Quinta-feira, 30 de novembro de 2023 - 08h25
Sigla
que passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros desde que a presidente
Dilma Rousseff a regulamentou em 2013, a GLO teve seus dez anos de existência
comemorados pelo terceiro governo Lula com uma nova aplicação. Há duas possibilidades
positivas e uma negativa para esse instrumento forte de poder.
A
mais positiva é que as repetidas experiências de sua aplicação a tornarão mais
precisa e coordenada, sem o bate-cabeça que normalmente se verifica entre as forças
integrantes. Será uma possibilidade positiva, ainda, se de fato funcionar, não
se limitando a criar um período em que os ratos ficam encolhidos nas tocas para
depois retornar. A negativa é que o presidente, ao se sentir acuado pelo povo,
como ocorreu com Dilma Rousseff em 2013, recorra a esse instrumento como escudo
para manter a ferro e fogo medidas autoritárias. A repressão em 2013-14, aliás,
desviou o PT de seu caminho rumo à esquerda e reforçou a direita.
Se
a nova GLO deixar de ser um escudo para a inoperância e servir para ser de fato
um instrumento resolutivo no combate aos crimes ambientais e estados paralelos
da delinquência internacional, poderá ter o décimo aniversário comemorado com
entusiasmo. Se voltar a ser um instrumento de repressão aos protestos
populares, como fez Dilma em 2013/14, seu valor e funcionalidade estarão em
xeque. Só se deve manter o que funciona, e a GLO ainda precisa provar que é
funcional.
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As rachadinhas
A
pratica das rachadinhas (que é a divisão dos salários entre os políticos e seus
funcionários tem acontecido em todas instancias – de vereadores a deputados
estaduais, de federais a senadores - em todo Pais e a muito tempo. A coisa
acontece a direita, vide casos dos irmãos Bolsonaro ou a esquerda, por isto a
explosão deste episódio envolvendo o deputado Janone (MG) não é surpresa
nenhuma. A rigor casos de nepotismo e rachadinhas acontecem desde o início da colonização
brasileira com a chegada dos portugueses. O gajo casava com uma índia e tinha
direito a três guerreiros para trabalhar na sua roça, benefício criado pela
coroa portuguesa.
Nossas inovações
Em
Rondônia, onde a pratica da rachadinha é tão difundida em vários escalões,
existe até a rachadinha da rachadinha. O cara recebe o cargo e a nomeação de um
político (vereador, deputado etc) e arruma um terceiro para ocupar o seu lugar
recebendo os proventos. O sujeito que cede o CPF então devolve parte do salário
ao político e uma outra fatia para o sujeito que lhe arrumou o emprego. E
existem denúncias desde os primórdios do estado de funcionário morando no
exterior recebendo salários em Rondônia. Recebe através de procuração. Some-se
isto a tantos funcionários fantasmas, e os recursos públicos acabam indo para o
ralo.
Senão, vejamos...
Pelo
que circula nos bastidores já temos projeções interessantes para as eleições de
2026. Na disputa ao governo estadual, entrariam na parada os ex-governadores
Ivo Cassol (Progressistas-Rolim de Moura) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes),
o atual vice governador Sérgio Gonçalves
(União Brasil), o atual prefeito de Porto velho Hildon Chaves (PSDB) e o
senador Jaime Bagatolli (Vihena). Para o Senado, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná)
buscando a reeleição, o atual governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto
Velho), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos-Porto Velho).
Quebrando o pau
Não
é de hoje que os deputados federais de Rondônia e do Amazonas brigam pela restauração
completa da Rodovia 319 que liga Porto Velho a Manaus numa extensão de quase
900 quilômetros, cuja metade da pista não é pavimentada e alvo de enormes atoleiros
durante o inverno amazônico. A briga vem desde o primeiro governo Lula quando a
ministra Marina Silva do Meio Ambiente colocava empecilhos ambientais para a
pavimentação da estrada. Na semana passada, os federais do Amazonas voltaram a
quebrar o pau com a ministra cobrando a liberação. Mas por enquanto a coisa
andou.
Políticos farsantes
Não
deveria mais nem me impressionar, mas me impressiona a desfaçatez dos políticos
da região. Eles comemoram a duplicação da BR-364, com apenas um pequeno trecho
em andamento em Itapoã e todo o restante mais –uns 600 quilômetros - ainda
dependendo até de estudos técnicos. Festejam a ponte binacional, em Guajará
Mirim, na divisa com a Bolívia sendo que nem os estudos técnicos foram
concluídos. Com a formação de um grupo de trabalho pela 319 querem passar a
população de Rondônia, Amazonas e do Acre que a coisa agora vai adiante. Ora, a
obra nem faz parte do orçamento do Programa de Aceleração de Crescimento -PAC
do governo Lula para 2024. É coisa de louco!
Via Direta
*** Com os rios Solimões e Negro subindo
no vizinho estado do Amazonas chega ao fim a pior seca do século na região,
alvo de drástica mudança climática *** A Câmara dos Diretores Lojistas e a prefeitura
de Porto Velho tentam ressuscitar o centro comercial da Av. Sete de Setembro
com a retirada do corredor exclusivo de ônibus coletivos aos sábados, domingos
e feriados *** Resta saber se a medida
seria suficiente para acabar com a letargia do centro antigo entregue aos
drogados e moradores de rua ***O PRD-Partido da Renovação Democrática,
fruto da fusão do Patriota com o PTB, terá no comando estadual, o ex-deputado
federal Nilton Capixaba (PTB) já habilitado
a voltar as lides políticas em 2026.
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