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Carlos Sperança

A maioria dos ex-governadores de Rondônia não deixou herdeiros políticos


A maioria dos ex-governadores de Rondônia não deixou herdeiros políticos - Gente de Opinião

Ações que funcionam

Os absurdos tomaram conta das atenções mundiais. A guerra, por exemplo, cuja única “serventia” é descartar itens militares obsoletos para justificar a aquisição de artigos mais modernos e caros. O vandalismo organizado em prédios públicos simbólicos da democracia, como nos casos do Capitólio (EUA) e Brasília, traz a ruína para quem organiza e comete e prejuízos para todos. A maluca sabotagem de linhas de energia, que se faltar prejudicará até as famílias e empresas dos criminosos.

Diante de tanta loucura, fica difícil encontrar no noticiário algo racional mirando o bem comum. Felizmente, apesar das ações de zumbis sem cérebros e da corrupção incessante, há boas notícias para quem ainda acredita que é possível um novo mundo, habitável e em paz. É o caso do painel informativo sobre descarbonização na matriz de combustíveis leves, iniciativa do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.

A finalidade do painel (dashboard) é acompanhar o consumo de combustíveis com foco nos efeitos da bioenergia na redução do efeito estufa. Parece a história do beija-flor querendo combater incêndio florestal levando água no pequeno bico, mas enquanto água evapora já ao sair do bico, os mecanismos de monitoramento do efeito estufa se somam, combinam e projetam ganhos de eficiência energética favoráveis à proteção ambiental.

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A despedida

 Em ritmo de despedida dos seus respectivos cargos, que entregam dia 1 de fevereiro, alguns deputados estaduais estão destinando recursos de suas emendas parlamentares para seus municípios base, casos dos suplentes que assumiram para mandatos relâmpagos, como Willians Pimentel (Porto Velho). Da mesma forma os deputados que assumiram mais recentemente, Ezequiel Junior (Machadinho do Oeste) e Aziz Rahal (PL-Ji-Paraná) mostram serviço já com vistas a futuras eleições. A atual legislatura foi uma festa para os suplentes em vista de várias cassações e de licenças de muitos parlamentares.

Recursos do fundão

Na campanha de 2022, elegendo deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da república, 28 partidos se refestelaram com um rateio de quase R$ 1 bilhão de reais. Mas como muitos partidos não conseguiram superar as chamadas cláusulas de barreira, que é um desempenho exigido pelo TSE, a partir de fevereiro somente 12 agremiações partidárias vão receber as verbas deste fundão. Vai sobrar mais para os partidos estruturados nos próximos anos já que o Congresso Nacional não faz nada para refrear o apetite partidário. Muito pelo contrário.

Atenções voltadas

No Cone Sul as atenções dos clãs políticos formados na região desde a década de 80, já se voltam para as eleições municipais de 2024. Com o clã Donadon em decadência, com derrotas sucessivas, mas ainda empoderado já que tem ainda uma deputada estadual, Rosangela Donadon (União Brasil), os outros dois clãs, um liderado pelo deputado estadual Luizinho Goebel (PSC-Vilhena) e outro pelo deputado estadual mais votado da região que é Ezequiel Neiva, começam a escolher seus ungidos para as disputas nos principais municípios da região, que são Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras.

Sem herdeiros

A maioria dos ex-governadores de Rondônia não deixou herdeiros políticos. O prestigio do próprio Teixeirão não foi suficiente para eleger seu filho a deputado federal.  Igualmente Ângelo Angelim (Vilhena), Jerônimo Santana (Porto Velho), Oswaldo Piana (Porto Velho), Valdir Raupp (Rolim de Moura) e José Bianco (Ji-Paraná) não deixaram filhos ou parentes para seguir carreira política. O ex-governador Ivo Cassol até tem parentes disputando cargos eletivos mais no último pleito nenhum se elegeu. E é um pé de coelho às avessas quando apoia candidatos a prefeitos, por exemplo.

Uma tendência

Os últimos governadores seguem a tendência de deixar um vácuo de lideranças em seus clãs familiares. Vejam o caso de Confúcio Moura (Ariquemes) que não conseguiu emplacar uma irmã a deputada federal mesmo no auge do seu prestigio político. No mesmo sistema, o atual governador Marcos Rocha (Porto Velho) evita projetar nomes da família para disputar cargos eletivos e dificilmente deixará herdeiros disputando funções estaduais ou federais. No seu caso, sabe-se desde já que deverá disputar o Senado em 2026, apoiando Hildon Chaves ao governo do estado.

Via Direta

*** A BR 364 se transformou no grande corredor de drogas da região Amazônica. A cocaína vem de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia e do Acre com a fronteira com o Peru *** Com isto Rondônia virou uma espécie de Ceasa de entorpecentes: exporta cocaína para o Sul, Sudeste e Nordeste do país e recebe maconha paraguaia para atender as demandas do próprio estado, Acre e Amazonas. É coisa de louco *** Sem recursos para realizar censos demográficos nos últimos aos, o IBGE apelou para estimativas nos municípios brasileiros e elas furaram feio *** Em Rondônia 24 municípios viram suas populações reduzidas com o censo oficial e a gritaria é grande tendo em vista a redução dos recursos do FPM *** Como se sabe o rateio do tributo é feito com base nos resultados oficiais do IBGE entregues ao Tribunal de Contas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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