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Carlos Sperança

A política não é uma ciência exata e tudo muda como as nuvens


A política não é uma ciência exata e tudo muda como as nuvens - Gente de Opinião

Ler com proveito

O livro recente com maior visibilidade política foi “Amazônia, a Maldição das Tordesilhas”, do ex-ministro Aldo Rebelo, criticado por colocar “Amazônia” e “Maldição” no mesmo título. Como contraponto, o livro de maior visibilidade acadêmica tende a ser “Bioeconomia para quem?: bases para um desenvolvimento sustentável na Amazônia”, com a participação de 32 autores.

O título-pergunta da obra é a questão decisiva. Se a bioeconomia deve ser o caminho do país para o desenvolvimento terá que contemplar os interesses dos brasileiros ainda excluídos pela dispersão de energias e perda de tempo causadas pelo secular atraso nacional e pelas brigas entre as bolhas que desunem.

A pergunta começa a ser respondida logo na apresentação da obra: “Uma bioeconomia bem gerida, sendo essencial para empresas sustentáveis, também deve atender às demandas de extrativistas vegetais, pescadores e povos da floresta”, escrevem os organizadores da obra, Adalberto Luis Val, pesquisador do Inpa, e Jacques Marcovitch, ex-reitor da USP.

O biólogo Val, o amigo dos peixes, teve sua obra cientifica reconhecida com a concessão da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Marcovitch, por sua vez, já em 2006 havia premiado o universo científico mundial com a obra “Para Mudar o Futuro: Mudanças Climáticas, Políticas Públicas e Estratégias Empresariais”. Leituras obrigatórias na presente conjuntura.

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As contas

A política, como se sabe, não é uma ciência exata e tudo muda como as nuvens, de forma e tamanho, constantemente. Nas eleições municipais em Porto Velho a situação e a oposição fazem suas contas. Do lado da pré-candidata chapa branca, Mariana Carvalho, os magos da sua articulação Hildon Chaves, Aparício Carvalho, Fabricio Jurado, Expedito Junior e representantes aliados do governador Marcos Rocha entendem que haverá uma drástica redução do número de candidatos e até uma possível vitória da candidata em primeiro turno é considerada, mesmo que apertada. Já os alquimistas da oposição, acreditam que tem dois turnos garantidos e o postulante oposicionista que se bater com Mariana no segundo turno leva.

 Batendo na trave

Grande campeã de todos os tempos na destinação de recursos para Porto Velho, a ex-vereadora e ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), pré-candidata favorita ao Prédio do Relógio, sede do poder executivo municipal, já bateu na trave nas eleições municipais de 2012. Naquele pleito, até poucos dias da eleição que levou Lindomar Garçom e Mauro Nazif ao segundo turno, Mariana era a segunda colocada, perdendo esta condição para Nazif por poucas dúzias de votos. Depois de bater na trave em 2012 e no pleito ao Senado em 2022, ela se prepara para uma grande jornada no pleito de 2024.

Mais invasões

As eleições se aproximam e é corriqueiro em Porto Velho nesta época candidatos a vereador estimular invasões de terras, como aconteceu nas colonizações das zonas Sul e Leste na capital rondoniense ha décadas atrás.  A bola da vez agora é nas margens da BR 319, que liga Porto Velho a Humaitá, causando sérios problemas de demandas sociais já que a Prefeitura de Porto Velho é impedida de estender benefícios se vendo obrigada a espichar o Plano Diretor o que causará prejuízos a comunidade já que o adensamento da cidade fica seriamente prejudicado.

Na Vila Sapo

Para reverter sua impopularidade na Vila Sapo (região das Três Marias/Fortaleza), o prefeito Hildon Chaves (PSDB) está investindo em saneamento, encascalhamento e pavimentação de dezenas de ruas. Hildão tem enorme índice de aceitação da Zona Leste, mas na Vila Sapo, depois das enchentes era considerado uma persona “non grata” e seus moradores chegaram a promover protestos com fechamento de ruas. Diego Lage, secretário de Obras e possível candidato a vice-prefeito de Mariana comanda as equipes de obras e os revoltosos já se mostram satisfeitos com os trabalhos executados.

Farra de diárias

Acredita-se, depois de investigações exaustivas, que alguns políticos compraram votos para se elegerem com farra de diárias para países do exterior, para Brasília e contratação de centenas de funcionários fantasmas e tantos outros para a prática de rachadinhas. Escândalos neste sentido começam a pipocar pelo País afora e vamos torcer que os estados da região Norte, tão sujeitos ao assédio do narcotráfico, não sejam envolvidos em casos desta natureza. Rondônia está cansada de escândalos políticos e de vampirização dos recursos públicos através de licitações milionárias.

 

Via Direta

*** Acredita-se que o crime organizado, além de corromper licitações nas prefeituras em favor de suas empreiteiras também se prepara para as eleições municipais para prefeitos e vereadores na região Norte *** Para tanto terão um fundão milionário para investimento para depois lucrar mais do que a venda de cocaína e de ouro extraído ilegalmente em localidades ribeirinhas *** Garotas de programa que foram atender clientes em algumas currutelas de Porto Velho voltaram dizendo que alguns garimpos são de fachada *** Nestes garimpos o que rola na verdade é o famigerado tráfico de drogas, segundo elas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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