Sexta-feira, 15 de setembro de 2023 - 08h05
A
infraestrutura é uma das piores debilidades da Amazônia. Desde o famoso
discurso do Rio Amazonas, pronunciado pelo ditador Getúlio Vargas em 1940, a
região é alvo de calorosas manifestações e promessas que se arrastam pelas décadas
sem solução. Vargas disse que não podia esquecer os amazônidas, “porque
sois a terra do futuro, o vale da promissão na vida do Brasil de amanhã”. Reciclado
inúmeras vezes ao longo da história, Vargas acrescentou que “o vosso ingresso
definitivo no corpo econômico da Nação, como fator de prosperidade e de energia
criadora, vai ser feito sem demora”.
Muitos
governos e duas ditaduras depois, a infraestrutura continua a ser um imenso
desafio, com muita demora, entraves e obstáculos, atravessando as crises
cíclicas como se fosse um ciclo contínuo pairando acima das vontades e dos
esforços dos três níveis de governo, milhares de ongs e a população crescente.
Acreditava-se
que o desenvolvimento geral traria o ajuste fino da infraestrutura, mas sequer
o grosso infraestrutural já foi resolvido, até porque nas condições especiais
da região é mais fácil encher o céu de satélites que estender convencionais
trilhos e asfalto. Aliás, nem trata de uma só infra, mas de muitas infras. Há
pouco foi identificada mais uma: a carência de especialistas em bioeconomia.
Como quem faz o pão é o padeiro, não é possível cumprir a agenda bioeconômica
sem especialistas no setor.
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Principais polos
Constata-se
desde a monumental Operação Exccentric, da Policia Federal, em 1985, que os
principais polos do narcotráfico em Rondônia estão localizados em Guajará
Mirim, Porto Velho, Cacoal e Vilhena. Naquele ano foram apreendidos caminhões,
embarcações e até aviões dos carteis de drogas. De lá para cá, o narcotráfico
estendeu seus tentáculos para outros municípios importantes e como resultado o
consumo dos entorpecentes se espraiou até para as tribos indígenas e núcleos
quilombolas. É realmente uma situação aflitiva que gera elevada criminalidade.
Audiência pública
A
deputada estadual Claudia de Jesus (PT-Ji-Paraná) está convocando audiência
pública na Assembleia Legislativa, programada para o próximo dia 28, visando discutir
e criar alternativas para a regularização fundiária em Porto Velho. Ela pretende
que as autoridades atualizem as políticas públicas também referentes a
habitação. Na verdade, ela está reforçando ações já desenvolvidas pela
prefeitura de Porto Velho – que já começou a legalizar títulos no setor
chacareiro – e do governador Marcos Rocha (União Brasil) – que anunciou amplo
programa neste sentido ainda em 2023.
Na liderança
O
município de Pimenteiras do Oeste, a 90 quilômetros de Vilhena, na fronteira
com a Bolívia conhecido pelo seu festival de praia no Rio Guaporé, é o novo
campeão na produção de soja em Rondônia, segundo levantamento recente do censo
do IBGE. Com suas 173 mil toneladas produzidas, o município superou Vilhena, com
colheita de 160 mil toneladas. O Cone Sul rondoniense segue com a maior
produção do estado, quase a metade do que foi colhido da oleaginosa em 2021. Em
2023 o plantio da soja está se espalhando também pelo Vale do Guaporé e Ponta
do Abunã.
Crise na pecuária
Temos
urros e ranger de dentes dos pecuaristas rondonienses que vivenciaram na
pandemia seu apogeu de lucros com a carne bovina. Atualmente com a arroba
cotada a menos de R$ 200,00, temos o preço da carne nos açougues com retração
em até 14 por cento nos açougues. Igualmente tivemos queda nos valores das
carnes suína e do frango. Apenas os ovos mantiveram alguns aumentos, mas já se
vê ofertas das cartelas de 30 ovos vendidos nos supermercados da capital
rondoniense a menos de R$ 20, 00.Endividados, os pecuaristas clamam por socorro
do governo estadual.
Aporte de recursos
A Assembleia
Legislativa de Rondônia aprovou aporte de recursos em torno de R$ 100 milhões
destinados a Secretaria de Estado da Saúde para reduzir o enorme déficit de
cirurgias pelos hospitais rondonienses. Em Porto Velho a situação se tornou dramática,
com centenas de pacientes aguardando por cirurgias até três anos, inclusive em
casos graves. São aflitivos também as dezenas de casos de acidentados com
pernas, braços e quadris quebrados gemendo de dor, num sofrimento terrível nos estabelecimentos
hospitalares rondonienses no aguardo de providências.
Via Direta
*** De um lado as esferas federais trabalham
para reformar aeroportos em Rondônia e no Amazonas, mas em contrapartida temos
uma drástica redução de voos *** Teremos aeroportos mais modernos para o uso
de onças e pouso de carapanãs? E em Ariquemes, um aeroporto sem voos e
passageiros? *** Diante de lideranças
políticas frouxas, a ANEEL planeja reajustar em 14 por cento a energia para os
rondonienses a partir de dezembro, num presente de Natal às avessas, presente
de grego para Rondônia *** Com duas gigantescas hidrelétricas atendendo o
País e abastecendo com suas linhas de transmissão até Araraquara, todo o
Sudeste, Rondônia segue sendo tratada como colônia.
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