Terça-feira, 10 de dezembro de 2024 - 07h30
No
mundo em guerras e a próxima posse do assustador Donald Trump na presidência
dos EUA, ameaçando os países exportadores que não obedeçam às suas imposições,
seria impossível o Brasil não sofrer os efeitos dessas adversidades.
Para
tentar se proteger dos problemas já em curso ou prestes a eclodir, o país priorizou
a reorientação das finanças, evidenciada pelo pacote de cortes de gastos em
estudo no Congresso. No entanto, a conjuntura mundial tensa que leva o Brasil a
apertar o cinto põe a nu a realidade nacional, bem diferente do senso comum de
que o governo governa. O governo, no máximo, planeja. A execução, de fato,
depende do Congresso e da Justiça.
Não
existiu, portanto, um governo Bolsonaro nem existe um governo Lula, apesar da
propaganda dos adeptos, convertidos e fanáticos dos dois. O que existe na
realidade, quando se põe a propaganda de lado, é o controle absoluto do Centrão
e a mediação da Justiça. Por isso não interessa para a arrancada da Amazônia
rumo à participação decisiva no futuro do Brasil a combinação dos problemas
mundiais com as incertezas, meias verdades e disputas entre grupos que se pretendem
hegemônicos no país. A floresta não pode sofrer com os efeitos de guerras
malucas distantes nem com as disputas infantis entre facções internas. Precisa
de união nacional e não guerras entre irmãos. Requer mais recursos para
investimentos e não cortes.
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Pagando o pato
O
presidente Lula, atribui, como é o caso de governadores e prefeitos quando estão
em baixa, a esfera de comunicação sua impopularidade. É difícil o político que
assume seus equívocos e a impopularidade. Em Rondônia só conheço o senador Confúcio
Moura que faz isto, pois nas campanhas das eleições municipais deste ano chegou
a avisar candidatos a prefeitos e vereadores interessados em gravações com ele
que era melhor evitar a medida, tamanha sua rejeição nos meios conservadores no
estado. Ligar o nome a Lula em Rondônia e no Acre realmente é uma fria nas
campanhas eleitorais.
A migração
A
intensa migração de trabalhadores rondonienses para os estados do Paraná e
Santa Catarina, para completar quadros de funcionários na construção civil,
frigoríficos, cooperativas, laticínios, entre outros segmentos, desfalcou
seriamente Porto Velho de operários. Ficou difícil encontrar pintores,
carpinteiros e pedreiros para eventuais reparos nas residências neste final de
ano. Conseguindo a contratação, os preços das diárias ficaram salgadas. Pior
ainda é a contratação de caseiros para chácaras e fazendas na região metropolitana.
Também estão em falta.
Em colapso
Não
fosse a presença de haitianos e venezuelanos nos polos regionais do Paraná,
como é o caso de Cascavel, que vivencia uma explosão de crescimento, até o comércio
lojista estaria em colapso. As lojas de roupas, supermercados, de
eletrodomésticos se espicham na busca de funcionários e não conseguem. Reclamam
que os jovens não querem trabalhar. Com salários mais compensadores segue a
migração dos trabalhadores rondonienses para os municípios polos do Paraná e
Santa Catarina desfalcando ainda mais nossa região, a exemplo do segmento da
construção civil.
Nosso turismo
Não
temos como fomentar o turismo em Rondônia sem resolver o problema enfrentado
com as companhias aéreas. Os preços das tarifas são exorbitantes, temos falta
de voos, os horários são irregulares, entre outros problemas. Com isto, os
esforços do governo de Rondônia e da prefeitura de Porto Velho para desenvolver
o setor turístico não alcançam os objetivos. As atrações existentes em Porto Velho
e Guajará Mirim, relativas a histórica estrada de ferro Madeira Mamoré não
consegue atrair turistas de outras regiões. No interior os hotéis fazenda
conseguem algum sucesso em Cacoal e Ouro Preto do Oeste com visitantes do Mato Grosso
e do Acre.
Disputa renhida
Na
disputa renhida para as oito cadeiras a Câmara dos Deputados, formada por um
bando de inúteis, nas eleições de 2026, é segura a renovação destes quadros. A
próxima bancada poderá contar com nomes de proa da política rondoniense, entre
eles o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), do ex-prefeito de
Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB), do ex-ministro e ex-senador Amir Lando (MDB), o
deputado estadual Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), entre outros nomes de reconhecida
competência, mais preparados para embates importantes, como o das companhias aéreas,
das obras federais paralisadas, entre outras pautas importantes para o estado.
Caos generalizado
A
rodoviária provisória de Porto Velho se transformou num caos generalizado e as
coisas pioraram mais ainda com o início do inverno amazônico, cujas chuvas tem
causado sérios transtornos aos permissionários e passageiros. Não bastasse,
ainda tem o problema dos drogados que se instalaram nas proximidades,
assaltando os transeuntes mais incautos. Um perigo para quem transita a noite
naquelas bandas, pois o risco de perder o celular, a própria mala de viagens é
muito grande. Que a rodoviária nova seja logo inaugurada e com mais segurança
para a população.
Em conflito
A
população de Candeias do Jamari, cidade satélite de Porto Velho precisa se
benzer e escolher melhor seus representantes. O prefeito reeleito Lindomar Garçom
e os vereadores já estão em conflito de novo. Nos últimos anos vários prefeitos
foram cassados por malversação e Garçom, considerado um político mentiroso e
caloteiro perante a opinião pública, pode ter o mesmo destino de tantos outros
que tiveram seus mandatos encerrados. Gente, que maldição foi lançada sobre
Candeias, que sortilégios para tanta desgraceira com seus prefeitos com a mão
grande. É coisa de louco!
Via Direta
*** O presidente reeleito da OAB-RO
Márcio Nogueira está cotado para disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados pelo
PSD. Trata-se de uma liderança emergente que entra no jogo político *** Muitos vereadores
bem eleitos as 24 cadeiras da Câmara Municipal de Porto Velho já estudam postulações
a Assembleia Legislativa. A casa de leis estadual tem tradição em emplacar
deputados, uns dois ou três por temporada ***Ainda
meio perdido pelas derrotas ocorridas nas eleições municipais, o PT manteve
encontros regionais na semana passada para definir seu futuro. Em Rondônia o PT
precisa se mostrar mais ativo pelo menos para encaminhar boas alianças para
2026.
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