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Carlos Sperança

A população rondoniense cobra mais ação da classe política


A população rondoniense cobra mais ação da classe política - Gente de Opinião

Prender e arrebentar

O general João Figueiredo, sem meias palavras, disse que ia prender e arrebentar quem fosse contra a democracia. Hoje, muitos estão presos por arrebentar instalações dos Três Poderes, para satisfação de quem temia pela democracia e humilhação para quem não aceita a alternância de poder via eleições.

Já não sendo mais necessário prender e arrebentar quem se insurge contra a construção democrática do país, há movimentos importantes no sentido de pelo menos capturar carbono e aplicar golpes certeiros nas causas dos rigores climáticos.

Isso requer definições precisas das formas de regulamentação e uma fórmula efetivamente rentável para que a inclusão da Amazônia no mercado de carbono leve os países e as empresas interessadas a compensar as suas emissões. Ironicamente, os dados disponíveis apontam que a Amazônia emite mais de um bilhão de toneladas de carbono por ano via desmatamento e queimadas. Prender as emissões e arrebentar os entraves à captura rentável de carbono é uma obrigação de governo e sociedade.

O agronegócio tem um papel decisivo nessas tarefas de capturar carbono e arrebentar os obstáculos. Nesse caso, é bem-vindo o Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, com objetivos altamente saudáveis, dentre os quais fazer com que a produção de alimentos, fibras e energia seja parte da solução da crise climática.

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Mais rompimentos

Pelo não cumprimento de contratos na construção de casas populares, a prefeitura de Porto Velho está rompendo mais um contrato com empreiteira. Tem sido comum nas últimas décadas as construtoras darem cano, deixando obras abandonadas na capital do estado. Muitas nem são penalizadas, mesmo porque seus donos somem do mapa, buscando outras praças para darem seus golpes. Os municípios rondonienses teriam menos prejuízos com as empreiteiras se os prefeitos, vereadores e deputados fiscalizassem melhor as obras em andamento.

Novo comando

O Diretório Nacional do PSDB tem novo comando com a eleição do ex-governador de Goiás Marconi Perilo. Os tucanos se bicavam há tempos e até a eleição do governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite na presidência do partido tinha sido judicializada. Agora, com um nome de consenso, se espera que a legenda volte a juntar seus cacos. Nas primeiras decisões, ficou estabelecido que o partido será oposição ao governo Lula e que Eduardo Leite será o presidenciável da legenda em 2026 para enfrentar os petistas e bolsonaristas, buscando uma terceira via exequível para o País

Baita zica

Mas que zica no vizinho estado do Amazonas. Teve o pior surto de covid do País, sofreu a maior seca dos últimos 120 anos e ainda por cima enfrentou na semana passada uma greve de médicos com a população passando por momentos terríveis já que um surto de gripe influenza tem ocorrido em Rondônia, Acre e no Amazonas. A boa notícia é que o nível dos rios Negro e Solimões começam a subir melhorando as condições de vida dos ribeirinhos. Em Rondônia também o madeirão indica melhores níveis e a preocupação agora é com o fenômeno das terras caídas, aqueles desbarrancamentos tradicionais nesta época do ano.

Mais ação

A população rondoniense cobra mais ação da classe política – do governador, prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores – quanto a situações até agora insolúveis. Temos o caos aéreo com as tarifas mais caras da história da aviação – é mais barato viajar para Miami, nos Estados Unidos do que para Curitiba (PR) – a imediata providência para a completa restauração da BR-319 que se arrasta há décadas, e a luta pela bandeira da Usina Hidrelétrica de Tabajara postergada, além do anel viário de Porto Velho (chamado pomposamente de Expresso Porto) que nem foi concluído e sequer consta do Plano de Aceleração de Crescimento –PAC.

 As dificuldades

Os políticos têm que pensar menos nas rachadinhas, nomeações de compadres, conluios com empreiteiras, superfaturamento de  merenda escolar, emissão de notas frias em oficinas mecânicas e pensar mais na população envolta em tantas dificuldades. A saúde é precária, a educação padece e a segurança pública tem sido um calcanhar de Aquiles dos administradores nos últimos anos. É uma situação que perdura há muito tempo e tem passado por sucessivas gestões municipais, estaduais e federais, pautas constantes do municipalismo brasileiro nos encontros nacionais.

Via Direta

*** Muitos médicos formados em Rondônia estão procurando estados da região sul, no interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul buscando melhores salários *** É uma tendência que tem se acentuado nos últimos anos e quem fica na mão é Rondônia *** Excelente artigo do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Bianco publicado na semana passada sobre os 40 anos da constituinte. Retratou com fidelidade até os embates do PDS, da situação, com o MDB, da oposição *** Passou da hora da prefeitura de Porto Velho e o governo de Rondônia se unirem para implantar um cinturão verde na região metropolitana visando melhorar o abastecimento de hortigranjeiros no estado.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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