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Carlos Sperança

Abrindo o jogo + Razão de ser + Disputa acirrada + Melhores vices


Abrindo o jogo + Razão de ser + Disputa acirrada + Melhores vices - Gente de Opinião

Abrindo o jogo

Contou positivamente em escala mundial para a melhoria da ainda péssima imagem do Brasil no exterior o Encontro dos Saberes Amazônia e Mudanças Climáticas, promovido em Belém pelo Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa), sobretudo porque há fraca expectativa de que a Cúpula do Clima, em novembro, possa melhorar significativamente essa imagem.

Há uma tendência entre os políticos astutos de se apresentar como salvadores e apontar incompetência e corrupção como pecados dos adversários e não deles próprios e aliados. Com a Europa fustigada pela extrema-direita, que usa as crises para espalhar o medo a seu favor, e de outro pela ascensão dos grupos verdes, os líderes dos países ricos com dificuldades internas para cumprir suas promessas “centristas” ou evasivas em relação ao clima tendem a apontar o Brasil como bode expiatório e projetar a Amazônia como a vilã do desastre climático anunciado.

Provavelmente o sumo do Encontro dos Saberes foi a declaração do coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Belém, Luiz Arnaldo Campos, de que “sem a Amazônia não há salvação para humanidade”. Esse é o argumento poderoso que o Brasil precisa levar à Cúpula do Clima. Aliás, o Encontro começou a preparar o X Fórum, que terá uma prova de fogo na época de sua realização, julho de 2022, a tempo de ouvir o tiro de largada da campanha eleitoral.

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Razão de ser

Pergunta-se o motivo de tanta brigarada pelo controle do novo partido, o União Brasil, resultado da fusão entre o PSL e os Democratas e a grande possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro ingressar na legenda. Ocorre que o UB será o maior partido do País, uma espécie do antigo Arenão ou Emedebezão, que marcaram  época no País algum tempo. Além do mais, a nova legenda terá a maior fatia de recursos do fundão eleitoral, quase 1 bilhão, o que facilitará a vida dos candidatos a presidência da república, governadores, senadores, deputados estaduais e federais no pleito de 2022.

Disputa acirrada

A disputa por uma terceira via, como alternativa a polarização da disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro em 2022, vai se acirrando com novas opções ao eleitorado e já se contabiliza pelo menos uma dúzia de nomes nesta briga, depois do ingresso do presidente do Senado Rodrigo Pacheco no PDS, que deve ocorrer nos próximos dias e do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, cuja filiação está anunciada para meados do mês que vem. Com eles, disputam a primazia para ser uma terceira via, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), como novidade ascendente o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). Teremos as duas vagas ao segundo turno terrivelmente disputadas.

Em Rondônia

Tratando-se das eleições em Rondônia os grandes favoritos para as duas vagas ao segundo turno – porque já se acredita que ninguém consegue vencer a parada no turno único por causa da pulverização das candidaturas - são os ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB). Busca-se também nesta disputa a formação de uma terceira via, que poderá ocorrer entre o atual governador Marcos Rocha, o senador democrata Marcos Rogério, o prefeito de Porto Velho Hilton Chaves, a senadora Fátima Cleide, o deputado federal Leo Moraes, entre outros nomes também já ventilados.

Melhores vices

Também começam a serem entabulados entendimentos para a escolha de vices para os candidatos ao governo em Rondônia. Os nomes mais cotados para esta condição são: Ieda Chaves e Cristiane Lopes (Porto Velho), prefeita Carla Redamo (Ariquemes), prefeito Joãozinho Gonçalves (Jaru), ex-prefeito Jesualdo Pires (Ji-Paraná),  o ex-prefeito e empresário Divino Cardoso (Cacoal), prefeito Eduardo Japonês (Vilhena), ex-prefeito Thiago Flores (Ariquemes), empresário Jayme Bagatolli (Vilhena), deputado estadual Luizinho Goebel (Vilhena), entre outras  alternativas.

Mercado de luxo

Segue em alta em Porto Velho e em algumas cidades rondonienses o mercado de luxo do segmento imobiliário. É o que se constata com o grande volume de construção em conjuntos do porte do Ecoville, Verana, Alphaville da BR, Portal das Artes, Bosque do Madeira, entre outros condomínios lançados e já superpovoados de novos ricos. Os economistas explicam o fenômeno: uma grande demanda reprimida há quase uma década neste setor, a poupança em baixa e a busca de segurança e qualidade de vida. E muitos clientes destes empreendimentos são oriundos de apartamentos buscando mais espaço com as restrições da pandemia.

Via Direta

*** Impressiona o  ritmo de crescimento da Zona Leste, nascida a partir da criação dos bairros Tancredo e JK, com a doação de terrenos ao meio da década de 80 na gestão do  então prefeito de Porto Velho José Vieira Guedes (PSDB) *** Com as invasões na região e o bairro Marcos Freire surgindo com a construção de um núcleo habitacional de madeira no final da década de 90,  a Zona Leste explodiu de vez com sua população triplicando *** Trocando  de focinho de porco para tomada: motivados pela fartura dos recursos do Fundão Eleitoral destinados ao União Brasil, resultado da fusão do PSL com o DEM, deputados federais e senadores bolsonaristas que pelejam pela reeleição hesitam em trocar de agremiação *** Final de ano, a pandemia desacelerando e os comerciantes já projetando um grande aumento nas vendas para as festas natalinas.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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