Quinta-feira, 24 de junho de 2021 - 08h36
Atribui-se
o início da estreita relação entre o Sul do país e a Amazônia ao histórico Discurso
do Rio Amazonas proferido por Getúlio Vargas em 9 de outubro de 1940, prometendo
uma nova política para a região. Logo em 1943 ele criava o Território Federal do
Guaporé, cuja evolução levou aos projetos de colonização do Incra nas décadas
finais do segundo milênio em Rondônia com a forte presença de colonos de origem
sulina.
Com
a certeza de que “rios voadores” amazônicos sustentam a produção agrícola do
Sul, em estudos datados de 2009 essa relação foi consolidada e se ampliou com o
conhecimento de que as secas incomuns no Sul têm origem no desmatamento. A relação
Amazônia-Sul sempre foi ligada à produção rural, mas um fato novo veio levar
essa percepção aos habitantes das metrópoles das regiões Sul e Sudeste: o
desmatamento e a seca estão associados ao aumento de suas contas de energia
elétrica.
A
percepção de interações amplas entre as regiões também teve como consequência
silenciar movimentos separatistas sulinos como a “República do Pampa”. Já não há
mais como separar o destino do Brasil da realidade amazônica. Um projeto para o
país compreende a estreita interação entre as riquezas da bioeconomia e as
massas consumidoras do Sul. Com isso, a conta da luz já abre os olhos para a
necessidade de um projeto nacional, pois o país só será forte se continuar
grande.
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Um esforço
O
MDB rondoniense vem desenvolvendo esforços voltados a unidade do partido. As
bases clamam por um acordo entre as duas alas que racharam a legenda em 2018,
quando a agremiação afundou e não conseguiu eleger seu candidato, Maurão de
Carvalho a governador. As lideranças regionais estimam que se a legenda voltar
unida e motivada emplaca o CPA, elegerá um senador, dois federais e pelo menos
cinco estaduais. As primeiras conversações para a unificação do partido foram
articuladas pelo atual presidente regional, deputado Lucio Mosquini.
Donos da bola
Recentes
sondagens dão conta que o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o deputado
federal Leo Moraes (Podemos) são os grandes
nomes do eleitorado em Porto Velho. Mas suas forças podem ser anuladas, em contraposição
aos rivais do interior do estado, se ambos disputarem os mesmos cargos
eletivos. Se um concorrer ao Senado, melhor que o outro postule o governo e
assim por diante. Com o campo livre, sem esta concorrência predatória entre
ambos, eles teriam as melhores chances de sucesso na jornada 2022, mesmo porque
começaram a criar raízes também no interior.
Tribunal do crime
Comportamento
importado dos morros do Rio de Janeiro e das favelas paulistas, o tribunal do
crime rola solto em Porto Velho e atinge de rijo as facções do crime organizado
ligado ao tráfico de drogas em Rondônia. Só neste ano mais de uma dúzia de
jovens foram chacinados em execuções que ocorrem principalmente nas regiões
mais populosas da capital rondoniense repletas de conjuntos habitacionais
populares, casos da Zona Leste (eixo Tancredo/JK/Marcos Freire e na Zona Sul (Eldorado/Caldinho/
Castanheiras). A situação só tem se agravado.
A construção civil
Impressiona
o expressivo movimento nas lojas de materiais de construção em Porto Velho, num
contraponto com outros setores da economia ainda com dificuldades como o
hoteleiro e tantos fechamentos no comercio lojista, bares e restaurantes. A
opção por construir se deve ao aquecimento na venda de imóveis beneficiando as
construtoras que estão com vários empreendimentos rolando em múltiplos quadrantes
da cidade e a opção das famílias em retirar o dinheiro da poupança onde tem
sofrido prejuízos com as baixas taxas de remuneração para investir em reformas
e até no ramo imobiliário.
Custo elevado
Por
conta da procura aquecida de materiais de construção – tanto do básico como do
acabamento o custo do metro quadrado das obras encareceu muito em Porto Velho.
Seja pela escalada dos preços do milheiro de tijolos e de telhas cerâmicas
(neste caso o milheiro já passou dos R$ 4 mil) aos novos desembarques de
encomendas de pisos e revestimentos nas boas casas do ramo com aumentos de até de
40 por cento com relação ao ano passado. Materiais como o ferro e cobre estão
tão caros que provocaram ondas de roubos em fiações elétricas nas casas e nos postos
de iluminação e no acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Via Direta
*** Imaginem com que alivio 18 governadores
receberam a suspensão pelo supremo de suas convocações para a CPI da Pandemia.
A maioria tinha culpa em cartório sobre superfaturamentos e outras coisitas ***A que ponto as
disputas do crime organizado chegaram em Porto Velho: sob o domínio do terror,
moradores de conjuntos habitacionais estão vendendo apartamentos a preço de
banana buscando ares mais puros, endereços mais tranquilos *** O inverno no Sul do País começou e as doenças respiratórias típicas
da estação se multiplicaram e estão chegando rapidamente em Rondônia onde a coisa
se complica com o início da fumaceira provocada pelas queimadas *** Muita
gente com gripe por aqui corre aos exames do covid lotando os laboratórios.
Todo cuidado é pouco.
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