Quinta-feira, 5 de novembro de 2020 - 10h11
As
guerras entre milícias e traficantes são uma campanha eleitoral paralela no Rio
de Janeiro. Os dois bandos e seus candidatos usam as forças de segurança como
auxiliares, mediante a manobra de denunciar atividades dos inimigos. Lembra o
“disk-denúncia” com recompensa: paus mandados do grande tráfico denunciavam
concorrentes para retomar pontos de venda e de quebra ainda ganhar os prêmios
oferecidos.
O
crime, sem as amarras das prestações de contas oficiais, é um grande financiador
de campanhas eleitorais. Eleger um vereador a baixo custo que depois será um
deputado financiável pelo próprio mandato e também pelas habituais rachadinhas
com assessores fantasmas, é um grande negócio. Aliás, do contrabando ao tráfico
de drogas e armas, são muitas as fontes de mandatos legais com origens
espúrias.
O superintendente
da Polícia Federal no AM, Alexandre Saraiva, afirmou que a causa central do
desmatamento na Amazônia é a grilagem e a extração ilegal de madeira. O crime
impune se escora em apoio político. Enquanto candidatos dignos só tem o próprio
salário como apoio, o crime sem rosto visível a bater financia a conquista de
poder legal por meios ilegais. A rigor, já que o Fundo Eleitoral tem origem em
mandatos obtidos com muita corrupção em décadas a fio, os vereadores milicianos
e traficantes do RJ não são os únicos suspeitos a julgar.
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Ritmo de obras
Com
as chuvas dando as caras gerando alagamentos nas cidades e atoleiros nas
estradas vicinais de Rondônia, o ritmo das obras municipais, estaduais e
federais acaba sofrendo as consequências no Estado. Na capital, seja na
pavimentação, na recuperação da Estrada de Ferro, na dragagem do rio Madeira.
Na ponte do Abunã teremos adiamento. Em Porto
Velho a grita é grande com as alagações e um candidato oposicionista (aquele
espetaculoso) ameaça fazer campanha de canoa, como marketing. Será que
funciona?
Em queda livre
A
situação do PT de Lula não é das melhores em Rondônia, estado onde a onda
vermelha chegou a eleger no passado cinco deputados estaduais, dois federais e
até senadora Fátima Cleide além de emplacar a eleição do prefeito Roberto Sobrinho.
Em Porto Velho, o partido patina com Ramon Cajui, em Ji-Paraná Claudia de Jesus
está longe de decolar, em Ariquemes o candidato Cleber Dias está longe do pódio
e em Vilhena e Cacoal não tem candidaturas próprias. Um partido em queda livre
em 2020.
Plano Diretor
No
horário eleitoral nada se falou do Plano Diretor de Porto Velho. É lamentável
que um tema tão importante seja ignorado pelos candidatos na capital, já que
através dele é que se projeta o futuro, desde a mobilidade urbana até a coleta
de lixo e a expansão urbana tão complicada com as invasões as margens da BR
319, onde surgiram bairros recentes com loteamentos clandestinos, depois da
ponte sobre o rio madeira. Vamos ver se nos debates os candidatos falam alguma
coisa a respeito.
Os aposentados
A
maioria dos ex-prefeitos de Porto Velho está fora das lides políticas. Tanto
Francisco Paiva e Sebastião Valadares (ainda nos idos do território), como José
Guedes, Carlinhos Camurça e Roberto Sobrinho estão longe da cena política e
oficialmente não estão apoiando aliados nestas eleições. Apenas Mauro Nazif,
ex-prefeito, atualmente deputado federal está na ativa apoiando o coronel
Ronaldo Flores (Solidariedade), numa aliança do seu partido, que é o PSB. Um
nome em ascensão e que pode incomodar os favoritos ainda.
Barbas de molho
Como
em todos nos últimos pleitos, a véspera das eleições surge uma baita zebra para
atazanar os favoritos em Porto Velho. Tem uma já despontando e dobrando as
intenções de votos por semana. Se rolar o efeito manada, que tem ocorrido desde
a última década a prefeito e ao governo na capital, que os nomes de ponteira
nesta peleja fiquem desde já barbas de molho, já que os dois que lideram a
corrida são de fato barbudos. Havendo a zebra, pelo menos um barbudo dança na reta
final.
Via Direta
*** A gestão tucana em Porto Velho, com
uma administração suprapartidária deu certo, apesar de tantas tendências partidárias
*** A
pasta da Agricultura cedida ao ex-deputado federal Luís Claudio se mostrou bem acertada, foi um
dos melhores secretários da atual gestão ***
As eleições 2020 vão aposentar um monte de macacos velhos na política regional
com a ascensão de muitos cabaços *** A média de idade dos prefeitos
rondonienses e de vereadores eleitos em vários municípios deve cair para menos
de 40 anos, projetando novas
lideranças para futuros pleitos *** Da
dinastia Amorim, que comandou o Vale do Jamari durante décadas, sobrou apenas a
atual prefeita de Alto Paraíso Elma Amorim que disputa a reeleição numa renhida peleja com oposicionistas *** Já,
o clã dos Muletas novamente polariza o pleito em Jaru, mas em desvantagem contra
o atual prefeito Joãozinho.
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