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Carlos Sperança

A onda migratória brasileira para Portugal em 2022 virou uma baita fria para os rondonienses


A onda migratória brasileira para Portugal em 2022 virou uma baita fria para os rondonienses - Gente de Opinião

As melhores decisões

Já livre das eleições, que o forçavam a se concentrar no que daria votos ao Partido Democrata, ameaçado pela “onda vermelha” dos republicanos que nem aconteceu, o presidente Joe Biden pode agora relaxar sua intervenção verbal na guerra na Ucrânia, que mexia com interesses econômicos de alto coturno, e focar no drama do clima. Na COP27, por exemplo, ele pediu o fim do desmatamento nas florestas do mundo e mencionou especificamente a Amazônia, como não poderia deixar de ser.

Observa-se nos EUA, encerradas as eleições depois da demoradíssima contagem de votos, que houve grande equilíbrio entre o Partido Democrata, com reduzida maioria no Senado, e o Republicano, que teve também pequena vantagem na Câmara.

Dificilmente haverá governabilidade se cada partido se agarrar à sua maioria e travar as negociações, inviabilizando medidas consensuais. Logo de cara se vê que os democratas se inclinam a priorizar o clima e os republicanos querem acabar de vez com a sangria de energias nacionais na guerra da Ucrânia, que favorece à China avançar enquanto os EUA se desgastam.

Como o Brasil também estará às voltas com votações muito equilibradas no Congresso Nacional, com o Senado mais maleável e a Câmara mais indigesta, os dois países terão negociações políticas interessantes e dignas de atenção. Que todos se entendam e cheguem às melhores decisões.

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Festa no interior

O ex-deputado federal e ex-vice-governador Assis Canuto sempre ressalta a importância do governo Humberto Guedes para Rondônia. Lembra que foi o então governador, antecessor de Teixeirão que encaminhou as propostas da criação dos municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Cacoal e Vilhena que ganharam autonomia em 1977 com apoio do então ministro do Interior Rangel Reis. Neste mês de novembro os cinco municípios que foram emancipados de Porto Velho estão comemorando 45 anos da sua criação. Guedes merece todos os méritos também pela infraestrutura gerada no antigo território federal para a transformação em estado.

Reduto de Rocha

Um dos recordes de votos do governador Marcos Rocha na peleja do segundo turno em outubro foi na região do Cristal da Calama e Lago Azul em Porto Velho. Dias antes do pleito, o prefeito Hildon Chaves, que apoiava o projeto de reeleição de Rocha tinha concluído a pavimentação da Av. Calama em toda a sua extensão até o acesso daquele enorme complexo habitacional. Por isto, Chaves está bem na foto para a sucessão do atual governador naquelas bandas. Lá será um dos redutos mais importantes para o alcaide na briga pelo CPA. Tem mais uma isca lançada na região: o projeto de regularização fundiária que já começou.

Baita fria

A onda migratória brasileira para Portugal em 2022 virou uma baita fria para os rondonienses, a maioria saindo de Porto Velho, Ji-Paraná, Ouro Preto, Cacoal e Vilhena. De regresso a Rondônia, como andorinhas com as asas quebradas e cheia de dor, os imigrantes relatam casos de fracasso em atividades como de institutos de beleza, construção civil e outros segmentos. A maior queixa é com relação a inflação, aluguel alto e a discriminação dos portugueses aos brasileiros. Se queixam que muitas mulheres que desembarcaram em Portugal e na vizinha Espanha são consideradas garotas de programa, recrutadas no Brasil.

Vacas de presépio

A maioria dos deputados estaduais com comportamento de vacas de presépio na Assembleia Legislativa foi derrotada nas eleições de outubro. O comportamento avestruz dos parlamentares que não fiscalizavam os atos do executivo e votavam em projetos oriundos do executivo a toque de caixa, revelou a necessidade da renovação dos quadros políticos, já que muitos deputados só pensavam em fazer do mandato um balcão de negócios com indicações de parentes para o governo estadual. Fica o exemplo para os deputados eleitos já que a omissão será cobrada no pleito seguinte.

Fazendo as contas

Os partidos que formam o famigerado “Centrão” e algumas legendas da base aliada do presidente Jair Bolsonaro estudam seus respectivos posicionamentos para o governo Lula que se inicia em janeiro. Na verdade, só o PL, sigla onde o presidente está filiado se anuncia como uma legenda oposicionista. Pelos entendimentos em andamento existe muito deputado federal e senador vira-casaca disposto a integrar a base de sustentação do futuro presidente. Com isto está se formando uma coalizão de centro-direita, bem diferente do que se se imaginava já que os bolsonaristas falavam num governo comunista.

Via Direta

*** Impressiona como a polarização entre as forças antagônicas brasileiras segue mesmo depois das eleições com tantas manifestações raivosas patrocinadas em Rondônia pelos madeireiros, pecuaristas, garimpeiros e expoentes do agronegócio *** Os estados mais bolsonaristas como Rondônia e Mato Grosso sofrem as consequências da polarização três semanas depois da eleição e até capitalistas selvagens são taxados de comunistas *** Ainda não temos data marcada para a inauguração das reformas do Complexo da Estrada Madeira Mamoré. E ainda tem gente acreditando que a rodoviária de Porto Velho – que nem começou –sairá em breve. Mais fácil acreditar que galinha dentes e em Sacy Pererê ***Supermercados, lojas de materiais de construção, de pets, farmácias, hospitais e laboratórios seguem como os segmentos que mais faturam e geram empregos em Porto Velho.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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