Segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 - 09h59
Gêmea
malvada da virtuosa bioeconomia, a biopirataria ocupa a história da Amazônia de
forma tão cínica e criminosa que é um permanente desafio às autoridades.
Contando com auxiliares igualmente nefastas – a prevaricação, a corrupção e a
desinformação –, a biopirataria cedo ou tarde terá que ser tratada com o rigor
que merece. No entanto, isto só vai acontecer quando os três níveis de governo
funcionarem a serviço das políticas de Estado, sem se deixar dominar por seitas
e máfias.
A
condição elementar para isso é fazer o Estado funcionar com força mas sem
amarrar a iniciativa privada. Esse equilíbrio requer democracia, boa gestão,
planejamento e qualidade na aplicação dos recursos. Por ser um problema de
caráter mundial, é necessária uma estreita articulação com as nações vizinhas e
o apoio de forças internacionais interessadas no combate ao terrorismo político
e ambiental, focando o clima como interesse geral, a manutenção material e
sobrevivência dos povos da floresta como base para a promoção social de cada
país.
Nesse
caso, até mesmo ligar uma câmera para manifestar curiosidade e colher respostas
em relação a esta ou aquela forma de cultivar ou cuidar de algum bem da
floresta e levar esse conhecimento para usos que não beneficiem os povos
amazônicos também é biopirataria, levando a registros de patentes sem proveito
algum para o país e seus povos.
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Queimando o filme
Para
quem pretende suceder o governador Marcos Rocha (União Brasil) em 2026 ou mesmo
disputar o Senado, o título de Porto Velho como a capital com a maior tarifa de
transportes coletivos do País é queimar o filme do prefeito Hildon Chaves, um
ex-tucano, que se notabilizou por gestões eficientes, tanto nas esferas privadas
como na pública. Num momento crucial da sua carreira política, Hildon cochilou
com a tarifa e já é tratado com críticas pelos oposicionistas. E fica uma difícil
tarefa de defesa para os vereadores e partidos
alinhados que apoiam sua administração.
Cartas na manga
Porto
Velho sempre foi uma cidade polarizada politicamente e isto vem desde os idos
da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, quando trabalhadores de mais
de 50 etnias vieram para cá e fomentaram a criação do município. Por aqui até
eleição de inspetor de quarteirão e inauguração de WC em praça pública dá
confusão e o desgaste pela implantação desta tarifa – a maior do País – é de
fato enorme. Mas Hildon tem cartas na manga para se recuperar no futuro, como a
inauguração da Estrada de Ferro, a implantação do saneamento básico, a construção
da nova rodoviária.
A posse de Lula
O presidente
Jair Bolsonaro já desmontou o cercadinho no Palácio do Planalto, o ministro Paulo
Guedes já cedeu a granja do Torto para Lula, o STF aperta os terroristas de
direita e ainda tem bolsonarista acreditando que o presidente Lula não toma
posse no primeiro dia de janeiro. Vejo bolsonaristas mais empedernidos já
consolados e se afastando das redes sociais onde defendiam seu presidente com
unhas e dentes, mas na frente dos quarteis ainda estão concentrados patriotas
em vários estados mantendo o curso das manifestações e acreditando até as últimas
consequências que Bolsonaro vai permanecer no poder.
Perdas e ganhos
No
pleito de 2022 muitos macacos velhos da política rondoniense cederam espaço
para parlamentares mais jovens. Neste contexto, o Vale do Jamari perdeu um dos
seus melhores representantes, Adelino Folador, ex-prefeito de Cacaucândia. Mas
a região ganhou um importante reforço com a eleição do delegado Lucas Torres (PP),
o primeiro deputado estadual eleito por Buritis. Folador na gestão passada
tinha sido um verdadeiro campeão de votos, mas não resistiu neste pleito a
tendência de renovação dos quadros políticos na região de Ariquemes.
Uma federação
Para
o próximo ano o PSB, cuja maior liderança em Rondônia é o deputado federal de
Mauro Nazif e o PDT que tem como seu expoente no estado o senador Acir Gurgacz,
deverão se unir em federação. A medida visa reforçar as paliçadas dos dois
partidos no Congresso Nacional e ampliar os esforços da centro esquerda nas
composições congressistas. Diante de tantos partidos a direta numa crescente, a
sobrevivência das legendas tem sido tratada em fusões, incorporações ou ainda
na criação de federações partidárias para as lides na Câmara dos Deputados e
Senado da República.
Via Direta
*** Foi necessária a intervenção do Ministério
Público para solucionar o problema de transporte escolar dos ribeirinhos tão
afetados pelo descaso púbico nos últimos anos *** Cerca de 800 escolares
serão beneficiados com o acordo forçado em favor da educação *** Cumprindo acordo com seu financiador de
campanha, Samuel Araújo, o senador Marcos Rogério entrou em licença cedendo sua
cadeira. O curioso da coisa é que Samuel durante a campanha já corria o estado
como se fosse senador, tão otimista que estava com a eleição de Rogério ***
Ao final deu tudo errado com a derrota, mas virou senador com a licença
solicitada *** Depois das Assembleias
Legislativas, mas posteriormente a votação do orçamento fura-teto, o Congresso
Nacional finalmente entra em recesso.
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