasil) e do prefeito Hildon
Chaves (PSDB) - que apoiam Mariana Carvalho -
ainda em alta e Lula derrapando no seu governo, fica um tanto difícil os
partidos da esquerda lograrem êxito na conquista de uma vaga num possível
segundo turno. Não faltará esforços, já que Samuel Costa (Rede), Celio Lopes
(PDT), Pimenta de Rondônia (PC do B), Fátima Cleide (PT) e Vinicius Miguel
(PSB) já estão na pista mantendo os primeiros contatos numa pré-campanha com
preparativos para as convenções partidárias de julho.
Herança de Leo
Se
o governador Marcos Rocha (União Brasil) e Hildon Chaves (PSDB) acreditarem que
cooptando Leo Moraes (Podemos) para o palanque de Mariana Carvalho estarão com
a parada decidida a favor da sua aliada, podem tirar o cavalinho da chuva. Este
segmento que sustenta a postulação de Leo é formado por eleitores de oposição,
aos dois mandatários e sem Leo nas paradas um outro postulante oposicionista será
agraciado com esta tendência. Ao meu ver, neste momento haveria uma herdeira, a
ex-juiza Euma Tourinho (MDB). Por conseguinte, não vai adiantar muito o acordo
entre os caciques para evitar segundo turno.
Frente salada
A
coalizão que projeta a candidatura de Mariana Carvalho (União Brasil) em Porto
Velho reúne adversários no mesmo palanque que vem de disputas calorosas em 2022.
É o caso de Marcos Rogério e Jaime Bagatoli, obrigados pelos irmãos Bolsonaro a
frequentar o mesmo palanque do governador Marcos Rocha e do prefeito Hildon
Chaves na defesa da mesma candidata. Ao mesmo tempo, o palanque conta com a
deputada federal Cristiane Lopes, evangélica raiz, cujo segmento vê com
reservas a postulação de Mariana. Não bastasse os tucanos de Hildon Chaves conspiram
para a cassação do mandato do senador Jaime Bagatolli.
Aparando as arestas
Urge
aparar as arestas na Frente Salada. Lembro de candidaturas favoritíssimas em
Rondônia, como a Aliança Rondônia com Fé, que desabaram pelas rivalidades
tribais existentes no próprio seio da coligação. Colocar no mesmo balaio Marcos
Rogério e Bagatoli com Marcos Rocha e Hildon Chaves (é muito tigre no mesmo
capão...) é um baita desafio para a articulação da favorita Mariana. Uma bomba
relógio a ser desarmada. Lembrando que favoritismo em Porto Velho não funciona.
Aqui o pessoal gosta mesmo é de reviravoltas, de surpresas, de zebras. E já tem
uma pintando no pedaço para atormentar os chapas brancas...
Via Direta
*** O excesso de politicagem vem
reduzindo o público da Marcha de Jesus em alguns estados. No recente evento no
Acre também foi constatada a redução de fiéis***Ocorre que muitos pastores
estão exagerando nos convites a candidatos no tradicional evento religioso e
isto tem gerado reclamações dos fiéis ***
Em Rondônia é comum os políticos se infiltrarem em concentrações religiosas e a
coisa virou rotina ***Trocando de saco para mala: o crime organizado mais uma
vez está lançando candidatos nas eleições em Rondônia. Olho vivo na escolha,
pois vereadores eleitos pelas facções depois vão chantagear os prefeitos com
cargos e negociatas *** Até os piratas
do madeira já teriam um candidato escolhido na capital para disputar a
vereança.
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