Segunda-feira, 4 de dezembro de 2023 - 08h20
O
general João Figueiredo, sem meias palavras, disse que ia prender e arrebentar
quem fosse contra a democracia. Hoje, muitos estão presos por arrebentar
instalações dos Três Poderes, para satisfação de quem temia pela democracia e humilhação
para quem não aceita a alternância de poder via eleições.
Já
não sendo mais necessário prender e arrebentar quem se insurge contra a
construção democrática do país, há movimentos importantes no sentido de pelo
menos capturar carbono e aplicar golpes certeiros nas causas dos rigores
climáticos.
Isso
requer definições precisas das formas de regulamentação e uma fórmula
efetivamente rentável para que a inclusão da Amazônia no mercado de carbono
leve os países e as empresas interessadas a compensar as suas emissões. Ironicamente,
os dados disponíveis apontam que a Amazônia emite mais de um bilhão de
toneladas de carbono por ano via desmatamento e queimadas. Prender as emissões
e arrebentar os entraves à captura rentável de carbono é uma obrigação de
governo e sociedade.
O agronegócio
tem um papel decisivo nessas tarefas de capturar carbono e arrebentar os obstáculos.
Nesse caso, é bem-vindo o Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical,
na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, com objetivos altamente
saudáveis, dentre os quais fazer com que a produção de alimentos, fibras e
energia seja parte da solução da crise climática.
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Mais rompimentos
Pelo
não cumprimento de contratos na construção de casas populares, a prefeitura de
Porto Velho está rompendo mais um contrato com empreiteira. Tem sido comum nas
últimas décadas as construtoras darem cano, deixando obras abandonadas na
capital do estado. Muitas nem são penalizadas, mesmo porque seus donos somem do
mapa, buscando outras praças para darem seus golpes. Os municípios rondonienses
teriam menos prejuízos com as empreiteiras se os prefeitos, vereadores e
deputados fiscalizassem melhor as obras em andamento.
Novo comando
O
Diretório Nacional do PSDB tem novo comando com a eleição do ex-governador de
Goiás Marconi Perilo. Os tucanos se bicavam há tempos e até a eleição do governador
do Rio Grande do Sul Eduardo Leite na presidência do partido tinha sido
judicializada. Agora, com um nome de consenso, se espera que a legenda volte a
juntar seus cacos. Nas primeiras decisões, ficou estabelecido que o partido será
oposição ao governo Lula e que Eduardo Leite será o presidenciável da legenda
em 2026 para enfrentar os petistas e bolsonaristas, buscando uma terceira via
exequível para o País
Baita zica
Mas
que zica no vizinho estado do Amazonas. Teve o pior surto de covid do País,
sofreu a maior seca dos últimos 120 anos e ainda por cima enfrentou na semana passada
uma greve de médicos com a população passando por momentos terríveis já que um
surto de gripe influenza tem ocorrido em Rondônia, Acre e no Amazonas. A boa notícia
é que o nível dos rios Negro e Solimões começam a subir melhorando as condições
de vida dos ribeirinhos. Em Rondônia também o madeirão indica melhores níveis e
a preocupação agora é com o fenômeno das terras caídas, aqueles desbarrancamentos
tradicionais nesta época do ano.
Mais ação
A
população rondoniense cobra mais ação da classe política – do governador, prefeitos,
vereadores, deputados estaduais e federais e senadores – quanto a situações até
agora insolúveis. Temos o caos aéreo com as tarifas mais caras da história da
aviação – é mais barato viajar para Miami, nos Estados Unidos do que para
Curitiba (PR) – a imediata providência para a completa restauração da BR-319
que se arrasta há décadas, e a luta pela bandeira da Usina Hidrelétrica de Tabajara
postergada, além do anel viário de Porto Velho (chamado pomposamente de Expresso
Porto) que nem foi concluído e sequer consta do Plano de Aceleração de Crescimento
–PAC.
As
dificuldades
Os
políticos têm que pensar menos nas rachadinhas, nomeações de compadres,
conluios com empreiteiras, superfaturamento de merenda escolar, emissão de notas frias em
oficinas mecânicas e pensar mais na população envolta em tantas dificuldades. A
saúde é precária, a educação padece e a segurança pública tem sido um calcanhar
de Aquiles dos administradores nos últimos anos. É uma situação que perdura há
muito tempo e tem passado por sucessivas gestões municipais, estaduais e
federais, pautas constantes do municipalismo brasileiro nos encontros
nacionais.
Via Direta
*** Muitos médicos formados em Rondônia
estão procurando estados da região sul, no interior de São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul buscando melhores salários *** É uma tendência que
tem se acentuado nos últimos anos e quem fica na mão é Rondônia *** Excelente artigo do ex-presidente da Assembleia
Legislativa José Bianco publicado na semana passada sobre os 40 anos da
constituinte. Retratou com fidelidade até os embates do PDS, da situação, com o
MDB, da oposição *** Passou da hora da prefeitura de Porto Velho e o
governo de Rondônia se unirem para implantar um cinturão verde na região metropolitana
visando melhorar o abastecimento de hortigranjeiros no estado.
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