Segunda-feira, 7 de novembro de 2022 - 08h20
Pátria é mãe gentil
É
natural que perdedores chorem e quem mais tem culpa trate de empurrá-la para
alguém, preferencialmente adversários ou subalternos que se calam para não
sofrer ainda mais. Se o choro for curto, cumprirá o papel natural de reação às
perdas que a vida oferece. Longo demais, pode cair no inferno da depressão, de
onde o escape é custoso e por vezes irremediável. A receita é pular fora da
tristeza dando valor às lições que a perda ensinou.
Para
os patriotas, as lágrimas são curtas. De imediato prevalecem os versos imortais
do Hino Nacional, que exalta os risonhos, lindos campos, a mais vida dos
bosques e, acima de tudo, a Pátria mãe gentil. A lição dada pelo presidente
Jair Bolsonaro, já fora do papel de candidato, foi guardar silêncio até
sublimar emoções e tomar a decisão certa de se dirigir ao povo e pedir que ninguém
perturbe a vida nacional com atos ilegítimos.
Quando
o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ligou para os dois
candidatos e lhes comunicou oficialmente o resultado do segundo turno, o
presidente demonstrou cortesia e a repetiu ao se dirigir ao STF, onde a Pátria
mãe gentil também prevaleceu. Ao agradecer pelos votos, Lula se dispôs a
governar para todos. Ao mostrar gentileza, Bolsonaro foi digno do apoio recebido,
quase metade dos votos válidos. Se os radicais de cada lado forem amordaçados,
a gentileza da Pátria vai prevalecer no Hino e fora dele, na vida diária de
todos os patriotas.
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A prioridade
Reconhecendo
que o segmento deixou a desejar, e muito por causa da pandemia que consumiu
muitos recursos, o governador Marcos Rocha (União Brasil) anunciou que a saúde
pública será prioridade na sua próxima administração. Certamente o setor poderá
evoluir muito com a construção do novo Euro na Zona Leste, cujas obras estão
começando. Mas seu desafio é deixar em dia mais de 12 mil operações eletivas
atrasadas. São centenas de pessoas com braços e pernas fraturadas esperando cirurgias
há quase um ano. Uma situação desgastante para a esfera estadual,
principalmente com o Pronto Socorro João Paulo II transformado numa casa de
horrores.
Com admiração
Depois
de Joãozinho Gonçalves, prefeito de Jaru, um dos únicos alcaides brasileiros ao
invés de desviar recursos públicos faz doações a sua municipalidade através da
Rede Gonçalves, Rondônia terá mais um prefeito para admirar sua conduta.
Trata-se do prefeito eleito na eleição suplementar de Vilhena, delegado Flori
Cordeiro (Podemos). Com isto vamos perder um baita delegado da Policia Federal
que já prendeu cinco prefeitos corruptos rondonienses em sua carreira. Olho
nestes dois nomes, ambos devem crescer muito nos próximos anos no cenário
político estadual, depois de tantas decepções.
Os bolsonaristas
Fui
perguntar para bolsonaristas empedernidos, no recente bloqueio de Candeias, o motivo
de tanta revolta a ponto de paralisar o País. Como se sabe, o último bloqueio
desfeito no Brasil aconteceu em Vilhena. Vejam as alegações dos revoltosos: 1-
Que a eleição foi uma farsa e que Lula e cia compraram 5 milhões de votos para
derrotar o presidente Jair Messias Bolsonaro 2 – Que o novo governo vai fechar
as igrejas evangélicas, surrar e perseguir padres católicos 3- Que voltarão as
invasões do MST pelo País afora acobertadas pelos petistas 4- Que as menininhas
estudantes serão obrigadas a frequentar banheiros masculinos de taradões nos
colégios 5-Lula vai acabar com o pix, ete, etc.!
A predominância
Já
se sabia que Rondônia era um dos estados mais bolsonaristas no País, a exemplo
de Santa Catarina, do Acre, e Roraima. Na Amazonia foram reeleitos quase todos
os governadores bolsonaristas, exceto no Estado do do Pará, onde Helder
Barbalho (MDB) prevaleceu. Em Rondônia o governador eleito, o segundo lugar e o
terceiro Leo Moraes no primeiro turno eram bolsonaristas. Dos oito deputados federais
eleitos, os oito são do segmento, dos 24 deputados federais eleitos no estado,
só um petista e um socialista e todo mundo apostando que tudo vai piorar numa
gestão petista. Haja bolsonarismo!
Centrão manda
Tem
sido o “Centrão”, aquela coalizão de partidos direitistas que manda no País
desde a redemocratização, lembrando que já mandava em Color, colocou Sarney, Fernando
Henrique, Lula, Dilma e Temer de joelhos e deve formar maioria novamente de deputados
federais e senadores no Congresso Nacional na próxima legislatura. Com isto
seria difícil acreditar em mudanças radicais como os fanáticos bolsonaristas
estão temendo. O que vem aí não é um governo petista, ou uma gestão de
esquerda. Vem aí uma gestão de centro, sem problemas para o agronegócio e outras
esferas econômicas.
Via Direta
***
O chamado Centrão quer neutralidade do presidente
Lula na sucessão das mesas diretoras do Senado e Câmara dos Deputados ***
Será que algum rapinador de fiação elétrica já foi preso com a oferta de uma
recompensa de R$ 5 mil para informações sobre a receptação deste tipo de
material em Porto Velho? Não existem ainda estatísticas a respeito *** Enquanto isto as casas seguem sendo
depenadas, as fiações dos postes roubadas e assim continua tocando a banda no
estado inteiro. *** Infelizmente a esfera de segurança pública deixa muito
a desejar mesmo com a recente troca de secretário *** De volta de seu curto descanso de campanha na Bahia o presidente eleito
Lula trata de ampliar a sua base aliada buscando a necessária governabilidade
em 2023 *** Estão na mira da articulação do novo presidente o PSD, o União
Brasil e o MDB.
Pelo menos cinco governadores estão se preparando para a disputa presidencial em 2026
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