Segunda-feira, 29 de novembro de 2021 - 10h07
O mundo dá voltas e a história se repete,
dando razão ao filósofo Hegel. O governo Bolsonaro começou com o então
todo-poderoso ministro Paulo Guedes tentando dar fim à Zona Franca de Manaus.
Quando vazou a informação de que nos laboratórios do governo se preparava um
“Plano Dubai” para ser a pílula doce que faria descer sem caretas o amargo
remédio da extinção da ZF, ação estrutural positiva do governo militar, poucos
se apresentaram para defendê-lo. Até porque ninguém jamais soube ao certo como
seria o plano, morto na casca pela furiosa reação da sociedade amazônica.
Depois, mais cauteloso, Guedes, já sem tanto
poder, veio com a ideia parecida, agora de não mais explorar o deslumbramento
com as Arábias, mas com as gigantes tecnológicas dos EUA: “Tem o Vale do
Silício? Vamos fazer a Selva do Silício”.
Com a alegre viagem do presidente Jair
Bolsonaro e comitiva a Dubai, logo após a comemoração de seus mil dias, houve
um recaída no entusiasmo com as mil e uma noites do Oriente. Desta vez não
houve gritarias contra. No Invest in Brazil Fórum, durante a Expo 2020 Dubai, foram
apresentadas oportunidades de investimentos na América do Sul, com destaque
para o Instituto Amazônia+21, que aproveitou bem a oportunidade. Dubai ou Selva
do Silício, não importa se o gato é preto ou amarelo, mas que cace o rato do
atraso nacional.
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O Dia D
Caso algum fato novo não ocorra nas últimas
horas, hoje (terça-feira, dia 30) é o Dia D da filiação do presidente Jair
Bolsonaro no PL, de Waldemar Costa Neto, seu novo guru político. Bolsonaro
entra na legenda já negociando um vice que será egresso de outra legenda do
famigerado Centrão, o PP. O evento terá reflexos em Rondônia, já que no PL
poderá se filiar o senador Marcos Rogério, para se tornar candidato ao governo
do estado. Num outro partido bolsonarista, o PP, estará o ex-governador Ivo
Cassol, e no União Brasil o atual governador Marcos Rocha.
A
conciliação
Se de um lado, o presidente Bolsonaro contará
possivelmente com três candidatos ao governo de Rondônia em seu palanque, de
outro terá dificuldades de conciliar as coisas em Rondônia. Ivo Cassol é o
grande favorito na peleja 2022 em Rondônia, o governador Marcos Rocha quer
permanecer no poleiro e já toca seu projeto de reeleição. Marcos Rogério é uma
liderança emergente buscando a ultrapassagem. É um coquetel explosivo e a disputa
pode dar muita confusão já que Ivo e Rogério serão candidatos oposicionistas em
Rondônia.
Apressando
Ante o inesperado crescimento do recém
lançado candidato Sérgio Moro (Podemos) a corrida presidencial 2022, os demais
partidos que disputam a possibilidade de se tornar uma terceira via ante a polarização
entre o ex-presidente Lula e o atual mandatário Jair Bolsonaro, se apressaram
em colocar seus times em campo. O PSD tornou público a intenção de lançar a
postulação do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, o MDB coloca em evidencia a
candidatura da senadora Simone Tebet. O PSDB se enroscou nas suas prévias, mas
no último sábado escolheu como seu candidato o governador de São Paulo João
Dória como era esperado.
No antipetismo
Se constata nos primeiros movimentos neste
tabuleiro, que Moro já atinge a seara do presidente Jair Bolsonaro encarnando
fortemente o sentimento antipetismo numa postulação de centro-direita. Mas, no
outro lado, Lula também tem seus percalços. Entra no seu segmento de votos, a
esquerda, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), cujo marketing político é de primeira
e também abiscoita alguma coisa entre os descontentes com a gestão Bolsonaro.
Os lances iniciais da campanha 2022 estão em andamento e os partidos se apressando
em colocar suas candidaturas ainda no mês de janeiro.
Leo
Moraes
O crescimento do ex-ministro Sérgio Moro na
corrida presidencial 2022 beneficia no estado de Rondônia a trajetória política
do deputado federal Leo Moraes que ensaia uma candidatura ao Senado, não
descartando a disputa ao governo de Rondônia. Sem Hildon Chaves no seu caminho,
já que o tucano está acertado com o projeto da candidatura de Marcos Rogério ao
CPA, a tendência inicial seja na peleja ao governo ou ao Senado, Leo Moraes se
dar bem nas urnas na capital. Leo agora pode entrar na contenda 2022 com boas
cartas na manga. E se Ivo não concorrer, melhor ainda. Mana Jaqueline ao Senado e Jesualdo de Vice
seria uma baita chapa.
Via
Direta
*** Já sem
os dissidentes Lazinho da Fetagro e Roberto Sobrinho, os petistas rondonienses
começam os trabalhos com vistas às eleições de 2022 *** Acredita-se que o deputado estadual Lazinho da Fetagro entre nas fileiras
do PSB de Mauro Nazif e Jesualdo Pires ***
Por falar nos socialistas eles ainda estão no molho, aguardando definições de
outros partidos para acertar alianças para o governo e ao Senado *** No âmbito
nacional vai aumentando a lista de presidenciáveis, agora com um nome tucano, o
governador João Dória que ganhou as prévias no PSDB *** Com as chuvas se intensificando
muitas estradas vicinais rondonienses já estão com o trafego
prejudicado. Isto que apenas começou o inverno amazônico. Imaginem lá por
janeiro *** Olho vivo, a quarta onda do covid já está chegando.
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