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Carlos Sperança

Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes


Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes - Gente de Opinião

O papel do Norte

Não é uma ideia nova a hipótese de surgir um “Vale do Silício” do Brasil. Houve a suposição de que seria São Paulo, na crença em que a força da economia paulista daria berço a um conjunto igualmente forte de inovações. Falou-se em São José dos Campos, por conta do Parque Tecnológico, e em Recife, pelo Porto Digital.

No entanto, será difícil tomar essa posição da Amazônia, caso o poder público e o setor privado se unirem para fazer da bioeconomia nosso caminho para o desenvolvimento, combinada com os demais setores dinâmicos da economia nacional. O CEO da Natura, João Paulo Ferreira, atribui à sua empresa a vanguarda nesse projeto, ao cabo de uma década de atividades de seu Ecoparque, em Benevides (PA).

Não se pode menosprezar a importância do empreendimento, mas a paixão pelo Vale do Silício faz os defensores da ideia de mimetizá-lo no Brasil ignorar que os EUA são uma nação superendividada e que os líderes do VS estão perdidos: defenderam o desastroso governo Biden e agora apoiam Donald Trump. Isso quer dizer que o VS não lidera nem norteia, apenas vai ao sabor dos acontecimentos sem definir um rumo para o país.

Evidentemente se espera muito mais da Amazônia, por seu caráter multinacional e capacidade para dar uma direção concreta ao país no mundo multipolar, no qual o Brasil será um forte delegado e os EUA não serão mais o xerife do planeta.

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Primeiro teste

Finalmente o prefeito Leo Moraes (Podemos) teve seu primeiro teste com o inverno amazônico, que até agora era menos intenso, com chuvas intensas ocorridas nesta terça-feira. Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes. Suplica-se aos tucanos que não vá lá chutar as alagações no Três Marias, região da Vila Sapo e nos outros tantos pontos críticos da cidade. È preciso dar uma régua a gestão que assumiu. Leo se espichou todo para evitar a situação com seu programa Cidade Limpa, mas as chuvas estão acima das vontades dos prefeitos da capital, nesta época do ano.

A deportação

Um clima de terror entre os rondonienses que entraram ilegalmente nos Estados Unidos nos últimos anos. A decisão do presidente estadunidense eleito Donald Trump, que assume as funções no próximo dia 20, com base em compromissos firmados na sua recente campanha, é a deportação de 12 milhões de imigrantes. Rondônia exportou milhares deles, principalmente das regiões de Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena, Ouro Preto, Rolim de Moura, Vilhena e Jaru. Desde operários da construção civil até cabelereiras e empregadas domésticas.

Base aliada

Pelas primeiras votações na Câmara Municipal de Porto Velho, o prefeito Leo Moraes (Podemos) conta com uma maioria confortável para tocar sua administração. Grande parte dos vereadores eleitos pela poderosa coalizão montada pelo ex-prefeito Hildon Chaves já virou a casaca e até ex-assessores de confiança do ex-alcaide aderiram à nova realidade gestora. Já se viu na aprovação da reforma administrativa –saudável para o município – uma base aliada já afinada. Isto mostra que Leo não dormiu de touca e durante as últimas semanas tinha trabalhado bem na articulação política.

Presente de grego

O novo prefeito de Ji-Paraná, Afonso Candido (PL) jamais imaginava que deixaria o confortável cargo de deputado estadual, para receber o maior presente de grego dos prefeitos rondonienses. O legado da administração anterior é a pior possível: casos das esferas da saúde, colapso na educação e muito trabalho para resgatar. Uma cidade com uma tradição de bons prefeitos, com nomes sempre lembrados como José Bianco e Jesualdo Pires, entrou em parafuso. Uma situação lamentável, pois nos primeiros dias Candido precisou de ajuda de perfeitos vizinhos, como Adailton Fúria de Cacoal com a cessão de ambulância.

Primeiros dias

Deixando finalmente o palanque eleitoral e com um discurso mais realista, o prefeito de Porto Velho Leo Moraes (Podemos) acerta nas prioridades iniciais, destacando-se a reforma administrativa aprovada na Câmara de Vereadores, reduzindo secretarias e órgãos públicos municipais lotados de comissionados na gestão anterior e com isto economizando recursos para a municipalidade. Também garantiu recursos para o início do seu cronograma de obras com um empréstimo aprovado pelos edis de R$ 300 milhões, demonstrando com isto que o caixa do Prédio do Relógio não estava tão fornido como diziam os tucanos.

Jeitinho rondoniense

O jeitinho rondoniense é mais generoso que o jeitinho brasileiro para contornar dissabores na política. Vereadores e deputados estaduais derrotado ganham cargos polpudos na Câmara de Vereadores de Porto Velho e na Assembleia Legislativa. Por sua vez os vereadores eleitos têm recebido o direito em gestões anteriores de indicar uma cota de comissionados (amigos e compadres) na prefeitura de Porto Velho, já deputados estaduais tem sua cota garantida de amiguinhos nos gabinetes do governo estadual. E por aí vai. O balcão de negócios se estende com parentes de políticos negociando de agulha avião com os poderes públicos. É coisa de louco!

Via Direta

*** A deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil), esposa do ex-prefeito Hildon Chaves já externou sua disposição de liberar recursos de suas emendas parlamentares para a nova administração municipal *** Tudo pelo bem da capital rondoniense. Ela foi a parlamentar mais votada em Porto Velho na atual legislatura da Assembleia Legislativa ***Aos poucos os preços de hortigranjeiros vão caindo nos supermercados, passadas as festividades de Natal e Ano Novo. O abacate que chegou a ser vendido a R$ 35 já é encontrado pela da metade do preço da época natalina *** Mas o ano começa com aumento no preço dos bandecos nos restaurantes.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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